A prisão foi destruída, muitos morreram. Michonne consegue se libratar, recupera a espada e procura O Governador. Ela o vê em uma luta com Rick que está nitidamente perdendo. Com medo que seja tarde demais ela avança e enfia sua katana pelas costas do Governador. Ela retira a espada, o observa cair e não dá mais nenhum golpe, o plano é deixa-lo para agonizar e ser devorado pelos mortos. Ela ajuda Rick e levantar, ele está em pessimo estado, nem consegue falar. Com muito esforço, ele balbucia.

– Carl... onde está Carl?

– Eu não sei.

Rick segura em seus braços, ele está aos pedaços, mas precisa encontrar os filhos. Michonne solta suas mãos e fica para trás, ela está em choque. Depois de uma séria conversa com Daryl, ela resolveu parar de procurar o Governador e se integrar ao grupo, mas tudo está acabado.

Ela adota mais dois zumbis de estimação, procura o corpo de Hershel para não deixa-lo como zumbi para sempre e encontra apenas sua cabeça ainda se mexendo. Dolorosamente ela pôe fim ao sofrimento dele. Ela estece com ele nos últimos momentos, ela não pôde salva-lo, ele que cuidou dela quando ela chegou na prisão. Talvez o seu destino seja perder as pessoas que ama. Enquanto se afasta da prisão, ele enxerga pegadas, pensa em Rick, Car, Judith. Será que ele encontrou os filhos?

Ela resolve que não quer averiguar, ignora as pegadas e vai no lado oposto, zumbis vão se juntando a ela, mas ela não teme pois está muito perto dos seus de estimação e eles não conseguem distinguir seu cheiro.

Rick encontra Carl, mas acredita que Judith está morta, eles seguem juntos e encontram uma casa para se abrigar. Ele não sabe o que aconteceu com Michonne, ela o salvou e depois sumiu. Ele tem momentos dificeis com Carl, o filho o culpa por não conseguir proteger a irmã e as outras pessoas, mas depois eles fazem as pazes.

Michonne tem um pesadelo onde vê o seu namorado e o seu filho, ela volta andar com seus zumbis até não suportar mais. Ela mata todos em seu momento de catarse e decide voltar e procurar o rastro de Rick e Carl.

Ela chega em uma pequana vila e não vê nem um ser vivo, pensa em Mike, em tudo que lhe aconteceu. Talvez seja a hora de perdoa-lo, de aceitar a chance que a vida dá para continuar.

– Não foi sua culpa, Mike. Hoje eu sei a resposta, eu sei a razão de ainda estar vida.

Rick estava na sala comendo cereal com Carl, ele se sente perdido, muito ferido e depois de uma noite desacordado não sabe se irá sobreviver para cuidar do filho.

Michonne encontra uma casa, ela sabe que lá deve ter gente porque próximo havia uma lata vazia de pudim. Ela olha pela janela e não pode acreditar no que vê, começa a chorar e olha para o céu agradecida. Bate na porta.

Rick e Carl se assustam e se preparam para atacar, Rick olha pelo olho mágico e cai sem conter o riso e as lágrimas, ele olha para a cara interrogativa do filho:

– É pra você!

Quem bateria na porta em pleno apocalipse zumbi? Carl corre para abrir a porta e dá um grande abraço em Michonne.

– Michonne! Como você nos encontrou? Como você sobreviveu? Você está bem?

– Ei, vamos com calma! Eu falei pra você que eu sempre volto não foi? Eu cumpro minhas promessas. Vocês estão bem?

Ela verifica o garoto e o pai caido no sofá.

– Você não imagina o quanto estamos felizes em vê-la!

Ela abraça Rick de leve vendo seu estado grave.

Antes de eles dormirem, Michonne pensa se será capaz de fazer um curativo em Rick, mas quando chega na sala ele já está apagado no chão.

– Ele agora só dorme. – Carl fala, entristecido.

– Michonne, ontem eu achei que ele estava morto e que eu teria que atirar nele como fiz com a mamãe.

– eu sinto muito que você tenha passado por isso, Carl.

Ela afaga os cabelos do menino até que ele durma no sofá, ela não fez perguntas sobre Judith.

Rick continua deitado no chão, aparentemente inconsciente. Michonne coloca a cabeça dele em seu colo, sente as fracas batidas do seu coração e deixa escapar mais umas lágrimas.

– Desculpe...

Ele acorda, mas precisa fazer muito esforço para escuta-la e falar.

– Desculpe? Vo- você me salvou.

Rick fecha os olhos novamente, ele sente que tem ali uma pessoa que poderá cuidar de seu filho, que ele não precisa mais fazer força para continuar vivo. Michonne teme que seja seu último dia com ele, que ela tenha perdido a última chance de gostar das pessoas novamente, de tentar ser feliz.

Ela afaga seus cabelos e planta um beijo em seus lábios.

– Desculpe por ter te deixado lá sozinho e ferido, eu não podia... eu não podia te ver morrer...ou te ver sofrer por perder um filho.... eu achei que não ia conseguir porque eu perco todas as pessoas que eu amo. E eu te amo. Eu preciso dizer isso, antes que tudo acabe.