O Filho de Hades e Perséfone escrita por Paloma Le Fay


Capítulo 2
Encontro inesperado


Notas iniciais do capítulo

MEUS DEUSES NEM EU ACREDITO QUE EU TO FINALMENTE DE VOLTA!!

Reescrevi completamente esse capítulo, espero que achem ele tão bom quanto (ou melhor)a primeira versão.
Devem ter notado que mudei a classificação. Motivo: sou uma adolescente que possuí uma mente um tanto imatura e faço piadas de duplo sentido o tempo todo.
Vejo vocês lá embaixo, eu espero. ♥



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New York, Manhattan

 

A rua estava silenciosa. Vento soprando fortemente as folhas das árvores, os únicos sons sendo passos pesados, respirações ofegantes e rosnados ferozes. Vamos acompanhar essa história.

Sally Jackson não sabe como as coisas chegaram nesse ponto. Bem, isso não é completamente correto. Se ela parar para pensar e refletir, tudo começou quando conheceu um bonitão enquanto estava trabalhando como garçonete. Há uns dezoito meses atrás, um homem alto, de pele incrivelmente bronzeada, cabelos negros e brilhantes olhos verdes entrou na lanchonete onde trabalha. Disse que seu nome era Poseidon. Seu sorriso era incrivelmente cativante, seus dentes brancos perfeitos. Características que seu filho herdou. Meu Perseu, pensou Sally, agarrando o filho ao peito.

Acabou que aquele homem era O Poseidon, deus grego dos mares, terremotos e tempestades, pai dos cavalos. Quando lhe disse que estava grávida, a reação dele não foi como ela esperava. “Meus irmãos não podem descobrir”, dissera. “Fizemos um juramento. Você não poderá ter esse filho” disse em um tom de comando.

Sally ficou atordoada com o comportamento do homem por quem estava se apaixonando. Negou veemente, jamais se livraria de seu bebê ainda por nascer. Deixou Poseidon sentado sozinho na mesa do café, e saiu às lágrias. Mas é claro que Poseidon não deixaria por isso mesmo.

Agora, meses depois do nascimento de eu filho, um cão infernal estava perseguindo-os.

Eu deveria ter te socado na cara quando tive a chance”, o pensamento passou por sua cabeça enquanto corria desesperadamente por sua vida e de Perseu. A grama molhada pinicava seus pés (havia ficado descalça enquanto fugia). Deus, sinto pena da mulher dele.”

Claro que ele tinha mulher. Anfitrite, se lembrava-se corretamente. Quando o conheceu, não lembrou desse fato. Chegou a perguntar ao deus se os mitos estavam corretos, mas Poseidon sempre evitou a questão. “Meu Deus, como eu fui burra.” Deveria ter insistido, mas estava deslumbrada. Sally sempre criticou mulheres que eram cegas para os erros dos homens, chamava isso deEfeito Crepúsculo”; ela achava Bella meio idiota por aceitar que Edward ficasse olhando ela dormir, aparecesse em seu quarto sem avisar, e qual é? O cara queria comer ela (e não era da maneira mais divertida).

Mesmo assim, jamais poderia imaginá-lo enviando MONSTROS atrás do próprio filho. Sua respiração estava pesada, suas pernas bambas e falhando, fazendo tropeçar e quase cair, quando avistou uma árvore de tronco oco. Pensando rápido, escondeu-se ali dentro, e fez o possível para fazer silêncio, ouvindo os passos pesados cães passando rapidamente, para longe da árvore.

Mesmo com os monstros se afastando da árvore, não ousou se mexer, para não atraí-los. Um movimento repentino em seus braços a fez olhar para baixo, encontrando olhos verdes brilhantes. O bebê olhou em volta e gemeu, sentindo que algo não estava certo. Logo, começou a chorar.

— Shh, está tudo bem, Percy – acalmou. - Vai ficar tudo bem, meu pequeno príncipe.

Logo o choro diminuiu, transformando-se em pequenos burburinhos, a criança acalmando-se nos braços da mãe. Tudo ficou em silêncio mais uma vez. Agora só restava ter paciência, e esperar pelo melhor.

 

 

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Enquanto isso, duas figuras podiam ser vistas caminhando na fronteira do parque, um homem e uma mulher. O homem, alto, de pele pálida, cabelos negros longos, amarrados em um rabo de cavalo. Estava vestido com um terno preto, e seus olhos, negros como um céu sem estrelas (N/A: sentiram a ironia?), estavam voltados para a mulher ao seu lado. Essa, por sua vez, usava um vestido preto com pequenos detalhes dourados, seu cabelo loiro caindo em ondas por suas costas, com pequenas tranças prendendo alguns fios nas laterais da cabeça. Seus olhos verde-folha destacando-se em sua pele cor de caramelo. Sua boca curvando-se em um sorriso sutil, direcionado à seu companheiro.

— Meu amor, o que o fez decidir sairmos para jantar no mundo mortal hoje? - perguntou mulher.

— Não sei bem, minha querida. Um...sentimento, eu acho – respondeu o homem.

— Bem, não tenho do que reclamar. Raramente saio do palácio, nos dias de hoje – disse, olhando intencionalmente na direção do homem.

— Não consigo imaginar o por quê – riu.

A reposta da moça foi perdida por um uivo perfurando o ar da noite. Os olhos do homem se estreitaram; conhecia aquele som muito bem.

