A Lira da Verdade escrita por Anns Krasy


Capítulo 6
Capitulo 6 - Noah


Notas iniciais do capítulo

Então... Como eu tinha dito antes, esse capítulo era para ser do ultimo membro do trio né? Mas vai ser de Noah xD
Espero que gostem :3
Fico feliz com comentário viu gente *u*
#DeixemUmaAutoraFeliz



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N

O

A

H

Noah havia parado para lanchar em uma lanchonete qualquer perto do Central Park. Já era quase o fim da tarde. Ele não deveria estar em Manhattan, mas ele não seguia as regras. Seu punhal pendia em seu cinto, mas ninguém parecia notar. A névoa era algo muito poderosa e algumas vezes ele até se sentia grato por ela desviar os monstros da visão dos humanos. Ninguém precisava ver aquilo, e isso fazia com que ele, em algumas noites egoístas, resmungasse o porquê dos mortais serem tão sortudos. Um mortal de sua idade estaria se preocupando com uma prova surpresa, e tentando tirar notas razoáveis para ser alguém na vida.

Noah era alguém. Infelizmente sua vida era curta e desastrosa. Desse jeito, Noah logo iria se juntar a ele. O rapaz suspirou por ter se lembrado disso. O garoto pediu mais uma porção de batatas fritas e outra coca e se recostou na cadeira.

Ele poderia ter continuado com a expressão entediada em seu rosto até que a próxima porção de comida chegasse. Isso se não tivesse sentido um arrepio na coluna. Fazia tempo que não ouvia seu radar interior ligar. Contudo não era por causa de monstros. Era por causa de semideuses. Semideuses muito perto. O sino da lanchonete tocou, avisando que novos fregueses estavam chegando.

O moreno se permitiu dar uma olhada furtiva para a porta. Ele viu um casal. O garoto tinha cabelos negros e rebeldes, olhos verdes e pele bronzeada. A garota tinha cachos loiros presos num rabo de cavalo e olhos cinzas como nuvens de tempestade. Prendendo a respiração, Noah sabia que o seu “radar” interior estava apontando justamente para eles. Não só para um semideus, era dois. E sabia que eles também o iriam sentir, era somente uma questão de tempo e experiência contra a Névoa.

Uma garçonete de cabelos negros e olhos castanhos como madeira sorriu para o moreno ao colocar em sua mesa a comida que ele havia pedido alguns minutos atrás. Seu tempo de paz estava no fim. Ele pensou em sair e levar a comida, mas seria suspeito de mais. O casal a aquela altura estava acomodado em outra mesa, mas Noah sentia um ou dois pares de olhos em suas costas. Ele havia sido notado. E como não seria? – Certamente eles tinham mais de 15 anos e aparentavam ter muita experiência, um dos dois, pelo menos, deveria saber diferenciar perfeitamente um simples mortal de um garoto meio-deus. Noah se permitiu mascarar seu cheio, o que era uma habilidade especial que ele mesmo havia desenvolvido, mas não sabia se iria dar certo.

Noah havia comido e bebericado metade de seu pedido. Com um aceno ele chamou a garçonete novamente e pediu sua conta. Embrulhando o resto da comida ele seguiu para a porta da lanchonete. Sentiu-se ser observado durante seu trajeto inteiro, mas não se permitiu conferir esse fato. Uma vez do lado de fora ele dobrou a esquina e terminou seu lanche. Ele tinha que admitir, um simples feitiço de soco o havia deixado com bastante fome. Mas não se sentia cansado, graças aos treinos secretos de resistência que ainda andava praticando. Sua metade semideus chamava-o, apesar de tudo.

Ele suspirou quando colocava as embalagens da comida num lixo. Havia dado tudo certo, graças aos deuses.

