Mentora Russa escrita por Helem Hoster


Capítulo 58
Tapa na cara


Notas iniciais do capítulo

Desculpem por demorar, foi um capítulo um pouco complicado, mas está aqui. E por favor, não me esganem por eu ter tirado a Lena da SHIELD. Espero que gostem.bjs♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/544148/chapter/58

– Foi assim então? Injetaram em você o mesmo soro que injetaram em mim? – Steve questionou depois de Lena ter lhe contado como foi que escapou. Lena deu de ombros. – Como soldado e herói americano, eu devia lhe dar uns bons puxões de orelha por ter sabotado o soro daqueles frascos, e em resultado, colocar em grande risco a vida das próximas cobaias. Mas, como avô, eu... lhe dou os parabéns. – ele tocou seu ombro. Lena deu ar de riso.

– E a Peggy? – Lena perguntou.

– Ela está triste por você. Ela te amava de verdade. Mas, está bem. – Steve contou.

– Pode contar pra ela sobre mim? Acho melhor ela saber aos poucos, do que eu aparecer logo de cara. Pode ser perigoso. Não quero mata-la num infarto. – Lena pediu.

– Eu conto sim. – Steve prometeu com um pequeno sorriso fechado.

– Ótimo. Que eu tenho que assustar mais umas pessoas, antes que se livrem das minhas coisas. – Lena falou o abraçando. Steve riu.

– Tá. Mas tenta manter eles vivos. – Steve falou.

– Não prometo nada, mas vou tentar. – Lena retrucou o soltando. – Até, Steve.

– Até, Lena. – ele se despediu a observando sair do cemitério.

Lena foi até o carro de Clint, onde ele a esperava. Ela entrou no carro.

– E aí? – Clint perguntou.

– Ele está bem. Quero ver minha amiga agora, se não se importa. – Lena pediu.

– Que ótimo! – Clint exclamou feliz engatando a marcha e arrancando. Lena estranhou isso.

– Por quê? – ela perguntou devido a reação dele.

– É bom saber que quer vê-la. Ela tá numa fossa. Afundou num mar de culpa, desespero, sofrimento e dor. E tá bebendo vodka do gargalo. – ele contou.

– Natasha? Natasha afundou na depressão, e tá bebendo vodka do gargalo da garrafa? – Lena perguntou como se duvidasse. – Estamos mesmo falando da mesma pessoa?

– Infelizmente, sim. – ele encolheu os ombros fitando a estrada. – Se você olhar dentro da casa dela, parece que ela deu uma festa, com tantas garrafas de vodka que eu vi. Eu tropeçava em uma e caía em outra.

– Como eu queria poder dizer que é um blefe. Mas, eu sei que não é. – Lena comentou olhando pela janela.

– Posso perguntar uma coisa? – Clint pediu. Lena deu de ombros. – Por que quer ver ela primeiro, ao invés de sua família?

Lena suspirou.

– Isso tudo em parte, foi por causa dela, Clint. Sei que ela se sente horrível. Só quero que ela saiba que não precisa mais se sentir assim, e que não estou zangada com ela pelo o que aconteceu. – ela falou ainda fitando o lado de fora.

– Isso foi um tanto cruel.

– Cruel, foi o que fizeram comigo. Cruel, foi o que fizeram com o Dani. Isso foi cruel. Assim como também, foi cruel, a terem feito presenciar o que fizeram comigo, e ainda a terem feito me ver num necrotério, naquele estado. Isso foi cruel. O que eu quero, e pretendo fazer, é alivia a dor dela. – Lena retrucou. Clint concordou pensativo.

– Vai ser bom pra ela. – ele concordou.

Logo chegaram na rua em que os avós de Lena, e Natasha moravam. Clint estacionou na frente da casa de Natasha. Lena desceu e foi até a varanda. Ficou um pouco receosa, pois nunca entrara na casa de Natasha, antes. Lena suspirou e tocou a campainha. Porém, não teve nenhuma resposta. Tocou novamente. Nada.

– Entra. – Clint falou atrás de Lena.

– O quê? – ela ficou confusa.

