Rio de Janeiro, 4 horas da madrugada do dia seguinte...

Júlio estava fazendo sua ronda, ele só conseguiu abater um bandido desta vez, o único que ele viu na verdade. Ele está passando por alguma rua ao lado de uma balada, todas as baladas são as mesmas coisas, pelo ou menos de fora. Há guardas na frente da porta, mas eles de nada impedem que circulem drogas ou qualquer tipo de crime de dentro da balada, crimes que acontecem no mais escondido possível, mas acontecem. Júlio ficou viciado nestes podcasts do Revolução 21 e escuta os programas dele toda vez. Desde que ele conheceu o podcast no dia anterior ao anterior ele escutou 8 podcasts, cada podcast dura em média 1 hora e meia.

Ele estava observando a balada quando uma mulher com sua roupa toda desarrumada, cabelo ensanhado e maquiagem borrada, sai da balada e logo atrás um cara que parece ser o namorado dela, ele está evidentemente bêbado, mas não tanto. Curioso, Júlio decide segui-los. Ele os segue por uns 10 minutos, a menina não percebeu que há alguém a seguindo e nem o homem percebeu que um sniper mortal está o seguindo. Até que quando a garota virou a esquina, o homem se aproximou demais dela e agarrou-a

–Você ainda não fiz o que eu pedi lá no quarto... --disse o homem

–Seu tempo acabou seu merda! --disse ela chutando-lhe o saco

Júlio já tinha sacado o rifle mas achou que não seria mais necessário. O homem geme de dor ainda de pé com as duas pernas dobradas e com as mãos no seu órgão genital enquanto a mulher corria, quando de repente o homem saca um revólver e dispara contra ela, Júlio rapidamente pega o seu rifle, mira no homem mas ele o perdeu de vista, a parede da esquina cobriu sua visão. Rapidamente Júlio sai do carro com o rifle em suas mãos e corre para a próxima esquina, enquanto o homem a persegue com o revólver sendo disparado.

Júlio avista o homem novamente, se agacha e mirando com o rifle, prende a respiração, mira na cabeça e atira.

A bala atingiu em cheio a nuca do homem, mas logo à frente Júlio enxerga a mulher caída no chão

–Merda... --disse Júlio baixinho

Júlio corre em direção à mulher, pulando o corpo do homem baleado e segurando o meio do rifle na sua mão direita. Ele alcança a mulher e vê se ela está morta, Júlio vira ela de frente para ele e então ela abre os olhos lentamente.

Júlio estava prestes à se levantar já que ele viu que a mulher estava bem, quando a moça o pegou pelo colarinho da camisa e o beija. Júlio imediatamente se solta dessa mulher pois sabe de coração que ele é leal à Mariana.

–O que diabos você está fazendo?! --disse Júlio

–Agradecendo... --disse ela

A moça está desarrumada como uma vadia pós-trabalho, o que provavelmente ela é.

–Eu sou casado porra! --disse ele, embora ele não seja casado, ele se compromete com sua real namorada

–Todos nós somos casados... talvez você queira... algo à mais... --disse ela mostrando à Júlio o seu decote (ainda coberto pelo sutiã)

–Não moça, me desculpe. --disse Júlio se virando e indo embora

–E dinheiro? Você é policial? --disse a moça

–Não. --disse Júlio

–Então você quer conhecer o meu marido? Thiago Balzer? Ele pode lhe descolar uma grana e talvez até trabalhar para ele. --disse ela

Imediatamente Júlio parou de andar, ele se vira para a moça lentamente, ele passa alguns segundos olhando para ela e então diz:

–Thiago Balzer?

–Sim. O líder do tráfico da Rocinha. --disse ela

Júlio está pensativo, ele poderá matar um dos principais líderes do tráfico do Rio de Janeiro, e então decide levar-se na conversa da moça

–Conte-me mais... --disse ele se aproximando da moça

–Hahaha... o que mais eu posso te contar? Eu só posso te dizer 2 coisas meu querido. Ele pode te dar dinheiro e emprego. --disse ela

–Quando posso me encontrar com ele? --perguntou Júlio

–Não sei... talvez hoje de noite, não pode ser de tarde porque eu estarei dormindo --disse ela

–Certo então. Onde posso me encontrar com ele?

–Na mansão dele no topo da Rocinha.