Como se nada tivesse acontecido, Noah colocou as mãos nos bolsos e caminhou sem rumo. Ele não iria voltar agora para o Brooklin. E os magos também não estariam lá, eles ainda estavam na escola. Noah também deveria estar lá? Deveria. Mas faltar um dia fazia bem para a saúde. Além disso, ele não precisava ir para a escola, certo? Não era como se ele fosse ser alguém na vida. Primeiro porque não iria viver muito, e isso era um caso normal para semideuses; Segundo porque não seria agradável você está trabalhando e um monstro invadir seu escritório para lhe matar; E terceiro porque sua vida já tinha sido destruída há muito tempo.

No fim ele acabou no Central Park, observando o chão sem nenhum interesse. Ele não precisava voltar para a casa do Brooklin e sabia que teria que responder a algumas perguntas quando eles chegassem da escola. Estava tão imersos em pensamentos que nem tinha visto o tempo passar. Estava quase na hora de voltar e seu ânimo não tinha crescido nem um pouquinho. Ele estava tentado a pegar um voo para seu país “natal”, mas não teria onde ficar. Certamente voltaria para aquele mofo onde uma vez chamou de segunda casa, porém logo envolveria pessoas inocentes. Se fosse para haver destruição, que fosse perto do acampamento. Pelo menos assim a ajuda chegaria com rapidez.

*.*.*

A primeira coisa que Noah notou assim que entrou na Casa da Vida, foi o cheiro de comida no ar. Alguns magos andavam de um lado para o outro com pequenos pergaminhos. Os menores – de oito anos para baixo – estavam fazendo a lição da escola em uma mesa qualquer. Era sexta-feira, e Noah já estava fazendo planos para amanhã quando um prato voou na direção de seu rosto.

Com um rápido movimento, talvez rápido de mais, ele se abaixou. O prato encontrou-se com a parede e estilhaçou-se no chão. Houve silencio e o rapaz percebeu alguns olhares em si. Carter e Sadie o fitavam também. O moreno ergueu-se e limpou a roupa, dando um sorriso pequeno.

– O que? Tenho bons reflexos.

– Muito bom. – Reconheceu Carter, sustentando seu olhar por tempo demais para Noah. Ele estava comparando o rapaz à outra pessoa, disso o moreno tinha certeza.

– Por onde andou? – Sadie colocou as mãos na cintura enquanto o moreno sentava-se à mesa. – Você não apareceu na escola hoje.

– Não me dou bem com escolas. – De certo modo era verdade. Em relação à escola a primeira coisa que vinha em sua mente eram sátiros. E ele não queria ver nenhum. Ainda estava intrigado com o garoto da lanchonete. Ele era familiar, só não sabia de onde.

– Todos não nos damos bem com a escola, mas isso é melhor que salvar o mundo. – Sadie revirou os olhos e Noah deu um sorriso pequeno.

– Está quase na hora dos treinos – Disse Carter a sua irmã – Você pode chamar as crianças? Estarei no campo de treinamento.

Aquele lugar tinha um campo de treinamento?! Impossível! Bem, nada era mais impossível para Noah. Com um salto, o moreno estava de pé. Ele caminhou até seu quarto e jogou a jaqueta preta na cama, e guardou sua mochila com o kit de magica. Ele tinha ficado sabendo que aquela aula era pratica, então estava somente levando seu punhal ao qual ele já estava equipado.

O campo de treinamento consistia em uma área que serviria para dois quartos espaçosos. Estatuas de deuses enfeitavam as quinas das paredes, todas as quatro. Tinha uma espécie de arquibancada e foi onde Noah sentou-se. Pelo que estava observando quando os outros aprendizes haviam chegado, eles não tinham muitas aulas de armas. Cada um olhava a parede enfeitada com varias armas como se estivesse observando-as pela primeira vez. Ele via garotos magros e ágeis pegando espadas pesadas e escudos, o que não combinava. Os ágeis deveriam pegar menos peças possíveis e contar com suas agilidades. Aprendizes enormes pegavam facas pequenas de mais, e por um segundo Noah se perguntou se ele tinha alguma experiência com as armas? Pelo que se parecia, não tinham.

