As Relíquias escrita por Jessica Hyuuga


Capítulo 29
Capítulo 29 - Bônus Mari e Benjamim 2


Notas iniciais do capítulo

AOEBAAAAAA, OLHA QUEM ESTA POR AQUI! IT'S MEEEEEEE!!!! o/
Sim, eu sei que vocês devem estar querendo a minha cabeça em um espeto pela demora, mas lembrem-se que sem a minha cabeça o último cap não sai heim! kkk
Aquei esta FINALMENTE a parte final do bônus! Sabem o que isso significa? Que só tem mais um cap minha genteee! Chorandoooooo! Ainda não sei se chorando de felicidade ou tristeza, mas chorando! kkk
Tenho recado para dar nas notas finais, por favorzinho LEIAM!!! :)
Vou para de enrolar! Espero que gostem, de verdade! Não consegui revisar, não meeeesmo, então deve conter uns par de erros ai, me desculpem! :(
Personagens da tia Sthep e aquele blablabla de sempre! Mas Tina, Mary, Samy e Benjamim são meus! >.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/54255/chapter/29

Quando eu acordei a única coisa que eu queria saber era se alguém tinha feito o favor de anotar a placa do caminhão que havia passado por cima de mim.

Meu Deus, que dor! Meu corpo todo estava dolorido!
Pensei milhões de vezes antes de abrir os olhos, porque na boa, abrir os olhos e acordar para o mundo real não andava sendo uma boa escolha nos últimos dias... quem sabe se eu só ficasse ali, deitadinha... e então meu estômago roncou!

Caramba, nem depois de um ataque a minha fome me deixa em paz! Realmente ficar deitada e com fome não é uma opção.

Abri os olhos a contragosto e eles arderam antes de se acostumarem com a claridade que entrava pela janela, aliás, quem foi que deixou essa janela aberta? Espera! Olhei a minha volta... e... esse quarto não é o meu!
Me sentei num pulo e senti minha cabeça rodar, levou uns segundos até que tudo voltasse ao lugar e eu pudesse voltar a observar o quarto em que eu estava.

Olhei a minha volta e eram poucas coisas que mudavam, a penteadeira que havia em meu quarto não existia naquele, apenas um pequeno armário com uma cadeira e na cadeira havia um casado cinza chumbo pendurado de qualquer jeito... conheço aquele casaco...

Não! Eu não posso estar no quarto do Benjamim!

Quer dizer, eu nem sabia que ele tinha um quarto ali! Mas é claro que devia ter!

Continuei vasculhando o quarto esperando que algo me dissesse que eu estava errada, até me deparar com a porta do banheiro que estava aberta. Pela porta eu podia ver a pia e ao lado dela uma pilha de roupas jogadas - bem, vampiros não precisam tomar banho, mas não quer dizer que eles não queiram, não é? Do jeito que Benjamim é cheiroso eu não duvidaria que ele tomasse uns cinco banhos por dia, sabem como é, falta do que fazer - e um pouco mais afastada de todas as roupas havia... uma cueca boxer preta!

Senti meu rosto esquentar! Esse quarto é mesmo do Benjamim!

Me remexi na cama só agora notando que eu estava muito confortável ali, havia vários travesseiros a minha volta e pesados cobertores sobre mim. Parei para me analisar e notei que eu tinha ataduras nos pulsos, na mão esquerda, em partes das pernas e no tornozelo direito, meu tronco também estava envolto por várias faixas, toquei minha cabeça e havia também uma ali - lembrei de quando o vampiro anão me arremessou e eu bati direto com a cabeça na árvore - ou seja... eu agora era uma múmia!

Que ótimo!

Mesmo a contragosto afastei as cobertas e apoiei os pés no chão, meu tornozelo não doeu tanto quando levantei, o que era ótimo pois significava que não havia sido quebrado, ele me incomodaria pouco.

Analisei minhas roupas e alguém havia posto uma camisola preta em mim, nada vulgar apesar de ser bem curta, mas devido a todas aquelas ataduras acho que posso imaginar porque eu estava com aquela camisola, era bem mais fácil cuidar dos meus machucados assim.

Olhei mais uma vez pelo quarto, me lembrando dos meus últimos momentos de consciência, o modo como Benjamim me olhou com uma preocupação inimaginável como se eu fosse tudo para ele me fez arrepiar, de um modo bom... e quando comecei a ficar com medo... ele era tudo que eu queria também...

