Mentora Russa escrita por Helem Hoster


Capítulo 14
Depois do treino...


Notas iniciais do capítulo

Aí, galerinha, desculpa a demora, mas eu fiquei meio ocupada com essa época de festas. Consegui um tempinho agora. Espero que gostem. Aproveitem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/544148/chapter/14

– Se saiu muito bem hoje. – Peter comentou enquanto eles caminhavam pelo pátio.

– Quem? – Lena perguntou, estava distraída.

– Você. Se saiu muito bem no treino. Nunca vi alguém bater na Romanoff e sair dessa ilesa. – Peter falou enquanto eles paravam na sombra de uma coluna.

– Você sabe que eu não queria machucar ninguém. – Lena retrucou se encostando na parede, cansada.

– Eu sei. Mas, o resto do treinamento... você foi excelente. Nunca vi alguém aprender tão rápido. Você leva jeito pra isso. – Peter elogiou.

– Levo jeito pra bater em pessoas? – Lena riu.

– Tem algumas pessoas que não levam o menor jeito pra lutar. Mas... sei lá... do jeito que você lutou, parecia que fazia isso a tempos. É como se as artes marciais estivessem no seu sangue.

– Você viu essa frase em algum filme? – Lena riu. – Com certeza algum que eu não assisti.

– Não, tô falando sério, garota. – ele riu. Mas se acalmou.- Você treinou bem. Lutou com graça, elegância e manteve a pose. Era como se você estivesse dançando. – ele falou segurando na mão dela. Ela ficou sem reação, um pouco encabulada.

– Talvez. Seria... se eu soubesse dançar. – ela comentou. Peter riu. Lena viu Bem se aproximando, não parecia feliz. Ela afastou sua mão da de Peter, que não tinha visto Bem, portanto não entendeu o porquê da reação da garota, mas não falou nada. – Oi Ben. – ela sorriu.

– Vamos. – ele segurou no pulso dela.

– Ham... claro. Esse é o Peter. Peter, este é Ben Keys, meu amigo. – Lena apresentou.

– Oi. – Ben falou em tom nada amigável.

– Oi. – Peter sorriu. – Você é o novo aprendiz da Hill, se não me engano, né?

– Sou, e daí ? O quê você tem com isso? – Ben perguntou em tom grosseiro.

– Nada... eu só acho ela bem legal. – Peter respondeu.

– Bom pra você. Vamos Lena. – Ben falou enquanto a puxava pra longe de Peter.

– Até amanhã, Peter. – Lena falou para Peter .

– Até, Lena. – Peter falou acenando com a mão.

Ben a arrastou até o outro lado do pátio, perto do lugar onde estavam alguns jatos, e naves militares de combate.

– Ben. Eu sei que você é forte... mas não precisa demonstrar isso em mim. – Lena falou com dor.

– Oh. Desculpa. – Ben falou mais amigável a soltando.

– Valeu. – ela falou massageando o pulso. – E aí? Como foi seu primeiro dia?

Ben sorriu como se estivesse esquecido de ficar bravo.

– Foi incrível. O andar de computadores daqui é incrível. Foi o melhor presente de Natal que já ganhei! – ele falou com os olhos brilhando. Lena sorriu em ver seu amigo feliz. – E como foi seu dia com a Romanoff?

– É... não dá pra reclamar. Ela é uma boa mentora. Firme, e até um pouco... muito antipática. Mas ensina passo a passo, pergunta se eu entendi, repassa tudo até eu fazer direito. Pensei que seria pavio curto, mas... se mostrou paciente e pareceu levar o treinamento a sério, mesmo não gostando de mim. E... até comentou quando eu fiz tudo do jeito certo.- Lena respondeu.

– Você sabe... que acabou de se descrever ensinando o Clay a fazer gráficos, certo? –Ben falou.

– Está dizendo que eu sou igual á Romanoff? – Lena perguntou.

