A Lira da Verdade escrita por Anns Krasy


Capítulo 15
Capítulo 15 - Karina


Notas iniciais do capítulo

Ok, estou de volta ^^ Os proximos capiihs serão de Neal e no ultimo dele será a profecia (eu acho, kkkk) Então se estiverem curiosos poderiam comentar e me motivar a postar mais cedo. :3
Desculpem pelo incêndio... Ou pela mulher... Ou pelo menininho... Ou... Ta.... Enfim, Boa Leitura pra vcs. ^^



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K

A

R

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N

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A delegacia era um prédio branco e enorme. Deveria ser esse o motivo de ele ser chamado de “Central”, certo? Se você acha que aquela delegacia era idênticas as dos filmes, deveria se desprender um pouco da TV. Era quase vazia. Algumas pessoas e policiais eram os únicos seres vivos daquele lugar abafado.

Uma mão segurou o ombro da ruiva antes que ela entrasse no prédio.

Era um policial, ou a julgar pelo cabelo negro e preso em um rabo de cavalo era uma policial. Ela usava o uniforme e seu boné cobria seus olhos, fazendo Karina se arrepiar.

– Cuidado. Lembre-se, nem sempre o que procuram é o que imaginam. – Ela falou, sua voz tinha um tom respeitoso e importante e ruiva achou melhor dar atenção ao que ela dizia. Mas ainda a considerava suspeita.

– Karina? – Neal a fitou, e passou os olhos entre a policial e ela.

– Já vou.

A ruiva se soltou da moça e seguiu o loiro.

Quando entraram, não chamaram muita atenção – o que foi ótimo para eles. Havia um homem com os pés em cima do balcão, lendo um jornal e comendo rosquinhas. Alguns policiais entravam e saiam pela porta dos fundos do local, e outros conversavam com as poucas pessoas presentes.

– Delegado Honey? – Pigarreou Neal, chamando a atenção do homem do balcão.

Ele era um cara robusto, com cabelos castanhos claros e oleosos, olhos castanhos e escuros e uma barba mal feita. Ao redor de sua boca era sujo de pó de rosquinha, e ele deu um sorriso pequeno e aberto para o loiro como se fosse parte de uma regra sorrir para as pessoas, mas parecia não querer dar o ar de sua graça para Neal.

Mas Karina franziu a testa para outro assunto. Quem diabos colocaria o nome do filho, um garoto, de “Mel”?! – A mãe do delegado deveria ser uma pessoa muito doce, para ter logo esse nome em favoritos. Tom? Não. Frederico? Pior. Ah, já sei! Honey! – Outro assunto a perturbava: Neal conhecia o delegado? – A menina lançou um olhar questionador para o amigo, acompanhado de um erguer de sobrancelha.

– Longas histórias. – Murmurou Neal.

– Histórias?! Longas confusões, isso sim! – Disse o delegado, se ajeitando em sua poltrona, e afundando-a com seu peso enorme.

Karina revirou os olhos. Ele não deveria nem saber a metade sobre a verdade do mundo. Se ladrões já era um desafio, imagine se aquele pobre delegado... Robusto, correndo atrás de um cão infernal para prendê-lo? Kaeina sentiu pena do delegado. Ele morreria de infarto.

Neal bufou, inclinando-se até o delegado.

– Certo. Confusões, desastres, como queria chamar. – Concordou o loiro, sem interesse nenhum. – Só quero um favor O.K? Faz isso, por favor.

– E o que seria? – O delegado também não parecia se importar com que Neal falava. Parecia que ele queria saber o que duas crianças malucas estavam fazendo em sua delegacia em plena hora de seu “lanche”.

– Olha, de todas as minhas confusões, a maioria foram mal entendidos, certo? Então quebra esse galho para mim, O.K? Preciso... – Ele negou como se tivesse fugindo do assunto. – Ela, minha amiga, precisa de sua ajuda.

O delegado olhou para Karina, avaliando-a com os olhos. Parecia ter a classificado como uma boa menina, pois deu um sorrisinho pequeno e tímido para ela. Ele não poderia estar mais enganado se esse for o caso, pensou Karina ainda séria.

– E como eu poderia ajudar?

– Estou procurando alguém. – Disse ela, direta. – Seu nome é Kyle Parker, por acaso tem algo relacionado a esse nome?

O delegado alisou a barba de modo pensativo, e então tamborilou os dedos gordos pelo teclado do computador. Karina ainda o viu abrir um programa e digitar o nome do menino, mas não tivera nenhum resultado. Então ele abriu um novo programa, e dessa vez teve, sim, resultados. Quatro garotos com o mesmo nome, mas um deles tinha o sobrenome “Parkeer”, então não seria quem ela estaria procurando. Na frente havia o estado deles. Um estava vivo, dois estavam mortos.

– Isso ajuda, garota? – Ele deu um giro de 360 graus no monitor, para ambos verem melhor.

Sem pedir licença, ela pegou um pedaço de folha e anotou o nome dos hospitais onde foram dados como mortos e logo depois pegou o mouse e clicou sobre ambos os nomes. Abriu duas pequenas janelas com a informação onde eles provavelmente estariam enterrados. Nenhum deles tinha fichas criminais, mas já haviam tido bastantes confusões e pareciam conhecer bastante cada lugar de uma delegacia.

Ela sorriu de modo satisfeito, colocou a caneta novamente no bolso da camisa do delegado e agarrou a mão de Neal, correndo para a saída e levando a folha de papel consigo. Eles não tinham tempo a perder.