– Ela fez o mesmo comigo quando eu vim aqui. Ela não quer ver ninguém. Então, apenas entre. – ele falou. Lena abriu a porta surpresa por não estar trancada. A casa estava escura, e não tinha nenhum morador a vista. Mas, tinham várias garrafas de vodka espalhadas pra todo canto. Clint estranhou o andar de baixo estar vazio. – Natasha? – ele chamou entrando. Subiu as escadas e chamou novamente. Lena observou a casa. Era realmente bonita, e aconchegante. Não era grade como sobrados, mas, era muito bonita. Devia ser mais ainda sem as garrafas. Lena viu no raque, um porta retratos, com uma foto de Natasha com um cachorro. Era um filhote de husky siberiano. Era realmente um cachorro lindo. Pelagem longa, e malhada de preto cinza e branco. Olhos escuros. Era uma fofura sem tamanho. Segurou o porta retratos. Estava surpresa por Natasha ter tirado uma foto com um filhote fofo. Isso ela não podia esperar da agente durona.

– Então, ela realmente teve um cachorro. – Lena se riu.

– Teve sim. E ele era uma máquina de matar. Ele te lança um olhar 360 que te faz tremer que nem gelatina em terremoto. – Clint comentou atrás dela. Mas ela não se assustou.

– Você é suspeito em dizer isso, Clint. Aposto que o cachorro era um fofo, só não gostava de invasores que fizessem sua dona sofrer. – Lena deu de ombros. Clint deu ar de riso.

– Deu pra ser adivinha agora?

Lena deu um sorriso fechado.

– Ela parecia realmente feliz com ele. – Lena comentou pra si mesma. – É difícil até mesmo pra mim, acreditar que Romanoff, tinha um cachorro fofo que ela mimava e amava.

– É difícil sim. Mas é a verdade. Ela o chamava de “garotão”, “amor”, “querido”, “gracinha” e essa coisa toda melosa e grudenta que nem melado em mão de criança. – ele falou.

– Certo. – Lena suspirou colocando o retrato de volta no lugar. – E onde ela está?

– Eu não sei. Mas, não está em casa. – Clint falou. – Tenho é medo dela ter tentado fazer alguma besteira.

– Suicídio com certeza não.

– Não, ela gosta muito de si mesma pra isso. Eu falo dela tentar discutir com o Fury de novo, ou algum plano de vingança. – ele respondeu.

– Tudo bem. Cuidamos dela depois, então. Vamos dar uma passadinha na vizinha aqui. – Lena brincou apontando na direção da casa de seus avós. Clint deu um sorriso indo em direção a porta.

Eles saíram da casa de Natasha, Clint já estava quase no quintal da casa da avó de Lena quando notou que Lena não estava com ele. Virou-se pra trás e viu Lena deslizando a ponta dos dedos no carro azul celeste dele. Ele foi até ela.

– Lena? Algum problema? – ele perguntou.

– Tudo tá muito quieto. – ela falou em tom baixo. – Tão silencioso, que... parece até errado quebrar esse silêncio.

– Sabe por que está tudo tão calmo? – Clint perguntou. Lena negou. – Porque eles estão tristes. Sentem sua falta. Precisam de você. – ele buscou o olhar dela. Lena suspirou.

– Mas e se não for pra ser, Clint? E se deixar eles pensarem que estou morta, seja o melhor a se fazer? – ela questionou.

– O melhor, Lena? – Clint riu irônico. – Sabe o que está acontecendo lá? – ele apontou pra casa. – Eles estão lamentando por você e Dani. O que você prefere? Que chorem por duas perdas, ou que festejem por uma vida?- ele perguntou. Não estava irritado nem indignado. Apenas queria que ela visualizasse bem o que pretendia fazer. Lena pensou. – A escolha é sua, loirinha. Vou te ajudar, seja qual for sua decisão.

Lena suspirou olhando em seus olhos. A oferta era sincera.

– Vamos acabar logo com isso. Eles já sofreram bastante. – Lena disse em fim.