Acordar e não vê-lo ali de certa forma me deixou triste e me fazia duvidar novamente, mas eu já havia me decidido assim que abri os olhos, precisava conversar com ele e acertar as coisas entre nós.

Manquei - ótimo, agora além de múmia sou uma múmia manca - até a porta e a abri com um pouco de dificuldade - que eu acredito ser pela falta de comida, afinal não sei quanto tempo estou dormindo - e sai pelo corredor.

Como não sabia exatamente onde estava Benjamim eu me deixei levar sem rumo e acabei indo parar na cozinha, ao que parecia meu estômago havia tomado as rédeas da caminhada.

Quando estava vencendo o espaço que me separava da cozinha ouvi a voz de Tina e Samy, sorri involuntariamente e apressei a minha mancação, mas o assunto que elas conversavam me fez parar e me manter ali sem revelar a minha presença.

– Como você acha que ela é? - Tina falava baixo e pausadamente, com certeza deveria estar comendo, como sempre.

Mas fiquei curiosa sobre quem elas falavam.

– Linda, afinal é uma vampira - Samy respondeu meio resmungando.

A noiva de Benjamim!

Minha cabeça doeu ao me recordar sobre quem elas falavam e senti meu estômago se revirar em desgosto.

Linda. Com certeza devia ser mesmo! Mas Samy bem que podia falar que ela era feia, afinal ela é minha amiga, tem que ajudar o meu ego e não destruí-lo por completo!

– Qual você acha que é a relação deles? - Tina voltou a falar depois de uns segundos.

– Bem, aqueles dois falaram que eles eram noivos, mas não sei se devemos acreditar - Samy continuou resmungando, não parecendo nada feliz - Benjamim nunca falou nada de noiva.

– Não mesmo, ele está preocupado demais em fazer Mari ceder a ele - Tina zombou... maldita! Vou gritar com ela depois! Muito! - Mas sabe... não posso evitar pensar...

– Em que? - Samy insistiu quando ela parou. Isso mesmo, em que? Também estou curiosa agora.

– Bem... Benjamim é um vampiro... essa tal Katrina também... acha que Benjamim ainda vá querer ficar com ela? Quer dizer, eles são ambos vampiros, mesma dieta, imortais... poderiam formar um bom casal... casal ideal como as Swans e os Cullens...

– Deixe de bobagem Tina - Samy estava realmente zangada agora - se Benjamim quisesse ficar com essa vampira ele teria feito isso antes de se encontrar com Mari, o que agradeço por não ter feito porque isso seria um grande problema depois do imprinting... apesar de achar que essa vampira ainda vai nos encher muito.

– Você acha? - Tina parecia não ter pensado naquela hipótese - Benjamim se encontrar com essa vampira... não acho isso muito bom... e se ele cair em tentação?

– Você ficou mais burra ultimamente Tina, só anda falando bobagens! - Samy elevou um pouco o tom de voz - Ele gosta da Mari e ela também gosta dele - Eu? Gosto nada! - é claro que não vai haver nada disso, só o que me preocupa é essa vampira causar desavenças entre eles.

– Você tem razão - foi tudo que Tina murmurou - Afinal, já está sendo muito difícil para o Benjamim sem essa vampira precisar interferir.

– Esta difícil para ambos - Samy corrigiu - tanto para Benjamim quanto para Mari. Benjamim já viveu muito mais que nós e sabe o que quer, porem Mari não facilita ou deixa o medo de lado... Mas Mari é jovem ainda, é claro que estaria assustada, um imprinting e eles sendo de "raças" diferentes... é tudo muito complicado eu diria...

Depois disso elas ainda continuaram falando, mas não posso dizer se era sobre o mesmo tema ou se já era outro assunto, pois eu me desliguei ali.
Benjamim e a vampira lambisgóia... se eu não tivesse interferido... se não tivesse acontecido imprinting nenhum... Benjamim teria ficado com ela?

Um imprinting é algo que força um elo... eu o forcei a isso, a ficar com uma transmorfa pelo resto da sua existência, alguém que não é nem um pouco igual a ele... se eu não tivesse aparecido, ele cederia a vampira e eles viveriam juntos pela eternidade a fora compartilhando o sangue de algum pobre infeliz?

É como elas haviam dito, eu só estava pensando em mim até agora, não querendo aceitar a situação nem nada, mas eu não sou a única envolvida nisso. Eu mudei toda a vida de Benjamim assim que eu entrei nela, ele nunca mais poderá fazer as coisas do modo que fazia antes porque agora eu existo... o quanto será que estava sendo difícil para ele? O quanto EU estava dificultando a vida dele?