Carter segurava sua khopesh enquanto Sadie observava uma espada de um metal qualquer com uma expressão insegura. E então ele se lembrou das palavras de Amós: Carter era um mago guerreiro, sabia usar uma espada. Sadie não, ela era como uma filha de Hécate: ela estava acostumada com encantamentos ou, no caso pessoal dela, palavras de poder. Mesmo assim, pelo que depois da guerra de Cronos, Noah pode ver, os deuses menores tinham chalés no acampamento e os filhos de Hécate não eram exceção: eles também aprendiam a manusear armas.

O começo da aula era irritante e desnecessária. Pelo menos para o rapaz. Carter ensinava passo a passo, os estilos de lutas e os tipos de bloqueio. Mas Noah não seguia necessariamente aquela introdução na pratica de verdade, ele aproveitava as oportunidades, desviando-se quando devia e atacando quando podia.

– Antigamente, existiam muitos estilos de lutas armadas. Os Espartanos, por exemplo, usavam o meio romano de ataque e defesa. Como a própria Grécia usava o estilo grego deles para vencer guerras e etc. Os Egípcios são magos e são reais. Eles dominam as palavras de poder, entretanto é bom que se aprendam técnicas de lutas, caso não estejam em bom estado para recitar encantamentos. – Disse ele.

Noah sentiu aquilo como quase um desafio. “Os Egípcios são magos e são reais”? O que Carter sabia sobre as outras mitologias? Ele havia derrotado Apófis? Bom para ele. Mas Noah se sentiu ofendido, como se ele tivesse dito que os gregos eram iludidos e criavam deuses porque somente não sabiam a origem das coisas. Os nós que seguravam seu punhal ao lado do corpo ficaram tensos e brancos, ele quase quebrava o punho da arma.

Carter fez como uma competição: separando duplas para duelos práticos e ver como se saiam. Na semifinal, Noah havia ganhado do garoto-dos-pinguins. Ele lutava bem, era ágil e talvez por sorte tenha escolhido uma lamina curta e simples, que o tinha levado até lá. Agora era Noah contra Carter.

– Mesmo sendo novo, não irei facilitar. – Avisou Carter.

– Pode dar tudo de si, não se limite. – Provocou Noah, mas não deixou de ser amigável.

E Carter não se limitou mesmo. Ele investiu com sua espada curva na mão, e Noah desviou facilmente. Ele tinha duas opções: poderia fazer Carter se cansar logo e o derrotar com facilidade, ou começar a investir também. Ele gostava de desafios, então tomou a segunda opção para si.

Com seu punhal, Noah avançou. Ele desviou de um, dois ataques e já estava perto de Carter. Ele viu o faraó começando a fazer um arco e o rapaz estava de baixo do ataque. Noah teria se dividido em dois se não tivesse de algum modo o parado. Ele acertou Carter com o punho de sua arma e o fez desequilibrar por um momento. O moreno viu seu instrutor cutucar de leve as costelas. Certamente ficaria roxo amanhã. Era assim que lutavam no acampamento, e lutar agora o fazia se sentir em casa.

Carter agora parecia mais focado na luta, vendo que a provocação de Noah era para valer. Ele investiu novamente e Noah saltou, desviando-se. Carter retomou a atacar e Noah bloqueou com seu punhal. A khopesh não tinha um punho certo como as espadas, então ela não poderia ser retirada com facilidade das mãos de Carter. Noah investiu e recebeu bem o bloqueio de Carter. O moreno jogou a khopesh para o lado e desferiu uma retirada estratégia. Não dele mesmo, mas sim da arma de seu adversário. A khopesh voou até o outro lado da arena e se cravou no chão.

Carter tinha apontado para seu peito a espada de Noah.

– Onde aprendeu a lutar assim? – Carter estava perplexo. Poucos ganhavam dele, mas era porque o próprio faraó investia muitas vezes. Isso era o bastante para derrotar demônios, mas não semideuses natos para batalhas. Carter poderia ser comparado a eles, mas perderia duelos se não pensasse como seu adversário.

O campo estava em silencio, Noah não havia respondido a pergunta. Ambos tentavam recuperar a respiração que até agora estava ofegante.

