Liberte-me escrita por Iara


Capítulo 3
03. Frustado


Notas iniciais do capítulo

Pessoas, muito obrigada pelos comentários dos capítulos anteriores, eles são imensamente motivadores! Essa história não tem muitos leitores, mas eu previa isso justamente por ser Sirius/Hermione, mas os que eu tenho são incríveis e eu não trocaria vocês por nada! *escritora emocionada*
Bom, mais um capítulo (com um dia de atraso, sinto muito)!



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O pente de cabelo não estava funcionando e Sirius estava irritado por causa disso, seu cabelo estava tão grande e embaraçado que ele não conseguia tirar os nós. Com um gemido de frustração, ele largou o pente e se jogou na cama.

– Pensei ter ouvido alguém frustrado por aqui. - Sirius ergueu a cabeça para olhar Hermione.

– Meu cabelo não está colaborando.

– Eu poderia corta-lo para você.

– Você… hm… tem certeza que sabe cortar? - Sirius não queria ofender Hermione, mas também não queria correr o risco de perder uma das coisas que ele mais gostava em si mesmo, o cabelo.

– Não sou nenhum especialista, mas Harry me deixava cortar o cabelo dele enquanto caçávamos horcruxes e depois disso eu peguei o hábito de cortar o meu eu mesma. - Sirius ponderou a situação e depois de um sofrego suspiro respondeu:

– Tudo bem, mas me deixe careca e eu vou te odiar pro resto da minha vida! - Hermione revirou os olhos e Sirius quase podia ouvi-la pensando o quão dramático ele era.

Com um feitiço simples, o cabelo de Sirius estava molhado e caindo abaixo dos ombros. Hermione estava com um pente em uma mão e uma tesoura na outra; Sirius fechou os olhos quando ela começou a se movimentar, metade dele já lamentava seu cabelo e a outra metade confiava em Hermione.

– Já terminei, agora vou lavar e secar, okay? - Sirius abriu os olhos devagar, um pouco envergonhado por, aparentemente, ter cochilado enquanto seu cabelo estava sendo cortado.

Hermione não esperou uma resposta, ela caminhou até os produtos de higiene e pegou o shampoo e condicionador. Ele sentiu os dedos dela começarem a se movimentar no couro cabeludo, esfregando e massageando delicadamente. Os dedos dela faziam maravilhas, Sirius concluiu, ele relaxou e se permitiu apenas sentir Hermione e o que ela estava fazendo com ele. As sensações ficaram mais vertiginosas quando Sirius sentiu os seios de Hermione contra seu ombro quando ela se inclinou para a frente; Sirius achou que poderia lidar com isso, mas receber uma massagem capilar e ter seios esfregados nele estavam causando uma bela ereção dentro da sua calça - por sorte ele estava sentado, assim não era visível à Hermione.

– Terminei! Me diz o que acha?!

– Ficou realmente bom, Hermione! - Sirius não estava mentindo. Seu cabelo estava na altura da nuca, cortado elegantemente, mas ainda assim, tinha o seu famoso estilo rebelde. - Obrigado! - Sirius se esqueceu de seu não tão pequeno problema e se jogou em Hermione, abraçando-a. Seu pênis estava prensado na barriga dela, já que ela era menor e Sirius sentiu-se corando de vergonha. O pânico de que a garota ficasse com medo ou algo pior em relação a ele o fez permanecer onde estava para não ter que olhar Hermione nos olhos.

A respiração dela estava rasa, ela com certeza tinha notado a ereção de Sirius, mas não se moveu. Talvez ela estivesse tão mortificada quando ele. Depois de algumas respirações profundas (e se lembrar que ele era um Grifinório!) Sirius se afastou um pouco de Hermione, porém foi surpreendido quando ela ficou na ponta do pé e tornou a abraçá-lo. Dessa vez seu membro estava em contato com o sexo de Hermione e ambos não puderam evitar de gemer e apreciar o toque sensual. Hermione trocou o peso do pé para o outro, roçando levemente em Sirius e ele não pode conter o gemido baixinho que veio de sua garganta. Ela fez de propósito, ele sabia. Fazia tanto tempo desde que esteve sexualmente com uma mulher e agora Hermione não parecia disposta a parar o que estava acontecendo ali. Por mais que odiasse pensar assim, isso era como uma fantasia: Uma garota mais jovem e bonita, amiga de seu afilhado, querendo-o, desejando-o e insinuando que queria mais do que uma relação fraterna com ele. Era como estar no céu. Mas ela se afastou, corando furiosamente e olhando para o chão.

– Quem bom que gostou. Eu… hm, vou terminar o jantar. - E então Sirius estava sozinho no banheiro, confuso e excitado, uma trágica combinação.

