A Lira da Verdade escrita por Anns Krasy


Capítulo 9
Capítulo 9 - Neal


Notas iniciais do capítulo

Oii, desculpem a demora gente! Olha, eu tenho a história pronta ( quase pronta, só falta o final kkk mas já tenho o fim na minha mente) Mas esses capítulos de Neal são novos e acabei de adicionar. E a ideia só me veio agora para fazê-lo então me desculpem!
Ah, como disse a história está quase pronta. Só falta vcs comentarem para ela sair mais rápido :3



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N

E

A

L

Hazel teve de ajuda-lo e ensina-lo a montar em um cavalo – ou um unicórnio como no caso de Neal –, o acampamento Júpiter era incrível. Parecia que arquitetos famosos tinham projetado aquele lugar nos mínimos detalhes. Colunas em uma das ruas principais, as casas e as lojas, até o estábulo parecia ter levado dois meses para ser somente pensado. Hazel contou sobre o Campo de Marte atrás do acampamento e o que mudou quando se juntaram aos gregos.

Tinham se mudado para Long Island pelo fato de ser mais perto do Olimpo, pois caso algo acontecesse eles estariam prontos para defender o Empire State – novamente –. Neal viu crianças puxando seus pais pela cidade, e algumas até mesmo conversando com Faunos ou Sátiros.

– Este lugar é bem bacana. – O loiro sorriu. – E, ah, obrigado por me ensinar a montar em um unicórnio.

O equino bufou baixo e balançou o pescoço, como se não gostasse de ser esquecido. Neal afagou sua crina e o acalmou enquanto tentava acompanhar Arion, o cavalo da garota. Alguns fantasmas passaram por eles, e Neal ouviu-os sussurrarem depois de o ver.

– Sinto muito por isso, mesmo com a junção dos acampamentos ainda não nos acostumamos com os gregos e a maioria deles não se acostumou conosco. Bem, nós sabíamos que não seria fácil do mesmo jeito. – Hazel deu de ombros.

Os fantasmas chamavam Neal de “grego”, alguns como se fosse algo ruim e outros como se somente quisessem divulgar que havia alguém do acampamento meio-sangue nas ruas da Nova Roma, como se fossem jornais velhos, barulhentos e transparentes.

– Hazel!

Um garoto, o loiro o reconheceu como Frank, correu para alcançar Hazel. Ela fez com que Arion parasse de caminhar e se voltou na direção da voz do rapaz. Ele sorriu para ela, depois de fitar Neal, e ela retribuiu o sorriso.

– O que aconteceu? – Ela perguntou.

– Sabe, vai ter o tal Capture a Bandeira de novo e poderíamos treinar. – Frank deu de ombros.

– Eu adoraria, mas... – Hazel colocou seus olhos sobre Neal. Frank olhou dela para o loiro e depois para Arion. O cavalo relinchou e bufou, como se estivesse falando "Hei, não tenho nada haver com isso, idiota!" Então Frank achou melhor voltar seus olhos rapidamente para a namorada.

– Ai está você! Levesque, onde se meteu? Pedi para me ajudar em um assunto antes da reunião na praça! – Uma garota de cabelos negros apareceu. Ela levava consigo uma espada de ouro imperial e tinha uma expressão seria.

– Desculpe Reyna! Huh, bem, eu tenho que ir. Desculpe-me Frank, Neal. – Ela fez Arion andar, deixando ambos os rapazes para trás. Frank deu de ombros e olhou para Neal. Eles ouviram ainda Reyna gritar para que nenhum dos dois se atrasassem para a tal reunião e provavelmente ela não tinha notado que o loiro era um grego.

– Ah, huh... Sua namorada? – Neal falou, e Frank assentiu. – Desculpa cara! Eu não estava dando em cima dela, só fiquei meio perdido nesse acampamento!

– Calma cara! Relaxa! – Frank sorriu. Frank realmente tinha pensado que Neal estava dando em cima de sua namorada, mas resolveu que não importava mais agora. Não era aquela situação afinal de contas.

Neal só notou que prendia a respiração quando a soltou. O unicórnio bufou batendo os cascos no chão e isso resultou em olhares confusos tanto para Frank quanto para o loiro.

– O que foi rapaz?

– Ah... – Frank pigarreou. – É uma garota.

– O que?

– O unicórnio é fêmea. – Frank falou entredentes. Neal fitou o unicórnio, ou a unicórnio, que o olhava como se estivesse prestes a joga-lo no chão e finalmente lhe atropelar como deveria ter feito assim que se encontraram.

Mas não pode responder nada. “A” unicórnio relinchou baixo e galopou para trás, arisca. Neal quase caiu de suas costas quando ela ergueu ligeiramente nas patas traseiras. Frank tentou controla-la, porém desistiu quando quase levou um soco do unicórnio na cara. Neal caiu para trás – finalmente – e o unicórnio recuou várias vezes.

– O que é menina? Se acalme! – Frank puxou as rédeas dela.

Neal resmungou pela queda e se colocou de pé. Um riso baixo escapou de alguns metros à frente. A pessoa tinha seus cabelos penteados para trás, usava uma camisa de um rosa choque ofuscante e por cima um casaco de terno branco, calças brancas e sapatos tão chamativos quando a camisa. Neal já soube que ele era esquisito assim que colocou os olhos nele.

