A Lira da Verdade escrita por Anns Krasy


Capítulo 32
Capítulo 32 - Karina


Notas iniciais do capítulo

Adjkadjkadjk eu voltei pra colocar um pouco de drama & tragédia na fic.
Capiih, novo, e a revelação de um pouco do passado do misterioso Noah! e.e Espero que gostem!
Ah, sim. Eu quero saber o q acharam dps!
Boa leitura!



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K

A

R

I

N

A

Eu devo estar doida, foi o que a ruiva pensou. Tudo bem ter contado aquilo a Neal, mas depois de falar ela achou a história patética. Porém a semelhança entre Noah e Kyle à fez sentir que tinha algo coerente em tudo aquilo. Eles deviam ser a mesma pessoa, mas não via um modo de que o menino tenha sobrevivido ao incêndio. Ela viu quando a madeira do teto caiu sobre ele, mesmo sendo um sonho sabia que aquilo tinha acontecido.

Thomas preparou uma refeição descente na cozinha do apartamento. A refeição consistia em bolo de chocolate, e mais sanduiches – dessa vez bem preparados e com mais ingredientes do que só queijo – além de suco de maça que ele tirou da geladeira. A barriga de Neal roncou como a de Karina. Uma refeição e paz temporária dava uma sensação boa.

Ele guardou um pouco de cada para Noah e cobriu a comida com um pano. Então trouxe a bandeja até a mesinha no centro da pequena sala e se sentou novamente na poltrona.

Karina e Neal se serviram. Bes também, e então ele voltou para seu jogo na TV. Thomas pegou um pedaço de bolo.

– Bom. Eu encontrei com Noah por acaso, na verdade. – Ele respondeu. – Eu trabalhava em uma biblioteca em Trenton.

– Passamos por lá. – Neal falou. – Foi quando a fênix nos atacou e Noah desmaiou.

– Uma fênix? Isso é novo. – Tom falou, arqueando as sobrancelhas. Mas pigarreou e se ajeitou na poltrona. – Bom. Noah na época era mais novo. Ele tinha dez anos. Era um batedor de carteira.

– Batedor de carteira?! – Repetiu Neal e Tom confirmou com a cabeça.

Karina franziu a testa. Não conseguia imaginar Noah roubando. Mas quando Thomas o descreveu – rindo sobre o fato – ela teve uma ideia. Um garoto de pele morena e cabelos escuros escondidos por um gorro sujo. Olhos escuros e tensos, usando uma camisa preta e uma jaqueta suja, calças e tênis gastos.

Era incrível a memória daquele homem.

– Ele me roubou. - Thomas falou, como se ele mesmo ainda não acreditasse no que havia acontecido. – No dia seguinte eu fui procura-lo. Então eu fui atacado por... Lestrigão, acho que é esse o nome daquele monstro. Eu estava na frente do... Beco que ele morava e então Noah acabou se envolvendo e atacou o monstro para me salvar. Ele ainda tentou fugir de mim depois disso, mas eu fui atrás dele. Até que o alcancei. Descobri minha carteira com ele e acabamos na delegacia. – Ele riu, mas depois seu sorriso falhou. – Os policiais falaram com ele e pediram para saber onde ele morava. Ele se recusava a falar com todos. Eu pedi para falar com ele e prometi retirar a queixa. Quando ele respondeu, disse que era órfão.

Karina ficou pálida. – Noah é órfão?

Tom assentiu. – Ele falou que estava morando desde os nove anos na rua, em um beco. Os policiais o levaram para um orfanato. Eu o visitava quando podia, e a moça que cuidava das crianças me disse que ele não se enturmava com ninguém.

Thomas aprecia lembrar bem daquele dia.

E ele realmente lembrava.

– Hei, garoto, como é seu nome? – Ele perguntou.

O menino não falou. Agora ele usava uma camisa preta e uma jaqueta azul e nova, calças jeans e estava descalço. Estava totalmente diferente do garoto sujo que havia lhe roubado no beco. Ele estava sentado em um beliche de lençóis brancos, mas olhava para as mãos que estavam em seu colo. Seu cabelo negro era comprido, terminando na nuca. Seus olhos ainda pareciam selvagens.

– Não vai dizer? – Perguntou Tom. Ele estava agachado na altura do rapaz. O rapaz o fitou por um momento, mas voltou o olhar para as mãos, aparentando ter nenhuma intenção de falar algo. – O meu é Thomas Walker. Poderia me dizer o seu, o que acha?

– Noah.

Thomas assentiu. Sorria para o menino, pois sentia que ele não se sentia bem na presença do loiro e Tom queria mudar isso.

– Hei, não precisa ficar assim. Está tudo bem agora. – Thomas falou.

Noah o fitou, cético. – Você é órfão?

– Não. – Tom sorriu. – Minha mãe mora na minha terra natal, no Brasil.

Noah fechou a cara para ele. – Então não fique dizendo que vai ficar tudo bem. Não está nada bem. Não é você que está num orfanato, está? Não! Quem está em um sou eu!

Thomas hesitou com o desabafo do menor. Piscou, se levantando. Ainda olhou para o rapaz que sustentava seu olhar com fúria. – Desculpe. – Tom falou. E então saiu pela porta.

Duas semanas depois ele voltou. Noah estava deitado no beliche de baixo, olhando para o teto com uma camisa verde opaca e bermuda preta. Tom tinha parado na porta de seu quarto e conversava com a moça do orfanato, uma mulher de cabelos pretos e olhos verdes. Quando ela pediu licença para ajudar as outras crianças, Thomas finalmente entrou no quarto.

E então Tom se aproximou de Noah.

– Boa tarde.

Mas o moreno não respondeu. Novamente, Tom percebeu que o moreno não gostava de sua presença. Mas quando percebeu que Tom ainda estava parado ali e que ele não tinha intenção de sair, suspirou.

– O que você quer?

– Vim dizer que não irei mais voltar aqui. – Respondeu ele. – Nós vamos embora.

– Nós? Nós quem? – Resmungou Noah se sentando para fita-lo. – Você é só um. Não tem um “nós” aqui.

Tom sorriu. – Agora tem. Vamos, Noah Walker.

E recebeu de Noah um olhar perplexo e surpreso. Mas dentro dos olhos do pequeno, Thomas pode ver uma pitada pequena de esperança.

Talvez, Thomas havia pensado sobre isso mais tarde, fosse a esperança de recomeçar de novo.

Karina tinha esperado pacientemente sobre o resto da história enquanto Thomas parecia lembrar-se de algo. Quando ele percebeu que a menina estava interessada, sorriu e a fitou.

– Eu adotei Noah. – Falou Tom com seu sorriso simples, mas o loiro e a ruiva ofegaram e arregalaram os olhos de surpresa. Provavelmente nunca tinham pensado nessa possibilidade em relação a Tom e ao moreno.

– Do que estão falando? – Uma voz perguntou no corredor. Ambos os adolescentes se voltaram para Noah, que estava escorado na parede com uma sobrancelha erguida.


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Notas finais do capítulo

E ai? *w* Mt drama? Mt tragédia? O que acharam desse passado de Noah? Como puderam ver, Thomas é mt importante, praticamente criou Noah. Dps terá mais sobre o passado dele! ^-^
Comentem minha gente! :)