***

Sirius já estava pronto ao anoitecer e esperava Harry e Gina enquanto Hermione se arrumava; ele não sabia o que ela tinha preparado, mas cheirava incrivelmente bem, tanto que seu estômago estava fazendo barulhos estranhos em claro sinal de fome. Alguns minutos depois, Hermione desceu e sentou-se ao lado de Sirius no sofá. Parecia inquieta, mas também feliz e ansiosa. Ele se perguntou se ela estava arrependida de mais cedo, nada explicito havia acontecido, mas Sirius não se arriscou, se Hermione não tocasse no assunto, ele também não tocaria.

– Você está bonita. - Ela corou até atingir um tom rosado e olhou para baixo para conferir a roupa. Tinha trocado o vestido azul por um vestido de coquetel roxo escuro, que abraçava completamente suas curvas e, para a alegria e desconforto de Sirius, tinha um decote generoso, mostrando metade dos seios. O homem se sentia mal de sempre ver algo excitante em Hermione, mas ele não podia ajudar a si mesmo.

– Obrigada, você também. - Sirius continuou com a mesma calça, mas colocou uma camisa de botões verde escura e penteou o cabelo. Ele parecia parcialmente renovado e estava relaxado, Sirius só esperava que a implacável Gina Weasley-Potter não destruísse seu humor.

Hermione pulou do sofá quando a campainha soou e, a julgar pelos gritinhos femininos de felicidade, fora Gina a primeira a entrar na casa. As vozes estavam confusas enquanto falavam rápido, logo Harry e sua esposa entraram na sala acompanhando Hermione. As mulheres não se desgrudaram, por isso Harry foi até seu padrinho sorrindo estranhamente.

– Ei, Sirius!

– Harry, como vai? - Harry estava cada vez mais parecido fisicamente com seu pai, os mesmos cabelos pretos bagunçados, a mesma aura de marido babão. Sirius notou que Harry usava uma camisa branca listrada completamente sem rugas, obra de sua adorável esposa.

– Bem e você?

– Normal. Gina e o bebê estão bem?

– Sim, estou tão animado! Não vejo a hora de segurar meu filho. - Sirius arregalou os olhos diante da nova informação.

– Filho? Vai ser um menino? - Harry respondeu com um entusiasmado aceno positivo e virou para olhar Gina e Hermione.

– Estou contente que Hermione esteja aqui, essa é uma fase importante pra mim e minha família, fico feliz que ela tenha voltado a tempo de presenciar isso.

– Acho que ela não perderia isso por nada. Quer algo para beber?

– Não, obrigado. Então, gostando de morar com Hermione? - Sirius encarou seu afilhado atentamente enquanto pensava no que dizer. Sabia que “Estou amando, ela é tão sexy e nem faz esforço para isso, sem contar que mais cedo eu tive que me masturbar no banho porque ela me deixou com uma ereção latejante!” não era, nem de longe, uma boa resposta.

– Sim, eu esperava que nós tivessemos alguns conflitos, mas até agora tudo bem.

– Eu vejo. Ela que te convenceu a cortar o cabelo? - Harry brincou.

– Na verdade foi ela mesma que cortou. - Seu afilhado franziu as sobrancelhas, mas riu, contando a Sirius o medo que sentiu quando deixou Hermione cortar seu cabelo pela primeira vez.

– Fico feliz que estejam se dando bem, sabia que vocês poderiam ser boas influências uns aos outros. - Harry disse ficando um pouco mais sério - Cuide dela, Sirius, é tudo o que eu peço. Sei que as coisas não estão indo bem para você, mas se permita viver de novo e tome conta de de Hermione.

– Você não tem que se preocupar com isso, Harry, vou fazer meu máximo para que ela curta a estadia aqui e que ela esteja segura. - Antes que Harry pudesse dizer algo a mais, foram interrompidos:

– Meninos, o jantar está na mesa! - Hermione anunciou do outro cômodo, onde Gina já estava completamente acomodada e olhando ferozmente para o pernil a sua frente.

– Boa noite pra você também, Gina, sempre um prazer te ter na minha humilde casa. - A ruiva lhe deu um olhar glacial, que faria até Voldemort temer.

– Boa noite, Sirius. Você está decente hoje, que alegria. - Sirius ouviu Harry repreender suavemente sua esposa, mas conhecendo esse casal, Sirius sabia que Harry perderia qualquer batalha que quisesse enfrentar. Assim que todos estavam em seus lugares e com comida em seus pratos, Gina se virou para Hermione.

– Então, qualquer gatinho que você queira mencionar? - Ela ergueu uma sobrancelha maliciosamente e Hermione lentamente colocou sua taça com vinho na mesa.

– Gina, eu fui para Seattle estudar, não conhecer “gatinhos”!

– Mas você deve ter, pelo menos, ter dado uns beijinhos em um ou quem sabe dez! - Sirius não estava gostando do rumo da conversa, mas decidiu não intervir, até porque estava ligeiramente interessado na resposta de Hermione.

– Não. - A morena foi direta e sucinta. Gina fez um beicinho e Sirius achou que ela fosse retaliar, mas de repente, ela simplesmente atacou o purê de batata como se sua vida dependesse de comer aquilo.