Será que eu era o melhor para ele?

Benjamim nunca reclamou da vida que ele levava antes, é claro que não tivemos tempo suficiente ainda para conversarmos sobre nossas vidas, ainda não deixei isso acontecer na verdade... mas talvez, tudo tivesse ficado melhor se esse imprinting nunca tivesse acontecido. Benjamim continuaria sua vida sem essa ligação forçada o influenciando antes de tomar alguma decisão.

Meu peito doeu... talvez... ele estivesse melhor sem mim... bem melhor...

Manquei até longe da cozinha ainda com os pensamentos a mil. Era isso, aquilo de imprinting não podia continuar, se eu fosse para longe, com a falta de convivência e tudo mais, a intensidade daquilo diminuiria. O tempo iria fazer aquilo passar e tempo é o Benjamim mais tem, só seria ruim para mim que tenho um tempo menor, mas seria o preço que eu deveria pagar por mexer na vida de outra pessoa.

Aquele pensamento não convenceu nem a mim direito, mas me parecia ser a única coisa a fazer no momento.

Quando me dei conta eu ja estava do lado de fora da mansão, era dia, mas estava tudo nublado, aquele céu branco, como se os flocos de neve estivessem esperando o momento certo para cair.

Era isso. Eu faria a única coisa boa para Benjamim, eu iria embora.

Mas caramba... porque ir embora doía tanto? Porcaria de imprinting!

Parecia que eu estava cometendo o pior erro da minha vida e era como se aquela dor no coração - clichê eu sei - me avisasse que aquele era o caminho totalmente errado. Como se eu estivesse morrendo e não fosse conseguir sobreviver sem Benjamim.

Comecei a correr - se é que aquilo poderia se chamar de correr, estava mais para uma marcha manca em nível acelerado - por entre as árvores sem saber exatamente para onde iria. Eu tinha que decidir as coisas meio de momento ou Alice - sim, não me esqueci dela - veria e diria a Benjamim.
Benjamim...

Pare de dor peito maldito! Você vai se acostumar a viver sem aquele vampiro prepotente e gostoso!

Nada que uma vida inteira de tentativa não resolva!

Eu arfava mais que o normal e tinha que parar constantemente para recuperar o fôlego ou para esperar que algumas das minhas mais novas vertigens passassem.

O que será que Benjamim faria assim que eu estivesse bem longe? Ele voltaria a viver a vida dele como era antes talvez... viajando por todos os lugares possíveis, encontrando outras pessoas, outros vampiros... a lambisgóia...

Maldita, preciso encontrar com ela pelo menos uma vez na vida só para dar um belo de um soco no nariz perfeito de vampira dela!

Parei pela milésima vez e me encostei em uma das árvores, bem Benjamim com certeza arranjaria algumas coisa bem interessante para fazer com a sua eternidade, mas o que eu faria?

Quer dizer, voltar para Forks é fora de cogitação, vou ter que demorar a encontrar com Tina e Samy também porque do jeito que aquelas são iriam me entregar de bandeja ao Benjamim na primeira oportunidade, ficar em um único lugar também não era muito viável já que havia o fator Alice Cullen... que droga, estou realmente sem saída nessa droga! Eu ia ter que viver como nômade agora, é isso?

Olhei a minha volta e notei que começava a escurecer, eu já estava meio perdida sem saber a quanto tempo eu tinha acordado, quanto tempo eu estava correndo, meu tornozelo e cabeça doíam e eu estava morta de fome... um ótimo - sintam a ironia - começo de fuga heim! Taquepariu!

Recomecei a correr... não, espera! Desculpe... recomecei a mancar aceleradamente como já disse antes pensando em todos esses fatores e o que eu faria dali pra frente, pensar sem decidir devido a Alice... aliás, Bella também vai me matar quando acordar! Ou mataria, porque vou fazer de tudo pra ela também não me achar! Medo!

De repente eu dei uma parada brusca porque parecia que tinha escutado alguém chamando meu nome, fiquei imóvel por alguns segundos, mas como não escutei mais nada achei que fosse fruto da minha imaginação ou a Bella já me dando uma bronca mental antes mesmo de acordar! Nunca se sabe!

Voltei a andar e não tinha dado nem cinco passos quando escutei o chamado mais uma vez. Arregalei os olhos quando meu coração parece que deu um pulo no peito... não, por favor, não podia ser, tudo menos isso...

– Mari! - Escutei mais uma vez ainda longe, mas sem dúvidas dessa vez era o que eu estava imaginando...

