Uma Nova Vida - Peeta e Katniss escrita por MaryG


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Olá, meus queridos! Vim postar mais um capítulo para vocês. Eu gostaria de ter postado antes. Na verdade, eu gostaria de estar postando com mais frequência. Mas ultimamente eu tenho tido uns bloqueios bem chatos. Tipo, eu sei como quero conduzir a história, mas na hora de passar pro "papel", eu fico com um pouco de dificuldade. Tem sido comum eu apagar e reescrever partes dos capítulos por não estar satisfeita com o resultado. Eu só posto aqui quando realmente acho que ficou bom. Espero que vocês entendam minha situação e que torçam pra esse bloqueio chato ir embora. Haha.

Espero que vocês gostem do capítulo.

Boa leitura!



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— Katniss? Acorde – ouço uma voz longínqua me chamar e sinto alguém tocando no meu ombro.

Abro os olhos e a claridade da lâmpada acesa é tanta que eu tenho que piscá-los várias vezes para me acostumar. Quando minha visão entra em foco, vejo o rosto de Peeta. Seus olhos intensamente azuis me fitam com certo ar de preocupação.

— Como você está, meu amor? – pergunta ele, acariciando de leve o meu rosto. Ele está sentado ao meu lado no sofá. – Eu esperei o máximo que pude para te acordar, mas você dormiu muito. Eu já preparei o nosso jantar.

Se já anoiteceu, eu realmente dormi bastante.

— Eu estou bem, sim – digo, esfregando os olhos e me ajeitando no sofá. – Só fiquei cansada. Deve ser normal da gravidez.

Um sorriso se forma nos lábios de Peeta.

— Ainda é difícil acreditar que você está mesmo grávida. Isso é tão incrível que eu acho que estou sonhando.

Um sentimento ruim de culpa me aperta o meu peito. É triste ver que minha recusa em aceitar ter filhos deixou Peeta tão desacreditado de que um dia eu pudesse mudar de ideia.

— Mas é verdade – digo, forçando doçura na voz. – Se você quer ter certeza disso, é só me acompanhar na minha próxima consulta médica daqui a duas semanas.

Os olhos de Peeta brilham de alegria.

— Sério?!

— Sim, sério – dou um sorriso. – Eu quero você em todas as minhas consultas. Eu sei o quanto você quis esse filho, Peeta. Eu faço questão de que você participe de tudo.

— Oh, Katniss! – diz Peeta, e em seguida me puxa para um abraço carinhoso.

Depois que ele me solta e seu rosto volta ao meu campo de visão, percebo que há lágrimas em seus olhos.

— Eu vou participar de tudo, sim, mas não é só porque eu quero muito esse filho. É também porque eu te amo. Eu vou sempre estar aqui pra você, meu amor – diz ele com a voz embargada.

15 anos se passaram, mas eu continuo a me perguntar se realmente mereço alguém como Peeta. Ele é sempre tão bom, tão atencioso, tão doce, tão amoroso... Não sou boa com as palavras, mas mesmo que eu fosse, nenhuma delas seria capaz de expressar o quão grata eu sou por tê-lo ao meu lado, salvando-me diariamente dos meus fantasmas e de mim mesma. Se não me rendi à tristeza até hoje, foi porque pude contar com sua presença e seu amor incondicional por mim.

— Eu sei disso, meu amor – digo a ele enquanto enxugo suas lágrimas delicadamente. Ele sorri de forma terna para mim, da forma que ele sempre faz quando o chamo de “meu amor” ou de algum outro nome carinhoso.

Ele chega mais perto de mim, me dá um beijinho rápido e depois diz:

— Você tá se sentindo bem pra comer? – assinto com a cabeça. – Então é bom a gente ir comer logo, antes que a comida esfrie. Eu fiz risoto de peru selvagem com ervas.

Sinto meu estômago dar sinal de vida e minha boca salivar. Só agora me dei conta do quão faminta eu estou.

— Hmm! Deve estar uma delícia! Vamos lá.

Depois do jantar, Peeta vai até o estúdio de pintura para terminar uns retoques numa tela e eu o acompanho. Eu nem de longe sou boa como ele, mas ainda assim ele me dá uma tela pequena para eu me divertir um pouquinho. Não é a primeira vez que eu pinto numa tela, mas é a primeira vez que a pintura não me dá vontade de jogar o quadro fora.

Peeta se vira para espiar o que estou pintando.

