Rick voltava com seus amigos de sua missão. Uma missão que foi totalmente subvertida. Ajudar Gareth, depois de tudo? Ele pensou remotamente nessa possibilidade até conhecer os inimigos de seus inimigos.

Mas agora como eles iriam resgatar o restante de grupo? Logo Mary e os outros saberiam que ele matou Gareth e Richard. Eles fizeram um plano vagamente sobre como inventar uma história explicando que eles estavam em minoria e foram atacados, mas ninguém acreditaria que só eles saíram vivos.

Ele também não poderia contar a verdade, chegar no Terminus e ameaçar as pessoas revelando que matou os amigos deles, que Clara não tinha sido forçada e ir embora, mas ela estava fugindo da loucura deles e encontrou um lugar bem melhor onde ajudava as pessoas.

Eles foram levados a um hospital onde os sobreviventes se organizavam juntando escassos recursos para ajudar os feridos, pessoas que precisavam ter um membro mordido amputado, pessoas com doenças que antes se resolveriam facilmente, mas já sem os tratamentos adequados sofriam sem esperanças.

Rick olhou para os amigos, Abrahan, Daryl, Glenn, e Sacha, eles tinham que pensar em um plano melhor, não anunciar a chegada, jamais arriscar a vida dos outros. Ele começou a pensar em como as coisas estavam bem com Carl e Michonne antes que eles resolvessem ir para o Terminus, eles poderiam ter recomeçado sozinhos, mas foi um presente encontrar outros que sobreviveram, agora ele tinha que valorizar esse presente e não deixar passar a oportunidade de ficarem juntos.

Ele pensou em como a queda da prisão os tornou mais fortes, cada um que sobreviveu aprendeu a se virar do seu modo, ele sabia o que disse quando afirmou que os termites estavam mexendo com as pessoas erradas. Alguma coisa aconteceu que os fez ver que há como conciliar a humanidade às brutalidades que precisavam fazer para salvar os seus.

Nada é pra sempre, agora ele sabe, a prisão, o Terminus, qualquer lugar pode ruir ou ser uma péssima ideia. Todo pra sempre, sempre acaba. Mas agora essa armadilha chamada Terminus é a sua casa, pois é onde está a sua família. E ele sabe que eles ficarão bem porque ele continuará fazendo o que for preciso para que fiquem. Pela janela do carro, ele via os frangalhos de mortos vagando e usufruindo de sua existência destruidora, nem mortos, nem vivos o impediriam de encontrar seu filho, sua amada, sua família.

Perdido em seus pensamentos, ele quase não percebeu que, conforme eles se aproximavam, barulhos de tiros, ficavam audíveis.