Conquista Fatal escrita por Dreamy Girl
-Não me lembro de você ter me convidado para sair de novo. Mas está correto em presumir que minha resposta teria sido “NÃO”. É hora de voltar para o mundo real.
-E não há lugar para mim em seu mundo real?
Hinata o queria apenas num lugar em que não poderia tê-lo, visto que Naruto não estava interessado em ocupá-lo. Ele jamais pretendera ser mais do que era: um solteiro lindo e rico de 27 anos, que adorava mulheres... centenas delas.
Hinata porém, não era assim, e por isso seria melhor para os dois se tudo terminasse. Precisava acabar com aquilo, antes que perdesse o orgulho, além do coração.
Ergueu o queixo, determinada.
- Não. Neste momento, não.
- E acha que haverá um momento em que isto vai mudar?
- Não.
Uma noite seria tudo o que teriam. O que tiveram. Porque Hinata deixara claro que já eram passado.
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Por esta Naruto Uzumaki não esperava. Ele é quem dá a ultima palavra em seus casos. Ele é quem decide a hora de ir embora. Por isso, quando acorda sozinho depois de uma noite de paixão com Hinata Hyuuga, fica desconcertado... e instigado! Saber que não podemos ter algo que queremos só nos faz desejar ainda mais, não é? E é exatamente isso o que acontece com Naruto. Mas Hinata se prova um desafio maior do que ele imaginava...
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- Não é tarde demais, Yahiko – murmurou Naruto na igreja lotada com os convidados para o casamento do irmão.
- Eu verifiquei mais cedo, e descobri que há uma porta dos fundos da sacristia por onde você pode fugir...
- Cale a boca, Naruto! – disseram ao mesmo tempo seus irmãos, Pein e Yahiko.
Os dois se encontravam sentados ao lado de Naruto: Yahiko com a tensão do noivo ansioso, e Pein com sua severidade habitual.
- Quieto, Naruto – ordenou o pai do banco atrás deles.
Naruto sorriu sem arrependimento.
- O jato está pronto na pista do aeroporto, Yahiko, e, em vez de voar para o Caribe para a lua de mel, você pode escapar do perigo.
- Quer parar? – Yahiko se virou para o irmão, o rosto pálido e tenso, esperando que o órgão tocasse a musica que anunciaria a chegada da noiva á igreja.
Konan já estava cinco minutos atrasada, e cada instante parecia uma hora, o que fazia aprofundar as linhas de tensão na testa de Yahiko.
O sorriso de Naruto aumentou quando ele se recostou no banco. Adorava atormentar os irmãos.
- Você e Pein jamais teriam aventuras se não fosse por mim!
- O casamento com Konan será a maior aventura da minha vida- Garantiu Yahiko.
Naruto sabia muito bem há quantos anos o irmão amava Konan sem esperança, até um mês atrás.
- Ela é linda, admito.
- Naruto, pare já! Pein, o mais velho dos três irmãos, percebeu que as mãos de Yahiko se fechavam e se abriam de tensão. – Não precisamos de uma briga entre o noivo e um dos padrinhos para animar a cerimonia.
- Eu estava apenas... – Naruto se interrompeu quando o toque alto do celular interrompeu o relativo silêncio da igreja.
- Eu lhe disse para desligar essa coisa maldita antes de entrar na igreja! – Naruto parecia aliviado por encontrar algo tangível contra o qual despejar sua fúria.
- Pensei que tinha desligado. – Naruto fez uma careta ao tirar o aparelho do bolso, passá-lo para o modo silencioso e voltar a guarda-lo. – Mas, falando sério, Yahiko, ainda tem tempo de fugir pelos fundos sem ninguém perceber.
- Naruto Uzumaki!
Naruto se encolheu. Ainda não sabia como a mãe, muito delicada em seu 1,65m, conseguia fazer seus filhos de quase 1,90 e perto dos trinta anos se calarem apenas dizendo seus nomes completos em tom reprovador. Mas se sentiu grato por não ter que se virar e enfrentar a ira dela quando o órgão começou a tocar a marcha nupcial, que anunciava a chegada de Konan. A tensão imediatamente diminuiu nos ombros de Yahiko, e os três irmãos se levantaram.
Naruto sentiu a vibração do celular anunciando a chegada de outra chamada. Ignorou-a e se virou para olhar para Konan, que andava lentamente com o padrasto.
- Oh, uau, Yahiko, Konan está maravilhosa!
Konan, uma visão em renda e cetim branco, iluminava a igreja com seu sorriso, os olhos presos em Yahiko.
- É claro que está. – O tom de Yahiko era presunçoso enquanto uma expressão de adoração lhe cobria o rosto ao olhar para a mulher que amava mais que a própria vida.
