A Lira da Verdade escrita por Anns Krasy
Notas iniciais do capítulo
*u* oi meu povo!
Capiih novinho, saído do forno. Espero que curtam, tem nenhuma ação, mas era essencial que tivesse essa parte na história. (Acho q depois do próximo capiih tem ação, tenho 90% de certeza...) Enfim, boa leitura gente!
N
E
A
L
O jeito foi ficar em uma pousada barata. Eles podiam pagar a estadia de um pequeno quarto com três camas por somente dois dias e foram as condições que o deixaram tão barato. A parede era bege e já estava caindo à tinta, precisava seriamente de uma reforma. A janela dava para uma floresta e mais ao longe se via montanhas. Entretanto, do outro lado da sala, a janela dava para um beco imundo. Ambas estavam enferrujadas. As camas tinham molas quebradas, mas pelo menos tinha um criado-mudo e um abajur para cada cama. O quarto possuía uma TV barata e quase sem nenhum canal. Havia uma cozinha com duas bancadas e uma mini geladeira velha, um fogão que parecia ter sido feito na época em que os dinossauros andavam sobre a terra e para completar, pratos sujos.
– A pousada dos deuses. – Karina revirou os olhos, bufando.
– Você tem mais grana? Porque se tiver vamos para uma cinco estrelas. – Neal sorriu.
– Só você. – Ela suspirou, sentando-se em uma das camas. Eles já haviam posto Noah em uma, e ele ainda estava adormecido. Tinha assustado ambos os semideuses com sua caída repentina, mas quando notaram que era exaustão, tinham tratado de trazê-lo para lá.
– O que faremos? – Neal murmurou, olhando pela janela.
Karina pensou a respeito, olhando para Noah. Ela corou involuntariamente e então ficou olhando para o forro azulado da cama. Sem consegui se aquietar, ela torcia o pano nos dedos. Já estava escurecendo.
– O.K! – Ela falou, se levantando. – Neal, precisamos de comida.
– Usamos o dinheiro para pagar a estadia, lembra?
Isso era verdade. Ela olhou em volta, até colocar os olhos na mochila de Noah. Ela a revirou, vendo garrafas de agua, um agasalho e outras coisas.
– Hm... Ele parecia pronto para ir acampar. – Falou ela para Neal ouvir. – Eh? O que é isso?
O livro tinha uma capa azulada e a imagem das três pirâmides do Egito. Ela olhou do livro para Noah e então voltou seus olhos para o livro novamente. Na ultima pagina tinha o selo que qualquer biblioteca colocaria neles. Agora que ela se lembrava, tinham encontrado Noah aos pés da entrada de uma biblioteca.
– É um livro sobre o Egito. – Disse Neal, finalmente.
– E porque Noah o tem? Ou melhor, o pegou emprestado? – Murmurou Karina. – Ele sabe bastante sobre semideuses e sabe sobre o acampamento...
– Ele sabe? – Neal interrompeu.
– Ah... Sim. Já nos encontramos. Ele me salvou de cães infernais quando eu e minha amiga estávamos indo para o acampamento... – Karina corou, sem saber o motivo. – Ele disse várias coisas sobre o acampamento, então pensei que ele era de lá. Mas vejo que tinha me enganado.
– E agora – Neal completou. – Ele tem um livro sobre o Egito. Ah, os egípcios também não tinham deuses?
– Eles também? – Karina murmurou intrigada. – Quer saber? Perguntaremos a Noah quando ele acordar.
Ela continuou remexendo na mochila dele até achar uma bolsa pequena. O dinheiro lá dentro dava para comprar uma comida descente. Z pousou perto do moreno, aconchegando-se no travesseiro dele e adormecendo a seu lado. Karina jogou a bolsinha para Neal.
– Arrume algo para comermos, de preferencia que não precise cozinhar. O fogão não parece ter boas condições. – Ela falou.
– Certo, certo. – Neal resmungou, antes de sair do quarto.
*.*.*
A noite estava fria, mas dava para encarar uma ida até um mercadinho de esquina. Infelizmente para ele não tinha uma loja de esquina. A loja mais próxima era longe e isso fez seu estomago protestar. Ele estava morrendo de fome. Na loja, ele ficou surpreso por estar quase vazia. As únicas pessoas lá era o homem do balcão, que estava entretido com um jogo de beisebol na pequena TV, com seu boné dos Yankees, cigarro e com uma garrafa de bebida; e dois homens verificando os produtos das prateleiras.
