A Lira da Verdade escrita por Anns Krasy


Capítulo 36
Capítulo 36 - Neal


Notas iniciais do capítulo

Oie! *desvia de tudo que for inflamável, doloroso, mortal, fatal, machucável e atacável*
Desculpem pela demora T.T
Pra quem quer saber o q aconteceu, foi a escola. Namoral, 2 ano é mt puxado. >~
O q acontecerá mais a frente nessa aventura, huh?
PEÇO MIL DESCULPAS PELO ATRASO! *se curva formalmente* POR FAVOR ME PERDOEM, ONEGAI!



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N

E

A

L

O loiro se sentou num pequeno sofá e visualizou o trailer. Não tinha uma TV, mas tinha bancada, uma pia e uma mini geladeira. Tudo bem, talvez ter uma TV já ultrapassaria o limite de sorte deles. Havia também um banheiro minúsculo escondido por uma porta dobrável, como o banheiro dos aviões. Encostado no sofá havia beliche com colchões velhos e de cobertos por colchas azuis e cheias de estrelinhas, mas okay. Pelo menos suas necessidades estavam garantidas. Tinha um tapete no chão e, pelo visto, foi um dia a pele de algum animal. Eles haviam "roubado" um trailer de caça?

Bes guardou as garrafas de água na geladeira.

Neal olhou sua mochila de novo. Ficou encantado com o resultado que conseguiu quando se encontrou em um difícil dilema: o que fazer com o arco a aljava e todas aquelas flechas. Não podia ficar carregando eles por todo o lugar. Fora que a aljava era um tanto pesada. A resposta viera junto com as mochilas de Noah e com seus bottons. Não sabia como, mas era um fato que tinha transformado seu armamento em um botton dourado com um um arco de caça desejado e com duas flechas cruzadas ao fundo. Neal optou por não colocar na mochila, pois poderia perder a mochila, poderiam ser roubados, monstros poderiam ataca-los e mil e umas outras coisas ruins poderia acontecer e que resultariam na perda de sua arma. Fora por isso que o prendera em sua calça jeans, onde ele estaria mais seguro. Z aproveitou a deixa da mochila aberta e saiu, se acomodando no sofá duro em que o loiro estava sentado.

Neal fitou o leite de Hipnos e o notebook. Quando teria de usa-lo? Qual seria o momento certo, de que Hipnos estava falando? Bes o fitou e sorriu compadecido por ver a preocupação em Neal. Todos estavam tensos. Estavam indo literalmente para a batalha final. Um deles poderia morrer, ou eles poderiam não estar a altura do inimigo. Bes dispensou Noah do banco do motorista e o moreno se escorou no sofá, suspirando. Karina se sentou no beliche de baixo e cruzou as pernas.

– Bem? Deveríamos falar sobre esse seu sonho, Karina. – Noah esticou uma lata de suco de laranja para Neal. Ele entregou uma lata de goiaba a Karina e então se sentou no chão, perto da mini geladeira. Ele puxou do Duat algumas peças de bronze celestial e as analisou - mas para o resto do trio ele puxar algo do ar já não era tão assustador. Eles já haviam passado por tanta coisa para se assustar com o moreno invocando algumas peças de metal...

Neal notara que agora Noah parecia totalmente um nerd, ou um jovem e sábio ferreiro que no momento estava a analisar os metais.

– Como sabe que eu gosto de goiaba? – Karina perguntou assim que segurou a lata no ar por relexo. Noah a fitou. Os olhos escuros dele estavam em seus olhos dourados e aos poucos a menina corou. Noah abriu a boca para responder com o olhar culpado, mas se interrompeu no ultimo momento. No fim suspirou:

– Não sei. Achei que gostaria. – Suas palavras pareceram mecanizadas, automáticas. Karina ia falar algo, porém o moreno puxou um martelo e algumas ferramentas a mais do Duat – era estranho como sua mão sumia no ar e depois voltava com alguma coisa. Apesar de não se assustarem mais, continuava sendo estranho.

Ambos, o loiro e a ruiva, ficaram observando Noah. Ele batia dando forma ao metal um por um, totalmente empenhado na tarefa. Quando precisava fundi-los ele usava suas chamas próprias e passava a mão sobre o metal, como se os estivesse moldando. Utilizou um pouco d’água para resfriar o metal e então fazia tudo novamente. Quando terminou, segurava um novo punhal de bronze celestial igual o primeiro. Ele usou um pouco da garrafa para diminuir a temperatura dele e terminar o trabalho.

