Mentora Russa escrita por Helem Hoster


Capítulo 40
Uma conversa com Fury


Notas iniciais do capítulo

Oiiiii!!!!! Chegou o grande momento! Ah! Adoro um bom barraco. Vamos ver nosso querido e manso diretor conversar calmamente com nossos agentes favoritos. bjs, espero que gostem



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– Estou profundamente decepcionado com vocês. Todos. – Fury falou após mostrar a gravação do baile. Na frente dele estavam lado a lado : Clint, Lena, Peter e Ben. Perto da porta estavam Hill e Coulson. Fury olhava fixamente os quatro indivíduos agentes que estavam de cabeça baixa na sua frente. – Realmente não era esse tipo de comportamento que eu esperava de três agentes tão jovens, talentosos e inteligentes. E você Barton. Onde estava quando o agente Parker acertou a agente Carter? – Clint mantinha a cabeça baixa e os olhos fixos no chão. Era ainda mais vergonhoso pra ele receber bronca do chefe. Justo ele que está ali a tanto tempo. – Não foi uma pergunta retórica.

– Senhor, não foi culpa dele. – Lena tentou defende-lo. - Ele só estava...

– Não se meta nisso, Carter. Ainda não chegou sua vez! – Fury a interrompeu. Ela se calou. Clint a olhou, depois voltou a fitar o chão. – Onde você estava, que precisou alguém leigo ir te chamar?!

– Eu... – Clint falou baixo. – Eu estava esperando por ela, no lado de fora.

– E por quê estava lá fora quando a confusão acontecia lá dentro? – ele questionou. Clint fechou os olhos lentamente. Fury tentou olhar nos olhos dele. – Se lembra de qual missão te dei, agente Barton? Pode repetir pra mim?

Clint suspirou, abrindo os olhos.

– Proteger a agente Carter, - Clint falou baixo- à qualquer custo...

– De qualquer um. – Fury completou. – Aqui não mostra você protegendo a agente Carter quando Parker a acerta. Ela teve de pedir ajuda à um adolescente, pra afastar os dois. Tem ideia do quanto isso soa absurdo? Tem ideia do quanto isso é humilhante pra SHIELD, ter que depender de civis, porque nossos agentes não fazem nada? Não consegue nem proteger uma adolescente! Isso deve ser humilhante pra você. O que a agente Romanoff achou disso? Como será que ela reagiu ao saber que o agente em que ela confiou pra cuidar de uma amiga, não conseguem nem defende-la de um soco de um adolescente. Que diria de um grupo de agentes treinados da KGB? – Fury perguntou indignado. – Sabe o que vai acontecer agora? Terei de prestar contas aos avós e bisavós dela. Você sabe muito bem o quanto isso vai ser duro. Entende a gravidade disso?

– Sim senhor. Vou... tomar mais cuidado. – Clint prometeu.

– Ótimo. Assim é melhor. Tem sorte de eu não te tirar dessa missão. – Fury falou. Clint concordou. Lena tocou em seu braço como um gesto de incentivo. Clint deu um leve aceno de cabeça. – E você, Parker? Aceitando provocações de um oponente dez vezes mais fraco que você. Que tipo de herói faz isso? E ainda por cima, como se não bastasse entrar em uma briga, ainda acerta a bisneta do Capitão América!!! – Fury elevou seu tom nessa parte. – Ah! Mas, não só do Capitão América, como da fundadora da SHIELD!! Tem ideia de quantos problemas desencadeou?

Enquanto Fury falava, Ben olhou surpreso pra Lena. E Lena sabia que ele a estava encarando. Mas, se manteve firme fitando o diretor.

– Eu sei. Sinto muito por isso, diretor. – Peter falou.

– Não é pra mim que deve pedir desculpas. Não foi a mim que você acertou apesar de eu ser atingido por isso também. – Fury interviu. Peter concordou. Voltou-se pra Lena.

– Lamento por tê-la acertado. Não foi intencional. Eu jamais te machucaria intencionalmente. – Peter olhou em seus olhos falando em tom doce. Ben revirou os olhos.

Lena deu uma rápida olhada pra Fury que concordou.

– Eu sei. Mas, não tem problema agora. Nas atuais circunstâncias, isso não foi nada comparado ao que um garoto mais novo e mais fraco que você conseguiu fazer na sua cara. – Lena arqueou a sobrancelha com um pequeno sorriso. Peter tinha um olho meio roxo, e o seu lábio inferior estava partido. Ele riu.

Ben parecia orgulhoso. Mas Hill não gostou muito do comentário.