Benjamim!

Porque meu Deus! O que eu fiz pro Senhor? Estava tudo indo tão bem, eu estava aqui fugindo totalmente na minha e agora me aparece justo a pessoa de quem eu estou fugindo?

Essa com certeza será a fuga mais rápida da história! Será... se ele me pagar... o que eu não vou deixar que aconteça!

Dessa vez não liguei para o tornozelo dolorido e comecei a correr pra valer, colocando toda a minha força restante - não que fosse muita - nas pernas e forçando o meu corpo de múmia ao máximo.

Mas parecia que o meu máximo não era suficientemente rápido para competir com um vampiro... se ao menos eu pudesse me transmutar, quer dizer, ninguém disse que eu não podia, mas meus machucados parecem que realmente foram sérios e talvez forçar uma transmutação agora faria tudo piorar novamente, de todo jeito era melhor não arriscar.

– Mari! - Oh meu Deus, ele está perto! - Mari, onde você está? - OH MEU DEUS, ELE ESTÁ MUITO PERTO!

Olhei ao redor sem saber o que fazer, era obvio que ele me alcançaria e isso não iria demorar muito. Rodei igual uma idiota umas três vezes como se do nada fosse aparecer uma porta mágica ou algo assim, então fiz o mais sensato que eu poderia fazer... subi em uma árvore.

Quer dizer, Benjamim poderia facilmente passar reto e depois que ele estivesse longe novamente eu seguiria para o lado oposto. Era o melhor que eu conseguia pensar no momento.

Com dificuldade, muita dificuldade por sinal, eu subi em uma árvore, ela não tinha muitos lugares onde eu poderia me apoiar e muito menos um em que eu pudesse sentar, então subi o máximo que consegui e segurei em um pedaço mais saliente o mais forte que pude e fiquei ali, agarrada na árvore onde dava.

Não demorou muito e eu senti Benjamim se aproximar e meu coração disparou. Fiquei quieto seu traidor ou o vampiro gostoso do qual estamos fugindo vai te escutar!

– Mari! - escutei e segundos depois ele entrou no meu campo de visão.

Filho da mãe, porque tão lindo?

Ele estava com uma calça preta e a blusa de abotoar estava aberta, por cima de tudo o casado cinza que eu havia visto pendurado na cadeira do quarto dele e ele estava... descalço? Aonde você estava desse jeito Benjamim?

Ele corria naquela velocidade monstruosa, a qual eu só acompanhava devido ao meu sangue quileute, mas do nada ele parou.

Ai meu Deus!

Ele rodou inúmeras vezes como um idiota - talvez procurando a mesma porta mágica que eu - olhava para todos os lados e não sabia o que fazer.

– Mari! Onde você está? - a voz dele estava muito, muito mesmo, angustiada, me senti realmente mal - Eu sei que você está ai, Mari!

Porcaria!

É claro que ele sentiria meu cheiro mais forte ali, afinal, eu estava ali!

Minha chance era que ele talvez não olhasse para cima, eu estava a uns sete metros do chão - sim, o desespero me deu forçar pra subir tudo isso - e acho que nem passaria pela cabeça dele que eu subiria em uma árvore com o meu corpo ainda estragado.

– Mari... - ele gemeu... ai meu Deus... - Por favor, Mari... porque você está fazendo isso?

Benjamim colocou as mãos no rosto e abaixou a cabeça, segundos depois ele caiu de joelhos no chão.

Ai... meu... Deus...

Aquilo me machucou de um jeito que eu simplesmente não tenho nem como explicar. Benjamim sofrendo daquele jeito... era difícil para mim ver aquilo, doía demais, ainda mais sabendo que era eu que estava causando aquilo.

Senti algo quente escorrendo pelo meu rosto e notei que eu estava chorando. Com razão não é, afinal o amor da minha vida está a quinze metros abaixo de mim sofrendo por minha causa!

Espera... amor da minha vida?

Estou ferrada! Tudo estava bem enquanto não admitido!

De repente Benjamim levantou a cabeça das mãos e voltou a olhar para todos os lados, droga, alguma coisa estava me denunciando ali e... merdaaaaaaaaaa! São minhas lágrimas! Só pode!

Isso mesmo Mari burra, chore nesse momento em que você deveria passar invisível!

– Mari... pare com isso! - ele falava ainda de joelhos, mas eu sabia que ele estava atento a tudo - Não sei o que você está ou estava pensando quando se meteu nessa fuga idiota, mas já aviso que ela não vai adiantar! Vou procurar você a minha vida inteira se for preciso e eu vou te achar, pode ter certeza!

