Uma Nova Vida - Peeta e Katniss escrita por MaryG


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Olá, meus queridos! Vim postar mais um capítulo para vocês. Agradeço a todos que comentaram do último post pra cá. Vocês não têm ideia do quanto casa comentário é importante para mim. :)

Eu gostaria de ter postado antes. Eu tinha chegado a escrever na semana passada, mas não gostei do resultado e decidi apagar e escrever de novo. Eu gostei do resultado de agora e espero que vocês também gostem.

Boa leitura!



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Ponto de vista de Peeta:

– Eu estou grávida.

Grávida.

A palavra fica martelando na minha cabeça e um sentimento de total confusão me invade. Como assim grávida? Katniss sempre teve pavor de ter filhos. Eu entendi errado, com certeza!

– Você está o quê? – pergunto, para me certificar de que a minha enorme vontade de ter filhos me fez ouvir errado o que ela disse.

– Eu estou grávida, Peeta – diz ela. – Grávida – ela enfatiza a palavra.

Então ela realmente havia dito isso? Mas que diabos estão acontecendo? Ela nunca quis ser mãe, nunca! A sensação de confusão fica ainda mais forte e eu começo a me sentir mal. Meu coração acelera e minha respiração fica difícil. Coloco a mão na testa e começo a andar de um lado para o outro na cozinha, tentando me acalmar.

– Você não vai falar nada, Peeta? – ouço Katniss perguntar. Há um quê de angústia em sua voz.

Paro minha caminhada nervosa e volto a olhar para ela, sentindo meu coração batucando dentro do meu peito.

–Você está mesmo grávida, Katniss? – pergunto com a voz trêmula, ainda sem conseguir acreditar.

Ela dá um sorrisinho sem graça, parecendo sentir pena de mim.

– Sim, Peeta – diz ela com doçura. – Por você, por nós, eu mudei de ideia. Há um filho nosso crescendo aqui dentro – ela leva as mãos à barriga dela.

Eu olho fixamente para a barriga dela, e então a realização de que realmente há um filho meu lá dentro me atinge. Eu vou ser pai. Eu vou ser pai! Uma emoção tão grande me atinge que eu me sinto ligeiramente tonto. Apoio-me na mesa para não cair e deixo as lágrimas escorrerem livremente pelo meu rosto. Soluços começam a sacudir o meu corpo, mas eu não me importo. Eu estou chorando como um louco, mas é de felicidade.

Eu vou ser pai!

Eu vou ser pai!!!

– Peeta, você tá bem? – pergunta Katniss, tocando delicadamente no meu braço. Levanto meu olhar para ela e vejo que ela está com uma expressão preocupada no rosto.

– Eu- eu... – tento falar alguma coisa, mas estou soluçando tanto que não consigo. Além disso, a emoção que sinto é tanta que simplesmente não tenho palavras.

Sem dizer mais nada, Katniss me abraça forte, encostando a cabeça no meu peito. Eu retribuo o abraço, enterrando minha cabeça em seus cabelos e molhando-os com as minhas lágrimas. Envolvido no calor dela, aos poucos meu surto histérico de felicidade vai passando. Quando meus soluços param e as lágrimas param de escorrer pelo meu rosto, eu rompo nosso abraço e fico de frente para Katniss. Ela enxuga meu rosto com delicadeza, sorrindo para mim.

– Como foi que você mudou de ideia? – pergunto a ela, e sei que deve haver um sorriso enorme no meu rosto.

– Lembra quando você disse que ia passar a padaria pro Finn porque nós não íamos ter filhos?

– Katniss, não! – exclamo, ligeiramente indignado. – Eu não estava tentando fazer chantagem emocional com você!

– Eu sei que não! – diz ela, na defensiva. – Mas ver você perder as esperanças de que eu fosse mudar de ideia me fez refletir. Eu vi que não era justo te privar da alegria de ter um filho por causa dos meus medos. E depois eu também vi que não era justo eu me privar de te dar essa alegria, de ter um novo objetivo na minha vida, por causa desses medos. Eu mudei de ideia por nós dois, Peeta.

