30 Days Without an Accident escrita por Capitolina86


Capítulo 26
Accidentally In Love


Notas iniciais do capítulo

Ninguém pode imaginar o quanto eu amo essa música! Só penso em alegria quando a escuto, então tentei fazer um capítulo feliz.
Só pra constar, eu meio que chorei escrevendo isso, lol.
E desculpem a demora, eu quase esqueci de escrever, lol²

Eu quero agradecer muito as recomendações de
Ghost Hunter e Naty Grimes Dixon e os comentários enriquecedores de Arelia, que me fazem ter uma grande ideia de quanto alguém está gostando e também porque eu amo falar sobre a série.
Bjos,bjos



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So I said I'm a snowball running

Running down into the spring that's coming all this love

Melting under blue skies

Belting out sunlight

Shimmering love

Well baby I surrender

To the strawberry ice cream

Never ever end of all this love

Well I didn't mean to do it

But there's no escaping your love

These lines of lightning

Mean we're never alone

Never alone, no, no

Michonne acordou de um pesadelo, ela estava dormindo na igreja do padre Gabriel. A primeira coisa que fez foi ver que Carl dormia tranquilamente ao seu lado, mas Rick e Judith tinham sumido. Ela levantou apressada e saiu a procura deles, quando percebeu, estava tropeçando em Daryl, que dormia abraçado a Carol, todos estavam dormindo no chão em colchões e sacos de dormir.

– Daryl, você viu o Rick e a Judith?

– Vi ele saindo com ela, tá tudo bem.

– Ok, desculpe por te acordar e desculpe se estraguei alguma coisa.

Rick segurava a filha e encarava seu rostinho, abismado de felicidade. Quando eles chegaram à igreja, Carol pediu que ele esperasse e ele ficou alarmado com medo que algo tivesse acontecido a Carl, mas aí ela voltou com o garoto e com Judith nos braços. Rick viu tudo a sua volta girar e ele precisou segurar-se em Michonne. Ele pegou a filha em seus braços e indagou em pensamento se eles não estavam todos mortos e aquilo era o céu. Mas o olhar doce e o sorriso de sua filha eram a coisa mais real e palpável do mundo.

Ele não imaginou uma forma de agradecer a Carol e Tyreese por seus cuidados e por lhe devolverem uma grande parte de sua vida. Era como ter o sol de volta depois de estar acostumado com o inverno.
– Você merece isso, Rick. Tudo que você sempre fez foi pelo grupo, é justo que esse grupo faça tudo por você e sua família. - Carol lhe garantiu.

– Você também, sempre fez tudo pelo grupo, estamos quites nisso.

Os reencontros foram emocionantes, Maggie pensava na irmã quando olhava o carinho de Sasha e Tyreese. Daryl a chamou e entregou uma carta de Beth.

– Daryl, você a encontrou e não a trouxe de volta? Meus Deus, ela está...?

– Não, ela está bem, com saudades. O lugar onde a gente foi, há um hospital e muitas pessoas que precisam dela.

– Mas ela não quis me ver?

– Eles precisavam mais dela, entenda. Ela está fazendo o que o Hershel ensinou, e isso a faz feliz, ela é uma nova pessoa, Maggie, mais forte, não precisa mais ficar embaixo de nossas asas. Cada um tem um trabalho a fazer e cada um é forte do seu jeito. Não fique triste, um dia vocês podem se visitar, ainda não é o fim do mundo.

–---------

Michonne ficou parada olhando Rick segurar Judith tão docemente, ela pensou em como gostava de ver esses momentos entre Mike e Andre, e para sua surpresa, isso não lhe causou dor, mas uma profunda saudade e reconhecimento do quanto foi feliz no passado e pode ainda ser feliz no presente.

– Faz tempo que você tá aí?

Rick perguntou quando finalmente percebeu sua presença.

– Pouco tempo comparado ao que eu poderia ficar observando vocês dois.

O olhar apaixonado de Michonne entregava seus sentimentos para quem quisesse ver, mas eram só eles e o dia que começava a amanhecer.

– Vem cá.

Rick a puxou para o lado deles e Judith abriu seu radiante sorriso.

– Ela gosta de você. - Ele pensou um pouco e imaginou se a presença da menina não retornaria tristes lembranças, mas Michonne limitou-se a brincar com ela, escondendo e mostrando o rosto.

– Ela gosta disso. Meu filho, Andre, ficava enlouquecido, ele não conseguia parar de rir. Eu amo as crianças nessa idade porque elas são muito fáceis de divertir. Nada como adolescentes emburrados como um que conhecemos.


– Espero que não estejam falando de mim. - disse Carl juntando-se ao trio.

– Já acordado?

– Quem consegue dormir com os roncos do Tyreese? É bom estar com todos de volta, mas eu sinto falta de ter minha própria cama, mesmo em uma cela de prisão.


– Eu também sinto falta, você não imagina o quanto. - disse Michonne cutucando Rick.


– Isso vai acabar em breve.

Rick voltou seu olhar sonhador para as casas próximas, o condomínio com muros poderia virar um lar para todos, eles podem limpar as casas, matar os errantes restantes, a maioria deve ter desistido do lugar há muito tempo, em busca de carne fresca, o plano de Eugene mostrou-se uma farsa e eles terão mais pessoas fortes no grupo, embora ele ainda não confie plenamente em Tara, ela poderá provar se é confiável, Glenn garantiu que checou a arma dela e ela não disparou um tiro durante o confronto na prisão e Michonne a considerou uma vítima enganada, assim como Andrea e tantos outros.

– Podem olhar as casas próximas e escolher qual vai ser a nossa, assim que todos acordarem, começamos a limpeza.

Michonne falou baixinho, esperando que Carl não ouvisse.


– Você quer que eu fique com vocês, Rick? Na mesma casa?

– Tá brincando? Claro que você vai ficar com a gente! Vai ser muito legal! - Carl falou.

– Você ainda pergunta? Nem pense em ir a lugar nenhum sem nós, nunca mais.

Eles trocaram um olhar cúmplice e Carl apenas observava a dinâmica entre seu pai e sua amiga.

– Eu não quero mesmo ir a lugar nenhum. - Michonne necessitava fazer algum contato físico, então ela apenas pegou uma mecha rebelde do cabelo de Rick e tentou colocar no lugar. Eles não paravam de se olhar e Carl teve que interromper.

– Eu vou tentar voltar a dormir, antes que vocês comecem uma cena melosa de amor na minha frente. Vamos, Judith, aqui pode não ser apropriado para crianças.

Carl pegou Judith e Rick brincou de dar-lhe tapas pelo atrevimento.

– Veja o que fala, garoto.

– Ok, ok, façam de conta que eu não sei de nada.

O menino entrou com a irmã, deixando o casal sonhador imaginando quantos errantes precisariam matar para ter um novo lar.


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