A Lira da Verdade escrita por Anns Krasy


Capítulo 24
Capítulo 24 - Karina


Notas iniciais do capítulo

Uhuu, capiih novinho em folha e.e
Espero que curtam. Rsrs.
Boa leitura!



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K

A

R

I

N

A

Karina tinha acordado antes dos rapazes. Ela passou um tempo olhando para o teto antes de se levantar. A primeira coisa que notou foi que o livro sobre o Egito estava em seu colo. Ela o colocou no criado mudo e então foi até o balcão. Assim que Noah tinha dormido, Neal e Karina tinham se servido da comida de Hipnos. Ela tinha visto o loiro colocando um pacote em sua mochila, mas estava exausta demais para perguntar o que era. Ela passou e seguiu até o banheiro tomando uma ducha fria e trocando de roupa. Colocou uma camisa enorme e bege, um casaco cinza por cima, jeans surrados e tênis.

E então a ruiva pegou a sacola da bancada e preparou seis sanduíches. Guardou três na sua mochila e deixou o resto na bancada. O Chalé 11 e o Chalé 7 tinham preparado as mochilas deles para a “missão especial e secreta” de ambos. Quíron estava muito ocupado com a nova profecia, como o resto do acampamento, portanto não os tinham notado sair pela segunda vez do acampamento.

Depois de algum tempo de TV, Karina já estava ficando entediada.

– O que está fazendo? – Uma voz fez Karina pular. Ela se virou para ver um Noah comendo um dos sanduíches da bancada. Ele a olhava sem nenhuma expressão, mas a garota podia ver a curiosidade no fundo de seus olhos castanhos e quentes.

Seus olhos eram como brasas.

– Não estou fazendo nada! – Ela respondeu, e então desviou o olhar. Ela jogou o livro para a cama dele e então se ergueu. Noah parecia bem disposto e desse modo ela resolveu acordar Neal. – Hei, príncipe dorminhoco. Acorde!

Ele resmungou uma ou duas vezes, falou algo sobre sorvetes e então finalmente abriu os olhos. Ele bocejou e se sentou na cama.

– O que? Onde... Ah. A pousada.

– Tem sanduíche na bancada. Se apressem. – Ela pontou para uma porta no fim da cozinha. – O banheiro é ali, mas a água está fria.

Depois de ambos tomarem banho e comerem, eles arrumaram as coisas. Não tinham dinheiro para ficar mais tempo e nem queriam. Aquele lugar não era dos melhores, e as costas de Karina estavam marcadas por causa de algumas molas que saiam do colchão.

Estavam quase prontos, quando batidas na porta fizeram todos pararem. Neal, que estava perto da porta, foi quem respondeu.

– Quem é?

– Estamos arrumando os quartos. – Foi à resposta.

Karina caminhou para abrir a porta, mas Noah a segurou pelo ombro. Seu olhar era sério e estava fixo na porta. Quando Neal foi abri-la, o moreno negou com a cabeça. Em um momento de tensão, não houve resposta. E então a porta se abriu lentamente. Uma garota de cabelos loiros e cacheados e olhos castanhos espiou e então sorriu quando viu os hospedes do quarto. Ela vestia uma camiseta branca com uma jaqueta preta por cima e calça preta.

–Oh, bom dia!

Karina foi a primeira a se recompor.

– Bom dia. Ah, nós estávamos de saída e... – A ruiva foi interrompida quando a garota sorridente a fitou. Tinha algo de estranho nela e Karina parecia saber o que era, ou já ter sentido aquela sensação antes, mas não conseguia se lembrar.

– Não tem problema! Podem deixar a chave na recepção. – A garota pegou um monte de chaves do bolso. – Eu sairei assim que terminar de arrumar tudo então, por favor, não tenham pressa!

Neal deu um sorriso falhado para a garota entusiasmada.

– Não é isso... Nós vamos pagar a conta e ir embora. – Ele explicou, mas quando a loira o fitou ele não conseguiu desviar o olhar dela. Um arrepio percorreu sua pele enquanto ele fitava aqueles olhos castanho-avermelhados... Não, agora eles estavam completamente vermelhos.

– Oh, vocês já vão. – Ela repetiu meio baixo. – Poderiam ficar mais uma noite...

– Não podemos. – Insistiu Noah, frio. A garota falhou numa tentativa de rir.

– Acho que não tenho escolha então. – Falou ela, sua voz engrossando toda vez que ela falava uma sílaba diferente. A porta se trancou sozinha com um baque surdo logo após mais três garotas entrarem. Uma morena, outra ruiva e outra de cabelos castanhos. Karina ficou arrepiada, sem saber o que fazer.

– Ei – Uma delas sorriu para Neal. – Como é seu nome?

O loiro não conseguiu falar, mas logo encontrou sua voz.

– Neal.

Noah franziu a testa. Parecia que ele tinha ficado irritado de uma hora para outra com o loiro.

– Você por acaso é idiota? – O moreno grunhiu, ainda com os olhos em Neal. Ele não pareceu feliz com o que Noah tinha dito, mas não fez caso sobre aquilo.

– Não se esqueçam de nós. – A loira sorriu. – Eu me lembro de vocês. Principalmente de você – Ela apontou para Noah. – E de você. – E depois apontou para Karina.

– E eu me lembro desse loiro. – A ruiva grunhiu nada feliz. Ela tocou o ombro esquerdo, como se tivesse se lembrado de algo realmente desagradável.

Karina e Neal franziram a testa, como se não estivessem acompanhando a conversa das garotas.

– Não me lembro de vocês. – O loiro respondeu.

– Nem eu. – Acrescentou à ruiva.