– Agora eu estou entendendo tudo! – digo, com um flash dos últimos meses passando na minha cabeça. – Você sem me procurar por vários dias, depois você querendo fazer amor o tempo inteiro... Você sem tomar a pílula, você triste quando ficava menstruada, você sem menstruar no último mês... Você passou todo esse tempo se esforçando para me dar um filho e eu aqui, achando que algo estava errado!

Lágrimas escorrem mais uma vez pelos meus olhos, mas dessa vez é um choro silencioso, não com soluços desesperados. Eu seguro o rosto de Katniss com as duas mãos e lhe dou um suave beijo nos lábios. Quando separo nossos lábios, ela enxuga minhas lágrimas mais uma vez.

– Por que você não me contou nada, meu amor? – pergunto enquanto acaricio levemente o rosto dela. Não estou magoado nem nada do tipo, apenas curioso.

– Eu tive medo de não conseguir engravidar e você ficar decepcionado. Eu determinei a mim mesma que só contaria a você quando já estivesse grávida. Eu ia te contar hoje à noite, mas meu enjoo me denunciou – ela dá um risinho, e eu a imito.

– E quando você descobriu? Hoje?

– Sim. Eu segui o seu conselho de ir ao médico, só que não pelo motivo que você estava pensando. Eu estou com cerca de seis semanas.

– Ainda é difícil de acreditar que vou ser pai. Eu achei que nunca viveria um dia tão feliz quanto o nosso casamento, mas estava redondamente enganado.

Ela sorri para mim e eu lhe dou mais um beijo nos lábios. Quando nós nos separamos, eu pergunto:

– Mas me diga: Como você está se sentindo com tudo isso?

Ela pega as minhas mãos e as segura entre as dela, e eu automaticamente entendo que ela está buscando apoio.

– Eu estou insegura, mas sei que tenho você comigo. Que eu não estou sozinha nessa jornada.

– Sim, você não está, meu amor.

– Se eu não for uma mãe tão boa assim, pelo menos um pai maravilhoso essa criança vai ter.

– Eu tenho certeza de que você vai ser uma mãe maravilhosa – digo com sinceridade. Prim era irmã dela, mas o amor e os cuidados que ela lhe dedicava eram de mãe. Eu poderia lembrá-la disso, mas sei que falar sobre Prim ainda é doloroso para ela.

– Espero que você tenha razão – diz ela, dando um ligeiro sorriso.

– Eu tenho. Agora, se você me dá licença – eu solto minhas mãos das dela –, há algo que eu sempre sonhei em fazer – eu levanto a camisa de Katniss e acaricio levemente sua barriga, que ainda está lisa. Depois eu me ajoelho e dou um beijo nela.

– Filho ou filha, aqui é o papai – digo para a barriga. – Eu estou muito feliz por saber que você está aí, e mal posso esperar para sua chegada. Eu prometo que vou te proteger e te amar com tudo o que eu tenho.

Dou mais um beijo na barriga de Katniss, abaixo a camisa dela e então me levanto. Quando olho para ela, percebo que ela está chorando.

– Ei, o que foi? – pergunto a ela enquanto enxugo seu rosto delicadamente.

– Eu fiquei emocionada com você conversando com o nosso bebê. Malditos hormônios!

Solto uma gargalhada, fazendo Katniss revirar os olhos. Mas em pouco tempo ela também está rindo. Quando nós pararmos de rir, ela pergunta:

– Você vai voltar para a padaria depois do almoço?

Penso a respeito e chego à conclusão de que o que eu mais quero é ficar curtindo a minha esposa e o nosso bebê. Os meus funcionários vão ter que se virar sem mim hoje.

– Não. Quero passar o resto do dia com você. Com vocês – levo minha mão à barriga dela novamente, acariciando-a por cima da camisa.

