Sniper Hero escrita por Haniel Lucas


Capítulo 6
Capítulo 6




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/545424/chapter/6

23:02 do mesmo dia - Rio de Janeiro, em alguma rua vazia da Barra da Tijuca

Júlio estava passando lentamente pelas ruas da Barra da Tijuca em seu carro GOL 2014 da Volkswagen, ele passa pelas ruas lentamente com uma mão no volante e a outra na macha e seus olhos bem atentos, ele está como um policial à paisana mas ele não é um policial, ele é apenas um cidadão justiceiro e ele sabe disso, ele sabe que para as leis brasileiras ele está na verdade cometendo crimes. Será que são realmente crimes?

Ele para o seu carro de frente à uma balada onde está ocorrendo uma festa lá dentro, ele só escuta o ''tuts... tuts... tuts...'' uma batida de funk provavelmente. Há 2 guardas com calça jeans preta e camisas pretas com o símbolo da balada no peito. Júlio apenas fica lá, observando o local ao seu redor, ele aproveita para checar o seu celular e ir na internet para checar as notícias e ainda aproveitar para baixar algum podcast. Júlio escuta vários podcasts mas o seu favorito é do site JovemGeek. Ele baixa o podcast desta semana e fica lá pacientemente esperando no carro. Passam-se 5 minutos e o podcast do JovemGeek que ele queria, já foi baixado, agora ele está procurando algum outro podcast, talvez uma rádio até. Ele estava navegando pela internet quando ele encontrou um site chamado ''Revolução Brasileira do Século 21'' também conhecida como ''Revolução 21''. Só pelo título ele já fica intrigado, e vai ver do que se trata. Logo de cara, ele vê alguma matéria em destaque ''Horácio disse que a corrupção da Pretrogás não é sua culpa'' e logo abaixo dessa matéria tem uma legenda dizendo ''Será mesmo?''. É, ele já viu do que se trata, ele vai para a sessão de podcast e baixa o primeiro que ele vê. Ele deixou o podcast baixando e levanta sua face novamente para observar a rua. Ele então vê alguém com um casaco e um capuz cobrindo sua cabeça indo numa esquina fora da visão de Júlio, sem pensar 2 vezes e curioso, Júlio decide seguir este homem à pé, ele sabe que ele pode ser apenas um cidadão comum com um casaco, ou talvez seja algum bandido, ou qualquer coisa que valha a pena seguir.

Ele desce de seu Volkswagen e fecha a porta, o seu celular está junto com ele. Júlio levanta a argola de sua jaqueta e abaixa o seu boné para cobrir mais ainda a sua face e anda para a esquina em que aquele homem entrou com as mãos em seus bolsos externos de sua jaqueta preta. Ele vira a esquina e avista o homem com o casaco novamente, ele está andando com o celular em suas mãos, pela cor azul sendo projetada da tela do celular dele, aparentemente o homem está acessando o Facebook.

''Imbecil, quer ser roubado é? Amostrando o celular assim no meio da rua?''

Até que seu pensamento amaldiçoado realmente aconteceu, 3 homens com roupas de funkeiro aparecem de um beco com os revolveres em suas mãos

–Perdeu, PERDEU! --disse um deles

O homem com o casaco se assustou com a aparição deles e no instante levantou as mãos ao alto com o seu celular em uma de suas mãos

–Passa a grana, playboy.

–Levem o que quiser! --disse o homem com o casaco

O capuz dele cai e revela-se um homem negro com o cabelo raspado e quase careca.

Júlio volta para a parede na dobra para esta rua, mas se depara que ele esqueceu seu rifle no carro, agora ele terá que decidir se irá pegar o rifle ou não, pois quando voltar poderá ser tarde demais e se ele atacar com a sua pistola, ele corre mais riscos de ser morto.

Ele decide arriscar e pegar o seu rifle no carro.

