Mentora Russa escrita por Helem Hoster


Capítulo 21
A Mentora, o Arqueiro, a Aprendiz.


Notas iniciais do capítulo

Eu gostei de escrever esse capítulo. Espero que gostem de lê-lo.bjs deixem seus comentários seus lindos.



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Foi a pior noite de sono que Lena já teve! Ela acordava várias vezes durante a noite com pesadelos em que Natasha aparecia tentando mata-la. E quando ela finalmente conseguiu dormir seu celular despertou. Ela olhou mal conseguindo abrir os olhos.

9:30, treino com Cabeça de Fósforos.”

Ela bufou esfregando o rosto com a mão. Não estava nem um pouco afim de ver Natasha de novo. Principalmente depois de seu subconsciente tê-la feito pensar nela a noite toda. Tentou se levantar, mas seu pé estava embolado no cobertor e ela caiu com tudo no chão. Apenas rolou pra de baixo da cama. Tentou esquecer um pouco Natasha. “Acho que ela não vai se importar se eu faltar hoje.” Lena pensou fechando os olhos. Ouviu-se batidas na porta do seu quarto.

– Eu não tô aqui não! – ela respondeu sem abrir os olhos. A porta do seu quarto se abriu e ela ouviu passos se aproximarem de sua cama. Ouviu a porta do banheiro se abrir, e depois fechar. Então novamente se aproximaram de sua cama se abaixando.

– Quê que você tá fazendo aí? – ela ouviu a voz de Dani. Abriu os olhos e virou a cabeça na direção do irmãozinho.

– O quarto é meu. Eu durmo onde eu quiser. – ela respondeu. Ele riu.

– A vó pediu pra eu falar pra você que ela disse , que eu tenho que te avisar que você tem que levantar por que ela disse que você disse pra ela que você marcou de sair com a vizinha hoje. – Dani falou ofegando.

– Não era mais fácil você dizer : “Levanta que você marcou de sair com avizinha.”? – Lena arqueou as sobrancelhas. Dani pareceu um pouco. – Você falou com a Frankie pelo Skype ontem e ela fez esse joguinho com você, né? – Lena arriscou. Dani concordou com a cabeça. – Meu garoto. – Lena falou. – Fala pra vovó que eu já tô descendo.

– Tá. – Dani falou e saiu correndo do quarto da irmã fechando a porta. Lena rastejou pro tapete e se levantou entrando no banheiro. Escovou os dentes e penteou o cabelo o prendendo numa trança lateral. Se olhou no espelho. Olheiras denunciavam uma noite mal dormida, e as marcas no pescoço, mesmo menores, indicavam que ela não esqueceria Natasha facilmente. Ela bufou e passou um corretivo cor da pele em baixo dos olhos e voltou pro quarto. Vestiu sua calça jeans azul escura, sua blusa preta com o símbolo do Batman em pedrinhas coladas prata. Vestiu uma jaqueta jeans cinza e foi em direção à sua escrivaninha pegou seus óculos de sol pra disfarçar um pouco. Olhou pela janela e viu quem menos queria ver. Ficou com ódio ainda mais. Via, pela janela no quarto máster da casa ao lado, Natasha se arrumando, mas parou ao vê-la. Ela também parecia não ter tido uma noite muito boa e tinha um óculos de sol nas mãos assim como Lena. Ela colocou os óculos e fez sinal indicando “cinco minutos” com a mão, mas não estava de bom humor. Lena confirmou com um aceno e colocou os óculos pegando seu celular e saindo do quarto.

– Vó, eu provavelmente não volto pro almoço, então não me esperem. Eu volto às cinco. Tchau! – ela falou descendo as escadas e amarrando o lenço no pescoço.

– Vocês tem passado muito tempo juntas. Se deu bem com a vizinha? – sua vó comentou.

– Mais ou menos. Mas o pessoal com quem ela sai, é muito legal. São meus amigos também. – ela comentou indo em direção à porta.

– Não vai comer algo primeiro?

– Eu como lá. Tchau vó! – ela deu um beijo no rosto de Rita e saiu fechando a porta atrás de si. Viu Natasha na calçada de sua casa encostada em seu carro esporte preto. Não estava feliz.

– Por que demorou? – Natasha perguntou com a voz grave e baixa.