— Puxa, tá ficando bonito – elogia ele.

— Bonito eu não sei, mas pelo menos não tá me dando vontade de jogá-lo no lixo.

Peeta dá uma risada.

— Tá bonito sim, Katniss. Pintura abstrata em tons de verde. Muito legal. Você tá progredindo, hein?

— Você tá me superestimando, mas ainda assim eu agradeço – digo com um risinho, fazendo Peeta revirar os olhos.

Depois de um tempo nisso, começo a me sentir cansada. Como pode eu estar assim depois de ter dormido tanto? Essa gravidez realmente está mexendo comigo.

Eu dou um bocejo e ele percebe.

— Você tá cansada? – pergunta ele.

— Um pouco. Deve ser por causa da gravidez.

— Certo. Eu também estou um pouco cansado. A gente arruma as coisas aqui e depois vai dormir. Outro dia nós continuamos as pinturas.

— Ok.

***

Depois de um relaxante banho morno, eu fico mais uma vez examinando o meu corpo nu no espelho. É como se eu esperasse que algumas horas fossem tempo suficiente para alguma modificação ser visível. Obviamente, nada mudou, e ainda vai demorar um pouquinho para mudar. Pensando bem, é até melhor que demore. Embora eu esteja contente com a minha gravidez, não posso evitar me sentir insegura e assustada. Não sei ao certo como vou reagir quando a gravidez se tornar aparente e todos forem capazes de notá-la. Não quero que as pessoas saibam nem tão cedo da existência do meu filho, pois isso significaria que ele estaria mais vulnerável às maldades desse mundo. Só de pensar nisso, um sentimento ruim de medo começa a comprimir o meu peito. Minhas mãos vão para a minha barriga, num gesto protetor.

Não há mais regime opressor e Jogos Vorazes. Ninguém vai fazer mal ao meu bebê. Tento lembrar a mim mesma. É difícil realmente acreditar nisso tendo estado em duas arenas e uma guerra, mas eu não posso me render ao medo. Como me disse o doutor Aurelius alguns anos atrás, eu não posso deixar os fantasmas do passado me impedirem de viver. Não vai ser fácil, mas eu preciso e vou tentar levar essa gravidez com coragem.

Com isso em mente, eu afasto esses pensamentos da cabeça, visto minha camisola e saio do banheiro. Peeta, que tomou banho antes de mim enquanto eu preparava a cama, está sentado na cama com as costas apoiadas na cabeceira. Ele parece estar com a cabeça longe, tão longe que nem percebe a minha chegada. Eu me aproximo da cama e me sento perto dele.

— Peeta? – chamo-o suavemente.

Ele sai de seu transe e olha para mim.

— Ah, você tá aí. – diz ele.

Eu conheço Peeta o suficiente para saber que quando ele fica assim, é porque está pensativo sobre algo.

— No que você estava pensando? – pergunto a ele.

— Nada de mais – diz ele, fazendo menção de se deitar.

Eu seguro seu braço para que ele se mantenha sentado.

— Peeta, eu sei que há alguma coisa te incomodando, e quero que você me conte.

— Você tá cansada, Katniss. Vamos dormir – teima ele.

Reviro os olhos.

— Peeta, eu sou sua esposa. Você pode dividir seus problemas comigo.

— Tá bom, tá bom! – diz ele, impaciente. – Não é nada de mais. É só que eu fiquei pensando como seria se eles estivessem aqui para conhecer nosso filho.

Eles.

Sei bem que Peeta está se referindo à família dele. Ele não fala muito de seus pais e seus irmãos, mas sei quanta falta eles fazem para ele. Automaticamente penso em Prim e em como seria se ela estivesse aqui para conhecer o meu filho, mas tento ao máximo não demonstrar a tristeza que isso me dá. Agora é a vez de Peeta falar sobre sua dor.

— Eles iam ficar muito felizes – digo. – Talvez sua mãe é que não... – “ficasse tanto”, era o que eu ia dizer. Droga! Por que eu sempre tenho que me atropelar com as palavras e terminar soltando algo que não devo?

— Não ficasse tão feliz – completa Peeta, me deixando ainda mais envergonhada.

Abaixo a cabeça, envergonhada demais para olhá-lo nos olhos. Ele chega mais perto de mim e levanta delicadamente o meu queixo, forçando-me a olhar para ele.

— Ei, eu sei disso. Você não precisa ter vergonha por dizer o óbvio.

