A Lira da Verdade escrita por Anns Krasy


Capítulo 30
Capítulo 30 - Neal


Notas iniciais do capítulo

Yeah! Novo capiih! Revelador... Lembram daquele sonho lá? Da casa pegando fogo? Psé, não esqueçam dele é mt importante!! =w=
Boa leitura!



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N

E

A

L

O loiro e Karina correram para aparar Noah antes que ele caísse no chão. Ambos estavam atordoados com todo aquele fogo e temiam que Noah tivesse se queimado, mas não parecia ter acontecido nada. Suas roupas estavam meio queimadas – como as de todos ali –; e suas luvas sem dedo tinham sido reduzidas a cinzas.

Neal observou Karina colocar uma mão na testa dele e os olhos dela se arregalaram.

– Ele está ardendo em febre!

O garoto tinha que pensar rápido. Pensou em volta para o hotel, mas não seria uma boa ideia depois daquelas vampiras assassinas. A cabana estava destruída e Muffin só tinha saído do esconderijo improvisado agora que o perigo havia passado. Quando seu desespero estava no limite, uma nuvem de fumaça rodeou o gato que deu lugar a Bastet. Ela analisou a situação tensa antes de olhar para o horizonte.

– Não vou durar muito desse jeito. – Ela resmungou.

– Do que você está falando? – Neal a fitou.

– Muffin é meu hospedeiro. Posso aparecer dessa forma, mas meus poderes estão muito limitados enquanto minha hospedeira for a Muffim, e não um mago da Casa da Vida. Será impossível ajuda-los desse modo....

Ela tocou a testa de Noah.

– Vou abrir um portal para vocês. – Ela assentiu com a cabeça como se estivesse escolhido a melhor opção dentre outras e então ergueu a mão. Uma estatua de aparência egípcia apareceu, parecia um gato de olhos fechados e sentado. – Armazenei energia suficiente nessa estatua para um portal. Só um. O nascer do sol será daqui a instantes então assim que abrir atravessem-no.

Ela posicionou a estatua no chão e esperaram. O portal era como um redemoinho de areia, que não parecia ter fim. Como uma areia de gato gigante. Neal e Karina olharam para lá meio desconfiados.

– Espera! E você? – Karina perguntou, se voltando para Bastet.

Mas ela respondeu sua pergunta de um jeito diferente. - Magos seguem o caminho dos deuses. Somente deuses egípcios. Noah segue meu caminho, então... – Bastet começou a virar nevoa, mas ainda fitava Noah. – Farei de Noah meu hospedeiro, pelo menos até isso acabar. Talvez vocês precisem de minha ajuda mais tarde.

E então sumiu. Muffin acordou logo depois. Ela pareceu confusa, mas saiu correndo por ai. Seria mal se ela se perdesse, mas não poderia leva-la junto com eles. Neal fitou Karina e pegou sua mão. Ele a puxou junto quando caiu pelo portal de areia, levando Noah consigo.

Eles saíram em uma cidade diferente e de dia. Não nevava, e isso foi o que notaram em primeiro lugar. Ali era bastante quente. Pelo menos dessa vez eles não caíram um em cima do outro. Pessoas passavam pela rua, mas não pareciam notar o portal no meio da rua. Eles se entreolharam, sem ideia para onde deveriam ir. Foi quando um carro preto parou ao lado deles e o vidro escuro abaixou, mostrando o motorista atrás do volante.

– Entrem logo.

Neal franziu a testa.

– E você é...?

– Um amigo de Bastet. Agora entrem.

Sem nenhuma outra ideia, obedeceram ao homenzinho que não deveria ter mais de um metro de altura, peludo e usando camisa branca e calças normais. Colocaram Noah no banco e se sentaram ao lado dele. O carro começou a dirigir, mas eles não tinham nem ideia de onde estavam.

– Que lugar é esse?

– Cairo, Egito. – Respondeu o anão.

– Hã... Quem é você? – Dessa vez foi Karina que perguntou.

O motorista de virou para eles com um sorriso. – Meu nome é Bes. Vejo que Noah está com vocês, ele deve ter usado bastante energia pra ficar nesse estado. E Bastet, onde ela está?

– Ah... Ela disse algo sobre fazer de Noah seu hospedeiro e então sumiu. – Neal disse.

– Hm... – Bes resmungou baixo.

Neal notou que outra coisa incomodava Karina. E quando ela o fitou, ele fez uma pergunta silenciosa. Ela se remexeu inquieta e então suspirou. Viu que Bes prestava atenção na estrada e então se inclinou para o loiro.

– Lembra-se daquele incidente? O cemitério? – Ela perguntou. Quando o loiro assentiu, ela continuou. – Antes eu tive um sonho. Era uma casa. Estava pegando fogo. Tinha uma mulher e um menino. Eles morreram no incêndio.

– Eles não podem ser...

– São sim. Eu realmente acho que são Kyle e Jade Parker. – A ruiva respondeu, sua voz era um sussurro para que Bes não ouvisse. Talvez ele estivesse ouvindo, talvez não. Ela não conseguia saber. – No sonho, o garoto era totalmente igual à Noah, idênticos! A mulher também era parecida. O estado de Noah rodeado de fogo quando ele lutou contra a fênix e a lembrança desse sonho, do menino rodeado de chamas... Não vi muita diferença, fora a idade.