– É da sua conta? – Lena retrucou. Natasha arrumou os óculos de sol no rosto e abriu a porta do carona.

– Só entra no carro. – ela resmungou. Lena entrou e Natasha fechou a porta e entrou no carro no banco do motorista e ligou mudando a marcha.

– Não vai me mandar pôr o cinto?- Lena questionou.

– Você está no carro com uma das melhores motoristas da SHIELD. Só teremos um acidente se eu quiser. Mesmo que venha um idiota desgovernado. Se formos paradas por um policial, eu mostro o meu distintivo e ele é quem vai ter que me mostrar a identidade. E além do mais, não vai ser o meu nariz que vai que vai quebrar se eu der uma freada brusca, então, pode ficar sem cinto se quiser. Só não suje meu carro com seu sangue. – Natasha deu de ombros olhando fixamente pra estrada. Lena colocou o cinto e Natasha deu um pequeno sorriso.

– Você adoraria dar uma freada brusca, né? – Lena retrucou.

– É interessante essa ideia. E vontade não falta. Quem sabe levar uma bronca do Fury valha à pena a chance que eu teria de te dizer “ e te disse”. – Natasha comentou.

Ao chegarem na base...

– Me espera no andar de treinamento. Tenho que fazer uma coisa primeiro. – Natasha falou pra Lena.

– Que coisa?

– Não é da sua conta. Apenas obedeça.

Lena bufou e saiu do carro entrando na base e no elevador. Sitwell entrou junto.

– A pestinha está tendo problemas com a mentora? – ele zombou.

– Cale a boca seu careca traidor. – ela falou.

–Vem calar. – ele falou. Ela o imprensou contra a prede.

– Escuta aqui seu quatro olhos imbecil! Fique fora do meu caminho. Se eu ver seu casco podre de novo hoje, de Jasper Sitwell você vai passar a ser Jasper Sem Miolos, tá entendendo? – ela perguntou.

– Vá trocar as fraudas criança! - Sitwell retrucou - Tire o babador antes de ameaçar um agente da ...

– SHIELD? Você ia dizer SHIELD? Você finge ser da SHIELD, não lembra? Você é meu, Sitwell! Fique ligado. Quando você menos esperar, eu vou estar lá! – Lena ameaçou. O elevador abriu anunciando o andar de treinamento. Ela o soltou e saiu.

– Você não perde por esperar, peste! – ele praguejou em tom baixo.

Lena caminhou pelo andar de treinamento, e pela janela de vidro de uma parede, viu Clint treinando o arco em uma sala. Ela o observou por um tempo, e depois entrou silenciosamente. Se encostou na parede branca da sala e ficou observando ele acertar o alvo todas as vezes que atirava sem errar. Não importava a distância, ele sempre acertava.

– Não são muitas as pessoas que conseguem me surpreender. – Clint falou sem olha-la.

– Sabia que eu viria uma hora ou outra. – ela cruzou os braços.

– Há quanto tempo você está aí? – ele perguntou preparando uma flecha no arco.

– Uns cinco minutos. – ela deu de ombros.

– Você é boa. Levei um tempo até te perceber. – ele comentou.

– Aprendi a ser silenciosa pra evitar ser colocada em armários. – ela comentou.

– Sei, a garota que não gosta de violência. Você não deve ver muitos filmes de ação, né? – ele perguntou atirando no alvo e pegando outra flecha.

– Que nada. São meus favoritos. – ela retrucou.

– Devia assistir Jogos Mortais. – ele comentou com a flecha no arco olhando pra ela.

– Você devia ver onde atira. – ela retrucou. Ele soltou a flecha ainda olhando pra ela, e acertou em cheio no alvo. – Exibido! – Lena chingou ele deu um pequeno sorriso.

– Quer tentar? – ele perguntou.

– Acho que Natasha não iria gostar de te ver me treinando.

– Não estou te treinando. Apenas vendo se você tem uma mira boa. – Clint retrucou. Ela arqueou as sobrancelhas. – Vem cá. Pode usar meu arco. – ele lhe estendeu o arco. Ela se desencostou da parede e pegou o arco segurando com todo o cuidado como se fosse um troféu do Oscar. Se colocou ao lado dele.

– Já fez isso antes? – ele perguntou lhe entregando uma flecha.

