Laço de amor eterno escrita por Novacullen


Capítulo 8
Capitulo - 07


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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PV EDWARD

Bella suspirou parecendo entediada no momento em que entrei em seu quarto. Já havia se passado um mês e ela continuava a passar a maior parte do tempo lá. Ela ainda não si senti tão à vontade aqui em casa.

— O que gosta de fazer para se distrair?

— Algo que não posso fazer mais.

— E o que seria que acha que não pode fazer mais?

— Ler.

— Você pode aprender braile, posso contratar alguém, não melhor, eu mesmo vou aprender e te ensinar, vai ser mais rápido do que achar um professor particular.

— Mais rápido? – disse Bella incrédula.

— Vampiros tem a vantagem de aprender tudo rapidamente.

— Gostaria de ter essa facilidade de aprender as coisas assim também. - disse sonhadora.

Se quiser pode se beneficiar disso e muito mais se si transformar em vampira daqui um tempo, eu quis dizer, mas ainda não era o momento mais propicio pra lhe propor isso.

— O que gosta de ler?

— Adoro clássicos, principalmente os referentes ao século passado.

— Gosta de coisas do século passado?

— Quer saber se está incluso nisso também? – Bella falou sendo perspicaz.

— Bom já que me incluiu. – digo me fazendo de inocente.

— Sim você está. – diz Bella sorrindo.

— Isso é bom. Muito, muito bom. –digo feliz e ela ficou um pouco encabulada, eu sabia que esse gostar não era ainda da maneira que eu queria que fosse, mas já era algo que um dia podia se transformar em algo maior assim eu esperava.

— Mas estava lendo algo antes? – mudo de assunto, não queria deixa-la desconfortável. Esse assunto dela ser minha companheira ainda era delicado.

— Estava lendo o morro dos ventos uivantes.

— Lembra onde parou?

— Eu ia começar a ler o capítulo treze.

— Eu vou te contar o resto da história. Espere só um instante, por favor. – abri um pouco a janela do quarto para arejar, logo em seguida sentei ao seu lado na cama e comecei a contar a história retomando do final do capítulo anterior para partir daí dar continuidade na história.

Bella ao se mexer tocou sem querer em minhas mãos que estavam entrelaçadas sobre minha barriga e franziu o cenho.

— Onde está o livro? 

— Não estou com livro algum.

— Achei que além de abrir a janela tivesse ido pegar o livro rapidamente.

— Não preciso do livro.

— Então como esáa me contando a história usando exatamente todas as palavras do livro?

— Já li esse livro e vampiros tem memória fotográfica.

— Mais vantagens. – disse divertida.

— Sim.

— Tantas vantagens!

— Mas há desvantagens também.

—  Quais?

— Como não envelhecer.

— Isso não me parece desvantagem.

— A menos que você goste de se mudar constantemente por conta disso.

— Ah! – disse Bella simplesmente entendendo.

— Mas ainda sim compensa, apenas uma desvantagem contra todas as vantagens.

— Essa não é a única desvantagem. Tem a sede que pesa muito para o lado das desvantagens.

— Você me explicou sobre isso, é muito difícil lidar com a sede, não é?

— Nos primeiros anos sim, estamos negando nossa natureza, sangue animal nos deixa forte para resistir ao sangue humano, mas não aplaca totalmente a queimação na garganta que aumenta um pouco quando estamos próximos de humanos, mas eventualmente acabamos por nos acostumar a conviver com ela.

— Eu causo isso em vocês o tempo todo, principalmente em você. Só agora me dei conta disso. 

— Nada de se sentir triste por causa disso Bella. – a adverti- Já havíamos optado por conviver com essa queimação muito antes de você aparecer. E há mais desvantagens também. – troco de tópico rapidamente, eu já havia percebido que ela é bem curiosa então nada mais fácil de fazê-la esquecer de algo como aguçar a curiosidade dela com outra coisa.

— E o que mais?

— Não poder sair ao sol em público, isso provocaria um alvoroço.

— Verdade quando o vi brilhar a luz do sol achei que você era um anjo, na verdade você é o meu anjo.

— Não tão bom.- digo com desgosto.

— A minha cegueira e a morte dos meus pais não é sua culpa. Se fosse para culpar alguém culpe a mim, por minha causa meu pai dirigiu madrugada adentro para passarmos ao menos um dia em Forks antes de irmos para Phoenix.

— Como assim?

— Bom para chegar aí eu teria de contar a história dos meus pais.

— Sou todo ouvido. - digo não contendo o entusiasmo. Eu queria saber mais dela, mas antes não parecia aberta a falar.