– É a minha garota. – ele sorriu todo orgulhoso. Lena tomou a dianteira e caminhou até a varanda da casa de seus avós. Pensou em bater na porta, mas, aquela também era a casa dela. Simplesmente abriu entrando. Viu Natasha, Frankie e Site sentados num sofá lado a lado. Viu em outro sofá, sua mãe e seu pai, na poltrona de frente pra lareira viu Rita fitando o fogo, e entrando mais um pouco pode ver Jorge na cozinha. Cada um tinha um copo com uísque na mão. Mas ninguém ousava fazer nada. Apenas Natasha conversava baixo com Frankie.

– Oi. – Lena falou. Todos se levantaram espantados de olhos arregalados. Lena enfiou as mãos nos bolsos com um sorriso de quem apronta. Clint entrou fechando a porta.

– Não sei se eu bebi de mais, mas acho que tô vendo um fantasma. – Frankie falou espantada. Lena deu ar de riso, e se aproximou de Natasha que estava estática com os olhos brilhantes como se as lágrimas ameaçassem sair. Natasha cerrou os dentes.

– Oi. – Lena repetiu. Natasha olhou pra baixo parecendo pensar. Olhou pra Clint que confirmou com a cabeça. Ela mordeu o lábio inferior piscando. Entregou seu copo na mão de Frankie. – Ham... eu... – Lena tentou falar, mas Natasha a interrompeu com um forte e estalado tapa. Lena piscou tentando evitar que seus olhos lacrimejassem. Lena mordeu o lábio inferior virando o rosto e voltando a olhar pra Natasha que estava prestes a desabar. Saiu com pressa. Lena olhou pra Clint. – Vai atrás dela. – Lena pediu, e Clint confirmou num aceno e seguiu Natasha fechando a porta.

Lena olhou os outros que ainda estavam estáticos.

– Oi. – ela disse de novo. – Vocês estão... horríveis. – ela comentou. Olhou pra Frankie que lhe desferiu um tapa na cara, depois outro e outro, e começou com uma série de tapas em seus ombros. Lena ergueu as mãos tentando se defender.

– Você! Sua filha da mãe!! Infeliz! Comedora de ratos! Balde de imundice! Desgraçada! Desprezível!! – Frankie xingava. Lena conseguiu segurar seus pulsos a fazendo parar. – Você some por 4 dias, faz todos pensarem que tinha morrido! Depois me aparece e tudo o que tem a dizer é “oi”?

– Bom o que queria que eu fizesse? – Lena perguntou esfregando o rosto que fora muito atingido.

– No mínimo uma explicação. – Site falou.

– Também senti saudades. – Lena ironizou. – Sabem, famílias normais, no mínimo dariam um abraço. Se bem que famílias normais jamais passariam por esse tipo de coisa. Enfim, vou ver minha amiga. Antes que me batam mais. – Lena falou indo em direção a porta. Frankie a puxou e a abraçou com força. Lena deu um pequeno sorriso, depois Safira, Rita, Site, Jorge e por último seu pai.

– Então, quer dizer que você é agente da SHIELD. – ele falou.

– Eu era. – ela respondeu.

– Ótimo. Finalmente uma boa razão pra eu acabar com Fury. – ele falou. Lena franziu o cenho.

– Como assim? – ela indagou.

– Melhor conversarmos depois. Agora, aconselho que vá atrás da sua amiga, antes que ela faça bobagem. – ele falou beijando-lhe a cabeça.

– Até, papai. – Lena sorriu e saiu fechando a porta atrás de si. Foi até a casa de Natasha. Abriu a porta lentamente. Viu Natasha sentada no sofá, com os cotovelos apoiados nos joelhos, e a cabeça nas mãos escondendo o rosto. Clint estava sentado ao balcão que dividia a cozinha da sala. Ele indicou que Lena fosse até Natasha. E assim ela o fez. Sentou-se ao lado dela.

Natasha soluçava. Lena pensou um pouco tentando encontrar palavras delicadas de conforto.

– Lindo seu husky. – Lena comentou. Natasha a olhou confusa. Tinha os olhos e o nariz vermelhos. – Não acha que já chorou bastante? Economize suas lágrimas, Natasha. Elas não tem mais porquê sair.

Natasha a abraçou forte. Lena pôde sentir seu cheiro doce de manhã de primavera. Deu um pequeno sorriso a abraçando também.

– Eu sinto muito, Lena. Me perdoa. A culpa foi minha. – Natasha soluçou.

