PV EDWARD

— E é com grande honra que entrego o manto do mais alto escalão da guarda a Isabella Swan.

Ouvi Aro dizer. Quando dois guardas que seguravam cada um dos meus braços achando que haviam me rendido, mas na verdade me deixei ser levado, pois era a forma mais fácil de entrar no castelo.

— Quem é ele? – perguntou Aro irritado por ter sua cerimônia de oficialização de Bella na guarda interrompida.

Os guardas me soltaram, achando que era desnecessário me manter preso tendo tantos vampiros a nossa volta.

— O nome dele é Edward diz que é marido de Isabella e está achando que vai leva-la de volta para casa. – um dos guardas diz em tom de deboche.

Mas ignorei isso, eu estava perdido no olhar de minha Bella, seis meses sem vê-la, e tudo o que eu queria era tocá-la. Comecei a andar na direção dela, mas infelizmente um vampiro bloqueou o meu caminho.

— Saia da minha frente! – ordenei.

— Me tire se conseguir. – me desafiou Felix.

— Com prazer. - usei minha super velocidade e saltei mirando a cabeça dele.

Arranquei-a antes mesmo que Felix pudesse registrar o que eu estava fazendo. O corpo dele caiu no chão e atirei a cabeça dele aos pés de Aro. Que me olhou furioso pela afronta.

Os demais ficaram bestificados, pois para eles Felix era invencível em uma luta.

Esposa? Então Isabella mentiu para mim dizendo que era sozinha, mas não importa o dom dela é importante demais irie relevar essa mentira dela. E ele não tirará Isabella daqui. Pedirei Chelsea para usar seu dom e quebrar o laço de amor eterno deles.

— Nada do que faça Aro irá conseguir quebrar o laço que existi entre mim e Bella. E Bella irá embora comigo agora mesmo.

Um leitor de mentes! Seria uma excelente aquisição para a guarda se ele não fosse me causar tantos problemas por conta de Isabella. É uma pena ter de matar um vampiro com um talento tão bom.

— Jane. – diz Aro simplesmente e eu comecei a sentir uma dor indescritível que me fez cair de joelhos, mas a dor foi embora tão rápido quanto veio. E me pus de pé rapidamente e percebi Jane olhar furiosa para Bella.

— Não lhe dei ordem alguma Isabella. – Aro direciona um olhar fulminante a Bella. Então foi ela que parou o ataque de Jane, mas como?

— Não sou da guarda para acatar suas ordens Aro. – diz Bella vindo até mim.

— Que saudade minha Bella. – a abraço ignorando totalmente a plateia.

— Eu também estava meu amor.

— Prenda-o. – ordenou Aro e eu me separei de Bella quando vi quatro vampiros vir correndo em nossa direção, pus Bella atrás de mim. Mas os vampiros bateram em algo invisível.

— Faremos isso juntos. – diz Bella se pondo ao meu lado.

— Como fez isso Bella?

— Sou um escudo, que me protege de qualquer dom mental e posso torná-lo físico. E por último não menos importante, posso estendê-lo a outras pessoas também.

— Por isso não consigo ouvir sua mente, um escudo isso é incrível minha Bella. Vamos embora daqui.

— Terá de nos derrotar se quiserem sair daqui. Mas vocês não podem contra todos nós. Você Isabella irá me servi na guarda.

— Você não pode me obrigar Aro.

— Até momentos atrás você queria fazer parte da guarda.

— Eu estava apenas fingindo, queria ganhar tempo e achar um jeito de sair daqui.

— Sair? Você decidiu vir à Itália sozinha sabendo que corria o risco de a vermos, e quero lembra-la que quando a encontramos você foi convida a vir e aceitou.

— Era necessário para evitar algo pior no momento.

— O que está ocultando de mim Isabella?

— Não importa o que seja Aro, irei embora com Edward agora.

— Não irá. Farei de Edward meu prisioneiro e você terá de fazer tudo o que eu mandar Isabella se não quiser ver seu maridinho morto.

— Morrerá por conta de sua ganância.

— Não seja tola Isabella. Porque não evita o confronto desnecessário?

