– Kevin? - Senti alguém cutucar meu braço, mas digamos que não estava com a mínima vontade de acordar - Kevin!

Acordei assustado/Lutando kung-fu

– Calma! - Disse Claire... Espera! Claire ?

A envolvi em um abraço muito apertado. Mas quando percebi que estava exagerando na força a soltei com os olhos brilhantes e lacrimejando olhando pra ela como se fosse uma princesa... Ela era uma princesa. A minha princesa

– Você está bem! Está viva! - Ela não estava mais com uma aparência doente, não estava mais com o corpo mole e frio. Ela estava do mesmo jeito que eu me lembrava: Linda

– O que houve ? - Perguntou confusa - Ai... minha cabeça

– Você brigou com a Emma e ela arrancou seu colar - Com a menção do colar seu rosto ficou rubro e em choque e percebi que ela passou a mão pela pedra pra garantir que estava tudo bem - Eu e Alex te trouxemos pra nova Grécia e seu tio nos encontrou

– Ei! Volta ! Você e quem ?

Perdemos meia hora do nosso momento fofo. Claire me deu um sermão gigante dizendo que eu não devia levar ninguém para a nova Grécia.

– Não posso fazer nada Claire, eu não tenho um carro e você estava morrendo

– Aprenda a voar - Ela estava realmente irritada

– Seu tio disse que não tinha problemas, afinal, salvamos sua vida. Essa é a hora que você me da um beijo e diz que sou seu herói

Ela virou pro lado envergonhada. Não sei se foi porque ela percebeu que eu estava certo ou se foi pela menção do beijo, mas o que posso fazer... tinha que aproveitar o momento.

– Vocês são realmente muito fofos, mas temos que voltar antes que não sei o que se feche e a outra parada ai nos prenda

– A janela se feche e a lua nos prenda - Corrigiu Claire

– Você pode me corrigir ou nos tirar de Hogwarts antes que minha mãe dê queixa do nosso desaparecimento na polícia

– Nova Grécia - Alex ignorou a correção e apontou para a janela/portal indicando que ela abrisse logo

***

Já era de se esperar que eu e Alex tivemos que dar uma boa explicação pras nossas mães e que ambos ficamos de castigo.

A parte divertida era que estávamos proibidos de ir em todos os lugares. Menos na escola

Meu pensamento irônico foi interrompido pelo barulho irritante do despertador. Se passaram dois dias que voltamos da nova Grécia e durante esses dois dias Claire teve que lidar com comentários maldosos das pessoas. Surgiu um boato que ela estava com anorexia e bulimia, diziam que o desmaio tinha sido fruto de ela não ter se alimentado direito, isso me deixava com muita raiva.

Já na escola, Claire nos fez esperar todos entrarem nas salas para entrarmos na escola. Ela não queria enfrentar as pessoas, e não a culpo.

Quando mencionei sobre esses boatos para Mel ela fez questão de ir na escola e criar uma confusão com o diretor, que pelo visto não discordava dos alunos. Ele ainda teve a cara de pau de indicar um psicólogo para Claire. Revoltada, Mel foi na nossa sala e nos tirou de lá a força. Óbvio que no dia seguinte teríamos que voltar, mas eu gostei do que ela fez.

– Por que fez isso ? - Perguntou Claire quando estávamos a caminho de sua casa no carro de Mel

– Porque eu não gosto daquele diretor e não aguentava mais ver Kevin reclamando no meu ouvido

Quando chegamos na casa de Claire Mel jogou minha mochila pro lado de fora do carro e disse:

– Pode ficar, depois eu converso com Sara

***

Eu e Claire voltamos para a nova Grécia. dessa vez nos limitando a ficar somente na floresta. Estávamos indo pra lá toda tarde desde que decidimos construir uma casa na árvore. Ela queria fazer fazer isso "normalmente" com madeira e pregos, então demoramos mais ou menos dois meses para conseguir terminar

Mas quando terminamos, aquele se tornou o nosso lugar. SÓ nosso

Nos sentamos no chão de madeira da casa na árvore, ainda rindo das palhaçadas que ambos fazíamos, o céu claro refletia seus feixes de luz em sua pele branca, Claire quase se igualava a um anjo, me peguei imaginando como seria provar daqueles seus lábios rosados e macios, seus olhos negros, sua pele aveludada. Ainda que parecesse tão errado, ter Claire para mim era meu desejo maior naquele momento, nossos olhares se cruzaram e meu corpo falou por mim, num movimento ligeiro, mas delicado a tomei em meus braços, suas pernas permaneceram ao lado do meu corpo. Tivemos uma noite mágica, um momento só nosso... Um momento que eu estava esperando por muito tempo
Seu rosto instintivamente ficou rubro, quase como uma maçã, o que a deixa ainda mais linda, nossos beijos antes calmos aumentaram o ritmo, minhas mão antes pousadas em suas costas, faziam um trageto entre costas e coxas, paramos de nos beijar apenas pela falta do bendito oxigênio, o que não me impediu de distribuir selinhos pela curvatura do seu pescoço. Quando percebi, já estávamos dormindo.