Neal franziu a testa. – Não está pensando que aquele menino é Noah, certo? Pelo que vi, aquele menino está morto. Noah, huh, talvez ainda esteja vivo.

– Sou capaz de pensar em tudo agora. Esse negócio de deuses ou coisas assim... Não dá pra acreditar nessa possibilidade do Noah, não? Não é tão ilógica se existem deuses gregos por ai, fora os deuses e anões egípcios...

Ela apontou disfarçadamente para Bes que continuava dirigindo. Neal pareceu pensar. Por muito tempo, por sinal, pois ambos cravaram seus olhos em Noah quando ele resmungou.

Ele bocejou, fitando por fim Karina e Neal. Ele parecia exausto. O moreno olhou ao redor até fitar Bes e então se ajeitou no banco, voltando seus olhos para a ruiva e para o loiro.

– Karina? Neal?

Neal viu a garota ficar meio vermelha e um pouco desconfortável. Agora Noah parecia mais uma pessoa normal que antes - sem a sua frieza, com a qual eles haviam se acostumado. Karina assentiu com a cabeça, tranquilizando Noah. O loiro sorriu para o amigo.

– Sim. Somos nós. Você... Você está bem? – A garota perguntou. Ela hesitou em colocar a mão na testa do moreno, mas o fez. – Você está fervendo!

– Estou com fome. – Falou simplesmente, antes de completar: - E com sono. Fome e sono.

Karina e Neal precisaram de alguns minutos para entender o que ele havia falado.

– Ah. – Ela pegou as mochilas que tinham trazido consigo. Estavam chamuscadas, mas ainda eram uteis. Tirou de lá alguns dos sanduiches meio queimados e estendeu-o ao moreno.

Neal tem um sinal com a mão, chamando a atenção de ambos. - Espera ai! Acabamos de ver você controlar fogo e, de certo modo, arremessar uma fênix, uma ave feita de fogo, para o outro lado do planeta. E quando perguntamos se você está sentindo algo, você simplesmente responde que está com fome e com sono?!

O moreno o fitou, mas pareceu ignorar totalmente o que ele tinha dito, pois voltou sua atenção para o sanduíche. Karina olhou para o loiro e deu de ombros.

Neal ainda pode ver o leite que Hipnos tinha dado a eles dentro da mochila e estava intacto. O deus do sono dissera para toma-lo na hora certa, mas o fato era que Neal não sabia quando seria essa hora. Somente sabia que estava próximo.

– Onde estamos? – Noah perguntou.

Bes se virou novamente. – Cairo garoto! Bastet me contatou e disse algo sobre um amigo seu, onde ele está?

– Em um apartamento. – A febre parecia estar afetando Noah, pois ele respondia com simplicidade o que normalmente hesitaria em falar. Mesmo com aquele tempo juntos, Neal e Karina percebiam coisas em Noah que, se um estranho se aproximasse deles, provavelmente achariam que eram amigos de infância.

– Sim, sim. Onde é?

Noah deu o endereço e o numero do quarto a ele, e então se encostou e fechou levemente os olhos como se fosse cochilar. Neal se inclinou para Karina.

– Ele não tá bem. Você acha que ele está bem?

Ele está com febre! – Respondeu à ruiva virando-se para o loiro e o repreendendo com o olhar, e então se virou para Bes. – Quem é esse amigo de Noah?

– Vocês o conhecerão. Olha, é aquele hotel ali. – A rua só tinha um hotel, ou melhor, um Apart-hotel, então a garota supôs que era aquele. Era feito de algum tipo de pedra e no tom de bege. A porta da frente era de vidro e uma cortina verde podia ser usada para cobrir a entrada. Em dourado estava simplesmente o nome “Hotel” em baixo de outro nome, que provavelmente era hotel em outra língua.

Bes saiu do carro e, depois de acordar Noah, os semideuses o seguiram.

O chão do hotel era feito de pedras claras. Havia um sofá circular no meio e no tom de verde. Algumas plantas enfeitavam a recepção e uma TV estava ligada na parede em um canal de noticias. A língua era árabe, mas embaixo da legenda em árabe tinha o inglês. O que era ótimo. O balcão tinha três recepcionistas, todos de uniforme verde. Bes passou direto até o elevador.

Neal teve que apertar o botão – o motivo era simplesmente que o responsável pelos três, Bes, era baixo de mais para clicar no andar dito por Noah e ameaçou dar um chute nas canelas dele se eles comentarem esse fato novamente. Quando o elevador parou no andar indicado eles saíram e seguiram até o numero 105.

O que o loiro viu o deixou surpreso.


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Notas finais do capítulo

Bem, espero que tenham gostado! :) Não sei se minha net vai voltar a funcionar direito logo, mas postarei novamente assim que der! Se ela cair, então ficarei com um bom tempo sem postar (uns 10 dias, acho) - mas assim que puder posto o proximo!