Não, seu idiota! É pra você viver a sua vida! Ou quase vida!

Mas aquelas palavras mais uma vez fizeram meu coração disparar... e eu notei tarde demais que era aquilo mesmo que ele queria. Em segundos ele se colocou de pé e estava prestes a olhar para cima, exatamente onde eu estava, mas eu não podia deixar aquilo acontecer.

Então eu soltei da árvore e deixei meu corpo cair... bem em cima de Benjamim!

É claro que doeu, muito! Afinal Benjamim mais parece uma pedra do que sei lá o que, mas a intenção era derrubá-lo e deixá-lo sem reação por alguns segundos para que eu pudesse correr. E graças a Deus funcionou!

Benjamim exclamou algo que eu não entendi movido pela surpresa assim que eu cai sobre ele e o esmaguei contra o chão cheio de folhas e neve, enquanto ele estava lá, desnorteado, eu me levantei e corri.

Sim, dessa vez novamente eu fiz um esforço enorme para correr e não mancar aceleradamente! Obvio que não demorou nem cinco segundos e eu o escutei chamando meu nome novamente.

– Mari!

– Fique longe de mim! - gritei de volta sem parar de correr.

– Nem pensar! - ele respondeu de imediato e eu podia sentir que ele estava chegando bem perto.

– Se você continuar me seguindo eu vou me transmutar e nós vamos brigar - voltei a gritar o alertando.

– Não seja inconsequente, Mari! - ele pareceu desesperado - Não pode se transmutar ainda ou vai voltar a piorar!

– Então pare de me perseguir!

– Não estaria perseguindo se você parasse e me explicasse porque está sendo burra e fugindo de mim!

– Eu não teria que fugir se você aceitasse que isso nunca vai dar certo e me deixasse ir embora!

– Uma ova que eu vou deixar você ir embora, eu am...

AI MEU DEUS! ELE NÃO VAI DIZER O QUE EU ACHO QUE VAI DIZER... VAI???

E adivinhem o que aconteceu no momento seguinte?

Eu tropecei!

O que uma QUASE declaração do cara que a gente gosta não faz com a gente, não é?

Eu tropecei e me esparramei no chão de um jeito realmente vergonhoso, mas não havia o que fazer, primeiro porque eu estava cansada e com dores e segundo porque antes que me desse conta Benjamim já estava ao meu lado me puxando para seus braços.

– Você é uma idiota! Uma grande idiota!

Ele está mesmo me xingando? É isso mesmo? Vou ignorar esse tom aliviado na voz dele e me concentrar só no fato dele estar me chamando de idiota!

– Saia de perto de mim – disse tentando empurrar aquela muralha que era o peitoral dele – Saia...

Por incrível que pareça eu me assustei quando ele me largou, quer dizer, fazer o que eu pedia não era muito o estilo dele. E ele não me largou exatamente, só se afastou para me olhar, mas continuou me segurando firmemente pelos braços.

– Porque infernos você está fazendo isso, Mari? - Ele me olhou nos olhos e eu notei que ele estava uma mistura de muitos sentimentos. Raiva, desespero, alivio, preocupação... caramba, era muita coisa pra um olhar só!

– Me solte... – repeti, mas acho que dessa vez não foi com a mesma convicção de antes. Esqueça esses olhos e o peitoral desnudo, Mari. Concentre-se!

– Não vou soltar! Me responda! – Olha, parecia que ele havia se decidido pela raiva.

– Porque você não vai perguntar para a sua noiva? Heim? - sim, vou me apegar ao ciúme então... quer dizer... a raiva, isso, raiva!

Benjamim fez uma careta de desentendimento.

– Noiva? Que noiva? Do que diabos você está falando, mulher?

– Não se faça de desentendido! – ele estava confuso e consequentemente desconcentrado. É um bom momento para empurrá-lo. E foi o que eu fiz. Eu apoiei as mãos naquele peito liso e malhado dele (concentre-se!) e o empurrei com toda força.

Algo me diz que ele me libertou por vontade própria, ou por solidariedade pelo meu esforço. Mas meu ego quer acreditar que foi pela minha força e momento oportuno.

– Não estou me fazendo de desentendido – ele repetiu ainda ajoelhado no mesmo lugar enquanto eu me levantada e me afastava alguns metros dele – Eu estou realmente sem entender nada! De que noiva você está falando? Eu não te pedi em casamento ainda...

– Talvez porque a noiva não seja eu, seu vampiro mulherengo de uma figa!