– Porque eu, hein? – Ele suspirou. Naquele momento, ele pensou que talvez já tivesse falado algo assim antes. Ele olhou em volta, parecia tão familiar... Mas não se lembrava com clareza. – O que se pode comprar com esse dinheiro? Ah, eles não falam nem o que querem comer!
– Quem sabe? Você pode comprar frutas. – Murmurou uma voz.
Neal se virou com rapidez. Um homem observava as estantes como se já as tivesse visto um milhão de vezes. Seus cabelos eram louros e claros e seus olhos eram escuros e dourados. Sua pele era clara e ele usava uma camisa com mangas longas e totalmente brancas, suas calças também eram brancas e mais parecia um pijama. O loiro olhou para os lados, mas ninguém o notava.
– Você falou comigo? – O loiro perguntou.
O homem sorriu e então bocejou.
– Claro que não, eu somente gosto de falar comigo mesmo e responder as perguntas dos outros.
Neal bufou. Sua mão desceu até a sua mochila, mas ele lembrou que a tinha deixado no apartamento. Ele xingou-se mentalmente por causa disso.
– É. Não é bom esquecer armas. Poderia haver um inimigo, e isso seria muito ruim, certo?
O loiro piscou. – Como você...
– Ah, seu amigo moreno... Noah, certo? – O homem sorriu. – Ele vai precisar da ajuda de vocês. Um de meus filhos é um amigo dele e acho que sua amiguinha também já falou com ele.
Neal tentou saber sobre o que ele estava falando. O filho dele? E um amigo de Noah? Ele nem conhecia Noah, quanto mais o amigo dele! – Mas em sua memoria, olhando para o homem misterioso e sonolento ele só pode pensar em um garoto. Aquele da praia, que quase estava babando. O rapaz que estava conversando com Noah pela uma espécie de névoa estranha que ele descobriu ser Mensagem de Íris.
– Você é o pai dele... Daquele garoto da praia... – Murmurou Neal.
– Ah, sim, Willy. Ele é um bom rapaz. – E então o homem olhou fixamente para Neal. – Mas quem sou eu, garoto?
O loiro ficou sem fala. – Ah... Huh... Um dos deuses, claro.
– Meu nome é Hipnos, semideus. O deus do sono. – Ele suspirou. – Noah é um grande amigo de Willy, e agradeça a meu filho. Se não fosse por ele, eu não estaria aqui ajudando você.
– Que?
– Ele pediu para eu ajudar Noah em sua missão, e blá-blá-blá. – Ele fez um gesto com a mão, mostrando que não estava interessado nos detalhes. – Então tome, vim somente lhe entregar isso.
Ele jogou um frasco para Neal, que o pegou por reflexo.
– E o que é?
– Leite. Leite quentinho. Você saberá quando deve usa-lo. Diga a Noah que o momento está chegando, ele entenderá. – Ele ia se virar, mas se deteve. – Ah, eu sou generoso. Tome.
Ele o entregou um pacote de biscoitos de gota de chocolate e mais litros de leite quentinho, mas aquele leite de alguma forma era diferente do que enchia o pequeno frasco de vidro.
– Ajudará vocês a dormir.
– Não tenho duvidas. – Neal resmungou, olhando a comida. Ele voltou-se para Hipnos, mas ele já tinha sumido. Com o dinheiro que ainda tinha, ele comprou pão e alguns ingredientes para sanduiches. Poderia comê-los no café da manhã e depois arranjariam mais dinheiro.
Quando chegou ao apartamento, Karina lia com dificuldade uma das paginas do livro de Noah - talvez ela também tivesse TDAH -, e o moreno ainda estava desacordado em sua cama. Ele jogou as coisas na bancada e suspirou.
– Nunca mais compro comida sozinho. Os deuses são malucos. – Ele suspirou.
– Deuses? – Karina murmurou, repetindo.
– Me encontrei com o deus do sono. E pelo visto ele adora beber leite.
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*w* E ai? Curtiram? Merece comentário? Não sejam timidos, amo comentários e a história sai mais cedo neh? Todos ganhamos. KKKk - Sério gente, to em época de provas e vai demorar um tempinho mais os capiihs, mas acho q de 5 dias não passa. Minhas férias são em janeiro e eu tenho que passar pq não tem recuperação na minha escola. Ou passa, ou passa. Mas espero que tenham curtido, amo muito quando comentam. E sim, se comentarem dou uma estudada rapida e posto outro capiih bem mais cedo. (4 dias ou 3 em vez de 5, kkk xD Mas é melhor esperar 3-4 ou 5? Sou generosa U.u)
Kissus *3*