Das garotas, a risada mais alta foi a da morena. Agora, o trio podia ver que as quatro meninas estavam mudando. Estavam se tornando pálida como vampiros e seus cabelos pegaram fogo. Seus olhos se tornaram vermelhos e intensos e uma de suas pernas se tornou peluda como a de um burro; enquanto a outra se tornou metálica.

– Claro que não! Vocês não se lembram de nada, isso chega a ser hilário! – Uma das vampiras riu, mas então apontou suas garras para Noah que ainda continuava frio e sério nas sombras. – Mas ele se lembra. Ele só não quer contar para vocês que...

Ela não pode falar mais nada. Um punhal se cravou em seu peito e seus olhos foram exatamente para Noah. O moreno tinha jogado sua única arma na Empousai tagarela. Ele rosnou e, agilmente, recuperou a arma no meio das outras vampiras.

Karina e Neal ficaram perplexos. O olhar da garota foi para a mochila ao lado da cama, onde sua adaga estava. Com um movimento rápido, tanto ela quando Neal correram atrás de suas armas. Noah impediu que as Empousai os atacassem por trás criando uma barreira. As garras delas faziam grandes estragos e o punhal era inútil quando elas desviavam ou bloqueavam seus ataques.

– Vou me vingar de vocês três. Vão me pagar pelo que fizeram. Vocês e aquele filho de Poseidon. – Rosnou a que anteriormente era a loira. – Nossa chefe ficará feliz quando acabarmos com vocês. Lembra-se dela, Noah?

O moreno saltou para cima da cama antes que ela arrancasse sua perna. Noah deu um sorriso sarcástico.

– Infelizmente ainda não tive a oportunidade de conhecê-la. Mas mande meus cumprimentos a ela quando estiver no Tártaro novamente, Empousai.

Ele jogou o punhal, mas a Empousai que parecia ser a líder saltou. A arma se cravou na azarada que estava atrás. A de cabelos castanhos se desintegrou com uma expressão de horror no rosto. E sua arma estava novamente no chão e fora de seu alcance.

A loira olhou para o pó de suas amigas e então rosnou novamente para Noah. Ela não pareceu ter gostado de ter as outras Empousai desintegradas na sua frente. Noah estava pronto para usar sua magia egípcia quando Karina apareceu ao seu lado com sua adaga. Neal partiu para cima da outra, balançando o arco sem nenhum plano base em mente. Até que ele era inteligente, já que o arco era de bronze celestial faria estragos também. Mas também parecia que o loiro só queria atingi-la de qualquer jeito o que facilitou para a morena cravar suas garras na perna dele. Neal gritou de surpresa e saltou para trás enquanto Karina ameaçava a outra Empousai com o olhar.

Noah, por um momento, apenas observou a cena. Numa competição de olhar mortal, ele sabia que Karina poderia vencer. E a Empousai reconhecia isso. A loira saltou na direção deles e Noah empurrou Karina para o lado. Ambos caíram rolando da cama enquanto o monstro batia com tudo na parede. Por fim, Noah roubou a arma de Karina e a enterrou na mão da Empousai, fazendo-a se contorcer para se soltar da arma. O moreno furou o colchão também, mas isso era o menor de seus problemas.

Ela soltou um grito agudo antes de arrancar a arma e joga-la longe. Com um movimento rápido ela ficou de pé sobre a cama e olhava o casal com um olhar faminto.

– Karina, abra a porta. – Noah falou em tom simples, como se fosse algo normal.

A ruiva olhou para a porta e então franziu a testa quando algo apareceu em sua mente.

– Está trancada. Mas... Não sei como eu sei disso... – Ela respondeu.

Noah avançou quando a Empousai ameaçou fazer o mesmo. Ele estendeu a mão e gritou o comando de Queimar, fazendo-a cair da cama com o braço queimando e bater novamente a cabeça. Neal enquanto isso ainda lutava com a outra Empousai selvagem, e sua perna estava sangrando.

– Karina! Agora! Estamos desarmados, Neal está ferido, precisamos seriamente cuidar da ferida dele e se não andar logo minha magia irá acabar muito em breve! – Noah insistiu, dando um soco na Empousai quando ela ameaçou se levantar. O nó dos dedos de sua mão estava branco e dormente pelo soco forte. A ruiva olhou desesperada pela porta, sem saber o que fazer. Ela nunca tinha tentado fazer algo assim antes.

Quando era pequena, uma vez já tinha aberto uma porta trancada. Mesmo sem saber como. Ela não se importou na época, era pequena e essa era uma lembrança muito antiga. Na hora ela estava com muita raiva e tinha somente dado um soco forte na porta. A reação foi à porta se abrir.

Karina já estava desesperada quando viu a Empousai se erguendo mais uma vez e vendo que Neal não aguentaria lutar por muito tempo com a outra.

– Ah... Não ponham pressão assim de repente sobre meus ombros, droga! Abre-te Sésamo!

Por um momento, tanto os rapazes quanto as Empousai a olhou como se ela fosse doida. Ela sentiu-se envergonhada e ridícula.

Até a porta se abrir.

Noah ergueu a sobrancelha surpreso. Deu um chute na Empousai e grunhiu ao perceber que a tinha acertado com a perna machucada. Mesmo assim ele correu, pegou sua arma e nocauteou a outra vampira, dando tempo pra Neal correr. Karina correu atrás deles assim que pegou as mochilas.


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Notas finais do capítulo

E ai? :3
Merece comentários? - Se quiserem podem até chamar amigos, parentes, irmãos de consideração, amigos virtuais para ler e tals. =w=
Até o próximo capiih.