– Mulherengo? Eu acho que a perda de sangue matou alguns dos seus neurônios.

Ele está me chamando de louca agora?

– Eu não sou louca! – peguei uma pedra no chão e joguei nele, mas óbvio que ele desviou com facilidade.

– Eu nunca disse isso – ele parecia estar sem paciência.

– Mas vai dizer! Chame a sua noiva aqui! Agora! Vou socar a cara dela antes de ir embora e vou te amarrar um lacinho vermelho pra te entregar de presente com um recado de “faça bom proveito”!

– Que noiva? - ele gritou comigo o maldito.

Mas eu não deixei isso barato e tive uma atitude madura. Gritei de volta.

– Katrina!

Benjamim parou por dois segundos. Sua face se fechou em uma carranca e ele estreitou os olhos. Ele se levantou bem devagar, sem desviar os olhos de mim.

Se ele achava que me intimidava por estar com aquela cara de demônio e exalando raiva por todos os poros do corpo ele estava absolutamente certo! Mas jamais deixaria ele saber!

– Como você sabe sobre Katrina?

Ele não vai negar que é noivo dela? Maldito!

Cruzei os braços revoltada. Vou mostrar que uma quileute pode ser tão intimidadora quando ele. Talvez o fato de eu estar toda enfaixada, vestindo uma camisola e toda descabelada não colabore para minha versão má, mas posso tentar mesmo assim.

– Sei da existência da sua noiva – fiz questão de frisar essa última parte – porque por acaso dois amigos/servos/cachorrinhos dela queriam fazer uma visita e me deixaram parecendo uma múmia!

Os olhos vermelhos de Benjamim flamejaram e pude escutar um rosnado surgindo em seu peito.

Só precisava saber se ele estava com raiva de mim ou por mim.

– Então aqueles dois... que te machucaram... – ele fazia um esforço enooorme para falar, seus punhos estavam fechados com força e seus braços juntos, pareciam colados, ao corpo – eram enviados de Katrina?

– Não, falei que eram dela só por querer provocar você – rolei os olhos – É obvio que eram dela! De que outro modo eu poderia saber que você é um cafajeste e que possui uma noiva!

Mal acabei de falar e Benjamim soltou um urro de raiva e socou a árvore que estava ao seu lado.

Congelei.

Eu vou morrer!

– Vou matá-la! – eu disse, vou morrer! Mas não parecia que ele estava falando de mim. Deduzi que minha vida estava salva e que ele se referia a Katrina.

Isso mesmo, mate a lambisgóia!

– Só para lembrá-lo que se você for matá-la por herança ou algo do tipo funciona só depois do casamento – sim, sou uma idiota que gosta de provocar.

Ele virou o rosto tão repentinamente na minha direção ainda mantendo aquele olhar raivoso que me fez inconscientemente dar um passo para trás.

Benjamim deve ter notado isso, pois fechou os olhos e respirou profundamente umas duas vezes antes de voltar a me encarar.

– Desculpe se te assustei Mari... mas por favor, pare de dizer que aquele ser é alguma coisa minha... estou tentando controlar a raiva e a vontade de ir atrás dela e destroçar o corpo dela em pedaços mínimos e depois assar um por um numa fogueira bem lentamente, mas com você repetindo noiva a todo instante está ficando realmente difícil!

– Certo, então vamos fazer o seguinte. Você fecha os olhos e fica ai se acalmando enquanto eu vou rumando bem lentamente para a cidade. Ok? Adeus!

– Muito engraçadinha você – ele rosnou levemente.

– Estou com cara de quem está brincando?

– Pare de dizer que vai fugir de mim! – Benjamim gritou furiosamente, mas muito, muito furiosamente.

Eu me assustei. Quem não assustaria???

Prendi a respiração para logo me virar e correr. Acredito que meu instinto quileute falou mais alto, mesmo sendo Benjamim a possível ameaça.

Usei as mãos para me ajudar a apoiar nas árvores pelas quais passava e o pulso machucado reclamou pela força extra, mas logo escutei Benjamim me chamando e me virei pronta para me transmutar.

Instinto.

Assim que me virei notei que Benjamim estava quase colado em mim, ele me sentiu rosnar e arregalou os olhos. Tentou se afastar, mas não teve tempo.

Meu instinto estava pronto para a briga.

Mas assim que instintivamente quase me transmutei senti todo o protesto do meu corpo. Minhas costas arderam, minha cabeça latejou e minha vista escureceu, senti minhas pernas enfraquecerem e uma dor enorme se espalhou por todo o meu ser.

