Infinito escrita por The Escapist


Capítulo 18
18. Sexy back


Notas iniciais do capítulo

Esse é um capítulo mais levezinho depois de taanto drama :D E quase não termino, nossa, a música até que é das minhas, JT rules, mas vamos combinar, é uma música difícil de conseguir encaixar na história.



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A boa notícia era que tinham feito as pazes. Não houve mais brigas, discussões nem nada do gênero. A má era que praticamente não tinham tempo para se falar direito. Quando Inácio se mudou para a nova sala e passou a trabalhar mais afastado de Isabella, só a via quando precisava resolver algum assunto relativo ao trabalho, ou na hora do cafezinho. Até mesmo o horário de almoço deles estava divergente. Claro que ainda sobravam as noites, mas às vezes estavam tão cansados que preferiam ir cada para o seu canto e dormir.

— Você acha que a gente tá caindo na rotina? — Inácio perguntou quando encontrou com Isabella na cantina. Ela encheu uma caneca de café para ele e uma para si mesma. Deu de ombros à pergunta.

— Não é o trabalho mais emocionante do mundo, mas...

— Não tô falando do trabalho, tô falando de nós. — Ela tomou um gole de café e riu, olhando para os lados só para se certificar de que não havia ninguém por perto.

— A gente não tinha combinado que não falaríamos sobre nós aqui? — Foi a vez dele dar de ombros.

— Eu sinto sua falta, Isabella.

— Mas você me vê todo dia!

— Claro, vejo e não posso nem chegar perto!

— E o que você quer que eu faça? — ela divertia-se com o jeito dramático e exagerado do namorado, e foi surpreendida quando Inácio a agarrou pela cintura, puxando-a para perto de si. No movimento, por pouco não derrama café na roupa dela. — Você ficou maluco, seu doido?

— Sou completamente doido por você. — Ele a beijou e depois a deixou livre. Isabella balançou a cabeça, rindo. Queria ficar brava, mas estava desarmada naquele momento. — Eu quero você, ouviu, todinha pra mim, amanhã.

— Eu não vou dormir na sua casa, baby!

— Apenas trate de ficar linda e deixa o resto comigo, ok? Confia em mim, I’m the Boss! — E para completar o atrevimento, Inácio deu um tapinha safado na bunda da namorada antes de sair.

I'm bringin' sexy back

Them other boys don't know how to act!

I think it's special what's behind your back

So turn around and I'll pick up the slack

***

No fim da tarde, Inácio teve que ir a uma reunião com a diretoria do banco, por isso Isabella foi para casa sozinha mais uma vez. Já era tarde quando ele ligou se desculpando por estar novamente cansado demais para ir vê-la e prometendo que a compensaria no dia seguinte.

Ela não levou a promessa a sério. Até concordava que o relacionamento deles corria o sério risco de cair numa rotina terrível, mas naquele momento conseguia compreender que Inácio estava num estágio importante da carreira e precisava dispor daquele tempo para o trabalho como forma de se preparar para o futuro, e a última coisa que Isabella podia querer na vida era se tornar o tipo de mulher chata que reclama de tudo. Talvez parecesse ser ela a insensível da história, mas estava bem com isso.

Até que para uma sexta-feira a manhã passou tranquila, sem muitos problemas além dos costumeiros. Já estava quase na hora do almoço quando ela viu Inácio se aproximar de sua mesa. Ele estava lindo no visual de sexta. Usava uma calça cáqui, uma camiseta polo azul escuro e um cardigã branco — sim, mesmo sendo uma pessoa insensível, era difícil não babar pelo namorado boa pinta.

— Eu vou sair pra almoçar com o poderoso chefão e um cliente — disse Inácio. Isabella assentiu. — Talvez eu não volte mais hoje, tem uns contratos na minha mesa que eu preciso que você dê uma olhada.

— Sim, senhor! Algo mais, senhor? — ela riu, brincalhona, aproveitando-se do fato de haver poucas pessoas por perto, afinal, era hora do almoço! Inácio deu uma piscadela.

— Na verdade, sim. Eu quero que você use isso aqui hoje à noite — disse ele e colocou uma sacola em cima da mesa. Isabella não entendia como não havia percebido aquela sacola nas mãos dele antes e quase enfartou quando viu o nome Victoria’s Secret. Inácio perdeu completamente o juízo, pensou. — Eu passo na tua casa às oito, ok? — Por puro reflexo, Isabella pegou a sacola e jogou embaixo da mesa no momento exato que Fernando ia passando, se ele visse aquilo seria um desastre total.

— E aonde nós vamos?

— É surpresa!

— Como eu vou saber que roupa usar com isso, então?

— Isso não é difícil pra você. Agora eu tenho que ir, querida.

Ele sorriu e foi embora, deixando uma Isabella atônita. Pensando bem, que cara de pau a dele, convidá-la para uma noite especial, mas deixa-la cheia de trabalho durante o dia e ainda exigir que ela ficasse linda! Mas deixou para se preocupar com essa parte quando chegasse em casa e se concentrou em resolver os assuntos pendentes do dia.