– Foi uma boa luta. – O moreno estava tentando mudar de assunto, e Carter sorriu forçadamente. Ambos estavam suados das lutas, e parecia que cada um naquela casa queria tomar um bom banho.

– Você poderia me ensinar. – Riu Carter.

– Talvez. – Noah concordou com um sorriso.

– Hora do banho então! – Sadie anunciou. – Façam fila no banheiro e lembrem-se: os primeiros a chegar ganham a água quente. O resto toma na fria!

Isso foi uma motivação. Dez segundo depois não tinha mais nenhum aprendiz na sala a não ser Noah. O moreno não teve pressa, já que seu quarto tinha um banheiro próprio. Ele se despediu dos Kane e seguiu para seu quarto. Uma vez dentro ele jogou seu punhal na cama e depois seu cinto de couro. Tirando a camisa ele entrou no banheiro para tirar todo o suor e o cansaço.

Assim de sair de um banho quente, ele colocou uma camisa simples e uma calma de linho, permanecendo descalço. Saindo do quarto ele seguiu para a cozinha e para a mesa de jantar. Era enorme e estava enfartada de comida ilimitada. Ele sentia falta dos pratos mágicos do acampamento, onde era somente falar o que queria e logo aparecia em poucos segundos. Metade dos aprendizes estavam lá, se servindo. Noah colocou algumas das comidas, principalmente espaguete, e se sentou. Todos comeram em silencio, mas Noah dava ainda olhares furtivos a Sadie e Carter. Por fim, antes de todos se levantarem, Sadie pigarreou chamando a atenção de todos.

– Eu tive um sonho maluco. – Disse ela. Noah ouviu os outros sussurrando entre si sobre isso. – Não dá para esconder mais, infelizmente.

– Outro fim do mundo? Pelo Egito, não... – Gemeu Cléo.

Sadie franziu a testa.

– Não era... – Ela se deteve. Noah sabia o que ela queria dizer: Não era Apófis, mas ela não queria dizer seu nome. Não dava bom presságio. – Ele. Era outra coisa. Não sei quem é, na verdade. Uma voz. Mas não pensem nisso, haverá uma festa logo, então pensaremos a respeito depois, certo?

Responsável como sempre. Em um só dia Noah havia descoberto isso. Sadie não queria que ninguém se preocupasse na verdade, e a festa era somente um pretexto para tirar a ideia que ela tinha plantado na mente dos pequenos aprendizes. Mas Noah não era bobo. Ele notou que Carter parecia desconfortável também, mas não sabia se era pela festa ou pelo sonho da sua irmã.

Quando os aprendizes fugiram para fazer seus pequenos afazeres, Noah estava colocando seu prato na pia. Ele suspirou. Algo errado. Algo estava acontecendo e não deveria acontecer, algo enorme e grande. E do caos. Além disso... Encontrar dois semideuses em um só dia? Não estava certo, de algum modo. Ele havia sonhado com uma voz, e agora Sadie também.

– O que essa voz disse? – Perguntou Noah. Sadie e Carter paralisaram onde estavam.

– Nada de muita importância. – Respondeu Sadie, de um modo quase automático.

Ela o chamou para ajudar a lavar e enxugar a louça. Com olhares furtivos ele via Sadie dando olhares significativos para seu irmão, como se estivessem discutindo com o simples olhar. Mas não durou muito. Ele olhou pela janela. Dava para ver o rio logo ali, perto da casa. Do outro lado estava Manhattan, iluminada e cintilante como em qualquer noite. As nuvens estavam se tornando carregadas e densas por causa da passagem do fim do outono para o começo do inverno.

Logo somente sobrou Noah terminando de guardar as coisas. O sono o chamava, e agora ele sentia todo o peso dos treinos dessa manhã e dessa tarde. Noah praticamente se arrastou até seu quarto, mas parou bruscamente ao ver Sadie e Carter conversando entre si com um interesse em comum. Carter foi o primeiro a perceber que o garoto estava observando, e logo avisou Sadie.