– Estou. Qual a diferença entre vocês, além de que ela é uma superespiã, e você é só uma nerd do terceiro ano do ginásio? – Ben perguntou.

– Eu não mato. E não gosto de machucar as pessoas. – ela respondeu. – Mas...é boa mentora.

– Interessante você dizer isso. – uma voz falou por de trás deles. Eles se viraram assustados.

– Sua mãe nunca lhe ensinou que é feio ouvir a conversa dos outros sem ser convidada? – Lena repreendeu.

– Não...ela não teve tempo pra isso. – Natasha respondeu com um pequeno sorriso.

– E por quê não se anunciou? – Lena insistiu.

– Não é educado interromper a conversa dos outros. – Natasha deu de ombros.

– E é educado ouvir a conversa alheia? – Lena retrucou.

– Depende do ponto de vista. – Natasha respondeu mantendo seu pequeno sorriso.

– O que você quer? – Lena perguntou.

– Eu só queria dizer que Clint pediu pra avisar que o avião tá pronto.

– “Clint”? – Lena ficou confusa.

– O agente Barton. – Ben cochichou para ela.

– Ah tá. – Lena resmungou. Natasha tomou a dianteira até o jato onde Clint os esperava. Ben logo subiu seguido de Clint, mas antes que Lena subisse, Natasha a chamou.

– Diga.- Lena virou-se para ela.

– Você estava falando sério? – Natasha perguntou.

– Sobre o quê ? – Lena indagou.

– Sobre o treinamento.

– Eu sempre falo sério sobre minha opinião. Principalmente quando converso com meu melhor amigo. – Lena respondeu calma.

– Bom então, obrigada. Nenhum aprendiz meu comentou muito sobre o treinamento. – Natasha falou. Lena cruzou os braços.

– Isso é porque você só teve aprendizes adultos, quase todos homens. Que só sabiam comentar o quanto você é bonita.

– Muito bem, até onde sei você não lê mentes. – Natasha cruzou os braços desconfiada.

– Não leio. Mas dedução, e observação são meus fortes. – Lena respondeu.

– Isso é muito bom. E é gratificante saber o que você pensa sobre mim como mentora.- Natasha falou em tom profissional.

– Bom, e é gratificante pra mim saber que você me acha forte. – Lena sorriu. Natasha a dispensou com um aceno. Lena subiu as escadas.

– Só mais uma coisa.- Natasha falou. Lena virou-se para ela. – Você... por acaso...é alemã?

– Não. Mas eu falo. Meu avô é alemão. – Lena respondeu.

– Hum... bem que eu te achei um pouco fria.

– EU sou um pouco fria? – Lena ironizou. Natasha riu.

– Bom, até amanhã... aprendiz não completamente alemã.

– Até amanhã, mentora russa. – Lena retrucou entrando. Natasha voltou para dentro da base.

– Que clima, heim? – Clint comentou.

– Ouvindo conversa alheia, Gavião Arqueiro? – Lena perguntou entrando na cabine.

– Por quê? Era confidencial? – ele perguntou a seguindo.

– Um pouco. Mas foi falta de educação de sua parte. – ela se sentou de frente pra Ben.

– Bom, depende do ponto de vista. – Clint sorriu.

– Tudo pra vocês é ponto de vista, né?

– Bom... – Clint pareceu pensativo. – Isso também é um ponto de vista.

Lena revirou os olhos, Ben e Clint riram.

– Vou ver a decolagem com o piloto. – Clint falou indo pra cabine do piloto.

– Como foi seu treinamento com a Hill? – Lena perguntou pra Ben.

– Foi bom. Maria é muito atenciosa. Ela é legal. – Ben respondeu.

– Ela parece gostar de você. Se deram bem logo de cara! – Lena comentou.