– A gente vai adorar – diz ela, sorrindo. Eu seguro seu rosto e a beijo mais uma vez.

– É bom a gente comer antes que a comida esfrie – digo. – Você acha que consegue?

– Vamos ver se meu estômago deixa – diz ela, rindo.

O almoço transcorre calmamente. Katniss come menos do que o usual, devido ao enjoo, mas não coloca nada para fora. Depois de almoçarmos, eu telefono para a padaria para avisar que não vou e Katniss telefona para a farmácia, para pedir as vitaminas que a médica prescreveu. Para não levantar suspeitas de gravidez, ela também pede um remédio qualquer para gripe. Nós decidimos que vamos dar um tempo até anunciar a gravidez para os amigos mais próximos e mais ainda para comunicar à imprensa de Panem. Esse é um momento muito especial para nós, e nós queremos o máximo de privacidade possível para aproveitá-lo.

No final da tarde, Katniss fica ainda mais enjoada e eu decido preparar uns biscoitinhos secos para ela. Já vi muitas mulheres grávidas comprarem esses biscoitos lá na padaria para aliviar o enjoo, então acho que eles vão funcionar com ela.

Enquanto estou sovando a massa, lembro-me de quando eu era criança e fazia biscoitinhos em formato de menino e menina com Delly lá na padaria. Um sorriso se forma em meus lábios e uma ideia me vem à cabeça.

***

Ponto de vista de Katniss:

– Olha só o que eu trouxe pra futura-mamãe mais linda de Panem! – diz Peeta carinhosamente, trazendo consigo uma bandeja.

Ele se aproxima de mim, que estou sentada no sofá da sala assistindo a um programa qualquer na TV, e coloca a bandeja em cima da mesa de centro. Há uma xícara de chá e um prato com biscoitos em cima dela.

– Muitas mulheres grávidas compram esses biscoitinhos lá na padaria, então acho que pode funcionar com você – explica ele. – Ah, e eu trouxe um chá de erva-doce, também. Dizem que alivia enjoo.

– Obrigada – digo, e então me aproximo da bandeja para pegar os biscoitinhos. Quando vejo que eles são em formato de menininhos e menininhas, uma estranha emoção toma conta de mim.

– Oh, Peeta... – digo, e sei que minha voz deve ter saído meio embargada. Esses hormônios estão realmente mexendo comigo.

– Eu fazia esses biscoitinhos com Delly lá na padaria quando era criança – diz ele, e a memória de Delly contando isso a ele naquela fatídica reunião no distrito 13 me vem à mente. – Achei que você ia gostar, já que daqui a alguns meses nós vamos ter ou um menininho ou uma menininha.

Ele sorri de forma terna e eu sinto algo se derreter em meu peito.

– O que você acha que nosso bebê vai ser? – Pergunto.

– Não sei. Acho que ainda tá cedo pra ter intuições a respeito disso – ele sorri.

– É, é verdade – digo sorrindo. Em seguida pego uma “menininha” e coloco dentro da minha boca. O biscoito é seco, mas não é ruim. O sabor é agradável e a secura me dá uma sensação de alívio para o enjoo. Olho para Peeta e percebo que ele está me estudando.

– O que foi? – digo com a boca cheia.

– O enjoo tá aliviando?

Assinto com a cabeça.

Depois de comer alguns biscoitinhos e tomar o chá, eu fico me sentindo bem melhor. Peeta se senta ao meu lado no sofá e me puxa para perto dele. Seu braço esquerdo envolve meu corpo e eu me aninho em seu peito. Envolvida em seu calor e sentindo sua mão direita acariciando de leve a minha barriga, eu me entrego a um sono tranquilo.


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Notas finais do capítulo

É isso, pessoal. Atendendo a pedidos de alguns leitores, eu escrevi a reação do Peeta no ponto de vista dele mesmo. Lembrem-se de dizer nos comentários o que estão achando. Ah, e recomendações são muito bem-vindas. :D

Beijos e até a próxima.