POV Mac

Quando dei por mim, a luz do sol já ultrapassava as janelas do quarto, e meus olhos piscavam rapidamente para se adaptarem a claridade. Eu não queria me levantar tão cedo, mesmo sabendo que era uma quarta-feira e tinha um longo dia de trabalho pela frente. Aquele Mac Taylor rígido, que não deixava se levar pelas emoções já não existia.

Uma batida na porta me fez despertar parcialmente daquele pesadelo.

ZT: Pai?- Era minha filha. Estava abatida, com os olhos vermelhos, cabelo despenteado e voz fraca.

MT: Quer conversar?

Ela acenou positivamente e se sentou ao meu lado.

ZT: Acha que ela vai voltar?

MT: Às vezes eu queria ter respostas para todas as suas perguntas.

ZT: Pai, dizer "eu não sei" está ótimo para mim.

Ficamos em silêncio por alguns segundos enquanto encarávamos a parede.

ZT: Eu tive uma ideia, promete que não vai ficar bravo.

MT: Prometo.

ZT: Se você é do CSI, pode localizar a mamãe e ir atrás dela.

MT: Zoe...- Eu a repreendi- Sua mãe precisa ficar só, por um tempo.

ZT: Por favor.

POV Stella

Atenas é uma cidade incrível, com lugares maravilhosos para visitar, pena que Zoe não está comigo, nem Mac.

O que eles estariam pensando sobre mim nesse momento? Será que agi corretamente? Eu os amo tanto que correria todos os tipos de risco pelos dois.

Eu estava nervosa, e já havia decorado o bilhete anônimo, que continha o suficiente da minha vida para me assustar. Eu havia conseguido um bom hotel, e assim que entrei no quarto dormi quase que de imediato.

...

Acordei com um ruído vindo do corredor- Meu sono é bastante leve. Fui até a porta e vi uma sombra parar do outro lado da porta. Por um instante esqueci que havia uma barreira entre mim e a sombra. Imaginei quem poderia ser: Provavelmente um homem pela forma que parou, talvez de estatura mediana.

Quando olhei novamente, não havia nada lá. Abri a porta cautelosamente e observei o corredor, quase que completamente escuro, exceto por uma lâmpada próxima à escada. Ouvi novamente o ruído, agora seguido por passos de uma só pessoa. Corri até a escada e não encontrei ninguém.

Seria minha imaginação? Eu estava ficando louca ou coisa pior? Recuei até meu quarto e tranquei a porta. Ao olhar para o espaço entre a porta e o chão, percebi outro bilhete. Quem quer que fosse, era muito bom em se esconder.

*Flashback*

"O casal estava perdido em pensamentos, sentindo os braços quentes envolvendo um no outro.

– Mac?!- A moça de cabelos cacheados interrompeu o silêncio do quarto.

– Oi?- Ela desvencilhou-se dos braços do amado, que agora a olhava preocupado.- Stella o que houve?

– Eu nunca tive uma família, estou com medo de não ser uma boa mãe, eu... eu não quero que ela sofra.- As lágrimas dela molhavam suas mãos que estavam sobre suas coxas.- E se um dia ela chegar em casa, bater a porta gritando que me odeia? Eu não vou saber o que fazer...- Ele não pode evitar um sorriso.- Por que está rindo? Estou falando sério Mac...

Ela impediu que a amada continuasse ao beijar-lhe os lábios.

– O fato de você pensar nisso tudo, já mostra que será uma ótima mãe.

– Eu tenho muito medo.

– Eu também, mas essa princesa é uma vida gerada através das nossas vidas. Ela vai precisar de nós, e sei que no momento que essa criança for colocada em nossos braços...

– O medo vai desaparecer.- Ela completou a frase do tão recente marido.- Eu te amo Mac.

– Eu te amo Stella.- Os braços voltaram a ser preenchidos pelo calor dos corpos."