Sniper Hero escrita por Haniel Lucas
3 dias antes da reunião...
Júlio estava indo para o complexo da maré, onde os dados vitais para ele foram dados. Tais informações foram dadas pela própria Camila, de que o garoto morava no Complexo da Maré. São 17:53 e ele está chegando no local com o seu carro
–Ele está no Complexo da Maré, senhor Costa --disse Camila
–Tem certeza de que é isso? --disse Júlio
–Eu nunca tive tanta certeza na minha vida... --disse Camila
Júlio estava e ainda está confiando na palavra de Camila, se algo der errado, ele irá culpa-la e certamente não irá perdoa-la. Ele estaciona seu carro numa estrada secundaria próximo à estrada e então vai até o complexo para investigar
Ele procura pelo garoto usando uma foto que Camila lhe deu para tentar encontra-lo. Andando pela favela enquanto os meninos brincavam com uma bola cheia de trapos improvisada e algumas garotas adolescentes passavam em grupos por ele. Júlio então para e se vira para o grupo de garotas que havia passado por ele e então fala:
–Ei, vocês aí
As meninas então param e olham para ele
–Oi? --disse uma delas assim que se virou
–Vocês conhecem este garoto? o nome dele, eu sou um grande amigo dele --Júlio falou André mas este não era o nome dele
–Não senhor, nunca vimos esse menino --disse uma delas
As outras ficaram caladas e olhando para Júlio com o olhar claríssimo de desconfiança.
–Obrigado. --disse Júlio
Elas voltaram a andar e começaram a coxichar umas com as outras, evidentemente é sobre esse estranho homem que apareceu no Complexo da Maré. Além de estar vestido um pouco diferente, o povo sabe que ele é um visitante. Júlio volta a perguntar às pessoas sobre o ''André''
–Júlio, o nome dele é... --disse Camila
–Não. Não diga. --disse Júlio ao colocar o dedo indicador nos lábios de Camila como sinal para calar a boca
–Mas, por quê? --disse Camila
–Eu quero que aquele desgraçado mesmo diga.
Júlio então se aproxima de duas senhoras idosas que estão na porta de uma casa e pergunta:
–Senhoras, alguma de vocês conhecem esse garoto? --disse Júlio mostrando a foto
–Óia aí, Francisca. Num é aquele menino que joga bola com meu neto? --disse uma delas
–Ah. Ele deve estar brincando no mato, meu senhor. --disse Francisca
–Para onde fica esse mato, senhora? --perguntou Júlio guardando a foto em seu bolso
–Fica prali–-disse Francisca apontando para o local
–Muito obrigado, senhoras. Eu preciso dar urgentemente um recado pro André. --Disse Júlio
As duas senhoras pararam por alguns segundos se perguntando quem é esse homem mas depois se lembram de que ele disse o nome: André. ''À que André ele está se referindo?'' pensou elas
Júlio se aproxima do terreno baldio. Há alguns sacos de lixos jogados na terra e alguns pneus também, é até limpo para uma zona pobre e não ter tanto lixo assim, parece que a prefeitura do Rio está fazendo um ótimo trabalho em limpar as ruas e bairros. Júlio para de frente pra mata, cercada por árvores de médio porte, ele tenta escutar algo antes de adentrar, ele tenta ignorar o som vindo da favela e escuta um barulho de folhas e galhos se mexendo até que o som para. Sem pensar duas vezes, Júlio entra na mata. Ele se agacha entre algumas árvores caídas e escuta o barulho estranho de talvez duas ou três respirações ofegantes.
Júlio estava prestes à continuar, mas se lembra de que está com o rosto exposto, então ele cobre a sua face com um pano e abaixa o seu boné. Ele vai passando por entre algumas árvores até que ele vê um menino de uns 16 anos pelado junto à uma garota de aparentemente a mesma idade também pelada. Os dois estão deitados por cima de uma terra em uma clareira no meio da mata, os dois ainda não os viram. Parece que a ''tranza'' acabou
Júlio dá uma ultima olhada na foto e olha para o garoto. É ele mesmo
–Parece que além de assassino de pais, és assassino de filhos através de aborto não é? --disse Júlio
O casal se assusta e se levanta mas não correm. Eles vêem Júlio
–Quem é você porra?! --disse o garoto
–Meu nome é orfão, seu merda. --disse Júlio sacando a pistola e atirando no pé dele
A garota grita
–Acho melhor você não dar mais nenhum piu, senhorita. --disse Júlio
–Você tem medo que eu grite não é? ENTÃO EU VOU GRITAR! --disse a menina voltando à gritar
Rapidamente Júlio corre pra cima da garota e a derruba com um chute no meio da barriga fazendo ela cair. Logo em seguida ele fica atrás dela e a pega ainda consciente, levanta ela e então começa à sufoca-la tampando fortemente a boca e o nariz
A Garota tenta gritar, o menino não faz nada, apenas tenta se rastejar para fora da mata rapidamente
Depois de alguns segundos a menina cai desmaiada e Júlio corre para pegar o menino que já está dentro da mata. Ele encontra-o e pega ele pelo pé e arrasta-o para aquela clareira novamente
–Você não irá à lugar algum! --disse Júlio arrastando-o de volta para a clareira
Júlio aponta a pistola para a cabeça do menino caído no chão, ele num reflexo coloca as duas mãos na frente da cara, como se fosse cobrir o tiro.
–Qual é seu nome? --disse Júlio ainda apontando a arma
–Pra que o senhor quer saber o meu nome? --disse o menino
–APENAS DIGA, CARALHO!
–Rafael! Meu nome é Rafael! --disse o menino
–Rafael... haha... é irônico que um garoto assassino como você tenha o nome de um santo, não é? --disse Júlio
–Eu não sei do que cê tá falando!
Júlio dá um tiro no ombro dele. O garoto geme de dor
–Sabe sim! --disse Júlio
–Afinal o que você quer?! QUER ME MATAR? ME MATA LOGO! --disse Rafael
–A Morte seria fácil demais para você. --disse Júlio
–PORRA, O QUE VOCÊ QUER CARALHO?! --Disse Rafael já chorando
–Eu quero que você confesse os seus crimes. Especificamente, de quando você matou um casal de idosos há 3 meses atrás --disse Júlio
–Sim! Eu matei aqueles véi, pronto, falei! Tá feliz?! --disse Rafael
Júlio fica em silêncio por alguns segundos, Rafael então abaixa as mãos e olha para os olhos de Júlio
–Obrigado... Rafael. --disse Júlio
E Então Júlio atira na cabeça do garoto
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