Imediatamente ele corre tentando ser um pouco silencioso com suas passadas, ele corre para o seu carro demorando 15 segundos para chegar até ele. Júlio abre o carro, pega o rifle que estava debaixo do banco do passageiro e corre com o rifle em suas mãos até a virada para a rua em que o negão está sendo assaltado. Até que ele escuta tiros enquanto ele corre até lá, com isso, ele aperta mais o passo e chega lá mais rapidamente. Ele vê o negro correndo para o lado em que Júlio está, mas aparentemente, ele não o viu.

Júlio mira no primeiro bandido que está correndo atrás do negro e atira.

O tiro ecoa pela rua e o funkeiro cai enquanto corria com um buraco de bala em sua cabeça.

Os seus parceiros ficam assustados e param de correr e olham para o seu parceiro caído até que outro recebe uma bala em sua testa

O ultimo sobrevivente corre para o outro lado, Júlio mira em suas costas e atira

O bandido cai enquanto corria e só pra ter certeza, Júlio atira novamente para ter certeza que está morto

O negro estava caído no chão, olhando para a cena espantado, até que ele avista Júlio.

Júlio estava se levantando quando o negro o abordou

Brigado senhor Policial! Acho que se não fosse o senhor, eu estaria morto agora.

–Droga. --disse Júlio

O negro muda sua feição facial de alegre-espantado para desconfiado

–O que foi? Eu fiz algo errado? --disse o negro

–Não, apenas não me perturbe. --disse Júlio se virando e voltando para o seu carro

O negro ficou para trás tentando saber o que está acontecendo, até que ele retoma o passo e segue Júlio

–Ei espera! --disse o negro

Júlio continua andando

–Você não é policial? --perguntou o negro

–Não. --disse Júlio

–Então o que você é?

–Nahh... você faz muitas perguntas não é? --disse Júlio parando e se virando para o negro

–Oh... desculpe, você deve ser algum assassino de alguma facção, não é? --disse negro

Júlio solta o seu ar dos pulmões, ele está se aborrecendo.

–Se eu fosse eu não te diria. Mas já que perguntou, acho que alguém precisa me chamar de herói de vez em quando. Eu sou um simples cidadão que se cansou das merdas desse país. Pronto? SATISFEITO? --disse Júlio

–Desculpe cara, é que... Você salvou minha vida. --disse o negro

Júlio ficou sem reação, incrivelmente ele mau tinha percebido isso. Fica um silêncio por alguns segundos até que o negro fala:

–À propósito, meu nome é Talisson. --disse o negro estendendo a sua mão para cumprimentar Júlio

Júlio olha para a mão da pessoa que ele acabou de salvar pensando no que este aperto de mão poderia significar futuramente, e então ele aperta a mão dele

–Eu não posso contar o meu nome, mas, me chame de... Sniper... Hero. --disse Júlio falando o termo ''Hero'' como ''Rírou'' como os americanos costumam falar

–Sniper Hero? --disse Talisson

–É.

Apois tá certo, Sniper Hero.

Os dois passam mais 4 segundos com as mãos seguradas e então eles se soltam. O negro se vira e vai embora, mas no meio do caminho ele se revira e indica o polegar como se fosse um ''legal'' com a mão.

Júlio volta para o seu carro, e percebe que há mais alguns guardas na entrada da balada, provavelmente estão preocupados com os tiros que foram ouvidos, mas a festa dentro da balada continua.

Júlio estava prestes à ligar o carro novamente quando seu celular apitou e ele viu que o Podcast do ''Revolução 21'' foi baixado. Ele então decide escutar este podcast enquanto ele dirige pelas ruas do Rio em busca de mais crimes.

Agora que Júlio se auto-nomeou como ''Sniper Hero'' ele pensa que este é apenas o início de uma longa jornada, pois ele está fazendo os passos como seus super-heróis faziam nos quadrinhos e nos filmes: Criar uma identidade.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Sniper Hero" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.