– Você fez o outro. – Não fora uma pergunta, na verdade fora um comentário da ruiva. Porém Noah assentiu com a cabeça em concordância.

Mas Neal estava preocupado com outra coisa. Sua cabeça ameaçava doer, latejar. Não sabia por que, mas ela estava doendo. Neal grunhiu massageando a cabeça.

– O que houve, Neal? – Noah perguntou. – Está com dor de cabeça?

Neal bebericou seu suco e então se escorou no sofá velho com um suspiro. Ele fitava a janela, vendo o mundo passar de cabeça para baixo. Não entendia o porque, mas quando fechava os olhos se lembrava de alguns momentos que haviam passado na missão: as Empousai, Tom... Todos falavam como se já o tivesse visto, e o mesmo ocorreu a Karina.

– Depois que comecei essa missão parece que todo mundo sabe de algo ou já me viu. – Ele falou com um sussurro. – Eu não entendo isso. Não faz sentido. Acho que minha cabeça está doendo por não conseguir entender isso, eu não sei.

Noah voltou sua atenção para a lâmina de seu novo punhal, seus olhos baixos e sua expressão indecifrável. Z subiu no braço do sofá, ao lado do moreno e inflou levemente suas penas de bronze. As câmeras de seus olhos olhavam para Noah e Neal podia perceber elas se moverem, como o zoom de uma câmara fotográfica.

– Comigo também! Aquelas vampiras malucas, Tom, até Quíron parecia saber de algo. – Karina falou. – Tudo sobre nós dois!

O silencio se fez. Neal fitou Noah que continuava analisando e achando sua arma muito interessante. Bes freou o carro com brutalidade lançando todos para frente. Neal bateu a testa do chão e gemeu de dor com a batida.

– O que aconteceu? – Noah perguntou, se erguendo do chão e se aproximando da frente do trailer, onde Bes estava.

– Ah... Sim. Isso é um problema. – Foi o que ele falou, antes de altos berros irromperem os ouvidos de todos. Estavam fora da cidade e no meio de uma estrada deserta e estava quase anoitecendo. Eles teriam dois dias, então não poderiam se dar ao luxo de desperdiçarem.

– O que? – Neal respondeu, se levantando.

– Serpopardos. – Bes respondeu.

– Serpo o que? – Karina engasgou.

– Que seja. – Noah falou. – Parece que não estão a fim de nos deixar passar.

Eram monstros enormes com corpo de leopardo, pescoços longos, verdes e escamosos e rostos de gatos com olhos vermelhos e línguas bifurcadas, semelhante as das cobras. Karina resmungou algo sobre cobras, mas o fato de ser metade cobra não parecia incomoda-la. Era somente a visão feia do monstro. Já Neal, aquele monstro o lembrara levemente as cobras que o atacaram e a Grover antes de eles partirem para o Acampamento Meio-Sangue.

– Lutamos com eles? – Karina perguntou, erguendo uma sobrancelha.

– Já estou com meu arco e flecha. - Neal deu um toque em seu botton e, em sua mão, apareceu seu arco, brilhando majestosamente em dourado. A aljava aparecera em suas costas, firmemente presa e as flechas estavam prontas para serem lançadas.

Noah fora pegar a adaga de Karina e então tirou seu novo punhal da própria bainha que carregava no cinto. Z piou, ampliando suas câmeras e fitando o inimigo que começava a rodear o trailer. Parecia que haviam pichado as laterais do automóvel e escrito algo como"Atenção: Semideuses e Magos enlatados!" pois os monstros arranhavam as paredes do trailer e chiavam para o mesmo, querendo abri-lo.

– Posso me acostumar com isso. - Neal comentou, se referindo ao fato de sua arma poder virar um botton e vice-versa.

– Que bom. – Noah falou. – Porque agora essas flechas tem que ser pra valer.

.

Neal puxava a linha dourada do arco de leve, testando-a. Ele trouxe um pano grosso do trailer e o enrolou na mão. A primeira tentativa de arco e flecha valeu a pena. Doeu bastante sentir a corda ricochetear o espaço entre seus dedos que seguravam a linha. Não estava mais roxo, porém o local passara um grande período dolorido. Ele amarrou principalmente para proteger seu polegar e o dedo indicador - que seriam os mais afetados -, e então deu um nó. Ele havia ouvido Noah ditar para Z ficar no carro, e o pássaro não fez protesto algum contra.