– Ah, obrigada Sr. Mel! – Ela acenou, mas parou antes de sair quando Neal fez o mesmo. Ela franziu a testa para ele e fitou mais a frente. Esperou ver aquela policial suspeita, mas era outro. Tinha cabelos castanhos e os olhos também estavam cobertos pelo boné do departamento de policia.

– Sinto muito, mas não vão passar desse ponto.

– Como é?

O homem começou a tremer, como se estivesse tendo um ataque. Ele cresceu e rosnava numa mistura humana e animalesca que chegava a deixar Karina em pânico. Ela hesitou quando o monstro rugiu depois de totalmente transformado.

Corpo de leão, calda de escorpião... Até ai estava tudo certo.

– Espera, porque sua cara não mudou? – Perguntou Neal, apesar de toda a surpresa.

O monstro rosnou.

– Acho que ela já é feia o suficiente, por isso não mudou. – Karina falou antes que pudesse evitar. Em situações diferentes, ambos teriam rido, mas quando se tinha um monstro rosnando com dentes enormes e te olhando como se você fosse a refeição dele, não era engraçado.

Ele avançou. Karina rolou pra um lado e Neal para o outro. Ela pegou a adaga que tinha trazido consigo e a empunhou.

Tem a primeira vez pra tudo, certo? Karina pensou, suspirando.

Neal olhou ao redor. Impossível. Ele não tinha trazido nada pra se defender? Karina reprimiu o impulso de xingar e chama-lo de idiota. A Manticore a fitou e investiu. Karina pensou que ela ia mordê-la, mas ele se voltou no ultimo segundo e flechas de espinhos dispararam. Karina desviou da maioria, mas sentiu uma em sua perna.

Ela não conseguiu evitar gritar de dor. Sentia veneno correndo e deixando por onde passava uma dor enorme. Mas a ruiva ficou em pé no lugar. A Manticore fez um rugido que parecia que estava rindo.

Vai despertar. Dessa vez serão duas forças juntas. Não irá funcionar. – Ele riu, e virou-se pra Neal. – Quando a hora chegar, tomaremos providencias para que você não consiga completar a missão.

A Manticore avançou um passo lento na direção de Neal. Karina tentou ir atrás, mas sua perna fraquejou. Neal à medida que ele se aproximava, hesitava um passo ou mais. Ele parecia confuso – ambos estavam – principalmente por causa de tantos policiais correndo em direções diferentes para salvar suas vidas. Karina ouviu um dizer “Touro!” e bater contra uma porta de vidro.

Touro?

Pergunta pra outra hora.

Você será o fracasso da missão! É divertido ver que ele sofreu tanto para isso, para que você colocasse tudo a perder! – A Manticore estava próxima do loiro.

Karina adiantou-se, mas parou quando a calda estava apontada para seu peito. O policial malvado sorriu com suas presas.

Que fácil.

– Fácil? – Neal repetiu. Ele tirou o que escondia em suas costas. Suas mãos seguravam um porrete que um dos policiais tinha deixado cair. – Então vamos deixar mais difícil.

O monstro riu.

Karina fitou Neal nos olhos. Ela entendeu o que ele queria fazer.

– Ah, ele tem razão. – Ela falou desanimada, arriscou até jogar a adaga no chão. – Está acabado. Essa quimera...

Manticore! – Rosnou o antigo policial.

– Desculpe, Sr. Manticore. – Ela falou, mas no fundo não se importava nenhum pouco. – Mas ele está certo. Somos novatos, não podemos derrota-lo.

O monstro virou-se para ela.

Não se preocupe, vocês terão uma morte rápida. – Outra risada animalesca que mais lembrava um psicopata.

– Bem... Obrigada. Mas antes, já que vamos morrer mesmo, poderia falar sobre o fracasso futuro e tudo mais? – Karina deu um olhar inocente.

Claro! Eles vão destruir tudo! Estão com raiva de ambos os lados, não hesitaram em destruir tudo de uma vez por todas! Os dois lados vão sucumbir! Será incrível! Vai ser...

A Manticore não pode continuar. A arma de choque foi disparada por Neal e ele começou a tremer e sacudir, os olhos revirando como quem vai desmaiar. Não, um choque pequeno não mata um monstro como aquele, e eles tomaram essa conclusão quando Neal parou o ataque.

Insolente! Será o primeiro a morrer! – Ela arreganhou os dentes para o loiro, que ficou pálido. Ele fez uma força tremenda para não olhar a ruiva.

Karina foi rápida, recuperou a arma, escalou o leão escorpião e cravou a espada antes que sua cauda de escorpião a picasse vária vezes nas costas. O leão tremia, antes de virar pó e exalar cheiro de enxofre. A ruiva caiu no chão com tudo, e gemeu baixo pela perna.

Neal ajudou ela a se levantar.

– Você me paga. – Ela resmungou. – Uma massagem nas minhas costas.

– Certo, certo! Obrigado, vamos! E por favor, chega de delegacias! - Gemeu Neal.


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Notas finais do capítulo

olha, não sei bem como funciona as delegacias. Principalmente as de NY, xD (Please, nenhum mortal nunca me pegou e me levou a uma delegacia okay? Eu controlo a névoa B| ) Rsrs. Enfim, desculpem se as delegacias n tem esses programas ai... Ou tals. ;)
E oi pros leitores-fantasmas. Vcs deveriam criar contas e comentar, favoritar, recomendar, dar um "oi". Bem, se manifestem! - Autores gostam e se motivam, okay? Obrigada. ^^