PV EDWARD

— Como eu gostaria de acabar com essas suas crises de enxaqueca minha Bella. – sussurro fazendo um carinho nos cabelos dela.

Quando uma imagem de Bella criança correndo feliz em meio às videiras invadiu minha mente. Ela para de correr e olha para três pessoas a sua frente...

— Não pode ser. – digo incrédulo e temeroso ao mesmo tempo quando o sonho de Bella terminou.

Saio do quarto rapidamente, eu estava agitado demais. Poderia acabar por acordar Bella. Peguei meu celular e liguei para meu pai.

— Pai! – digo quando atendeu o celular dele- Vocês todos podem vir para minha casa agora? – pedi angustiado.

— O que aconteceu filho? Algo com a Bella? Ela está passando mal?– pergunta papai preocupado.

— Não tem a ver com a gravidez, mas é melhor falar com todos pessoalmente pai.

— Ok, já estamos indo até aí. – diz papai desligando.

— Filho o que está o deixando dessa forma? – pergunta Carlisle ao chegar com todos.

— Um sonho de Bella que acabei de ver na mente dela.

— Enxaqueca de novo?

— Sim pai, mas o remédio está fazendo efeito dessa vez.

— Certo e o que tem esse sonho para deixá-lo tão alterado assim?

— Na verdade o sonho se trata de uma lembrança pai, Bella quando criança conheceu Aro, Eleazar e Dimitri.

E todos ficaram surpresos.

— Como? – pergunta papai ao se recuperar do choque.

Então eu comecei a narrar o sonho de Bella com todos os detalhes.

— Esta criança é uma preciosidade. – diz Eleazar e Aro pegou na mão de Eleazar o olhando fixamente por alguns segundos.

— Esplêndido! – Aro olha para Bella encantado.

— Você é uma menina realmente preciosa. – Aro se agacha para ficar na altura de Bella que o olhava fascinada, pois ele usava um tom de voz quase hipnótico- Você merece ser da realeza.

— Realeza?- falou Bella sem entender.

— Eu sou um rei e esses são Dimitri e Eleazar alguns de meus guardas.

— Você é um rei de verdade?! - diz Bella incrédula.

— Sim.

— Nossa que legal! Eu queria ser uma princesa. – Bella fala sonhadora.

— Então eu como rei digo que a partir de hoje te dou o título de princesa.

— Isso quer dizer que agora eu sou a princesa Isabella, não, princesa Bella, eu gosto mais. - diz Bella sem conter sua euforia.

— Sim você de agora em diante é a princesa Bella.

— E onde fica seu castelo?

— Não muito longe daqui.

— Me leva para conhecer.

— Você é ainda muito pequena. – diz Aro e Bella ficou triste. – Mas quando você for maior eu a levo lá.

— Maior quanto? Assim. - Bella fica nas pontas dos pés. E Aro, Eleazar e Dimitri acharam engraçado o jeitinho dela.

— Esqueça o tamanho. Quando você completar dezoito anos eu peço para Eleazar ou Dimitri vir te pegar para leva-la a meu castelo. – Aro indica quem era cada um.

— Promete?- pediu Bella.

— Prometo com uma condição.

— Qual?

— Você não pode contar que nos conheceu e nem sobre nada do que conversamos para ninguém, mas ninguém mesmo nem mesmo para seus pais. Se mantiver o segredo eu prometo que quando tiver dezoito anos irá para meu castelo. Combinado? – perguntou Aro estendendo sua mão a ela.

— Combinado. – Bella segura a mão de Aro e franzi o cenho. – Porque você tem a pele fria e olhos vermelhos?

— No dia que estiver em meu castelo responderei a todas as suas perguntas. Agora precisamos ir, não esqueça, não conte nosso segredo a ninguém, se contar eu saberei que o fez.

— Não vou contar, eu quero conhecer o seu castelo.

— Até breve então princesa Bella. – diz Aro indo embora com Eleazar e Dimitri.

— Isso quer dizer que Bella já sabia sobre vampiros quando nos conheceu, porque ela fingiu não saber?

— Não acho que ela fingiu Emmet, Bella realmente ficou bem surpresa quando revelei o segredo. Eu acho que ela nem se lembra disso, Bella tinha apenas cerca de quatro anos quando isso aconteceu.

— É tem razão, era pequena demais para se lembrar disso. –concordou Emmet.

— Os Volturi se expuseram demais a Bella, ele só faltou dizer a palavra vampiro a ela, porque eles fariam isso se presam tantos as regras? – questiona Rosalie.

— Acho que porque ele contava com o fato de Bella ser bem pequena nenhum adulto daria crédito a história dela se viesse a contar, achariam que era apenas fantasia de criança. - supôs Esme.

— Não apenas isso, no tempo que convivi com os Volturi, vi o quanto hipócritas eles são, as regras não se aplicam a Aro, Marcus ou Caius, eles fazem o que querem. Pelo o que deu para captar no sonho de Bella Aro viu por meio de seu dom de ver o passado pelo meio do toque que Eleazar que tem o dom de descobrir talentos em outras pessoas sentiu que Bella tem um dom muito poderoso. 

— Dom? –digo surpreso assim como todos ficaram - Que dom seria esse pai?

— Não sei filho. Mas para Aro se impressionar é bem poderoso.

— Ela é imune ao seu dom Edward, mas não ao meu ou de Alice seja qual for é um dom mental sem dúvida.