Automaticamente soltei um grito angustiado enquanto ia em direção ao chão.

O chão me ama, única explicação. Ou a gravidade que me odeia. Nunca saberei exatamente.

Mas esse amor não foi demonstrado dessa vez porque eu não cheguei a alcançar o chão. Benjamim me segurou bem antes e se sentou me colocando em seu colo.

– Meu Deus! Mari! Você está bem? - ele me segurava com firmeza enquanto acariciava meu rosto preocupado.

– Pareço que estou bem? - murmurei ainda com a visão turva e sem conseguir enxergá-lo direito.

– Me desculpe! Desculpe! – ele se abaixou e me deu um beijo demorado na testa. Eu teria apreciado melhor o momento se não estivesse me sentindo como se tivesse sido atropelada por um tanque de guerra – Eu não deveria ter te assustado, deveria ter me controlado... sinto muito... a raiva me consumiu por alguns segundos, mas ouça... eu nunca seria capaz de machucar você, ouviu bem? Nunca!

Naquele ponto minha visão já estava praticamente normalizada e eu estava tomando noção de como me encontrava.

Estava sentada sobre as pernas de Benjamim, meio de lado e ele me segurava de um jeito que não parecia que iria me soltar tão cedo. Seu rosto havia perdido todo aquele traço de raiva de momentos antes e havia dado lugar a preocupação total, mas tudo isso eu apenas notei de relance, pois foram os seus olhos, o seu olhar, enquanto declarava aquela frase, que realmente mexeu comigo e eu tinha certeza de que nunca esqueceria aquela imagem dele.

Ele havia dito que nunca seria capaz de me machucar. Eu não duvido disso apesar do meu instinto quileute ter sido mais forte momentos antes, mas isso me fez lembrar o motivo de eu ter decido fugir.

Ele nunca me machucaria, mas o quanto eu o machucaria? O quanto eu já o havia machucado? Não fisicamente porque seria complicado ferir alguém como ele, mesmo sendo transmorfa, mas e sentimentalmente?

O olhei sem dizer nada e ele ficou esperando. Acredito que ele queria que eu me pronunciasse e posso jurar que ele estava esperando que eu zombasse, gritasse ou algo assim.

Mas eu permaneci em silêncio.

Benjamim começou a ficar inquieto com o meu silencio e mais preocupado ainda. No momento em que ele abriu a boca para dizer algo novamente eu o surpreendi levantando a minha mão e a repousando no seu rosto.

Aquele gesto o surpreendeu tanto que ele ainda permaneceu alguns segundos com a boca aberta e pude notar pela proximidade que ele arregalou um pouco os olhos, mas logo ele relaxou e fechou a boca muito lentamente, como que temendo acabar com o momento.

Era estranho. Era a primeira vez que eu o tocava por livre e espontânea vontade e com a intenção de um gesto de afeto e não para espancá-lo ou coisa parecida.

O mais estranho ainda era o fato de não parecer estranho, mas sim absolutamente certo.

Eu podia sentir a frieza da pele dele. Um contraste total com a minha extremamente quente. E mesmo assim parecia que era desse modo que elas se completavam plenamente.

Benjamim ficou me olhando curioso. Eu mantive a palma da não na bochecha dele por alguns segundos, mas depois eu a removi lentamente até que apenas as pontas dos meus dedos ficassem em contato com sua pele.

Bem devagar eu desenhei os contornos daquele rosto. Nariz, queixo, boca... era tudo muito harmonioso. Estava obvio que o dom da eternidade havia feito muito bem a ele, mas mesmo antes disso ele deveria ser lindo de morrer.

Eu me demorei um pouco mais na boca porque era uma zona perigosa, zona de tentação. Qual é, ainda sou uma mulher com os hormônios a flor da pele!

Depois voltei para sua bochecha e coloquei a mão inteira ali novamente. Benjamim finalmente se moveu e inclinou a cabeça em direção a minha mão se apoiando nela, mostrando que estava muito confortável com aquele gesto.

Seus olhos mostravam seu contentamento com aquele gesto, apesar de continuar confuso com a atitude repentina, e um pequeno sorriso se formou em seus lábios.

Havia alguns dias que o imprinting havia acontecido e eu o neguei desde então. Neguei mais do que qualquer coisa. Neguei pensar, neguei conversar... por mais impossível que fosse...

Ele ERA meu imprinting afinal e eu o fizera sofrer.

