9 horas da manhã, Rio de Janeiro, em algum apartamento em Copacabana

Júlio acordou em seu apartamento de Copacabana, ele acorda como se acordasse com ressaca em seu apartamento bagunçado. Ele se levanta e liga a TV e vai preparar o seu café da manhã, como de costume, o seu velho pão doce com requeijão e um café quentinho. Enquanto ele pega o requeijão na geladeira ele escuta na TV a notícia de que um homem foi morto por um franco-atirador na Rua das Laranjeiras, ele sorri enquanto escuta essa notícia

–É um absurdo o quanto o crime está crescendo neste país que nada fez por minha família! --disse uma senhora negra com óculos fundo de garrafa-- O meu filho era um homem trabalhador! Ele não era um bandido!

Júlio para de sorri e olha para a TV.

–Parece que você não conhecia o seu filho minha senhora... --disse ele baixinho

A Repórter estava falando alguma coisa enquanto Júlio pronunciava estas palavras, até que aparece a jovem que ele salvou. Uma moça linda de pele branca, olhos negros e cabelos escuros e com um rosto liso e macio

–Não sei porque isto aconteceu comigo... mas estou grata à pessoa que me salvou. Se você estiver vendo isto, saiba que devo minha vida à você, atirador fantasma. --disse a jovem

Júlio se sente gratificado por ter feito isso, ao ouvir estas palavras da moça que ele salvou. Ele termina de preparar o seu café e o seu pão e então se senta na mesa e assiste a TV enquanto come. Algum delegado do Rio de Janeiro está dando o seu pronunciamento sobre isto agora na TV.

–Seja quem for este atirador, ele não era da Polícia, e mesmo que ele tenha feito justiça, ele não É da justiça. Espero que se ele estiver vendo isto, ele saiba do que está fazendo, nós ainda iremos averiguar o caso do atirador. Há certas contro-versas que precisam ser quebradas. --disse o Delegado

Logo em seguida, a reportagem se encerra. Júlio olha para o nada em sua casa, pensando no caso da polícia ir persegui-lo, ele se lembra do caso de uma repórter que foi boicotada por boicotar um bandido, após ele ter sido violentado. Metade do Brasil estava do lado dela e metade estava contra ela.

Ele diz para si mesmo ''Foda-se a opinião pública'' e então bebe o seu café. Ele decide ir mais além, ele pretende se infiltrar numa favela ainda não ocupada e matar os líderes do tráfego de lá, ele sabe onde eles moram, ele sabe como eles agem.

De repente, alguém bate na porta do apartamento. Júlio estava pensativo e esse bater na porta foi uma surpresa que quase o fez derrubar a caneca com o café.

–Quem é? --perguntou Júlio

–Sou eu querido. --disse Mariana

Mariana, é a namorada de Júlio, eles estão namorando há 3 anos e pode se dizer que eles já podem casar. Ele foi pego de surpresa, os equipamentos dele ainda estão soltos no chão da casa, ele deixou as suas armas e equipamentos no chão da sala, pois ele havia chegado em casa exausto. Mariana Tocantins, tem olhos verdes, cabelo ruivo que chega até a sua costela, pernas não tão largas e não tão pequenas, seios pequenos e um rosto lindo.

–Err... Só um minuto amor! --disse Júlio

Imediatamente ele corre e começa a apanhar as coisas, ele faz isso o mais silencioso possível

–O que foi, Júlio? --disse Mariana

–É que eu tô pelado, peraí! --disse Júlio

–Ah... não tem problema, amor! --disse Mariana

Ele não percebeu nesta ultima desculpa de Mariana, ele está nervoso pegando seus equipamentos e jogando no armário. Ele tem que esconder o que está fazendo até mesmo para sua namorada

–Ai amor, abre aí, tô com saudades de você. --disse Mariana

–Desculpa Mari! Só um segundo!