– É... achei meio estranho isso. Pensei que eu é quem seria o histérico ansioso e pegajoso, mas ela pareceu muito mais minha fã do que eu dela. Ficou fazendo um monte de perguntas sobre meus amigos, sobre a escola, e meu trabalho. E até perguntou qual minha relação com você.

– E... o quê você respondeu??? – Lena arregalou os olhos assustada.

– Que somos amigos desde os quatro anos. – Ben respondeu. Lena relaxou. – Pensei que ela não gostasse de novatos.

– Ela não gosta. – Lena deu de ombros. – Mas gostou de você. Por alguma razão que ainda não consigo decifrar. – Lena piscou pensativa.

– Ué? Não é você que sabe de tudo?

– Eu decifro pessoas, Ben. Não sou adivinha, e nem leio mentes. – Lena retrucou.

– Hum... – Ben gemeu pensativo. – E o que aprendeu hoje?

– Ah! Um pouco de defesa, básico. – Lena deu de ombros. – Não achei tão difícil. Mas Peter disse que eu me saí bem.

– E o quê que Peter sabe sobre isso? – Ben reclamou irritado.

– Ele é o Homem Aranha. – Lena retrucou. Ben revirou os olhos. Lena suspirou, obviamente Ben não queria falar sobre isso. O melhor a se fazer era mudar de assunto. – Sabe, Ben, eu conheci o Capitão América hoje.

– Sério? – Ben se arrumou na poltrona animado. Lena sorriu e contou ao amigo como conhecera o Herói da Segunda Guerra Mundial, e se tornara amiga dele. Contou que ele era exatamente como sua avó e sua bisavó contaram em suas histórias quando ela era criança. Ben ficou animado com tudo o que a amiga contara. Ele contou sobre seu primeiro dia de treinamento. – Maria é incrível. Todos foram bem legais comigo. Por um momento eu até... me senti como se ... tivesse uma família. – ele falou abaixando seu tom. Lena deu um sorriso compreensivo. Ela sabia melhor do que ninguém o que o amigo passara por todos esses anos que o conhece. Ben não tinha irmão ou irmã, nem pai nem mãe. Ele morava com seus avós desde que entendia por gente. E o pouco que eles lhe contaram, não era o suficiente pra saber de onde ele veio.

– Mas é isso o que nós somos. – uma voz falou os assustando. Eles se viraram, era Barton. – Todos somos como uma grande família.

– E por que a Romanoff não gosta de mim então? – Lena questionou. Barton franziu as sobrancelhas com um pequeno sorriso.

– Você gosta de todos os seus parentes? – ele perguntou.

– Bom... – Lena pensou. – Tem meus primos de segundo grau. Não gosto muito deles. Parei de confiar no que diziam quando roubaram meus doces quando eu tinha sete anos.

– Viu? É a mesma coisa. – Barton sorriu. Lena fez-lhe uma careta. – Chegamos.

...

– Vai buscar a gente amanhã, Barton? – Lena perguntou. Enquanto ele dirigia.

– Não. Tenho uns assuntos a tratar no Novo México. Fury vai mandar alguém pra pegar vocês amanhã.- Clint falou estacionando. – Pronto, estão entregues.

– Provavelmente vai ser o Sitwell quem vai nos buscar. – Lena bufou.

– Impossível. Ele vai comigo. – Clint retrucou. – Por quê? Não gosta dele?

– É... fã é que não sou. – ela respondeu.

– Tudo bem, - Clint sorriu. – eu também não sou “fã” dele.

– Valeu, Clint. Se cuida. – Lena sorriu agradecida abrindo a porta do carro. – Vamos Ben.

– Se cuida, esquentadinha. – Clint sorriu de volta. Lena fechou a porta depois que Ben saiu. Clint suspirou dando partida no carro. Quem sabe ele até que não seja tão durão e frio. Talvez, ele seja legal.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Uh! Que clima, heim? Espero que tenham gostado. Deixem seus comentários amores, bjs.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Mentora Russa" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.