— Isso foi… - a mulher foi interrompida por um grito de gelar o sangue. Alguns segundos depois, uma mulher saiu de dentro das árvore correndo em sua direção. Estava ensopada de sangue, que escorria de um ferimento de garras em seu abdome. Em seus braços, um embrulho de panos azuis, que fez o homem arregalar os olhos.

Atrás da mulher, três cães infernais surgiram. Subitamente, uma rachadura se abriu no chão e engoliu os cães. A mulher tropeçou até parar, caindo no chão, aos pés do casal, seu sangue se espalhando debaixo de si. Agarrou o embrulho ao peito, o pano se afastando um pouco para revelar o rosto gordinho de um bebê. Olhando para cima, a respiração de Sally ficou presa na garganta.

— Lorde Hades – disse para o homem e se virou para a mulher. - Lady Perséfone.

O homem, agora conhecido como Hades, levantou a sobrancelha.

— Quem é você? - perguntou. - E como sabe quem somos?

— Meu nome é Sally Jackson – respondeu. - Sei quem são porque eu tive… um caso com seu irmão, Poseidon.

Hades rosnou. Seus irmãos são incrivelmente tolos e hipócritas, gritando sobre o juramento e blá blá blá, quando ele é o único a mantê-lo.

— Vou adivinhar e dizer que o pequeno pacote em seus braços é meu sobrinho.

Sally estremeceu com a fúria fria na voz do homem. Sua visão começou a embaçar devido a perda de sangue.

— Sim, senhor – respondeu fracamente.

— E como ele é filho de um dos três grandes, seu perfume é altamente forte e chamativo para monstros, o que atraiu os cães – presumiu Perséfone, ajoelhando-se perto da mulher sangrenta.

— Isso está incorreto, milady – disse Sally. - Enquanto seu cheiro é poderoso e atrativo, não foi o que causou o monstro a nos perseguir.

— Oh? E o que teria sido? - perguntou.

— Poseidon os enviou – respondeu a mortal, deixando os dois deuses sem palavras.

— Como? - perguntou Hades, incrédulo. O deus do submundo não podia imaginar seu irmão fazendo uma coisa dessas.

Perséfone estava igualmente atordoada. Sally riu zombeteiramente, sangue escorrendo de seus lábios, o que causou os dois imortais a fazerem careta.

— Por favor – implorou Sally. - Ajudem meu filho. Sei do juramento que você e seus irmãos fizeram – olhou para Hades. - Mas meu filho não é culpado de nada.

— E o que você gostaria que fizéssemos? Deixá-lo num orfanato? - indagou o deus. Enquanto estava com raiva de seu irmão, jamais se perdoaria por machucar uma criança inocente.

— Poderia cuidar dele – respondeu. - Sei que ele não sobreviveria num orfanato. Como disse, seu perfume é muito atraente para os monstros.

— Existe um acampamento. Para crianças como ele, semideuses. Poderíamos…

— Não – interrompeu Sally. - Seu pai… poderia alcançá-lo lá. - sua respiração estava rasa, palavras saindo entrecortadas.

— E o que você sugere?

— Leve-o com você.

Suas palavras novamente atordoaram os dois deuses.

— Nós temos leis – protestou Hades. - Não podemos…

— Não podem cuidar de seus filhos semideuses, eu sei. Poseidon me contou sobre isso. Mas tecnicamente, ele não é seu filho. A lei não se aplicaria nesse caso.

— E por que pedir isso para nós? - perguntou Perséfone. - Com certeza Poseidon contou horrores sobre meu marido, e você deve conhecer os mitos.

Sally bufou. Havia deixado de acreditar nas palavras do deus do mar, e lhe disse isso.

— Ainda não nos dá um motivo. Por que cuidaríamos de seu filho? - perguntou Hades.

— Por um lado… seria uma forma de … debochar… de seu irmão. Por outro, sei … de uma … profecia… Ele me disse - estava ficando difícil para Sally se concentrar. - Poderia criá-lo para isso. Não seria… o ideal… mas pelo menos meu filho viveria... o que não acontecerá se...ele ficar comigo...

Hades ficou em silêncio, refletindo. Havia algo no menino, ele não tinha certeza do que, que o atraiu. Como uma mariposa pra chama. A mesma coisa acontecia com sua esposa, ele podia dizer pelo modo que ela estava olhando para o pequeno embrulho.

— Vou levá-la para um hospital – decidiu. - Apenas sua força de vontade permitiu-lhe viver até agora. Se sua ferida não for tratada, você sem dúvida morrerá. Iremos garantir que não sejam atacados enquanto estiver lá. Quando você estiver em melhores condições, conversaremos melhor. Essa não é uma decisão que deve ser tomada no calor do momento.

Lágrimas escorriam dos olhos azuis de Sally enquanto ela olhava para os deuses e para seu filho.

— Obrigada – agradeceu, soluçando. - Muito obrigada.

Ajoelhando-se ao lado da esposa e colocando a mão no braço da mortal de visão clara, Hades permitiu que as sombras os engolisse.


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Notas finais do capítulo

Eu senti uma evolução, hein galera. Acho que está bem melhor. Vou tentar começar hoje mesmo o próximo capítulo, mas não garanto, já que tenho também muitas coisas pra fazer. Mas farei o possível pra alcançar o ponto em que paramos em uma semana.
Me digam o que pensam. AMO VOCÊS!