– O que foi? – Perguntou o moreno. Os irmãos Kane estavam na porta de seu quarto. Carter ergueu o punhal do garoto no ar.

– Onde conseguiu isso? – Perguntou ele.

Noah por um momento não se mexeu. Seu tom de voz era sereno, porem sinistro e sombrio quando lhe respondeu:

– Estavam vendo o que no meu quarto? – Ele perguntou, ele sabia que era um quarto escolhido para si e estava sendo mal educado, mas não sabia fazer essa pergunta de outro modo.

Chama-lo para lavar a louça havia sido uma espécie de truque para mantê-lo ocupado por esse tempo todo? – Noah tinha a respiração presa, seu rosto inexpressível. Por um momento viu Sadie quase dar um passo para trás.

– Ah, desculpe sobre isso. Mas e o punhal? – Carter voltou-se para a arma afiada. Ele não tinha sido indelicado, ele parecia preocupado. Como se tivesse medo por seus aprendizes pequenos. Noah entendia perfeitamente isso, havia crianças muito pequenas naquela casa e elas não deveriam presenciar um mundo desses. Noah viu que aqui era melhor para as crianças pequenas do que no acampamento. Lá elas treinariam e aprenderiam muito mais cedo à arte de matar monstros. Na época que Noah estava no acampamento, ele via crianças menores que ele com uma arma em punho – mesmo a arma sendo pesada de mais para elas.

Ele não era a favor de por crianças tão novas numa arena, mas era melhor do que deixa-las despreparadas para o mundo a fora. Os mortais chamavam o mundo de cruel, mas não passavam nem metade do que semideuses passavam. Eles não conheciam a verdadeira crueldade do mundo.

As crianças meio-deuses conheciam, e superavam seus medos mesmo novos.

– Encontrei por ai no Cairo. Não me lembro de onde. O Egito é grande. – Mentiu Noah, e então franziu a testa como se não tivesse entendido o porquê daquelas perguntas. – Por quê? Ela tem algo de errado?

Carter parecia confuso agora. Ele entregou a arma a Noah e então coçou os cabelos encaracolados e castanhos.

– Hã, tudo bem. Não, ela não tem. Desculpe-me por invadir seu quarto. – Carter chamou sua irmã, liberando a porta para o quarto de Noah.

Dentro do quarto, Noah jogou as coisas que estavam em cima de sua cama para a cômoda e colocou um pijama completo, por causa do frio. Logo iria ser inverno, e logo iria nevar. Noah costumava gostar dos invernos, os que ele ainda comemorava, mas agora não era a mesma coisa. Ele não sabia ainda porque estava vivo. Um lado dele questionava porque ele não tinha se deixado ser morto pelos monstros. E ele ainda não tinha essa reposta. Talvez as Parcas ainda o quisessem vivo, mantendo-o o quanto ileso ele podia estar para algo no futuro. Mesmo sendo contra sua vontade.

Ele não queria dormir, mas se tivesse não tinha recebido a pista para o que estava por vir. Uma imagem lhe veio à mente, e uma nova discursão com aquela voz misteriosa também. Seu Bá estava bem preso ao seu corpo, mas sua mente não estava.

Você gosta dos mortais, Noah? Ou também se isolou deles? A voz riu.

– Porque quer saber? – Ele rosnou.

Que tipo de semideus você é? Minha curiosidade está aguçada. Amanhã, se não chegar a tempo, dois mortais iram morrer.

Noah ficou pálido, estático. A voz o chamava - com ironia - para algum lugar, uma praia que estava começando a nevar. E ele conhecia aquela praia. E também sabia que era uma armadilha e que estavam usando aqueles mortais como isca. Mas algo dentro de Noah borbulhou de raiva.

Aquela voz estava jogando com ele.

Porque não jogar também?


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Notas finais do capítulo

E ai, e ai? Merece comentário? Favoritamento, acompanhamento? Heim? :3
Capítulo que vem tem muito mais ação, B) Então é legal comentar pra ele vir mais rápido neh?
Obrigado por ler e.e