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- QUEM DIABOS é tão idiota a ponto de ligar para você durante a cerimônia de casamento do seu irmão? – O tom de Pein era critico quando se juntou a Naruto em meio aos convidados.
Agora do lado de fora da igreja, ao sol de verão, eles observavam com indulgência os noivos serem fotografados.
Naruto, que observava o visor do celular, ergueu os olhos.
- Um amigo, para me avisar que Yuki está furiosa porque descobriu que não vou voltar para Paris.
Os três irmãos faziam rodizio na administração das três galerias e casas de leilão Uzumaki, mundialmente famosas. Pein substituiria Naruto na galeria de Paris na segunda-feira, Yahiko ficaria em Londres quando voltasse da lua de mel, e Naruto voaria para Tóquio n dia seguinte.
- Não lhe contou antes de viajar? – Pein estava muito irritado.
- Pensei que tinha contado.
- É evidente que ela não entendeu a mensagem. – Então Pein voltou o olhar para Yahiko e Konan. – Acredita que nosso irmãozinho é agora um homem casado?
Naruto sorriu, afetuoso, para o casal feliz.
- E amando cada minuto!
Yahiko já deixara de ser o “irmãozinho”. Era um homem de 26 anos, apenas dois anos mais novo que Pein, e um ano mais novo que Naruto. Além da proximidade de idade, os três não eram nada semelhantes na aparência, mas todos eram altos e cada um com uma beleza diferente.
Pein era o irmão distante e austero. Preferia usar os cabelos vermelhos um pouco bagunçados, tinha olhos um escuros tão profundos que pareciam ilegíveis, assim como a expressão.
Yahiko era determinado de uma forma calma, mas letal, usava o cabelo curto e bagunçado, isso lhe dava um certo charme. Os olhos eram muito acolhedores e transmitiam tranquilidade.
E Naruto mantinha o cabelo igual ao de Yahiko só que um pouco mais longo, e seus olhos eram de azul claro e intenso que brilhavam como um predador. Era considerado o menos sério dos três irmãos Uzumaki. Pelo menos por aqueles que não o conheciam bem; os outros sabiam que Naruto era tão serio e duro como os dois irmãos sob as maneiras superficialmente provocantes de quem gostava de flertar e cultivar uma reputação de playboy.
Pein ergueu as sobrancelhas.
- Devo compreender que Yuki não foi a única para você, como o resto da legião de mulheres com quem se envolveu nos últimos 10 anos?
Naruto lançou um olhar de pena ao irmão.
- Não estou procurando pela única, muitíssimo obrigado!
- Um desses dias ela vai encontrá-lo.
- Em seus sonhos. – Naruto riu. – Admito que Yahiko está muito feliz com Konan, mas nem por um minuto acredito na coisa do “único amor da sua vida” para mim. E para você.
- Certo – concordou o irmão, a expressão ilegível. – Não vou ser infernizado por telefonemas e visitas dessa tal Yuki quando for para Paris, me implorando para lhe dizer onde você está e como pode entrar em contato, certo?
- Espero que não. – Naruto suspirou, cansado. – Nós nos divertimos por algumas semanas, mas agora acabou.
Pein balançou a cabeça, irritado.
- Parece que ela não entendeu. Que tal voltar este seu charme para outra pessoa mais útil e Tóquio? A filha de Hiashi Hyuuga estará na galeria na terça-feira. Ela vai cuidar pessoalmente da instalação dos gabinetes de exibição que criou para a exposição das joias do pai. Ficará lá por toda a duração da exposição, assim como a segurança particular dos Hyuugas.
Naruto olhou para o irmão, incrédulo.
- Que diabos!
- É compreensível que o Hyuuga queira ter segurança própria. Entregar a criação do gabinetes à filha e exigir sua permanência na galeria antes e durante a exposição também foram condições impostas pelo Hyuuga, e essenciais para ele concordar em mostrar sua coleção de joias.
Naruto sabia tanto quanto Pein que fora um golpe de sorte que a galeria Uzumaki o recluso bilionário japonês ter concordado com a exibição de coleção particular. Ninguém, a não ser o próprio Hiashi Hyuuga, vira a maioria das joias por décadas. E algumas delas, de acordo com rumores, haviam pertencido à tzarina, e foram recuperadas depois de terem desaparecido na Rússia, no século anterior.
- Eu estou contando com você para manter a filha de bom humor nas próximas semanas – acrescentou Pein.
- O que exatamente isso significa? Naruto franziu a testa, perplexo. – Hiashi Hyuuga deve ter quase 70 anos. Que idade tem a filha?
- Isso importa? Não estou lhe pedido que durma com ela, apenas que use um pouco desse seu charme letal. – Pein lhe deu uma palmadinha no ombro e se afastou.
Naruto bufou, irritado, nem um pouco feliz com a tarefa de usar seu charme com a filha de meia-idade de um recluso bilionário japonês.
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