— Eu nasci na Itália e sempre morei lá, mas sempre tive muita curiosidade de conhecer onde minha mãe nasceu, mas Renée sempre adiava isso, porque dizia que odiava Forks desde que nasceu, ela apelidou aqui de um lugar alienígena chuvoso.- disse Bella sorrindo me fazendo rir também.- Mas eu insistia, mas mamãe sempre me dizia que lá é tudo verde e chove demais você não vai gostar. Até que papai precisou vir a Seattle por conta dos negócios, eu estava de férias e papai e mamãe resolveram que passaríamos uns dias na nossa casa em Phoenix, depois que ele resolvesse as questões referente aos seus negócios em Seattle e já que Forks era tão perto de Seattle praticamente implorei para que passássemos nem que fosse algumas horas em Forks antes de irmos para Seattle para eu conhecer e tirar minhas próprias conclusões com relação ao lugar. Eu queria entender o motivo de mamãe não gostar. Mamãe odiava tanto esse lugar que quando passou para a faculdade de Phoenix disse que foi como uma carta de alforria dela. Ela foi morar em Phoenix, formou-se em administração, mas infelizmente a mãe dela faleceu dias depois, o pai dela já tinha falecido há alguns anos antes, mamãe não tinha mais família então se ela já odiava Forks, depois da morte deles não viu mais motivos para voltar. Dois anos depois conheceu meu pai Charles ele é italiano foi para Phoenix a negócio ele tem... quer dizer tinha uma pequena vinícola herança dos pais sendo filho único tocou o negócio da família sozinho, veio a Phoenix apenas a negócio, minha mãe era administradora do senhor que ele ia fazer negócio, se interessaram de cara quando se encontraram na reunião e três semanas depois ela estava indo casada com Charles para a Itália.

— Uau! Três semanas. – digo surpreso.

— Minha mãe tinha uma maneira única de ver a vida. Tão excêntrica, impulsiva, espontânea e cheia de vida, os seus cachos dourados, grandes olhos azuis e covinhas nas bochechas davam a ela um ar inocente, e muitas vezes ela era inocente demais, uma adulta com a mente pura como de uma criança, eu mesmo muitas vezes parecia mais adulta do que ela. Puxei a meu pai não só fisicamente, mas na maneira de ser, e somos o oposto de mamãe somos mais centrados, sérios, pensamos bastante em tudo antes de resolver qualquer coisa.

— E como seu pai sendo assim se casou tão rápido?

— Esqueci de dizer que mamãe é bem volátil também.

— Então ele a pegou para si antes que ela mudasse de ideia.- supus.

— Exatamente. – disse Bella sorrindo.

Era bom ver Bella falar dos pais sem se abater, a saudade deles existe era evidente no tom de suas palavras, mas já não chorava mais, ela é forte, vem superando a dor da perda deles e as limitações de sua cegueira rapidamente. Uma verdadeira guerreira que supera as dificuldades para seguir em frente.

— Então você tem uma vinícola, porque não me disse eu teria pedido para Jasper ajeitar isso para você também como fez com a casa de Phoenix colocando em nome de Isabella Platt.

Que era o sobrenome de solteira de Esme, já para que todos os efeitos Bella é sobrinha dela e Isabella Swan não existe mais.

— Na verdade não quero a vinícola, não saberia cuidar.

— Podemos contratar alguém para administrá-la para você.

— Não quero mesmo, mas Jasper poderia sei lá fazer um testamento dando essa vinícola ao Lorenzo. Nossa! Ele deve estar surtando com a falta de notícias nossas. – disse Bella bem preocupada.

— Calma Bella.- pedi a abraçando- Me diz quem é Lorenzo?

— O ombro direito e amigo de papai. Ele é até meu padrinho. Mora na vinícola com a família dele de tão apaixonado que é por aquele lugar. Lorenzo trabalha para o papai desde o primeiro dia que ele assumiu o comando da vinícola, Lorenzo é uma boa pessoa, merece ficar com ela.

— Tem certeza? A vinícola é um patrimônio seu.

— Eu tenho. Aquele lugar só me traria mais saudades de meus pais.

— Então farei o que deseja.

— Obrigada.

— Obrigada você por me deixar saber mais sobre você. Minha italianinha linda. – digo e ela corou. Simplesmente adorável!

— Ah! E só para constar a culpa do que aconteceu não é sua. – afirmo com relação ao acidente.

— Tanto quanto não é sua. – Bella retrucou.

— Ok. – falo simplesmente e de fato não havia culpados nisso. -Gostaria de ouvir o resto da história do livro?

— Sim, continue, por favor. - e Bella se aconchega mais em mim.

Eu estava adorando a forma com que ela vem se sentindo tão à vontade comigo. Como Alice sempre diz é apenas uma questão de tempo Bella corresponder o que eu sinto por ela.


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Notas finais do capítulo

Até sábado que vem!



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