Também só abriu a sacola com o presente quando estava na intimidade segura do seu quarto, apenas com Frederico ronronando, enroscado no lençol. Era um belíssimo conjunto de lingerie preto, com detalhes em renda. Ele tinha bom gosto. Ponto para o Inácio, pensou Isabella.

Depois de tomar banho e passar um creme hidratante pelo corpo, é que foi procurar algo para vestir, algo que combinasse com aquele conjunto maravilhoso. Mas não estava disposta a se esforçar muito, afinal, ele marcara às oito e já era sete e quarenta! Para não correr nenhum risco desnecessário, optou por um pretinho básico. Um vestido cavado, com gola redonda. Uma fita de cetim na cintura dava um tom romântico ao visual.

Eram oito e dez quando Inácio tocou a campainha, e ela terminou de colocar os brincos. Foi abrir a porta, com Frederico em seu encalço.

— Dá um tempo, Fred! — Inácio sorriu quando a viu.

— Uau! Eu tenho que admitir, sou um cara de sorte! — Ele a beijou no rosto e sentou para esperar enquanto ela terminava de se arrumar. O gato pulou no sofá e ficou rondando. Inácio olhou para ele e balançou a cabeça. Estava pegando a mania que Isabella tinha de falar com Frederico. — Sai daqui, seu feio — disse, e tangeu Frederico com uma almofada.

— Eu vi isso, Inácio.

— Você sabe que eu sou alérgico — defendeu-se.

— O nome disso é frescura — ela rebateu. Abaixou-se para alisar o pelo do gato. — Comporte-se, ok, meu amor!

— Você já reparou que é mais carinhosa com o Frederico do que comigo?

— Claro, ele é meu filho!

— Já podemos ir?

— Sim, deixa eu pegar a chave do carro.

— Ah, não, não, não! Não precisa, eu estou de carro hoje!

Inácio a levou para jantar em um restaurante super chique, e tudo estava perfeito. Combinaram que não tocariam em assuntos de trabalho por aquela noite, mas não tinham como fugir de falar uma coisa e outra, afinal, passavam a maior parte do tempo no escritório.

— Obrigada por essa noite — disse Isabella. Inácio sorriu. — Foi legal mesmo fugir um pouco da rotina — ela admitiu.

— Você sabe que eu te amo, não é? — Ele a encarou e manteve o contato visual por alguns segundos, então Isabella começou a rir. — Desculpa?

— Por favor, você não tá pensando em me pedir em casamento nem nada do tipo! — Ele não evitou ficar um pouco encabulado com o jeito meio debochado com que ela falava, mas acabou levando na brincadeira também. — É que você falou de um jeito tão sério.

— Não, não se preocupe! Eu quero apenas que você saiba disso, Isabella. Mesmo que às vezes eu fique distante, que seja chato, eu amo você. — Ele soltou um suspiro, como se estivesse aliviado por dizer aquilo. — Pronto, falei.

— Não foi tão difícil assim, foi?

— É que você me assusta!

— Como assim? — ela perguntou, divertida.

— Você é uma mulher tão incrível, linda, inteligente, tão segura de si... às vezes eu me sinto ridículo por gostar tanto de você e tenho medo que você não sinta o mesmo. — Ela sorriu e respondeu sem palavras; esticou o braço por cima da mesa e pegou a mão dele, encarando-o. — Ok, nós já podemos ir.

— Já? Por que você quer ir pra casa tão cedo?

— Quem falou em casa, meu bem? — Inácio piscou o olho, serelepe. Pediu a conta e quando já estavam no carro, ele tirou um lenço do bolso. — Você confia em mim? — perguntou. Isabella apenas balançou a cabeça. — Ok. — Ela afastou-se um pouco quando percebeu que ele pretendia vendar seus olhos com o lenço.

— Não tô gostando disso!

— Você prometeu que seria toda minha por essa noite, lembra? Eu juro que você vai se divertir.

Ainda relutante, ela deixou-se vendar. Reclamou o caminho todo, principalmente por não saber aonde estava sendo levado. Passaram-se cerca de dez minutos, quando sentiu o carro parando, ouviu Inácio falar algo e depois voltaram a se movimentar. Foi uma viagem mais curta, de menos de um minuto depois, ele abria a porta para ela, segurando em sua mão para guia-la. Ouviu quando ele abriu uma porta, a conduziu pela mão para dentro do lugar e tornou a fechar.

— Ok — ele falou, ao levar as mãos para desfazer o nó do lenço. — Pode abrir os olhos.

Quando se viu livre da venda, Isabella arregalou os olhos. Tinha imaginado o tipo de surpresa que ele estava tramando, mas aquilo até que superava as expectativas. Viu-se numa suíte chiquérrima, decorada com flores brancas e velas; havia uma cama enorme com lençóis de seda. Ela andou até a cama e reparou nos objetos estranhos que estavam dispostos ali, entre eles um par de algemas.

— Seu maluco! — acusou, mas estava sorrindo. Inácio aproximou-se dela, pegou um chicote de couro que estava ao lado das algemas e colocou as mãos de Isabella. Então começou a desabotoar a camisa. — Ok, eu posso gostar disso.

Dirty babe...

You see these shackles? Baby I'm your slave

I'll let you whip me if I misbehave!

It's just that no one makes me feel this way


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