Mentora Russa escrita por Helem Hoster


Capítulo 12
Primeiro dia de Treino.


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo, eu me diverti muito escrevendo,espero que gostem. Deichem seus comentários e aproveitem. Bjs



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Eles caminharam pelo corredor.

– Vai ver o treinamento também? – Lena perguntou no tom mais delicado possível para Barton.

– Eu não perderia por nada. – ele sorriu. – Quero ver como ela se sai treinando uma adolescente. Ainda mais uma que tem o mesmo temperamento que ela.

– Ou só está doido pra levar um murro no meio da cara. – Romanoff comentou em tom ríspido enquanto entravam na ponte. Ele riu.

– Agente Romanoff. Que agradável vê-la tão bela novamente! – ouviram uma voz conhecida. Ela olhou pra cima.

– Olá agente Parker. – ela falou. Peter pulou do teto se colocando na sua frente. – Tem que parar com essa mania Peter. Os outros agentes estão começando a reclamar das teias.

– Não posso evitar. – ele sorriu encolhendo os ombros, ela deu um pequeno sorriso. – Senhorita Carter! Que bom vê-la de novo.

– É “agente Carter”. – Barton corrigiu. Peter abriu um sorriso ainda maior.

– Que bom que nossa conversa serviu de algo.- ele falou. Ela não respondeu. Apenas deu um pequeno sorriso. – Já está indo pra casa?

– Quem dera. – Romanoff falou.

– Treinamento?- ele arriscou. Ela confirmou. – O agente Barton quem vai te treinar?

– Quem dera! – Romanoff resmungou de novo.

– Com todo o respeito, só sabe falar isso? – Peter perguntou. Barton segurou uma risada. Lena ficou curiosa sobre qual seria a reação da agente sobre tamanha ousadia.

– Você não tem que se pendurar como um macaco em algum prédio da cidade? Vai dar uma de Tarzan, porque os agentes têm mais o que fazer, do que ficar te aturando. – ela falou tomando a dianteira. – Com ou sem a sua licença, eu tenho um... – ela lançou um olhar para Lena. -... Eu tenho um treinamento a cumprir.

– Opa! Essa eu quero ver. – Peter falou os seguindo. Eles entraram no elevador.

– Como se não bastasse aguentar uma, agora vou ter que aturar dois adolescentes dentro da mesma sala. – Romanoff reclamou cruzando os braços. Lena revirou os olhos. – Andar de Treinamento. – ela anunciou para o elevador.

“- Confirmado.” – uma voz respondeu. As portas fecharam e o elevador começou a subir.

– Natasha. – Barton chamou.

– O que foi. – ela perguntou impaciente.

– Sabe, - Barton falou. - castigos não são pra serem agradáveis.

– Cale a boca! – ela falou irritada.

– Castigo? – Parker riu. – O que você fez?

– Não é da sua conta. Mantenha-se no seu lugar criança. – ela retrucou. Lena que via a situação, se preocupava mais em manter-se bem perto da porta. – Qual o problema?

– Por que se importa? – Lena perguntou. – Não me odeia?

– Talvez. Mas aprendi que não posso julgar as pessoas logo de cara. Sem conhece-la primeiro. Mas você pode. Isso me deixa irritada. As pessoas não terão privacidade com seus segredos, perto de você. – ela falou.

– Ham. – Lena riu. – Fala de privacidade, mas vocês vigiam as pessoas noite e dia, as exploram até o último só pra conseguirem o que querem, sabem tudo sobre todos. E o fato de eu ter o dom de saber sobre as pessoas te incomoda?

– Incomoda quando não sei com que tipo de pessoa estou lidando. – ela respondeu.

Ou talvez seja porque eu sei de coisas que Fury só desconfia?- Lena falou em russo de forma que os rapazes não entendessem.

Não me provoque. – ela falou entre dentes. Lena riu e o elevador abriu. Situell entrou.

– Andar de pesquisa. – ele anunciou.

“- Andar de pesquisa, confirmado.”

Ele se colocou ao lado de Lena, que involuntariamente, foi para perto de Romanoff.

– Sei que o medo nos tira noção de espaço, mas não quer dizer que quero que me imprense contra o vidro. – Natasha pousou a mão no ombro de Lena, que a olhou e se afastou se desculpando. – Coulson comentou sobre seu medo de “cair”.

– Todo mundo tem medo de alguma coisa. – Lena sorriu. O elevador parou e abriu.

– É aqui. – Natasha falou saindo, eles a seguiram.

Caminharam por um longo corredor onde tinham várias salas com todo o tipo de equipamentos pra todo tipo de treinamento, dava pra ver o interior delas por janelas de vidro que tinham nas paredes das salas. Em algumas salas se podiam ver agentes treinando. Lena viu um treinando tiro. Ela cutucou Barton.

– Aquele cara é bom. – ela comentou.

– Quem? Ward? – ele perguntou olhando na direção que ele indicava. – É... – ele falou pensativo – fica fácil quando se usa uma Sig sem trava. Queria ver como aquele garoto iria se sair com um arco.

– Fala como se tivesse experiência... – então Lena se tocou do que acabara de falar. - ... ham... foi mau. Gavião “Arqueiro” já intendi. – ela ergueu as mãos em sinal de rendição. Barton apenas riu, ao vê-la sem jeito. – Desculpe, às vezes me esqueço de que não estou mais falando com valentões idiotas do meu colégio.

– Vida dura. – ele comentou enquanto voltavam a caminhar, mais atrás de Natasha e Peter.

– Depois de uma vida fugindo deles, se aprende a lidar com gente assim.- ela deu de ombros.

