Mentora Russa escrita por Helem Hoster


Capítulo 34
Finalmente em casa!


Notas iniciais do capítulo

Oi meus chuchus!!! Cheguei, e não precisam aplaudir. kkkk brincadeira. Espero que gostem desse capítulo. Amo vocês de paixão! Beijos meus pudinzinhos de leite. Comentem.



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A escuridão. Era a primeira palavra que veio à mente de Lena. Estava frio, estava escuro, e ela estava com medo.

Lena sentiu o chão tremer fortemente, e ouviu o som de desabamento, depois, ouviu pessoas gritando e correndo desesperadas. Mas, um grito se sobrepôs aos dos outros. Era um grito de dor e ódio.

– Ela não! Por favor, ela não! Ela não vai resistir! Pare isso! Ou vela vai morrer! – ela ouviu Natasha implorar.

– Quem vai morrer? Natasha! – Lena chamou tentando seguir o som da voz dela. Mas, sentiu segurarem seus braços, e a arrastaram pra uma sala que tinha cheiro de remédio.

A deitaram sobre uma maca e amarraram-lhe os pulsos e os tornozelos. Ela se contorcia tentando se soltar. Não tinha ideia do que estava acontecendo. Aos poucos seus olhos se acostumaram com a escuridão. Viu Natasha no lado de fora da sala através de uma espécie de vidro blindado. Ela batia no vidro e chorava. Estava desesperada. Lena sentiu como se agulhas penetrassem sua pele, e depois, uma dor alucinante. Logo veio uma luz forte e branca que a cegava, e tudo se acabou.

– Helena. – ela ouviu chamarem. - Helena! – seguraram-lhe os ombros.

Ela acordou assustada.

– Calma. – Clint sorriu. Lena olhou em volta. Estava no jato. – Tá tudo bem?

– Tá. – ela piscou tentando se acalmar. – O que foi?

– Chegamos. – ele falou suave. Lena concordou. – Pesadelos? – ele franziu o cenho.

– Nada de mais. – Lena respondeu se levantando e pegando sua mala no compartimento de bagagem. – Foi só por causa do voo mesmo.

– Se você diz, por mim tudo bem. – Clint falou pegando a mala dele e saindo. Ela pegou sua mochila verde e desceu do jato. Olhou pro céu. O céu escuro estava estrelado e limpo. Era uma bela noite.

– Dormiu bem? – Natasha perguntou pra Lena enquanto Clint guardava a bagagem no porta malas do carro. Lena a olhou. Logo veio-lhe à mente as imagens do sonho. Jamais vira Natasha tão desesperada quanto no sonho.

– Lena teve pesadelo. – Clint respondeu fechando o porta malas do carro.

– Ah! Obrigada por compartilhar isso, Clint. – Lena ironizou.

– Não tem de quê, esquentadinha. Quando precisar, estou sempre a disposição. – Clint sorriu entrando no carro.

– Pesadelos? – Natasha perguntou enquanto Lena entrava no carro.

– É. Nem em sonhos você me deixa em paz. – Lena fechou a porta. Natasha entrou.

– Como assim? Teve pesadelo comigo? – Natasha perguntou entrando.

– Não seria a primeira vez. – Lena comentou.

– Então eu te assombro durante o sono? – Natasha perguntou em tom maléfico.

– Não enche. – Lena reclamou. Natasha e Clint riram. Os dois a estavam claramente avacalhando. Mas já era hora de parar.

A viajem foi em silêncio. Clint apenas perguntou em qual rua ela morava e qual casa. Ela deu as instruções, e logo chegaram sem problemas.

– Essa é sua casa? Parece daquelas casas de filme de comédia. – Natasha zombou enquanto desciam do carro.

– E a sua parece de filme de terror. Se bem, que a proprietária é muito mais assustadora. – Lena retrucou. Natasha espreitou os olhos um pouco corada de raiva. Lena pegou sua mala e entrou em seu jardim.

– Nem diga nada. Foi você quem provocou. – Clint falou entregando à nas mãos de Natasha a mala dela.

