Sniper Hero escrita por Haniel Lucas


Capítulo 36
Capítulo 36 - O Sniper




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Era uma sala escura com paredes de concreto sem tintura. Uma lâmpada incandescente está pendurado em cima da cabeça do Sniper Hero que está amarrado em uma cadeira de ferro. Na frente há apenas uma porta de ferro e em cima um pequeno duto que permite que o oxigênio entre na sala. A porta se abre e entram alguns sujeitos na sala, o Presidente Horácio, o Detetive Enzo, e dois guardas.

–Então, você é o Sniper Hero, não é? --perguntou Horácio

–Eu sou seu pesadelo, Horácio... --disse o Sniper com um olhar baixo

–Haha, parece que um pesadelo não é um pesadelo quando ele está preso, não é? --perguntou Horácio

Ele dá um murro forte no Sniper que faz cuspir sangue e sujar os seus dentes.

–Você matou meu irmão, seu desgraçado. --disse Horácio

–Ele era tão desgraçado quanto você. --disse o Sniper

Horácio dá outro soco

–Economize ele, senhor Presidente. --disse Enzo

–Qual é mesmo o nome dele? --perguntou Horácio

–Júlio da Costa. --disse Enzo

–Costa, hein? Talvez você terá o mesmo destino que o seu pai, aquele repórter irritante! --disse Horácio

O Sniper fica com um ódio imenso e faz uma força monstruosa para se soltar das cordas, puxando cada adrenalina de seu corpo e impressionantemente ele consegue se soltar das cordas, ele pula para cima do Presidente e começa à socar a face dele numa força colossal. Os guardas pegam o Sniper e dão choques nele com bastões elétricos que faz o Sniper cair gemendo. Foi o suficiente para dar 3 socos fortíssimos no rosto bem cuidado do Presidente. Ele ainda está caído no chão

Enzo observa a cena assustado. O Presidente tosse, o Sniper deu um soco no seu pescoço. Ele está com uma voz rouca

–Seus imbecis... eu achei que tinham amarrado bem ele. -disse o Presidente

Os policiais amarram com muita força as mãos do Sniper na cadeira. O pulso na mão do Sniper é apertado fortemente

–É inútil lutar... Sniper Hero. --disse alguém com uma voz grossa e muito famíliar

O Sniper olha pela porta e se aproxima ninguém mais ninguém menos do que o êx-presidente Fernando Arruda que era antes do Partido da Causa Nacional, antes do partido se tornar parte da UPS, a União dos Partidos Socialistas

–Horácio. Você deveria tomar mais cuidados com sujeitos como este. --disse Fernando Arruda

–Ele deveria estar amarrado! --Horácio tosse-- Estes imbecis não o amarraram direito, não foi culpa minha!

–Escute aqui, Horácio. Este homem matou o seu irmão, um deputado e um vereador numa sacada de mestre. Ele poderia até mesmo escapar desta prisão de segurança máxima! --disse Fernando com raiva olhando fixamente para Horácio

Horácio nada diz.

–Até ele mesmo preso, depois desses dias, ele ainda tem influência. O povo ainda acredita nele. --disse Fernando

O Sniper não sabe mas ele ficou inconsciente por 3 dias. Ele recebeu certas drogas para que ele ficasse desacordado

–É impressionante como um sujeito desse mesmo preso ainda dá esperança para o povo brasileiro... --disse Enzo

–O que esse povo precisa é da UPS dominando totalmente o Brasil. Esse povo mau educado não sabe nem lutar pelos seus direitos. --disse Fernando

Enzo olha estranhamente para Fernando

–Mas senhor, não deveria dar ao povo brasileiro o melhor para eles? --perguntou Enzo

–Eles não cobram por isso, então eu simplesmente não entrego isso para eles. --disse Fernando

–Mas era mais que obrigação de você e Horácio dar isso à eles. --disse Enzo

–Está me chamando de um presidente ruim, detetive? --perguntou Fernando

–Não senhor. --disse Enzo

–Ótimo, então fique assim se ainda quiser receber o bônus de seu trabalho. -disse Fernando

Fernando se aproxima do Sniper e fica de frente à frente com ele.

–Quanto à você, Sniper. Vou fazer o máximo para que você seja conhecido como um terrorista e ser reconhecido apenas por atos de maldade. --disse Fernando

–O Brasil... não irá esquecer o que eu fiz por ele. --disse o Sniper com a cabeça abaixada

–O Brasil sempre esquece. Quanto mais antes perceber isso, melhor para sua sanidade mental. --disse Fernando

O Sniper nada diz e continua com a cabeça abaixada

–Vamos sair daqui. Monitorem ele --disse Fernando

–Senhor, o gravador daqui está quebrado. --disse um guarda

–Este tempo todo e vocês não consertaram essa merda?! --perguntou Fernando

–Desculpe, senhor. É que como ele estava dormindo, não havia necessidade deste gravador.

