A Lira da Verdade escrita por Anns Krasy


Capítulo 13
Capítulo 13 - Noah


Notas iniciais do capítulo

Bom, gente linda. :3 Eu tive coragem pra continuar mais cedo dessa vez. ^^
Nhá, sla. Deu vontade. Vai acontecer algo bem estranho nesse capiih, lá no final. Minha geeeente! Comprei O Sangue do Olimpo!! :D To começando a ler, então vai que a fanfic fique diferente dos livros, mas é pq comecei ela antes de BOO (Blood of Olimp). :3 E sem spoiler pra mim, please! ;)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/545321/chapter/13

N

O

A

H

Quando Noah disse para pisar fundo, ele não achou que Paul fosse mesmo acelerar. Ainda não acreditava que um simples mortal soubesse bastante sobre o acampamento. Não era normal, na verdade. Sim, um amigo seu que ainda frequentava o acampamento vivia o resto do ano com sua mãe. Ele tinha um padrasto, mas o cara não sabia sobre semideuses ou nada daquele mundo.

Carter babava, literalmente, no banco de trás. Sadie olhava para trás como se eles estivessem sendo perseguidos por um míssil. Quando Noah viu para onde Paul estava levando eles, se adiantou e inclinou-se. Ele não podia leva-los ao acampamento. Não com Carter e Sadie.

– Para Manhattan. – Disse Noah.

– Mas... – Paul tentou falar, franzindo a testa.

– Paul, com todo o respeito, eles não precisam saber sobre aquele lugar. Não posso explicar agora, mas queria que guardassem segredo sobre nós e sobre o que aconteceu hoje. E isso também significa que nenhuma outra pessoa do acampamento pode saber. – Disse Noah.

O homem assentiu. Sally havia permanecido calada, somente havia anuído com a cabeça.

Quando parecia que Noah estava calmo, ele fitou os olhos da mulher. Eles estavam assustados, mas ela parecia já ter presenciado algo parecido no passado. E que não havia tido um bom fim. Noah pode entender o que ela faria.

– Sally, jure pelo Estige.

A mulher arregalou os olhos. Não adiantaria pedir aquilo para Paul. Ele era um mortal, então esse juramento não teria poder nenhum nele. Seria uma promessa vazia. Ele não sabia se com Sally seria válido, mas pelo que havia entendido, seu filho era um semideus. Deveria valer algo.

– O que? Eu...

– Isso não é só um problema que envolve aquele lugar – Ele deu uma pausa e olhou para Sadie, que parecia se revezar pela conversa. Ora olhava Noah e ora olhava a mulher. – É muito maior. Isso já aconteceu antes. Ninguém pode saber disso. Mesmo. Por favor, jure que só irá contar quando eu permitir.

Não que Noah não confiasse nela. Mas os egípcios e os semideuses já tinham se encontrado antes. E Noah sentia que se ela não fizesse aquele juramento, ela iria contar para Quíron, para seu filho e, consequentemente, todo o acampamento iria saber sobre os magos egípcios. E haveria outra guerra. Uma pior que somente semideuses lutando. Dessa vez não seria dois mundos, seriam três. E os adversários dos semideuses seriam deuses mais antigos que suas divindades gregas, além de magos que controlavam pura magia.

A mulher anuiu com a cabeça.

– Juro pelo rio Estige, que só falarei sobre esse incidente quando você concordar.

Um trovão foi ouvido de longe.

– Agora, Noah, você poderia se explicar? – Sadie o fitou em tom serio.

O rapaz suspirou.

– Não quero falar sobre isso agora, O.K? – Ele murmurou, sem muita educação.

– Lutamos com um javali enorme que, por Rá, ele não ganharia um concurso de beleza; Estamos sendo perseguidos pelos deuses sabem o quê; Você parece estar falando outra língua e sobre coisas que me deixam maluca e... – Ela respirou fundo. – VOCÊ NÃO QUER FALAR A RESPEITO?! PERDEU A NOÇÃO DO PERIGO, MOLEQUE?!

– Sadie... Em primeiro lugar: Sou mais velho que você, então eu não sou um "moleque". Segundo: Sei das historias que contam sobre você e seu irmão. Sei do que são capazes, mas infelizmente isso não é um problema de vocês. Ainda não. – Falou Noah.

– Noah, por Isis, o que era aquilo e do que vocês estão falando? – Ela perguntou, tentando soar calma dessa vez.

Noah estava tentado a usar Ha-Tep nela também, mas pensou em algo melhor. Assim que chegassem a Manhattan, cumpriria sua ideia. Ele só esperava que Sally e Paul o ajudassem.

– Vocês têm os iniciados, Sadie. Isso que está havendo é muito perigoso. É algo que eles não estão preparados. Não ainda. – Noah murmurou. Sadie abriu a boca pra falar, mas não disse nada. – Isso pode ser um perigo maior que vocês já enfrentaram. E a Shelby, Sadie?