– Ótimo. E você agente Keys. Eu esperava mais de você. Um garoto brilhante, e tão inteligente! Esperava uma atitude mais racional da sua parte, e estou muito decepcionado. Criar confusão em um baile cheio de crianças. Alguém poderia ter se machucado. E tudo isso por uma garota. O que você fez foi primitivo, irracional e irresponsável. De agora em diante vai cumprir suas atividades e tarefas sob restrita supervisão da agente Hill. Se você sair mais um dedinho da linha que seja, iremos ter uma conversa bem de perto que você não vai gostar. Fui claro? – Fury falou em tom severo.

– Sim senhor. – Ben falou.

– E você Parker. Você foi o problema, então o problema vai em bora. Amanhã cedo retornará a NY. – Fury declarou. – Não preciso mais de você aqui.

Peter concordou. Queria protestar, mas não valia a pena discutir, e ele não estava em posição de negociar.

– Ótimo. Agora saiam os dois. Quero conversar a sós com a agente Carter. – ele falou em tom ameaçador que fez Lena gelar. Os meninos a olharam e saíram acompanhados por Coulson e Hill. – Barton, chame Ward. Diga que quero falar com ele agora.

Lena e Clint se entreolharam. Não sabiam o que Ward tinha a ver com essa história, mas era melhor não contrariar o diretor agora. Clint tocou o ombro de Lena como se estivesse lhe desejando boa sorte e saiu fechando a porta atrás de si.

– Devo lhe mostrar a gravação novamente?

– Não. – Lena respondeu.

– Sente-se. – ele pediu. Lena se sentou de frente pra ele. – Sabe, não me importo com o que os agentes fazem com suas vidas pessoais fora da agência. Mas, não gosto quando tem um relacionamento... ”amoroso” entre si dentro da agência. Porque, isso – ele apontou pra tela do computador que mostrava o vídeo pausado. – sempre acaba acontecendo. E tudo o que eu não preciso, e não quero, é os agentes brigando entre si dentro da agência. Sabe, as coisas tem andado difíceis e complicadas dentro da agência. Te trouxemos pra cá, em parte, porque pensamos que poderia ajudar. Então, não me decepcione novamente. Sei que não teve culpa, você não pode controlar o sentimento das pessoas sobre você, mas, se não é pra ser, não dê chance. Não dê a entender, que seus sentimentos correspondem aos dos outros.

– Não se preocupe. Não vai se repetir. Vou garantir isso. – ela deu uma rápida olhada pra tela do computador, depois voltou a olhá-lo.

– Ótimo. É isso o que eu queria ouvir. – ele falou. Mas seu tom era sério. – Deve ter ficado muito irritada com seus amigos brigando, né? Até deu uma bela bronca neles. Eu teria feito o mesmo. O problema e seu maior erro, foi ter me citado. Imagine se algum espião de outra agência estava infiltrado nesse baile? Estamos dando duro pra te proteger. Desde antes de você entrar pra SHIELD.

Lena franziu o cenho confusa.

– Como assim? – ela perguntou cruzando as pernas.

– Ouça, agente Carter. Nada do que aconteceu foi por acaso. Não te escolhemos só por causa do seu dom, ou do seu histórico familiar. Te monitorávamos em todo o tempo. Toda noite e todas as manhãs antes de sair de casa, uma patrulha de agentes fazia a ronda no seu bairro pra ver se estava tudo bem. Se o perímetro estava seguro.

– Agradeço. Mas, por que?

– Porque descobrimos que a KGB, estava atrás de você. Estavam quase te capturando quando o agente Coulson tentou atropelar sua amiga. Aquilo não foi pra testarmos seus reflexos. Sabíamos que você iria salvá-la. E contávamos com isso. E depois da saída, teriam te capturado se Coulson não tivesse sido mais rápido. E teriam te capturado de uma forma mais bruta se não tivéssemos te transferido pra cá. Tentamos fazer isso de um jeito mais discreto. Mas, eles acabaram descobrindo de alguma forma. Por isso invadiram sua casa. – Fury contou. Lena estava perplexa.

– Então, eles não fizeram isso só pela Natasha. – ela pensou alto.

– Acredito, que isso só os incentivou ainda mais.

– Acha que alguém de dentro da agência informou a eles que eu estava aqui? - Lena perguntou.

– Eu sinceramente espero que não. Mas, se for, teremos sérios problemas. – Fury falou.

– Eu sei.- ela falou em tom baixo.- Vou tomar mais cuidado. Mas, e quanto meu treinamento? Natasha vai continuar me treinando?