–Então arrumem este gravador! --disse Fernando saindo da sala

Horácio e os guardas saem da sala também

–Detetive, o senhor não vem? --perguntou o Guarda

–Não, vou fazer umas perguntas para ele... --disse Enzo

–Certo então. --disse o guarda fechando a porta pesada de ferro

Um silêncio fica na sala. O Sniper ainda está de cabeça baixa enquanto o Detetive o observa de pé

–Júlio... eu pude pesquisar mais sobre você nestes 3 dias que você ficou dormindo, fiquei animado com o dinheiro que recebi por ter capturado você, mas parece que a felicidade realmente não se compra. --disse o Detetive

O Sniper ainda está com a cabeça baixa

–Digo isso porque não fiquei feliz por isso, eu pesquisei sobre você antes mesmo de ser o coordenador das investigações contra você. O que eu pesquisei foi apenas sobre seus assassinatos e não de seus reais atos. Convenhamos, o Brasil precisava de alguém como você para agitar a opinião pública. --disse o Detetive

–Como está... lá fora? --perguntou o Sniper

Enzo compreendeu que ele talvez estava se referindo à situação do Brasil agora que teve a notícia de que o Sniper Hero foi preso.

–3/4 do Brasil está do seu lado, e reclama de sua prisão. Até as pessoas mais pobres percebem que os políticos que você matou, não eram boas pessoas. A mídia televisiva não conseguiu passar que você era uma pessoa ruim.

–Como está a minha namorada? --perguntou o Sniper erguendo a cabeça

–Eu não sei quem é sua namorada. --disse o Detetive

–Mariana.

–Hmmm... ela está de luto por saber que Júlio da Costa está preso. Mas ela está orgulhosa por saber que o Sniper Hero foi este homem.

Os olhos do Sniper brilham de lágrimas

–Descarregue tudo, Júlio... --disse Enzo tentando consola-lo

–Eu queria fazer o Brasil um lugar melhor para ela e para um garotinho. --disse o Sniper

–Que garotinho? --perguntou Enzo

–Um garoto cheio de luz, filho de um traficante. Thiago Balzer. Ele é Júlio Balzer. --disse o Sniper ainda chorando

–Todos querem o melhor para seus filhos, Júlio. Mas vejo que esse garoto é um filho que você nunca teve--disse Enzo

–Está tudo acabado agora.

–Não, não está Júlio... --disse Enzo

Júlio ergue a cabeça e olha para Enzo e com os olhos ainda em lágrimas, ele diz:

–Como assim?

–O povo não está mais protestando, eles estão fazendo o que o Revolução 21 sugeriu para fazer. Greves gerais. Alguns outros estão quebrando coisas do governo da UPS, como estátuas e poucas obras que eles fizeram no governo deles.

O Sniper se enche de esperança por um segundo. Ele para de chorar e fica de boca aberta. O povo brasileiro pelo qual ele tanto lutou, finalmente está lutando com ele e não contra ele

–A UPS fará uma execução secreta de você. Eu farei o meu máximo para salva-lo, pois eu também estou com você agora. --disse o Detetive

–Não. --disse o Sniper com cabeça abaixada

–O que? Por que não? --perguntou Enzo surpreso

O Sniper fica em silêncio por alguns segundos. Ele ergue a cabeça e olha para Enzo

–Qual é o seu nome mesmo? --perguntou o Sniper

–Enzo Fargetti.

–Enzo, irei pedir que faça apenas uma coisa por mim. Que leve Júlio Balzer até o meu túmulo ou algum lugar que seja remetente à mim, quero que ele saiba quem eu fui. --disse o Sniper

–Certo...

–E mais uma coisa Enzo, o motivo de eu não querer ser salvo, é que eu serei mais útil agora morto do que vivo. Imagine o que aconteceria se a UPS soubesse que eu escapei? Eles iriam dar tudo o que eles tinham para se defender de mim e provavelmente iriam acelerar o que eles realmente querem com o Brasil

–E o que seria isso? --perguntou Enzo

–Uma ditadura. --disse o Sniper

–Apoiada pela Rússia. Sim, eu já pensei à respeito disso e realmente eles querem isso. --disse Enzo

–Então, Enzo. Eu espero que alguém termine o que eu comecei. --disse o Sniper

–Eu irei terminar. --disse Enzo

O Sniper fica surpreso

–Eu irei terminar o que você começou. Terei apoio popular também e talvez até mesmo dos aliados da UPS. --disse Enzo

–Como? --perguntou Júlio

Enzo sem mover a face, ele olha para a câmera na sala, os homens que estão monitorando o Sniper não podem ouvi-los porém podem vê-los

–Eu como um Detetive, uso um gravador secreto de 1 terabyte de memória. --disse Enzo

–O que... --disse o Sniper surpreso e ao mesmo tempo esperançoso

–Sim, Sniper... eu gravei tudo desde que fui chamado para ser o coordenador dessas operações. Os imbecis até me checaram de primeira mas não acharam o gravador secreto. Eles meio que ficaram aliviados pois acharam que eu era um dos muitos que foram facilmente subornados por eles--disse o Detetive

O Sniper fecha os olhos, abaixa a cabeça e ri baixo.

–Sua execução será amanhã. --disse Enzo

O Sniper ri mais ainda

–Obrigado, Enzo! E mande a tola da Camila se foder e também agradecer à ela por seus serviços! --disse o Sniper

–Será um prazer, Sniper Hero. --disse Enzo saindo da sala


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