– Não. Mas tenho 30hrs de tira ao alvo no Xbox. – ela respondeu arrumando a flecha no arco. Ele riu. Ele ensinou a ela a posição certa pro manuseio do arco. Ensinou-a a respirar fundo e relaxar, focando sempre em um ponto fixo.

– Pronta? – ele perguntou. Ela confirmou com um aceno. – Então deixe-a ir. – ele falou. Ela soltou a corda do arco deixando a flecha voar até parar no meio do alvo. – Olha! Entrou pra lista dos poucos que conseguem me surpreender! – ele falou. – Parabéns. Seria uma ótima arqueira.

– Mas não melhor que você. – ela sorriu.

– Não. Ninguém seria melhor que eu no arco. – ele brincou fazendo-a rir. Por um momento, ela sentiu como se ele é quem fosse seu mentor. E até desejou isso. Pelo menos, ele não vivia zangado com ela. Nem, tentou mata-la. – Mas você aprende rápido. É uma boa aprendiz.

– Você é que é um bom professor. – ela retrucou. Ele sorriu.

– É. Ele é mesmo. – uma voz falou da porta os assustando .Eles se viraram.- Não é, Clint? – Natasha falou de braços cruzados, e seu tom não era nada amigável.

– Natasha... – Clint indagou, ela os fuzilava com os olhos.

– Tá na hora do treinamento. – ela falou pra Lena, que devolveu o arco pra Clint e saiu. – Ela é MINHA aprendiz, Barton. Não esqueça disso! – Natasha esbravejou assim que Lena se afastou.

– Então é assim? – ele riu irônico. – Você pretende me ameaçar, só porque eu dei à “ sua aprendiz” um elogio merecido? Você acha mesmo que depois de esculachar a menina, depois de tentar mata-la, ela vai ficar radiante de ter um treinamento com você? Acha que depois de ontem, ela não vai aproveitar a primeira o oportunidade que ela tiver de ficar o mais longe possível de você? Você parece mais uma carrasca do que uma mentora.

– Ela é minha aprendiz! Eu decido “como” treina-la e “quando” elogiá-la!

– Natasha! Deixa de ser infantil! Ela não é um brinquedo! Como acha que ela se sentiu quando você a sufocou até ela parar de respirar?? Você está dando à ela o mesmo treinamento bruto que recebeu na KGB.

– Isso é porque eu quero que ela seja tão boa quanto eu.

– Mas não é assim que as coisas funcionam. Você a está ensinando como ser fria e sanguinária, e não como ser uma agente. Ela pode ser grande Natasha. Eu vi isso!- ele falou tirando a flecha que Lena acertara do alvo e mostrando pra Natasha. – Ensine ela a ser a agente que ela nasceu pra ser, e seja a boa mentora e amiga, que eu sei que você é.

– Não me diga o que fazer quando você recusa todos os aprendizes que Fury te ofereceu!

– Não estou te dizendo como treiná-la. – ele falou em tom grave e severo. – Estou falando sério! Você não tem ideia do que eu sinto por você! Mas pare de ser o monstro que você está sendo com Helena, ou eu juro que esqueço que você é minha amiga e eu mesmo paro você!

– Você vai “tentar”! – Natasha retrucou em tom ameaçador. – Se se meter com minha aprendiz de novo, juro que você nem vai ver de qual direção veio o tiro!

– É o que veremos. – Clint falou firme sem demonstrar um pingo de medo. Natasha se virou saindo da sala. – Natasha. – ele chamou ela se virou. – Ela é boa de mira, e silenciosa como um gato. Conseguiu me surpreender. Pega leve.

– Vai te catar, Cabeça de Penas. – ela falou saindo da sala. Clint deu um pequeno sorriso. Sabia que acabara de ameaçar a pessoa mais importante pra ele, que ele conhece à mais de 12 anos, por causa de uma menina que ele conheceu à três semanas. Mas, essa não era qualquer menina. Era Helena Carter. Que tinha um jeito especial de conquistar as pessoas.

Ele sentou olhando a flecha que Lena acertara. Teve uma idéia.


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Notas finais do capítulo

Uh! Ó DR rolando aê! Que tenso cara. Espero que tenham gostado.Bjs amores deixem seus comentários.



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