Os irmãos do Caos escrita por Rize Chan


Capítulo 13
O Início


Notas iniciais do capítulo

YEEY! Vazio e Origem ganharam com 11 votos! Como eu estou feliz eu vou tirar a dúvida de vocês sobre o porquê do casal e sobre o capítulo 9 (se não se lembra leia de novo) hoje mesmo. Enjoy, obrigada pelos reviews.

PS: Nesse capítulo o tempo vai pular bastante.



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" Asim que se olharam, amaram-se;

assim que se amaram, suspiraram;

assim que suspiraram, perguntaram-se um ao outro o motivo;

assim que descobriram o motivo, procuraram o remédio. "

W.S

A mulher andava calmamente pelos corredores, os longos cabelos brancos balançando suavemente com uma brisa inexistente. (N/A: Se não se lembra dessa mulher volte e leia o capítulo 9 para entender melhor.) Suas feições eram suaves, tinha uma expressão relaxada, de olhos fechados e um leve sorriso nos lábios. O longo vestido azul escuro contrastava com sua pele incrivelmente branca, seus dedos finos batiam na parede branca enquanto andava. Ela abre os olhos num rompante, no lugar da íris haviam brilhantes esferas. A mulher grita, o pior som que pode ser ouvido, era tão alto que os vidros das grandes janelas do corredor se estilhaçaram. Era um grito de pura dor, era horrível, você podia sentir sua dor excruciante.

Ela se dobra, segurando e apertando os olhos, lágrimas começaram a escorrer deles, mas eram prateadas e caíam tantas que rapidamente se formou uma poça aos seus pés descalços, se assemelhando à sangue. A mulher dos cabelos brancos cai de joelhos gritando, de repente não parecia ser a única no corredor, um pequeno e fino fio da mesma cor que sua pele se desprendia dela, escorrendo pelo seu braço e se enrolando no chão de mármore, acima da poça de sangue dourado. O fio ia crescendo, tomando uma forma grande, maior do que a mulher que ainda tinha as mãos na cabeça e os olhos fechados, tentando conter a dor.

Ela sente braços envolta de si e abre os olhos confusa, não havia mais ninguém ali além dela, além disso, era a única em todo o lugar. Ergue os olhos se deparando com uma forma parecida com a sua, sem detalhes, somente da cor de sua própria pele. Aos poucos, a forma foi tomando traços, olhos escuros a fitaram com preocupação, um sorriso gentil se estendendo pelo rosto do outro, ele se levanta, puxando levemente a mão dela para que levantasse. Era um homem alto, tinha cabelos negros compridos, pele pálida, olhos profundos e que dariam medo um qualquer um que existisse, mas que a encaravam com preocupação e carinho. Tinha traços duros, mas que pareciam mais leves encarando-a, os braços fortes ainda a envolviam, ela se separa e o olha com curiosidade.

– Quem é você? - Pergunta, os olhos arregalados, mas tinha um sorriso feliz no rosto e uma sensação boa.

– Eu sou Vazio. - Ele responde, os olhos brilhando, a cabeça inclinada em confusão. - Mas quem é você? - Ele pergunta de cenho franzido, mas sua voz estava calma.

– Eu sou Origem. - Ela suspira, o que estava acontecendo com ela?

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– Vazio, o que está acontecendo comigo?! - Pergunta Origem desesperada, os olhos arregalados em choque, o outro arregala os olhos e a abraça, mas rapidamente se separa com a boca aberta, a mulher o olha. - O que houve?

– Você... - Ele murmura, de olhos arregalados. - Origem, tem uma vida dentro de você. - Vazio sorri largamente, seus olhos brilhando, ele levanta e gira a primordial que agora sorria e gargalhava da reação dele, feliz. - Isso é normal, eu acho.

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– O que nós faremos? - Pergunta a primordial confusa, olhando para o outro que a abraçou, no chão, uma menina engatinhava, tinha cabelos castanhos e olhos azuis claros, exibia um sorriso sem dentes indo até a mulher.

– Eu acho que esperamos ela crescer e cuidamos dela até lá... - Ele responde meio confuso. - E qual vai ser o nome dela?

– Ordem. - A mulher sorri, olhando carinhosamente para a garota, se abaixando e a pegando nos braços. - Seu nome vai ser Ordem. - Sussurra para a menina.

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– De novo? - Pergunta Vazio, sorrindo, mas preocupado à Origem, que assente. Ordem o olha confuso.

– De novo o que? - Ela pergunta, a voz infantil ecoando nas paredes brancas da sala.

– Você vai ter um irmão, Ordem. - Respondem os dois juntos, a menina sorri.

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– Qual vai ser o nome dele? - Pergunta Ordem, com sua voz fina, olhando para um menino no colo da mãe, que lhe sorri e olha para Vazio.

– Caos. - Sorri o primordial.

– Bem vindo, Caos. - Diz a menina sorrindo para o irmão que a olhou com os olhos prateados brilhando. Origem e Vazio olhavam os dois sorrindo com carinho para a cena, Ordem abraçando Caos e o mesmo sorrindo com o mesmo sorriso sem dentes que a garota já tivera.

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– Caos! O que é isso? - Pergunta a primeira primordial de olhos arregalados, observando a obra do filho.

– Esse é o Universo que eu criei. - Fala o garotinho, em um tom explicativo para a mãe.

– Para? - Continua de olhos estreitos, desconfiada. Sentiu uma mão em seu ombro, mas não se virou, sabia que era Vazio.

– Para os seres que eu vou criar viverem. - Diz ele em tom óbvio.

– Desfaça-o, obviamente não trará nada de bom para ninguém. - Caos estava assustado, sua mãe sempre o apoiou em tudo, assim como fazia com Ordem, na verdade, os dois faziam.

– Mãe! Não pode fazer isso, já há seres vivos lá. - Retruca apontando para a água onde alguns animais estavam, Vazio suspira.

– Eu sinto muito Origem, mas agora tenho que concordar com Caos. - A primordial bufa, estressada, e sai da sala. - Tome cuidado. - Avisa o primordial antes de sair de lá também.

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– Não! Não! Não pode fazer isso comigo! - Gritava Vazio desesperado, as lágrimas ácidas escorrendo sem parar pelo seu rosto. Em seus braços estava Origem, o corpo praticamente coberto de icor - o sangue prateado - ela sorriu levemente, estendendo a mão, fazendo caretas com a dor. Ela limpa uma das lágrimas do rosto pálido do primordial.

– Sabe. É a primeira vez que o vejo chorar. - Ela diz fracamente, ignorando o que ele dizia, Vazio a olha, o rosto expressava agonia e tristeza, tão fortes que ela mesma quase as sentiu. - Eu vou voltar. Por você, sabe disso. Eu te amo. - Ela fala, o rosto ganhando lentamente uma coloração mais forte.

Enquanto todos ouviram o grito do primordial do Vazio.

Por que naquele dia, ele quebrou.

E nunca mais voltou a ser o mesmo.


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Notas finais do capítulo

Pois é.... Fazer o que? Caos e Ordem são filhos deles. Eu sinceramente amei escrever esse capítulo. Deixem reviews se gostaram, se não me digam o que preciso melhorar.

PS. O capítulo tá em itálico por que é um flashback.