Lena destrancou a porta de casa e desligou o alarme. Finalmente em casa! Apesar de tudo o que estava acontecendo, se sentia bem e feliz. Finalmente voltara ao conforto e segurança de seu lar. Mesmo que só por dois dias. Lena atravessou a sala, subiu as escadas e entrou em seu quarto.

– Voltei, e não precisam aplaudir. – ela falou para seu quarto. Pode parecer estranho, mas é até saudável. Ela colocou sua mala na cadeira de sua escrivaninha, e trocou de roupa. Colocou uma calça de moletom preta, e uma blusa de manga comprida verde clara. Sentou-se em sua cama e abraçou sua pantera de pelúcia. Ela ganhou quando tinha sete anos de sua irmã Frankie. Mas, é claro que a mantém em segredo absoluto.

Logo se lembrou de que não estava sozinha. Saiu do quarto descendo as escadas. Natasha e Clint entravam com as malas.

– Casinha aconchegante a sua, heim? – Clint comentou.

– Também acho, Clint. – Lena sorriu. – Por favor, não me digam que precisam de permissão pra se sentarem!

Os dois deram um pequeno sorriso.

– Vem Natasha. Vou mostrar o quarto de vocês. – Lena falou da escada. Natasha deu um pequeno sorriso pegando as malas.

– Ah! Obrigado, miladys, mas vou dormir na sala mesmo. – Clint falou.

– Por quê? – Lena franziu o cenho.

– Primeiro, porque eu sou homem. Durmo em qualquer canto. Segundo, porque se alguém invadir, estarei aqui pra impedir. – Clint falou.

– Terceiro, porque ele é um chato de galocha. – Natasha completou. Clint fez uma careta pra ela.

– Tudo bem, Clint. Eu trago travesseiro e cobertas pra você. Só vou avisar, esfria muito aqui em baixo a noite. Principalmente nessa época do ano. – Lena falou.

– Tá, obrigado. – Clint falou.

– Vem, Natasha. – Lena chamou subindo as escadas seguida de Natasha. Ela a guiou até um quarto ao lado do seu. Abriu a porta e acendeu a luz.

Tinha uma cama de casal com cobertores e travesseiros azul claro. Em cada lado da cama tinha um criado mudo com abajur. As paredes eram num amarelo pastel, e as cortinas eram beges. Tinha uma estante, um guarda roupas, espelho na parede, e um banheiro.

Natasha olhou encantada.

– Sempre odiei esse quarto. – Lena falou.

– Como pode alguém odiar um quarto desses? – Natasha questionou.

– A cor das paredes é horrível, as cortinas são medonhas, e acho meio chato. Não dá vontade de ficar aqui. – Lena respondeu.

– Pois eu acho exatamente o contrário. É, confortável, aconchegante e acolhedor. – Natasha retrucou.

– Bom, então, ou somos diferentes, ou eu não entendo absolutamente nada de moda. – Lena cruzou os braços.

– É, pode ser. – Natasha concordou entrando no quarto.

– Então vou deixar você se acostumar com o cômodo, e vou atender Clint. – Lena falou.

– Faça isso. – Natasha deu um pequeno sorriso. Lena sorriu de volta e saiu. Foi até o fim do corredor e entrou no quarto de Frankie. Pegou um cobertor e dois travesseiros do closet, e saiu fechando a porta.

Desceu as escadas e viu Clint arrumando sua arma sentado no sofá.

– Não me diga que vai dormir com ela? – Lena se aproximou.

– De baixo do travesseiro. – ele confirmou enquanto ela entregava o cobertor e os travesseiros. Ele colocou ao lado, pegou um punhal de cabo preto e começou a poli-lo.

– Eu tenho um também. – ela comentou sentando-se ao lado dele. Ele deu um pequeno sorriso. – Obrigada por vir, Clint. E por me proteger.

– Não tinha como dizer não. – Clint retrucou. – Foi a Natasha quem pediu. Então não tinha como recusar.