E, melhor ainda, a rua estava deserta. Todos tinham ido se juntar a Reyna para a tal reunião tão esperada.

– Ora, veja só quem eu encontrei? – O cara esquisitão falou. Neal franziu a testa e sentiu a presença de Frank do seu lado antes de olha-lo.

– Quem é você?

– Minha conversa não chegou a você ainda, filho de Marte. Mas para sua informação, meu nome é Setne. – O cara grunhiu irritado, o próximo tom parecia deboche quando pronunciou as palavras. – Recebi ordens para que consertasse um pequeno erro por aqui.

– Bom, Sr. Mecânico, por favor nos diga o erro. – Neal resmungou. Imprudência? Sim, principalmente porque o loiro não estava armado. E talvez Frank não estivesse.

O rapaz não pareceu feliz com aquilo.

– Como ousa?! – A raiva de Setne pareceu diminuir e seus olhos ficarem distantes. Como se ele estivesse ouvindo seus próprios pensamentos, ou pensamentos de outras pessoas... – Talvez não tenha descoberto tudo ainda. Meus aliados são poderosos, mas vou lhe dar uma amostra do poder deles.

Ele estendeu uma mão, e então a visão de Neal girou. Frank não pareceu gostar disso, pois minutos depois um urso panda estava estirando suas garras para o rapaz. Neal somente viu um símbolo estranho e vermelho antes do mundo girar mais rápido e ele cair.

.

– Ai! O que...? – Seu grito saiu um pouco alto. Seus olhos se arregalaram e ele olhou para seus pés. Estava descalço, e estava em cima de um chão fortemente quente. Estava em uma rua, e sabia que estava sonhando. Ele viu algumas brasas caindo ao seu pé e ao lado dele. Quando ergueu sua visão, viu que estava em uma rua e uma casa um pouco antiga. Sua visão estava embaçada e pontos negros impediam-no de ver muita coisa. Ele viu um menino saindo pela porta e então voltando com uma roupa diferente. E então a casa pegou fogo.

Quando tudo ficou negro, ele fechou os olhos.

A outra cena estava totalmente branca. Mas ele pode ver uma menina pequena, de longos cabelos vermelhos e usando um vestido tom de bege e longo. Sua franja cobria seus olhos, mas ela parecia estranhamente familiar.

Karina.

Apesar de que os cachos da Karina que ele conhecia terminarem nos ombros e serem mais rebeldes, aquela era a mesma garota. Neal não entendeu porque a imagem dela era importante. O que queria dizer? Algo iria acontecer com ela? Algo aconteceu? Ou que ele deveria encontra-la? – A Karina tremeluziu e a que ele conhecia correu até ele. Enquanto ela corria, o local totalmente branco se quebrava como se fosse um espelho e ele fitou a escuridão. Parecia que se Karina caísse, cairia para sempre.

Ela agarrou as mãos dele e lhe entregou algo, parecia desesperada. Ela olhou para trás e então falou algo. Mas não tinha voz. Neal se sentia tenso, desesperado e tremulo. Ele tinha total consciência de que não sabia usar o objeto, qualquer que fosse ele. A escuridão os alcançou, e ambos caíram. Naquele momento, o grito de Karina chegou ao loiro. O objeto escorregou das mãos de Neal e se perdeu na escuridão como a ruiva.

Quando voltou a abrir os olhos Neal estava de frente para um prédio. Não via o que era aquele lugar, mas sabia que era familiar e podia ouvir um som. Alguém, falando um nome. Ele não entendeu de primeira e quando o nome estava quase em sua mente, seu sonho estranho se dissipou.

.

Ao abrir os olhos, a primeira coisa que viu foi um focinho branco e um enorme nariz negro. Neal olhou para os olhos negros da criatura antes de engasgar-se e quase chutar o animal. O enorme panda desviou e urrou baixo, um pouco irritado com a atitude do loiro.

Neal se sentou e olhou para o panda preto e branco.

– Frank? Desde quando você se transforma em pandas sanguinários?

O panda urrou e então imitou o que parecia um dar de ombros de uma pessoa humana. O loiro suspirou e passou a mão na cabeça. O mundo girou e ele teve de se focar no chão. Percebeu que estava em seu chalé e então deixou-se cair na cama novamente.

– Hm... Você não vai voltar a ser o Frank humano não?

O panda voltou a soltar um urro baixo e se sentou no chão do chalé. – Parece que Frank ficou novamente “preso” na forma animal. – a voz de Hazel entrou no chalé antes dela.

O panda pareceu sorrir quando a garota acariciou uma orelha dele. Neal olhou para o teto.

– Algo te incomoda? – Hazel perguntou.

O loiro negou.

– Vou resolver logo, não se preocupe. – Ele suspirou. Tinha que falar com Karina, mas tinha que esperar a hora certa.

Também queria saber o que tinha acontecido, e quem era aquele cara esquisito. Mas agora sua mente estava muito cheia de perguntas sem respostas. Ele fechou os olhos de novo, e quando Frank e Hazel perceberam que ele tinha adormecido saíram do chalé.


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Notas finais do capítulo

Parece que ninguém curtiu Neal. xD Também né? Acho que eu tô forçando a barra da amizade. É o segundo capítulo da criatura só, rsrs. Mas espero que gostem do Neal. Ele vai ser importante. :3