– Vocês se deram bem, né? – ele deu um pequeno sorriso. Lena concordou. – Isso é bom. É saudável que haja amizade entre os agentes. A lealdade de uns pra com os outros mantêm a agência mais forte.

– Lealdade... – ela sussurrou.

– Diretor? Mandou me chamar senhor? – Ward abriu a porta.

– Mandei. Entre agente Ward. – Fury respondeu, e ele entrou.

– Agente Ward. – Lena cumprimentou.

– Agente Carter. – ele cumprimentou de volta se colocando atrás dela, de pé.

– Eu o chamei aqui porque acho que está na hora de dar mais um passo no seu cargo. E será, treinando a agente Carter. – Fury falou. Lena ficou surpresa.

– Agradeço senhor. Mas, e quanto a agente Romanoff? – Ward perguntou.

– Isso não é relevante pra você. Apenas faça o que digo.

– Será uma honra senhor. A agente Carter é famosa. Assim como seu histórico familiar. – Ward sorriu. – Ouvi dizer que aprende rápido, agente Carter.

– Se dizem, deve ser verdade. – Lena falou. Ward sorriu.

– Ótimo. O treinamento começa amanhã. Agora podem ir. – Fury os dispensou. Os dois saíram. Clint esperava no lado de fora.

– E aí? – ele perguntou. Ward se afastou sem dizer nada. – O que o garoto tinha com essa história?

– Bem, me parece que vou ser treinada pelo garotão. Isso vai ser divertido. Já que me parece que ele mesmo acabou de finalizar o próprio treinamento. – Lena respondeu.

– Isso soou cruel. – Clint comentou. – Pega leve com ele.

– Relaxa. Não farei nada que ele não espere. Talvez eu seja a garota perfeita pra uma primeira. – ela comentou.

– Você tem ideia do quanto isso soa estranho? – ele cruzou os braços.

– Como assim estranho? Me refiro ao treinamento. Eu aprendo rápido. Isso torna as coisas mais fáceis pra ele me ensinar. – ela explicou. Clint fungou.

– Pois eu não pegaria leve se ele me designasse pra te treinar. Eu até cogitaria a ideia. – Clint comentou.

– Ainda bem que ele não te designou. – Lena riu. Clint lhe fez uma careta. – Tô brincando. Você ensina bem.

– É. Ele ensina. – Natasha falou se aproximando. Os dois ficaram em silêncio, e sem jeito. – Não preciso perguntar pra saber que já te designaram um novo mentor. A pergunta é quem foi o azarado?

– Muito engraçado. Vai ser o Ward. – Lena falou.

– Ward? – Natasha riu ironicamente alto. – Ele vai morrer de ódio na primeira semana.

– Você é desprezível. – Lena cruzou os braços.

– Eu tento. – ela sorriu.

– Agente Romanoff. – Sitwell chamou, ela virou-se pra ele. – Seu voo sai em 20 minutos.

– Tá. Já estou indo. – Natasha falou. Sitwell saiu.

– Vai sair em missão? – Lena perguntou.

– Vou. – Natasha deu um pequeno sorriso.

– Vai pra onde? E por quanto tempo? – Lena perguntou desanimada.

– Isso é confidencial. – Natasha falou. Lena suspirou. – Eu sei que é frustrante, mas eu não posso contar. – ela falou dando uma rápida olhada pra Clint.

– Vai se cuidar, né? – Lena perguntou.

– E eu já fiz diferente? Vai ficar tudo bem. – Natasha a abraçou.

– Quem diria que nos daríamos bem. – Lena comentou a abraçando forte.

– É. – Natasha a soltou.

– Tchau Cabeça de fósforos.

– Até logo Loirinha. – Natasha sorriu. Voltou-se pra Clint lhe dando um aperto de mão. – Cuida dela.

– Sim senhora. – Clint prometeu. Ela deu um leve aceno de cabeça e se afastou. Eles a observaram entrar no elevador.

– Eu esperava uma despedida mais calorosa de sua parte. – Lena comentou.

– Não me encha! – ele reclamou. – Deixe de frescura, ela volta em três semanas.

– Ela não vai passar o Natal com a gente. – Lena comentou frustrada. – É uma pena, eu queria que ela conhecesse a Frankie.

– É. Vamos então. Já levei muita bronca por hoje. – Clint falou.


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Notas finais do capítulo

Isso foi no mínimo estranho. Lena, vê se pega leve com o Ward, viu?
(Lena: Vou pensar no seu caso.).kkkk Espero que tenham gostado meu amores. DEixem seus comentários por favor. Eu não acredito em fantasmas, e espero que continue assim.bjs



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