— É que... ela era sua mãe, Peeta.

— Eu sei. E é justamente por ser filho dela que eu sei que ela não ficaria satisfeita com essa gravidez. Além de não gostar muito de crianças, ela achava que gente da Costura não podia se misturar com gente da cidade. Quando nós voltamos dos Jogos, ela não fez questão nenhuma de esconder a insatisfação com o nosso romance. Se bem que eu acho que não foi só por você ser da Costura. Acho que ela descontava em você a raiva que sentia da sua mãe. Ela sabia que Clara Everdeen era a mulher com quem meu pai realmente queria ter se casado.

Isso me deixa surpresa. Apesar de fazer muitos anos que Peeta me contou que o pai dele queria se casar com a minha mãe quando eles eram jovens, eu nunca imaginei que a mãe dele pudesse implicar comigo por causa disso.

— Eu nunca havia parado para pensar nisso – digo com sinceridade.

— É, mas eu realmente acho que foi isso. Bem, mas eu não estava falando da minha mãe quando disse que estava imaginando como seria se eles estivessem aqui para conhecer o nosso filho. Ela não era lá muito afetuosa.

Ela era uma bruxa, isso sim, penso, mas não verbalizo o meu pensamento. Peeta prossegue:

— Eu pensei em como meu pai e meus irmãos agiriam. Meu pai era um homem muito bom. Ele era muito carinhoso comigo e com os meus irmãos. Não só com a gente, na verdade. Ele era assim com todos, principalmente com crianças.

Sou levada de volta ao dia em que ele foi se despedir de mim no Edifício da Justiça antes de eu ir para os Jogos e prometeu olhar por Prim. Um sentimento de afeição pelo meu falecido sogro me invade.

— Eu sei bem disso – digo sorrindo. – Ele foi me ver antes de a gente ir pros primeiros Jogos. Ele prometeu olhar por Prim.

— Sim, você já me disse. Ele era bom com todos, mas ele tinha algo especial com você. Não só por você ser filha da Clara, mas também por saber do que eu sentia por você. Como eu já te disse antes, ele percebeu o que eu sentia por você depois de me ver espiando você que nem um bobo lá na padaria.

Dou uma risadinha.

— Sim, eu lembro que você me contou.

— Ele sempre disse pra eu nunca desistir de te conquistar. Até mesmo quando nós voltamos dos Jogos e eu descobri que o nosso romance tinha sido uma encenação. Ele disse que você estava apenas confusa, e que eu devia dar tempo ao tempo até você perceber o que sentia por mim. Eu não acreditei muito no que ele disse, mas resolvi seguir o conselho dele.

Um sorriso se forma em meus lábios. Peeta já havia me contado que o pai dele apoiava a nossa relação, mas nunca falou sobre isso tão abertamente quanto agora. Ele não costuma falar sobre a família dele, assim como eu não costumo falar sobre Prim. São tópicos que, além de dolorosos, remetem-nos a um tempo muito difícil em nossa vida. Eu respeito o silêncio dele e ele respeita o meu. Mas agora, que ele deseja falar sobre isso, eu sou todo ouvidos.

— Que bom que você seguiu o conselho do seu pai – digo docemente.

— Sim, foi a melhor decisão que eu podia ter tomado – ele sorri. – Meu irmão do meio, Rye, não tinha aquele preconceito idiota de que pessoas da cidade não podiam se envolver com pessoas da Costura, mas ele ficou impaciente com a minha lentidão com relação a você. Quando eu tinha uns 14 anos, eu cheguei a contar a ele que gostava de você, para pedir algumas dicas e coisa e tal. Ele me deu uma ajuda, mas você era difícil demais e eu terminei me acovardando em ir buscar contato com você. Rye ficou impaciente e arranjou uma namoradinha pra mim, alegando que eu não podia esperar por você eternamente. Ela era filha do quitandeiro e tinha a minha idade. Foi nela que eu dei o meu primeiro beijo, mas sempre que eu a beijava eu só pensava em você. Depois eu me envolvi com outras garotas e também só pensava em você.

Mesmo sabendo que era em mim que ele pensava quando beijava essas outras garotas, não posso evitar que um ciúme irracional me atinja. É estranho imaginar Peeta, o meu Peeta, com outras pessoas. Mas não pretendo demonstrar que estou com ciúmes das aventuras dele na adolescência e passar vergonha por isso.