Ele pega as ultimas coisas que faltavam e joga no armário. E então corre para a porta e percebe que está faltando uma ultima coisa... Ele ainda está com a roupa que ele usou na ultima noite, não que seja algo que denuncie a sua identidade de franco-atirador, mas sim porque está fedendo, ele chegou em casa e nem tomou banho. Ele simplesmente tira a camisa corre para o seu quarto e joga no armário e então volta para abrir a porta.

Imediatamente Mariana agarra Júlio e o beija

–Achei que nunca iria abrir... --disse Mariana

–É... minha casa tá uma bagunça --disse Júlio olhando para trás, para o apartamento. -- Tanto que nem pude achar minhas roupas

–É, hehehe, tô vendo, você ainda tá com esta calça jeans preta. --disse Mariana

–Desculpe pela bagunça, mari, e pelo cheiro também --disse Júlio

–Ah, que nada, eu gosto de você seja fedendo ou cheiroso --disse ela

Júlio sorri pra ela e ela o retribui com outro sorriso, e então Júlio abre espaço indicando para que Mariana entre, ela então entra sorrindo para seu homem. Júlio fecha a porta e ela se senta no sofá

–E então... o que fez ontem á noite? --disse ela

Júlio foi pego de surpresa novamente

–Eu estava... estudando. --ele nem sabe como a palavra ''estudando'' saiu de sua boca, ele apenas disse a primeira coisa que veio na sua cabeça

–Achei que você já tinha terminado o curso de informática. --disse ela

–Sim, o primeiro período, ainda não terminou todo. --disse Júlio

Júlio se apoia na parede com os dois braços cruzados

–E você? O que veio fazer aqui? --disse ele

–Eu só vim ver você... --disse ela

–Mesmo? Você nunca me respondeu com isto.

–Sim, tem razão... Eu vim aqui para consola-lo amor. --disse ela

Demorou alguns segundos para que Júlio percebesse do que ela estava falando, incrivelmente ele se esqueceu, as tensões da noite anterior se descarregaram todas no seu bom sono que fez ele se esquecer disso tudo. Rapidamente Júlio fica com uma feição de triste em sua face e ele olha para baixo. Mariana se levanta e vai abraça-lo, e enquanto ela está em seus braços, ela diz:

–Não fique assim amor, o que quer que eu faça por você? --disse ela

–... Você podia preparar o meu almoço? --disse Júlio

E então ela desgruda sua cara do peito de Júlio, olha para ele nos olhos e dá um sorriso

–Vou fazer o melhor almoço que você já comeu. --disse ela com seus olhos brilhando

Ele retribui com outro sorriso

–Eu quero um--

–Não diga, será surpresa --disse ela com outro sorriso

Ela se solta de Júlio e vai até a cozinha para preparar o almoço. Júlio se senta no sofá com as mãos na cabeça e soltando um suspiro

–Ah mais uma coisa amor... --disse Mariana aparecendo da porta da cozinha

–Sim? --perguntou Júlio

–O que estava fazendo ontem de noite? Você não atendia minhas ligações --disse Mariana

Júlio demorou alguns segundos para responder isso, pensando no que dizer, até que ele diz:

–Desculpe, Mari. Mas eu estava muito abatido com a morte dos meus pais... --disse ele

–Ah... entendo. --disse ela, voltando para a cozinha

Júlio dá um suspiro novamente, ele achava que sua namorada descobriria a verdade, se ele quiser que isto seja seguro para as pessoas que ele ama, ele precisa esconder sua identidade até mesmo para estas pessoas. Ele sabe que só matar bandidos assim não irá mudar em nada, ele sabe que tem que fazer alguma coisa mais drástica e que provavelmente ficará famoso por causa disso. Júlio levanta a cabeça e toma sua atenção para a TV que está passando uma matéria sobre os líderes conhecidos das facções do Rio de Janeiro, o primeiro que aparece é um homem branco com olhos azuis e cabelo negro chamado: Thiago Balzer, aparentemente ele é um descendente de europeus.

''Você é o próximo'' pensou Júlio.