– Eu sei. – Lena simplesmente falou. Clint a olhou surpreso e indignado. A seu ver, Natasha já estava um poço de depressão, e ao invés de Lena ajuda-la, ainda me vem com essa. Lena soltou Natasha a obrigando a olhar em seus olhos. – E sim, eu te perdoo por isso. – Lena falou séria.

– Sério? – Natasha perguntou esperançosa com um quase sorriso nos lábios.

– É o que fazem os amigos. – Lena falou, e Natasha sorriu. Pode parecer cruel, mas Lena sabia que ficar falando pra Natasha que aquilo não era culpa dela, não iria adiantar, pois Natasha sabia que não era verdade, e também sabia que só diziam aquilo pra ela se sentir melhor. Mas ouvir de Lena, que ela a perdoara, era o melhor consolo. Pois sabia que ela estaria sendo sincera, e que finalmente, aquela tormenta acabaria.

– Depois de tudo, ainda quer ser minha amiga? – Natasha perguntou incrédula.

– Querida, depois de tudo o que aconteceu, eu com certeza quero ser amiga de vocês. É muito melhor estar nas mãos de vocês, do que no seu caminho. – Lena brincou. Natasha e Clint riram concordando.

– Bom, obrigada. Você é a primeira amiga que eu tenho na SHIELD. – Natasha falou parecendo estar muito melhor.

– Sério? Em 12 anos só tiveram um ao outro como amigos? – Lena pareceu perplexa, olhando pros dois. Clint desviou o olhar. – Aposto que as vezes um pouco mais que amigos, né. – Lena comentou. Seu olhar encontrou o de Natasha, e de repente, ela não conseguia desviar. Era como se algo a prendesse e a obrigasse a continuar fitando aqueles olhos azuis esverdeados. Veio-lhe a mente uma imagem de um rapaz. Devia ter algo entre 25 a 27 anos. Ele usava um jaleco branco parecendo um cientista. Tinha um crachá da SHIELD. Então, viu uma pasta que parecia ser de agentes abatidos. Viu a foto e o nome dele. – Elihas Starr. – Lena repetiu em tom baixo, fazendo Natasha arregalar os olhos espantada.

– Como...

– Não sei. – Lena respondeu parecendo surpresa também, mas finalmente conseguindo desviar o olhar. – Mas, não se sinta culpada por ele também. Ele escolheu um caminho sombrio. Era o destino dele. Ele só colheu o que plantou. Além do mais, tem outro de olho. – Lena falou abaixando sua voz na ultima frase e lançando uma rápida olhada pra Clint que arqueou as sobrancelhas. Natasha deu um pequeno sorriso fechado.

– Você acha?

– Tenho certeza. – Lena concordou. Natasha ficou um pouco corada olhando pra baixo. Suspirou voltando a olha-la.

– É bom ter você de volta, Lena.

– Numa versão melhorada, meu bem. – Lena falou em tom orgulhoso. – Mas, é bom estar de volta. – ela falou relaxando e encostando a cabeça nas costas do sofá. – Aliás, deve ter acontecido muita coisa enquanto eu estava fora, né?

Natasha ficou confusa.

– Vocês são horríveis com nomes. De onde você tirou Ghost Oracle? – Lena perguntou. – Foi o melhor que conseguiram arranjar?

– Tínhamos que te dar um codinome. – Natasha deu de ombros.- Achei que... seria apropriado.

– Fury não tem codinome, Hill não tem codinome, Coulson não tem codinome. – Lena retrucou. – Por que eu tenho que ter?

– Porque você é uma de nós. Você é uma lenda, como nós, né? – Clint se debruçou no sofá. Lena se desencostou suspirando. Lembrou-se de sua conversa com Fury. – Certo, Lena? – Clint insistiu. Ela olhou fundo em seus olhos azuis

– Jamais conseguiria chegar a altura de vocês. – Lena falou em tom doce.

– Como assim? Que quer dizer? – Natasha indagou.

– Quero dizer que não vou continuar trabalhando na SHIELD. – Lena desviou o olhar pra ela.

– Como assim? – Clint riu. – É uma de nós agora.