— Eu poderia dizer que você deveria ter tentado se aproximar de mim, mas do jeito que eu era, eu teria te mordido – digo em tom cômico, tentando ao máximo não demonstrar que estou enciumada.

Peeta solta uma risada.

— É verdade, é verdade! – concorda ele. – Depois que nós voltamos dos Jogos, eu tentei esconder de Rye que o que aconteceu na arena tinha sido fingimento e que nós não estávamos juntos de verdade, mas ele percebeu que algo estava errado e eu terminei admitindo. Eu achei que ele ia me dizer pra mandar você ao inferno e tentar te esquecer com outras garotas, mas, para minha surpresa, ele me deu o mesmo conselho que o meu pai. Meu irmão mais velho, Bannock, não era tão próximo de mim e eu acho que ele nunca ficou sabendo que nosso romance era falso. Se soube, nunca comentou nada comigo. Mas ele sempre defendeu a ideia de que casamento tinha que ter amor, acho eu que por ter tido dos nossos pais o exemplo do quão ruim um casamento sem amor é. Ele tinha uma namorada que ele amava muito lá na cidade e ia se casar com ela. Os dois teriam se casado, se não tivessem morrido no bombardeio.

Peeta começa a chorar baixinho e eu o abraço, dando-lhe conforto enquanto ele molha meu ombro com suas lágrimas. Quando o choro cessa, ele rompe nosso contato e eu enxugo delicadamente o seu rosto com os meus polegares.

— Eles eram pessoas muito boas, Katniss – diz Peeta depois que eu termino de enxugar o rosto dele. – Tenho certeza de que eles ficariam muito felizes com o nascimento do nosso bebê.

— Sim, eles ficariam – concordo.

— Eles não estão mais aqui, infelizmente, mas eu vou querer que nosso filho saiba de onde eu vim.

— E ele vai saber, Peeta. Com a idade certa, ele vai saber de toda a nossa história.

Ao dizer isso, sinto um medo me gelar a espinha. Continuo insegura acerca da questão de como o meu filho reagirá ao saber do passado obscuro que eu e Peeta temos. Finn me disse que sentia muito orgulho de seus pais, mas nada garante que meu filho se sentirá dessa forma com relação a mim e a Peeta. Mas não pretendo demonstrar a ele que tenho essa insegurança, não agora, que ele está emocionalmente frágil.

Peeta fica um tempo pensativo e depois olha novamente para mim.

— Obrigado por me ouvir. Eu estou me sentindo bem melhor.

Reviro os olhos.

— Peeta, você não tem o que agradecer. Isso não é nada em comparação a tudo o que você já fez por mim.

Agora é ele que revira os olhos.

— Katniss, por que você sempre age como se fosse uma esposa desnaturada que nunca faz nada por mim? Se eu estou bem hoje, se eu segui em frente, foi porque você estava comigo. Sem você, eu teria me entregado à minha insanidade. Foi você que me salvou, e eu serei eternamente grato a você por isso. Eu te amo, Katniss. Pare de agir como se não fosse boa o bastante para mim.

As palavras de Peeta deveriam me fazer sentir vergonha, mas, em vez disso, elas aquecem o meu coração de uma forma inexplicável. Peeta é a pessoa que vê o melhor em mim, que me faz acreditar em mim mesma quando eu mesma não acredito. Talvez ele nem esteja certo ao ver tantas coisas positivas em mim, mas vê-lo dizer isso faz com que eu me sinta, ainda que por um breve momento, merecedora de seu amor.

Sem saber muito bem o que dizer, eu faço a única coisa que me vem à mente no momento: Eu seguro seu rosto com as duas mãos e colo meus lábios nos dele. Ele fica estático por alguns segundos, surpreso com a minha reação, presumo. Mas depois eu sinto suas mãos envolvendo a minha cintura e seus lábios se abrindo para aprofundar o beijo.

Eu ponho nesse beijo todo o meu amor por Peeta, toda a minha gratidão por tê-lo ao meu lado por todos esses anos, toda a minha felicidade de saber que há um filho nosso crescendo em minha barriga. Eu gostaria de poder verbalizar o que sinto, mas como as palavras me falham no momento, as ações falam mais alto.

Em pouco tempo, estou sentindo aquela ânsia que Peeta sempre desperta em mim. Sem desgrudar nossos lábios, ele me puxa para o colo dele e logo eu sinto sua ereção roçando entre as minhas pernas. Isso faz com que um fogo imenso suba pelo meu corpo, ameaçando me queimar por inteira se eu não tiver Peeta por inteiro logo.