— Você ao desejar meu dom Aro, acabou me dando o que era preciso para que nunca tivesse o meu dom a seu serviço.

— Do que está falando Isabella?

— Treinamento. Agora que sei como meu dom funciona posso lutar contra vocês.

— Acha que seu dom e a ajuda de seu maridinho é suficiente para nos derrotar.- Aro fala irônico- Não conseguirá Isabella.

Eu sorri debochado para Aro que me olhou sem me entender, para ele eu e Bella já estávamos derrotados, mas ele não sabia que tínhamos uma ajudinha extra chegando.

— Podem tirar suas mãos de mim seus brutamontes. Achei que em um castelo eu seria recebida com mais modos. – reclama Alice ao adentrar no salão sendo praticamente arrastada por dois guardas.

— Quem é você? – perguntou Aro, fazendo sinal para que os guardas a soltassem.

— Alice. - se apresentou vindo até ao lado de Bella, que certamente passou a protegê-la também. - E eu sei que tem muitas perguntas. Mas no momento só importa a resposta de uma única pergunta que lhe farei agora.

— Que pergunta seria essa Alice? – perguntou Aro curioso. Ele estava intrigado com a vampira de um metro e meio com o cabelo curto de um preto intenso e repicado para todas as direções, vestida como se tivesse indo a um desfile de moda que entrara no recinto sem temer nada e parecendo saber de tudo.

— Gostaria de ver o resultado dessa luta antecipadamente Aro?

— Ver?- diz Aro sem entender.

— Sim, eu tenho o dom de ver o futuro.

— Então já sabe como isso acaba? – Aro fala em tom de dúvida. Ele tinha conhecimentos de muitos dons, mas o de Alice é de longe o mais diferente de todos.

— Sei sim Aro. E te asseguro que se optar por nos enfrentarmos, não será nós que sairemos perdendo.

— Vocês são apenas três, mesmo com seus dons não acho que possam ganhar. – diz Aro descrente.

— Às vezes qualidade supera a quantidade. – retruca Alice.

— Deixe-me ver. –pede Aro estendendo a mão dele a ela.

Alice foi até ele e segurou a mão dele, mostrando a visão.

Enquanto Bella mantinha o escudo em mim e Alice, eu matei Alec que tinha o dom de contar os sentidos e Alice matou Jane que era nossos maiores adversários ali. Em seguida nós três juntos ia acabando um por um da guarda até que restava apenas Aro, Caius e Marcus, três a três, mas em questão de segundos destruímos a realeza. Quando acabou a visão Alice retirou sua mão rapidamente da de Aro, para que impedisse que ele acabasse vendo outras coisas relacionadas a nós. E acabasse por achar um jeito de usá-las a seu favor. Como Jasper, ou meus filhos, por exemplo.

— Eu não tomo a decisão sozinho.

— Nós esperaremos que decidam Aro. – diz Alice vindo até mim e Bella.

Bella olhou para Alice apreensiva, mas Alice lhe deu um sorriso tranquilizador. Passei meu braço ao redor da cintura de Bella lhe transmitindo calma, ela relaxou percebendo que eu estava tranquilo.

Eu adoraria acabar com eles Edward.— Alice fala a mim por pensamento e eu assenti discretamente para ela dizendo que também gostaria- Mas as consequências seriam desastrosas, sem eles muitos vampiros disputariam o poder e nós seriamos os responsáveis por trazer o caos a terra, os Volturi são maus, mas será pior sem a existência deles.— concordo discretamente com ela.

O que importava mesmo era voltarmos para casa e vivermos em paz.

Aro terminou de contar a visão de Alice para Marcus e Caius e eles começaram a discutir entre si.

— Isso pode ser truque. 

— Não há como enganar meu dom Caius o que Alice viu é de fato o que irá acontecer.

— Então já sabe o que tem de fazer irmão. – diz Marcus. O que eu poderia dizer que era o mais sensato dali.

— Estão livres para ir agora. – Aro fala de maneira superior como se realmente precisássemos da permissão dele para sair daquele castelo.

Não dissemos nada apenas lhe demos as costas e saímos de lá.