– Acha mesmo que depois do que aconteceu, eu teria lugar entre vocês? – Lena questionou irônica. – Olha pra mim, Clint! Olha o que fizeram comigo! Com minha família. Com meus amigos. – ela deu uma rápida olhada pra Natasha. – Eles aumentaram tudo em mim. Minha força, - ela pegou uma garrafa de vodka vazia, e a esmigalhou apertando o punho. Mas, teve o cuidado de quebra-la longe dos dois, mesmo assim, se assustaram. – Não consigo nem ter um contato visual com uma pessoa, sem saber o que ela esconde. Seus segredos mais profundos. – Lena falou olhando nos olhos de Natasha. Veio-lhe a mente, a guerra do Vietnã, e um caça caindo em chamas. Lena mordeu o lábio inferior. – Entendi porque te chamam de “Viúva”. – Lena comentou. – E não posso nem beijar alguém sem saber seu passado, ou seus segredos vergonhosos.

– Num beijo? Sério? Que ridículo. – Clint riu. Lena suspirou de deu-lhe um beijo no rosto o assustando. Ela se afastou com um olhar de repulsa.

– “Volto num sexo”? Esse é seu bordão? Sério! Você é nojento seu tarado! – Lena chingou. Clint pareceu espantado ficando vermelho, e Natasha riu da cara dele. – Viram? Isso não é normal. Eu não posso viver desse jeito, no meio de pessoas que tem segredos escondidos até pela meia.

– Acha mesmo que não tem lugar entre nós? Garota, pessoas normais não tem lugar entre nós. – Natasha retrucou. – Você é diferente, como todos nós. Entre nós, conseguimos nos sentir normais. Mas, a verdade, é que somos tão deslocados quanto você. Por isso é uma de nós.

– Mas... então... Não tenho chance de ter uma vida normal? – Lena perguntou.

– Talvez, antes. Mas, agora, depois do que houve, não. – Natasha respondeu.

– Foi o que eu pensei. – Lena suspirou. – Desculpe, eu não posso fazer isso.

– Mas... olha, você pode se especializar na área que você quiser. Aposto que se você falar com o Fury... – Clint insistiu.

– Não. Fury faz o que quer. Ele não se importa com ninguém. Eu só queria...

– Você queria ser normal. Eu entendo. – Clint a interrompeu.

– Não! Vocês não entendem. Não fazem ideia do que é ter uma família e amigos! Vocês passaram a vida sem ter um lar. Estão acostumados a se instalar com qualquer canto, sem pertencer a lugar algum. Não podendo confiar em ninguém. – Lena falou começando a se irritar. Mas logo se arrependeu. Natasha e Clint pareceram desconfortáveis. Ela fora indelicada, e isso os magoou. – Desculpem...

– Não. Tudo bem. Você está certa. – Natasha interrompeu. – Não temos família, ou amigos. Nem mesmo um lar. Não pertencemos a lugar algum. Não escolhemos ter essa vida, pois nascemos assim. Mas você não. Você pode escolher ser o que quiser. Você pode ser quem você quiser, e fazer o que tiver vontade. E, nem a SHIELD, nem nós, podemos lhe dar o que você realmente merece. Sair da SHIELD, vai ser o melhor pra você. Vai estar segura. Você merece ser feliz, com sua família e seus amigos. – Natasha falou, o que fez Lena se sentir ainda pior. Clint ficou em silêncio com um olhar distante.

– Desculpem. Não quero machuca-los ainda mais. Vocês não merecem. E eu não mereço estar entre vocês. Não conseguiria chegar a sua altura. – Lena se levantou. Tirou seu distintivo, e sua arma do bolso e pousou na mesinha de centro.

– Fique com ela. – Natasha lhe devolveu a Eckle Dicle. – Foi um presente.

Lena pegou a arma agradecendo com um aceno e um sorriso meio sem graça.

Lena saiu fechando a porta atrás de si. Clint e Natasha se entreolharam desanimados.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Puxa vida. Isso foi um tanto indelicado com eles. Foi cruel. Espero que tenham gostado da reação da Natasha ao ver a Lena viva.bjs reviews please!♥
♥Pevensie♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Mentora Russa" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.