Sim, Noah poderia estar usando golpes baixos falando da pequena iniciada. Mas ele tinha que ter argumentos que fizessem as perguntas de Sadie se encerrarem. Se ela continuasse, ele poderia perder a paciência e, logo, também entraria em desespero. Não era de seu feito, mas suas emoções estavam ficando descontroladas. Seu corpo estava se aquecendo de dentro para fora, e isso seria um perigo.

Não agora... Não aqui. Pensou ele, respirando fundo. Ele esfregou suas mãos uma na outra e se acalmou ao sentir o tecido das luvas-sem-dedo as cobrindo.

– Está certo. – Sadie murmurou, vencida. – Mas prometa que falará sobre isso mais tarde, assim que puder.

Noah assentiu.

Ele podia ver o rosto de seu sonho sorrindo para ele, como se seu futuro já estivesse traçado. E pelo visto não seria muito bom. Ele se lembrava da outra parte de seu sonho... Do que ela tinha dito e a imagem que ela o havia mandado naquela noite... O acampamento destruído, resumido a cinzas. O Vigésimo Primeiro Nomo em escombros, igualmente ao Primeiro Nomo... Deuses, porque justo ele? Um semideus que havia se aliado a Cronos, havia fugido do acampamento e tinha virado um mago egípcio... – Noah se pegou pensando depois de muito tempo em outros deuses. Não os grandes deuses egípcios, mas ele estava pensando sobre os deuses gregos.

Isso o fez ficar estático por um momento. Como Willy estaria? Certamente no acampamento junto com seus meios-irmãos do chalé 15. Para um filho de Hipnos ele era bastante hiperativo. Não era tão rechonchudo como seus outros irmãos, e tinha por volta de 15 anos. Mesmo assim havia herdado os cabelos cacheados, loiros e claros como leite que a maioria de seus irmãos tinha. E ele estaria dormindo, provavelmente. De certo modo, sentia no Duat o presente que Willy havia dado a ele.

Um pequeno frasco, mas na época Willy havia dito que ele iria precisar bastante dele um dia. Noah parecia saber como o usaria. A vontade de tira-lo do Duat era tentadora, mas teria que esperar por um momento.

O carro foi jogado para frente, e vários urros foram ouvidos. Sadie engasgou com um grito, enquanto Noah se segurou e impedia que Carter fosse arremessado pelo vidro da janela. Olhando para trás, Noah se deparou com uma cena terrível. Ele se lembrou de filmes que via nos finais de semana com sua mãe. Filmes onde um exército de bichos atacavam pessoas e no fim um do trio de heróis acabavam com eles - ou erra acabado por eles. Mas ainda duvidada que aqueles atores conseguissem lutar com cinco serporpardos de uma vez só.

– O que são aquilo?! – Gritou Sally.

– O juramento, Sally. Lembre-se do juramento! – Lembrou Noah.

– Serporpardos! – Gritou Sadie, ainda sem entender sobre o que Noah estava falando. Sadie sempre havia tido uma boca grande.

[Viu? Até Carter concorda e... Epa! O que está fazendo? Quer que eu chame Quíron? Não vai resolver? Eu chamo Osíris! Oohh... Sim! Chamo mesmo! Agora fique quieta].

Carter deu um pulo, despertando e batendo a cabeça no teto do carro. Ele foi jogado para o lado e quase esmagou sua irmã. Parecia meu desatento no começo, mas quando viu a vista pela janela de trás do carro, pareceu ter se engasgado com a própria baba.

– Serporpardos! Hey, para onde estamos indo?! Noah você... – Ele foi interrompido quando o carro deu uma guinada para o lado, e Noah memorizou mentalmente que deveria agradecer a Paul mais tarde por ter calado temporariamente a boca de Carter com isso. Se eles ainda tivessem vivos.

Estavam perto da movimentação da cidade.

– Sally! Preste atenção. – Noah gritou por cima do rugido dos monstros. A mulher o fitou, com olhos arregalados. – Quando acordar, leve Carter e Sadie para um lugar seguro. Acredite em mim, nenhum monstro irá atrás deles. Eles dois vão dormir por uma semana, no mínimo.

Noah não perdeu tempo, pegou o pequeno frasco do Duat e jogou um pouco do pó em Paul e em Sally. Carter e Sadie o olhavam surpresos e boquiabertos. Protestaram? Bastante. Noah utilizou a maior parte da porção neles dois, para que o efeito realmente durasse por uma semana. Eles desmaiaram instantaneamente, como Willy havia previsto.

– Sinto muito Carter, Sadie. – Suspirou o moreno.

Primeiro: Ele tratou de fazer com que o carro parasse sozinho sem bater em nada. E então deu um chute, quebrando a janela traseira do carro. Ele não conseguiria sair com os magos desmaiados de ambos os lados, bloqueando as portas. E com os mortais do mesmo modo nos bancos da frente, ele tinha que abrir uma nova passagem. Certamente daria um jeito para pagar aquilo, mas não agora.

Ele olhou para seus adversários, e a ultima coisa que viu antes de sua visão ficar embaçada e escura, foi um tom de vermelho cobrindo toda aquela estrada.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Desculpem algum erro! Sem tempo de revisar!
Confusos? Rsrs, calma minha gente! :3
Comentários são bem vindos. ^^