Tinha um pouco de sol. Tínhamos de ir por ruas onde havia sombra.

Alguns vampiros nos seguiam para ter certeza que deixaríamos Volterra e foi com alívio que passamos pelo portal rústico de pedra na entrada da cidade. E os vampiros que nos seguiam retornaram em direção ao castelo.

— O que estamos esperando para ir? – perguntou Bella a mim.

— Jasper trazer o carro. Não dá para ir ao aeroporto correndo com esse tempo que esta ficando cada vez mais aberto.

— Jasper também está aqui?

— Sim.

— Graças a Deus Alice. – diz Jasper saindo do carro rapidamente- Eu não devia tê-la deixando me convencer de entrar lá sem mim. – e a abraça.

— Jasper eu disse que daria tudo certo.

— Você não sabia até minutos atrás. Eu ainda não acredito que viemos praticamente em uma missão suicida.

— Jasper così? Edward si è andato lì senza sapere cosa sarebbe venuto fuori?(Como assim Jasper? Edward você entrou lá sem saber que sairia?) – me perguntou Bella furiosa.

— Jasper exagerou... Alice teve um vislumbre de mim e você diante dos Volturi.

— E com apenas isso você veio? Não passou pela sua cabeça que poderia ser os últimos minutos de nós dois vivos? Não pensou que poderia deixar nossos filhos órfãos de pai e mãe? Como pode ser tão irresponsável?

— Se fosse você me deixaria lá?

— Claro que não, desculpe é que só de pensar que eu poderia perder você...

— Então sabe como passei os últimos meses sem saber o que esperar dos Volturi com medo de perdê-la. E que eu não poderia deixar a mínima chance de tirar você de lá passar.

— Sei. Perdoa-me.

— Tudo bem. – a abraço - Vamos esquecer isso, só o que importa é que deu tudo certo no final e há duas pessoinhas que não vê a hora de estar você.

— Nossos filhos, céus! Como foi difícil me manter longe de vocês, estou com tantas saudades. Não nos separaremos nunca mais.

— Nunca mais. - a beijei selando nossa promessa.

A viagem de volta para casa foi igualmente longa quanto minha ida a Itália, eu contava cada segundo para tirar minha Bella daquele castelo e agora eu contava cada segundo para voltar com Bella e cumpri a promessa que fiz aos meus filhos de que a traria de volta. Eu abraçava Bella com força tentando acalmar sua ansiedade, mas como fazê-lo se eu estava igualmente ansioso para estar em a casa também.

Já próximo a nossa casa ouvi os pensamentos de meus pais, de Emmet e Rosalie quando perceberam nossa aproximação eles ficaram muito felizes e aliviados por termos conseguimos trazer Bella de volta, e estarmos todos bem.

Entrei em casa com Bella seguido por Alice e Jasper meus filhos pararam de brincar no tapete e olharam para todos nós e em seguida fixaram seu olhar em Bella eles mal podiam acreditar que a mãe deles estava mesmo bem ali diante deles e vieram engatinhando até nós. Bella praticamente caiu de joelhos não acreditando que nossos filhos já podiam fazer isso.

Bella os pegou no colo e eu deixei que ela matasse todos esses meses de saudades antes de me aproximar deles.

— Meus filhos como vocês cresceram. E estão ainda mais lindos. – Bella os abraça apertado.

Eu sentia tanta emoção vindo dela, felicidade, amor, saudade. E ver a felicidade estampada nos rostinhos de meus filhos por enfim estar com a mãe deles de novo não tem preço.

— Mama. – disseram e Bella começou chorar de emoção. Eles haviam aprendido a dizer papa e mama há alguns dias.

— Mamãe ama vocês, me perdoem todo esse tempo que passei longe, mas não tive escolha.

— Eles compreenderam que o fez para nos salvar minha Bella. – eu lhe assegurei.

— Papa. – me chamaram e me juntei a eles abraçando as três razões de meu viver ao mesmo tempo.

— Nunca mais vamos nos separar meus filhos. Nunca mais, eu amo vocês demais.

— Nós também te amamos Bella. E nada mais irá nos separar.