Impaciente, eu desgrudo nossas bocas e o empurro para o lado, deitando-o atravessado na cama. Seu rosto está vermelho e seus olhos estão num tom mais escuro de azul, do jeito que ele sempre fica quando está excitado. Mais impaciente ainda, eu tiro minha camisola e minha peça íntima e as jogo no chão do quarto. Em seguida, eu puxo a barra da camiseta de Peeta e ele me ajuda a tirar todas as suas peças de roupa, até que nós dois estamos completamente nus.

Quando eu me sento no colo de Peeta e começo a posicioná-lo em minha entrada, ele pergunta com a voz rouca de desejo:

— Katniss, e o bebê?

— A médica disse que não faz mal nenhum. Fique tranquilo.

Ele suspira aliviado e eu enfim uno nossos corpos.

Começo a me mover lentamente, mas logo começo a aumentar o ritmo. Peeta mexe seus quadris de encontro aos meus e leva suas mãos aos meus quadris, me instando a mover mais rápido. Gemidos de prazer escapam de nossas bocas e nossos movimentos desesperados sacodem nossa cama. Talvez algum vizinho esteja nos ouvindo, mas no momento, eu sinceramente não me importo.

A sensação de aperto em meu baixo ventre indica que estou perto de atingir o meu máximo. Com mais alguns movimentos, eu finalmente explodo, gemendo forte. Caio sobre Peeta, mole como uma geleia. Ele inverte nossa posição e se move mais algumas vezes até ter sua própria explosão. Ele cai sobre mim, me abraçando forte e enterrando sua cabeça no meu pescoço. Minhas mãos acariciam suas costas molhadas de suor enquanto eu e ele tentamos recuperar nosso fôlego. Quando ele levanta sua cabeça e me olha nos olhos, vejo uma expressão de satisfação em seu rosto.

— Nossa, isso foi...

— Intenso – completo por ele.

— Sim. Não sei o que foi que deu na gente. Saímos de uma conversa séria e fomos ao sexo mais selvagem que nós fizemos nas últimas semanas.

Sinto meu rosto esquentar e sei que devo estar vermelha como um tomate. Peeta parece notar, pois solta uma risada e sai de cima de mim, virando-se para o espaço ao lado da cama. É aí que percebo que ainda estamos atravessados.

— Nós temos que ajeitar nossa posição – digo, fazendo Peeta rir mais uma vez.

— Sim, nós temos.

Eu e ele ajeitamos nossa posição e eu desdobro o cobertor enquanto ele apaga o abajur. Depois eu jogo o cobertor sobre nós dois e me aninho em seu peito, ouvindo a batida forte e constante de seu coração. Agora, que todo aquele fogo passou, o cansaço volta com força e minhas pálpebras começam a pesar.

Antes que eu me entregue ao sono, porém, sinto a mão de Peeta acariciando de leve a minha barriga por baixo da coberta. Um sorriso se forma em meus lábios.

— Boa noite, meu amor – diz Peeta.

— Boa noite – respondo, e logo me entrego a um sono profundo.


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Notas finais do capítulo

É isso, pessoal. Esse capítulo não abordou tanto a gravidez da Katniss, mas eu fiz isso propositalmente. Achei que seria mais interessante focar mais no emocional de Peeta e Katniss com relação à gravidez do que na gravidez em si. Mas o próximo capítulo será diferente. ;)

Como vocês sabem, os familiares de Peeta e a mãe da Katniss não têm nome na trilogia. Minha escolha dos nomes foi pautada no seguinte: Eu ouvi dizer que o nome de Peeta é uma referência a "pita", o pãozinho grego. Como o pai dele era padeiro, imaginei que os irmãos dele também tivessem o nome relacionado a pão. Rye é centeio em Inglês, e Bannock é um tipo de pão. Eu já vi os irmãos de Peeta com esses nomes em várias fanfics em Inglês e decidi usá-los. :)
Sobre o nome da mãe da Katniss, há uma história de que a atriz que a interpreta nos filmes deu a ideia de se chamar Clara e a Suzanne concordou. Não sei se isso procede ou não, mas como eu já a vi se chamar assim em várias fanfics, mantive esse nome.

Digam nos comentários o que estão achando. Ah, e recomendem a história. :)

Beijos e até a próxima.