Neal pegou uma flecha da aljava e a testou na corda, a esticando e encurtando. Ele achava meio chato ficar para trás apenas atirando, mas sabia que se fosse lutar nas linhas de frente fracassaria totalmente. O seu negócio era a retaguarda, as flechas e Neal era a proteção de seus amigos, os dando cobertura. Acertar aqueles monstros de perto não era para ele. Karina era rebelde, maluca e enfrentava muito bem as coisas. O tipo certo de usar uma adaga. Noah era ágil e já estava acostumado com uma lamina curta nas mãos. Eles eram os dois guerreiros da linha de frente. E todo guerreiro precisava de alguém para os ajudar nas linhas de trás, como um arqueiro. Que no caso era Neal.

Bes apareceu de fora do trailer.

– Ah meu Deus, Bes! – Karina virou o rosto para o lado, tampando os olhos com as mãos. A coitada estava vermelha como uma pimenta. Os meninos fizeram o mesmo, sem aguentar aquela cena bizarra e, principalmente, assustadora. – O que você está fazendo?! - A ruiva indagou novamente.

A visão de Bes só de sunga não era bonita. Na verdade, passava bastante longe diss. Mas o anão parecia orgulhoso de si mesmo. E ao mesmo tempo Bes aprecia suspirar, como se já tivesse passado por aquela cena com outras pessoas.

– Estou dando tempos pra vocês, ingratos. – Resmungou Bes, virando-se para os inimigos que no momento se reunião em volta do grupo. Quando ele gritou ‘Boo’ até mesmo Karina estremeceu. Os monstros principalmente.

– Temos três dias e essas coisas aparecem no nosso caminho. – Noah resmungou se referindo aos Serpopardos. – O mundo é tão grande, por que elas aparecem justo aqui? Acaso somos os últimos lanches de monstros da terra? Não, não somos!

Apesar da indireta do moreno, Neal entendeu o pensamento do outro. O loiro e a ruiva não eram mais tão ingênuos como quando começaram aquela missão. O inimigo havia enviado aquelas coisas para os matar – ou pelo menos os atrasar o máximo que pudessem. - Essa era a teoria de Noah, e a que Neal também acreditava. O que era outra dica para que corressem e chegassem o mais rápido que pudessem na Grécia.

– Muito confiante você. – Karina murmurou.

– Não estou confiante. Vamos morrer quando formos lutar com eles. – Noah apontou para os serpopardos. – São três ali. Temos um arqueiro e só dois para a batalha.

– Otimismo – Resmungou Neal, verificando se o pano em sua mão estava realmente fixo.

– Andem logo! Eu estou ganhando tempo e vocês ficam conversando?! – Bes, que estava mais adiante, ficou vermelho de raiva.

– Otimismo a parte. - Noah pareceu pensar um pouco – Hm... Pessimismo a parte também. Vamos acabar logo com eles.

Karina o seguiu com a adaga enquanto Neal mirava suas flechas. A primeira vez que acertou, Neal se encheu de orgulho. Foi uma sensação boa, apesar de o monstro só se sentir incomodado. A sensação de mirar e atirar era tão familiar para ele... Parecia que Neal já nascera sabendo atirar. Era uma sensação incrível. Noah atacava-os ferozmente e com agilidade, enchendo-se de adrenalina enquanto corria e acertava os serpopardos com seu punhal. E Neal viu a importância dos arqueiros.

Em vários momentos aquelas coisas podiam ter atacados seus amigos de uma péssima forma. Uma tentativa foi morder Noah por trás. Neal o acertou no rosto, errando por pouco o olho e acertando perto da orelha. Ele estava entusiasmado e assustado com sua mira. Outro momento tenso foi quando Karina ficou cercada por dois. A flecha na cabeça de um o eliminou, e Karina pode se concentrar por completo.

Agora, só restavam dois.


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Notas finais do capítulo

Preview:
*sqn, sem spoileres!*
Só posso dizer que no prox capiih terá mt treta, desespero e...
Oh, you completed the quest! Emotions unlocked!
Tá, traduzindo do RPG (alguns sabem né? Aquele NPC q fica lá c cara de c* esperando vc trazer algo para ele e no fim ele fala algo estilo "Oh, obrigado! Tome isso de recompensa: e na maioria das vezes nem vale a pena ) xD Enfim, traduzindo:
Novas emoções vão ocorrer no prox capiih! O q será que vai acontecer? Emoções de quem? Descubram isso, no prox Cap!