– Temos que sair, Maggie.

As duas amigas conversavam em uma ala aberta. Durante todo o tempo, o grupo optava por se alimentar de comidas enlatadas e frutas e verduras, Michonne nunca esqueceu os ossos que encontrou no caminho enquanto eles corriam dos tiros. Sem falar nos gritos de pessoas que eles ouviram em outros vagões.

Eles tentavam fingir uma integração com os membros do terminus para diminuir a vigilância, mas sem resultados.

– Não vou sair daqui sem o Glenn. Além do mais, como vamos fazer isso?

Todo o grupo que agora se resumia em Michonne, Carl, Maggie, Rosita, Tara, Bob e Eugene dividia o mesmo espaço. Sempre havia alguém de olho neles, mas Michonne imaginou que conseguiria escapar durante a noite e foi o que ela fez. Maggie distraiu um homem que vigiava no corredor enquanto ela passava, elas já sabiam onde encontrar armas. Scott, o homem que passaria a noite fazendo a guarda dos portões e dos hóspedes era um tipo rude e feio, ele logo ficou interessado na conversa de Maggie, especialmente quando ela perguntou se poderia tomar banho no quarto dele, pois odiava esperar que os outros terminassem. Ele a levou até seu quarto orgulhoso de ser um dos poucos a ter esse privilégio. Scott não percebeu que Bob os seguia e assim que ele entrou atrás de Maggie, Bob pulou em seu pescoço e o sufocou.

Eles só precisavam de uma grande distração, Michonne esqueirou-se até o portão que sempre estava apenas levemente fechado para indicar uma falsa hospitalidade. Ela deixou-o aberto para que os errantes entrassem, com toda a agitação, eles não estavam limpando a área com frequência.

Enquanto todos dormiam, mais e mais errantes conseguiam passar pelo portão. Mal amanheceu e eles ouviram os primeiros sinais de correria, cada um se preparou para encenar uma ajuda a eliminar os errantes.

– Não saia de perto de mim. – disse Michonne a Carl.

Mary, a senhora que recebia os hóspedes foi mordida pelo agora zumbi Scott, Michonne pegou a faca dela e sinalizou para que os amigos se armassem com as facas do churrasco. Rosita e Eugene correram até um vagão que guardava pessoas e com muito esforço quebraram a fechadura da porta, mas avisaram da invasão de errantes para que as pessoas só saíssem se pudessem se defender.

No meio da confusão, Michonne só queria encontrar um lugar seguro para Carl, eles passaram pelo portão e ela encontrou uma lança que aperfeiçoou para matar os errantes com duas pontas. Enquanto ela perfurava o crânio de um, outro quase agarrava Carl que gritou por ajuda, ela imediatamente usou a ponta contrária da lança para matar o outro errante e os dois adentraram pela floresta, perdendo os amigos de vista.

Michonne matou os zumbis que os seguiram e eles aguardaram pelos amigos, logo Maggie, Tara e Bob juntara-se a eles, mas os outros não apareceram.

– Temos que ir, não dá pra ficar aqui esperando.

Eles procuraram o local onde Rick escondeu a bolsa de armas e pegaram algumas, deixando o resto para o caso de os outros também irem pegar.

– O que vamos fazer agora? Carl perguntou.

– Vamos encontrar seu pai, não pense que eu desisti dele. Eu não sei como, mas vamos enontra-los.

Michonne encontrava-se em um grande dilema, duas vontades lutando dentro dela, voltar ao Terminus e obrigar as pessoas a revelarem aonde Rick foi ou levar Carl até um lugar seguro. Ela não passou tanto tempo sozinha pra perder o seu amor logo depois de encontra-lo.

Tudo que eu quero fazer é achar um caminho de volta

para o amor