– Você gosta muito dela, né? – Lena comentou. Ele deu um sorriso.

– Somos amigos à um bom tempo. E ela já passou por tanta coisa... – ele comentou avaliando o punhal. – Ela parece gostar mesmo de você.

– E você não? – Lena questionou. Mas, não estava ofendida.

– Não! Acha que se eu não tivesse gostado de você, teria te dado um apelido, Esquentadinha? – ele ironizou. Lena sorriu. – Enfim, de nada. – ele suspirou. – E obrigado por não ter um cachorro.

– Bom, tenho um gato. Serve?

– Ah! Por mim tudo bem. Mas a ...

Ouviu-se um espirro.

– Oh-o. – Clint gemeu. Natasha desceu as escadas com pressa espirrando e tentando respirar. Lena se levantou espantada.

– Por... – Natasha falou com a voz esganiçada. – Por acaso tinha um gato lá dentro?

– Hum... não exatamente, é que meu gato mesmo, está no Texas, com a minha mãe. Mas, ele costuma dormir no quarto de hóspedes às vezes. – Lena explicou.

– Você... está tentando me matar?? – Natasha perguntou com um fio de voz.

– Foi mal, não sabia que você era alérgica a gatos. – Lena falou. Natasha espreitou os olhos vermelhos, assim com seu nariz. Tinha a garganta fechada. – Vem, eu devo ter um antialérgico na cozinha. – Lena foi pra cozinha, estava surpresa pelo simples fato da Viúva Negra ter uma fraqueza. Deu à ela um comprimido antialérgico e um copo de água. Aos poucos sua respiração foi voltando ao normal.

– Você não tem ideia do quanto isso sufoca! – Natasha comentou se apoiando no balcão da cozinha.

– Ah! Pode acreditar que eu tenho sim. Passei três dias usando um lenço no pescoço só pra esconder a marca dos seus dedos. – Lena rebateu. Natasha a olhou.

– Nunca te disseram que a vingança é um prato que se come frio? – Natasha perguntou.

– Mas, eu não fiz nada. Ensinaram-me que Deus disse “ A vingança é minha.”. Então, não me preocupo com isso. – Lena respondeu.

– Você acredita mesmo em Deus? – Natasha perguntou.

– Eu acredito que não sobrevivi a tudo isso por pura sorte. Ele cuida de mim. – Lena respondeu.

– Que bom. Vai precisar. – Natasha falou saindo da cozinha.

– Você vai ter que ficar no quarto da Frankie. – Lena falou indo pra sala.

– Quem é Frankie? – Clint perguntou.

– Minha irmã. – Lena respondeu. – O quarto da Frankie é o único quarto da casa onde Fluffy não entra. É no fim do corredor. Vou transferir suas malas pra lá, que se você entrar no quarto de hóspedes de novo só encontraríamos seu corpo no dia seguinte.

– Tá. – Natasha falou com desprezo. – Vou esperar aqui.

– Pede uma pizza pra gente. Deve ter cardápio com o número da pizzaria na terceira gaveta da pia. – Lena falou. Natasha concordou.

Lena subiu as escadas e entrou no quarto de Frankie. Tinha as paredes verdes, e cortinas verde chiclete. Tinha também uma cama de casal com edredom roxo escuro quase um bordô. Tinha uma escrivaninha de madeira escura, guarda roupas, estante cheia de livros, raque com uma TV, DVD, e rádio. Tinha uma porta que dava para o banheiro, e outra que dava pro closet. Lena sempre achou esse o melhor quarto da casa. Mas sua irmã, apesar delas se darem muito bem, nunca a deixava entrar. E agora, faria algo do qual, quando Frankie descobrisse, a estrangularia até a morte.

– É. O treino contra estranguladores vai servir de algo, afinal. – Lena comentou .


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Notas finais do capítulo

Bom, espero que tenham gostado, amorecos. Deixem seus comentários por favor, que eu prometo, que apartir daqui, as coisas só vão melhorar.bjs



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