– Sirius? - Ele se virou para Hermione - Por favor, sirva-me vinho? - Foda-se, esse frase era completamente comum, mas o pau de Sirius se contraiu como se Hermione tivesse acabado de dizer “Por favor, transe comigo?”, Sirius estava enlouquecendo. Sem mais delongas, ele serviu e em troca recebeu um belo sorriso de Hermione. Sirius sorriu para ela em troca.

A mesa estava belamente posta, com alguns poucos alimentos, mas o suficiente para sobrar. Como Harry estava sentado ao lado de sua esposa, Sirius acabou sentado ao lado de Hermione e de frente para seu afilhado, foi por esse motivo que conseguia notar cada olhar estranho que Harry dava para ele. Hermione sempre pedia algo que ela não podia alcançar, Sirius fazia o mesmo. Os quatro pareciam confortáveis e conversavam sobre assuntos amenos.

– Sua comida é tão boa, Hermione! - Gina disse com a boca cheia na hora da sobremesa, enquanto desfrutava de um bolo de chocolate recheado com sorvete de morango. Sirius tinha que admitir que a comida fora deliciosa, céus, Hermione poderia cozinhar para ele sempre, nada o faria mais feliz.

– Então, Hermione, está tudo bem por aqui? Você sabe, temos um quarto sobrando no nosso apartamento, caso você queira. - “Mas que porra era essa que Gina estava falando?!” Sirius pensou com um leve aborrecimento.

– Ótimo, Gina, eu juro. Sirius tem sido bom pra mim. Nós até fomos ao mercado hoje comprar os ingredientes pro jantar e eu cortei o cabelo dele! - Gina parecia confusa por um instante.

– Tá bom. É só que eu achei que vocês dois se matariam logo no primeiro dia.

– Duvido muito que Sirius mataria a mulher que cozinha para ele, corta o seu cabelo e que sabe fazer uma ótima massagem! - Hermione riu baixinho, mas tanto Sirius quanto Harry engasgaram com o vinho. Aparentemente, Hermione não tinha notado a conotação perversa dessa frase.

– Você fez massagem em Sirius? - Harry perguntou chocado, mas Gina interveio pedindo outro pedaço de bolo. Sirius, pela primeira vez em sua vida, agradeceu mentalmente a ruiva.

Depois disso, foram todos para a sala de estar. Hermione tinha trazido alguns presentes para seus amigos, Gina estava completamente tomada pela bolsa de algum estilista, mas Harry continuava com uma postura rígida. Sirius sabia que ele tinha que falar com seu afilhado.

– O que ela disse, Harry, soou estranho.

– Sério? Você deixou Hermione fazer massagem em você, homem!

– Foi quando ela cortou meu cabelo hoje mais cedo, com os dedos, no couro cabeludo. - Sirius disse lentamente, como se estivesse explicando isso para uma criança. A carranca de Harry permaneceu, mas ele aceitou a desculpa.

Às 22h00 Gina parecia que ia cair dormindo ali mesmo, então Harry se despediu, prometendo voltar mais vezes e mais cedo para que aproveitassem mais. Sozinhos, Sirius sentiu o clima da casa esquentar e Hermione olhou para ele.

– Será que o que eu disse soou tão horrível assim? - Sirius ficou momentaneamente desnorteado pelo olhar desolado que Hermione ostentava.

– Não, acho que Harry é um pouco exagerado, apenas.

– Mas Gina veio me questionar se eu estava transando com você! Céus, eu tenho que controlar minha boca. - Ela virou-se de costas e começou a sair de vista, indo para seu quarto. - Boa noite, Sirius.

– Boa noite, Hermione. - Antes de ir, ela encarou Sirius por breves segundos e depois baixou a vista.

– Se eu tiver outro pesadelo, você poderia vir e segurar minha mão novamente? - Sirius a olhou chocado - Esqueça, sinto muito.

– Eu vou estar lá para você, Hermione. - Ele respondeu em troca.

***

Sirius tinha dito a verdade, quando, no meio da madrugada, os sons do quarto de Hermione começaram a surgir, o homem caminhou até ela e sentou-se na cama. Hermione o sentiu e acordou com um baque, ela estava um pouco desorientada, mas ainda assim sorriu agradecida ao gesto de Sirius.

– Você veio. - Ela lhe sussurrou.

– Eu disse que viria. Durma agora, vou estar aqui para velar seu sono por alguns minutos.

Entretando, os minutos se tornaram horas. Sirius estava sentado numa poltrona em frente a cama de Hermione, olhando para cada detalhe do delgado corpo da mulher. Seu próprio corpo estava cansado, mas sua mente estava a todo vapor, mesmo quando o sol começou a aparecer. A luz que entrava pelas brechas da janela faziam Hermione parecer um quadro pintado a mão pelo melhor pintor do mundo, era sexy e inocente. E Sirius se sentia como se estivesse mergulhando num mar perigoso demais, porém irresistível, onde ele não tinha a menor intenção de sair.


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