– Você tinha algo contra brigar? – ele perguntou.

– Não gosto de machucar ninguém... inocente... mesmo idiota. Eram só crianças. Meus princípios são de não macucar ninguém, a não ser que peça, ou que eu não tenha escolha.

– Bom, vamos ter que mudar isso, se quiser se manter viva numa batalha, vai ter que machucar umas pessoas. – ele comentou. Lena concordou cabisbaixa, enquanto paravam na frente de uma sala no fim do corredor. – Natasha, não! Não vai treinar Hele... Carter aí! Por favor, foi a primeira sala em que treinei, e ainda tenho pesadelos com ela.

– Exatamente por isso que a torna tão qualificada pra essa ocasião. – Natasha retrucou destravando a porta com o leitor de digital.

– Torna a sala qualificada por que quer me fazer ter pesadelos pelo resto da minha vida, ou porque os melhores começaram aí? – Lena cruzou os braços. Clint sorriu perante o elogio, mesmo que não tenha sido direto. Natasha pensou um pouco, a porta abriu.

– Por enquanto só a parte dos pesadelos mesmo. – ela respondeu sorrindo e entrando. Peter a seguiu rindo. Lena fungou e entrou, e Barton a seguiu todo orgulhoso.

– Uh! Olha que chique essa decoração! – Peter ironizou vendo as teias de aranha nas paredes enquanto Natasha acendia as luzes.

– Cale-se. Você não pode falar nada, faz muito pior nos prédios de NY. – Natasha retrucou.

– É, mas tem uma grande diferença entre mim, e minhas amiguinhas aracnídeas. – ele falou, Lena o olhou curiosa. Ele sorriu. – As pessoas gostam que eu apareça.

– Sei. Humildade mandou lembranças da gaveta de meias, viu ?! – Lena ironizou. Peter sorriu com ar sapeca. Barton deu um tapa nas costas da cabeça dele.

– Agora, sobe aqui Carter, por favor. – Natasha falou em cima de um ringue que tinha bem no meio da sala. Lena a encarou. – Sei que tem medo de altura, mas ter medo de subir num ringue já é de mais, não acha?

– Não estou com medo do ringue, Romanoff! Só não o tinha percebido. – Lena retrucou subindo.

– Muito bem. Pelo que ouvimos de sua conversa com Clint, obviamente você não entende nada sobre defesa pessoal, ou combate. – Natasha começou.

– Não me diga! Deduziu isso sozinha, ou o gênio do Peter te ajudou ? – Lena ironizou.

– Gostaria de ter um pouco mais de foco e seriedade da sua parte durante o treinamento, por favor.- Natasha retrucou em tom severo. Lena concordou. – Obrigada, continuando, já que não tem experiência alguma em combate, vamos, ao menos... ver se você sabe derrubar uma pessoa do jeito tradicional.

– Que seria...? – Lena perguntou.

– O clássico soco. Pode ser em qualquer lugar, desde que me acerte com força. – Natasha falou se colocando de frente para Lena como se estivesse pronta pra uma briga. Lena olhou para Barton e Peter com cara de quem pergunta se aquilo era sério mesmo. Eles balançaram a cabeça concordando. Lena arregalou os olhos. – Vamos garota. Eu tenho mais o que fazer. – Natasha a apressou.

– Eu já disse que sou pacifista. Não bato em pessoas a não ser que eu não tenha escolha.

– E isso faz de você um alvo fácil. Tornando-a inútil já que querem que seja agente de campo. – Natasha retrucou.

– Pera aí! Não poderei escolher minha área de trabalho? – Lena interrompeu.

– Não é você que escolhe. E não tente me enrolar. Me acete ! – Natasha respondeu.

– Não! Não vou te acertar! – Lena deu um passo pra trás, e Natasha deu um passo pra frente.

– Me acerte. – ela cerrou os dentes.

– Não! – Lena falou. Fury entrou na sala mas só Natasha percebeu.

– Me acerte!

– Não!

– VOCÊ NÃO VAI SAIR ENQUANTO NÃO ME ACERTAR!!!

– Tá Bom!! – Lena berrou largando-lhe um forte soco bem na boca do estômago de Romanoff. – Posso ir agora? – ela perguntou. Natasha curvou-se pra frente sem ar. Não saiu como ela planejara. A intenção era de Lena tentar lhe acertar, e ela bloquear. Mas ela não esperava um soco no estômago. Natasha envolveu o abdômen com os braços. Obviamente estava doendo, e muito. – Vo... você está bem? – Lena perguntou se perguntando se não exagerara na quantia de força usada.

– Estou, eu só ... – ela gemeu tateando o ar tentando alcançar a coluna da cerca do ringue. - ... não esperava por essa.- Lena olhou pros dois que estavam boquiabertos.

– Como assim, não esperava por essa? – Fury perguntou assustando todos, menos Romanoff que já o tinha visto ali. – Não foi você quem pediu pra ela te acertar?

Lena deu um sorrisinho sem graça.

– Eu sei. E foi um belo soco. Você tem muita força. Talvez não seja tão inútil, afinal.

– Devo levar como um elogio? – Lena cruzou os braços.

– Foi o mais próximo que ela chegou de elogiar alguém, sinta-se honrada. – Barton falou se apoiando no ringue. Lena deu um pequeno sorriso, e Natasha espreitou- lhe os olhos.

– Bom, nesse caso, valeu. Eu acho. – Lena falou fazendo-os ( exceto Natasha) rir.


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Notas finais do capítulo

Isso não se vê todo dia. Uma russa levou um soco e elogiou? Ui! :O
Deixem seus comentários, beijos amores, e continuem acompanhamdo.



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