— Sim você está certo Jasper.

— Mas até onde sei, ninguém é obrigado a entrar na guarda ou é pai?

— Eles não têm escrúpulos Emmet, com os Volturi é melhor não dá sorte para o azar. –advertiu papai deixando claro que se os Volturi quiserem realmente Bella, fariam qualquer coisa para tê-la.

— E se ele cumprir a promessa de procura-la quando ela completar dezoito anos, como impedirei eles de levá-la? Como a protegerei dos Volturi? Eles são poderosos demais. – me sinto impotente.

— Calma filho, Bella não está mais onde Aro a conheceu. E se for atrás dela, terá a noticia de que está morta. – mamãe me abraça.

— Será mãe? E se as coisas não forem assim, e se de algum modo ele descobre que ela está viva. Aro disse que saberia se Bella contasse o segredo a alguém, para isso ele teria que manter ela sobre vigilância.

— Se o fez Edward, esse vampiro não foi até Forks não encontramos com nenhum vampiro no tempo em que moramos por lá. E mesmo na hipótese de que depois que saímos de lá tenho ido alguém da guarda, ninguém lá sabe que nos mudamos para o Alasca. – diz Alice.

— Manteremos distância de Volterra e você Alice ficará de olho, em qualquer vampiro que por venture decida passar perto de nós. Tiraremos Bella daqui antes que qualquer vampiro se aproxime. 

— Estarei em alerta a isso sempre pai. Bella não será tomada de nós. – Alice fala de maneira firme.

— Espero que os Volturi nunca descubram que Bella está viva. – desejo fervorosamente.

— Tomaremos todos os cuidados Edward. – garantiu Carlisle. – E irá falar com Bella sobre isso? Se for peço que o faça com cautela ela não pode se estressar.

— Apenas se ela se lembrar do sonho quando acordar, se não lembrar não comentarei nada, não gosto de esconder nada dela. Mas é necessário, ela ficará preocupada e isso fará mal a ela. Bella precisa levar essa gravidez o mais tranquila possível.

— Está certo filho. – concordou papai.

Olhei em direção ao quarto e senti que Bella esta prestes a acordar. Assim como minha família também percebeu ao ouvir o coração de Bella acelerar.

— Filho sei que depois de saber disso será difícil, mas tente sempre se manter calmo, sabe que Bella sente tudo o que você sente filho.

— Pode deixar pai, se depender de mim Bella continuará tendo uma gestação tranquila.

— A cercaremos de todos os cuidados e nos avise qualquer coisa. – diz papai e me despedi de todos.

Quando eles saíram fui em direção ao quarto lentamente, enquanto acalmava meus nervos. Deitei-me ao lado de Bella que começou a se espreguiçar.

— Você teve um sono agitado, algum sonho ruim? – tento sonda-la.

— Se tive não lembro. – Bella fala sincera.

E a abracei me sentindo aliviado, ela não precisa se preocupar, eu e minha família a protegeria sem que soubesse de nada.

— Algum problema? – Bella me pergunta desconfiada de algo. Eu não havia contado a Bella que podia ver seus sonhos de vez enquanto quando tinha enxaqueca, isso só aconteceu por três vezes. Na segunda vez que aconteceu eu disse a mim mesmo que se acontecesse uma terceira eu contaria a ela já que assim eu teria a certeza que isso era um padrão, mas infelizmente esta fora de questão contar a ela sobre essa lembrança que teve, eu terei de esconder isso dela por mais um tempo. E eu teria de ser mais cuidadoso também. O laço me entregava.

— Apenas não gostaria que ainda tivesse que lidar com um pesadelo, já tendo de suportar a dor da enxaqueca. – falo uma meia verdade, que pareceu ser o suficiente para ela.

— Você é tão exagerado às vezes amor.

— Só cuidando do que amo. – lhe dou um beijo.

— Você está dormindo há horas acho que agora vocês precisam se alimentar, não? – acaricio a barriga dela de três meses que correspondia uma de seis, os gêmeos estavam agitados.

— Sim estamos famintos mesmo.

— Irei alimenta-los agora mesmo. -  a pego no colo, a levo até a cozinha, e a pus sentada em uma das banquetas do balcão.

— Então minha Bella faça seu pedido. – lhe entrego um copo com sangue, para ir tomando enquanto eu preparava o que escolhesse comer. Para minha felicidade eu havia aprendido a cozinhar, Bella dizia que eu cozinhava melhor que ela e quase como Esme. Superar minha mãe seria uma missão impossível, mas eu já ficava satisfeito em saber que Bella também gostava da comida que eu lhe preparava.

— Deixa eu pensar aqui. -diz Bella após dar um gole, eu achava impressionante como ela tomava sangue da mesma forma como tomava suco. Ela disse que por incrível que pareça gostava.

— Eu quero bife bem mal passado com bastante batata frita.

— Isso não é nenhum pingo saudável. Você deve se alimentar corretamente, para o seu bem e de nossos filhos.

— Eu sei, mas é só dessa vez eu estou realmente desejando comer isso agora.

— Ah! Minha Bella não me peça. – torço para que não insista.

— Por favor. – Bella praticamente me implora.

— Ah! Bella como dizer não a você? É impossível. – me sinto frustrado, nem quando era para o bem dela eu conseguia dizer não.

— Êba! – Bella vibra batendo palmas e me fazendo rir.

Só ela mesmo para me fazer rir enquanto corro o risco que um dia a levem de mim.