Meus olhos se encheram de lágrimas que começaram a escorrer. Isso assustou Benjamim. Seu sorriso se desfez e ele segurou meu rosto com as mãos.

–Mari... – ele murmurou me olhando atentamente – o que aconteceu?

Eu não conseguia parar de chorar e tinha um bolo na minha garganta que não me deixava falar.

Aquele meu estado nunca antes visto por Benjamim o estava deixando desesperado mais uma vez.

De repente eu fiz um esforço e levantei um pouco meu tronco até que meus braços pudessem se enroscar pelo seu pescoço e eu o apertei em um abraço.

Imediatamente Benjamim me apertou contra ele e me manteve ali enquanto chorava.

– Desculpe... – murmurei assim que consegui.

– Pelo que? - ele perguntou enquanto uma de suas mãos fazia um afago em meus cabelos na tentativa de me acalmar.

– Por interferir na sua vida... pelo imprinting... por tudo... – eu o apertei mais forte e meu choro aumentou de intensidade.

– Shiiii, se acalme – ele me embalou igual um bebê e ficou ali, pacientemente, me dizendo palavras até que eu me acalmasse.

Aos poucos aquele ataque foi passando e Benjamim me afastou de si calmamente. Ele me olhou e eu desviei meus olhos para o chão, isso fez com que ele risse levemente e usasse os polegares para limpar os últimos resquícios de lágrimas que haviam ficado.

– Parece que temos muito o que conversar - ele murmurou.

Suspirei.

– Tenho escolha?

– Claro que tem, eu preferia agarrar você e te beijar até te deixar totalmente sem fôlego, mas acho que devemos conversar antes. Ou podemos nos beijar antes, depois conversar e então nos beijar de novo. O que você acha?

Fiquei vermelha. Senti que fiquei.

– Vamos conversar – resmunguei dominada pela vergonha.

– Estraga prazeres – ele resmungou e me ajudou a levantar.

– Tome, vista isso – ele disse tirando a camisa amassada e a colocando sob meus ombros – ver você somente nessa camisola definitivamente me faz ter pensamentos não muito apropriados para o momento.

Vermelha, vermelhidão total. Observei aquele peitoral que antes estava parcialmente exposto agora totalmente exposto. Acho que tenho um fetiche por peitorais... vermelhidãooooooo!

– Você ficar assim também não facilita muito os meus pensamentos...
Benjamim arqueou a sobrancelha e um sorriso presunçoso se formou em seus lábios.

Droga, eu disse isso em voz alta.

– Não fale nada – resmunguei me afastando dele a ajeitando sua camisa, fiz uma careta quando minhas costas reclamaram assim que tentava passar os braços pelas mangas, assim que consegui esse feito eu suspirei satisfeita e me virei novamente para Benjamim.

Este estava encostado em uma árvore com os braços cruzados me observando atentamente. Por um instante fiquei incomodada com aquele olhar.

– Você tem que se acostumar logo – Benjamim disse sorrindo parecendo saber exatamente o que eu pensava – Porque eu pretendo te olhar muito pelo resto da minha existência.

Fiquei olhando para ele sem saber o que falar exatamente.

– Porque você insiste nessa história de imprinting? - perguntei com uma voz cansada.

Benjamim por um segundo ficou um pouco mais sério e se desencostou da árvore, mas logo seu rosto se suavizou.

– Não acredito que esse seja um bom jeito de começar a nossa conversa.

Concordei com um aceno e me larguei no chão encostando-me numa árvore e esticando as pernas. Benjamim parecia saber que pra essa nossa conversa nós deveríamos ficar um tanto longe (vai que um de nós ficasse com raiva e quisesse esganar o outro) e por isso continuou em pé no mesmo lugar.

– Você quer começar? - ele perguntou gentilmente.

Remexi nas rendas da borda da camisola.

– Sei que devo, mas não sei por onde...

Benjamim continuou em silêncio me deixando organizar os pensamentos.

Como se fosse fácil.

– Sabe... Tina, Samy e eu fomos as últimas do bando a sofrermos a transformação, nós éramos muito novas pra pensar em qualquer relação romântica antes disso e depois disso... bem, sabíamos que não poderíamos mais nos envolver com um homem comum sendo que podíamos machucá-lo em um deslize e colocar todo o segredo quileute em jogo. No final nós nos conformamos com o fato de que provavelmente nunca teríamos um envolvimento amoroso normal.

– Vocês não consideraram ter um imprinting?

– Pode não parecer, mas imprinting não é algo tão comum assim, ainda mais quando se mora numa cidade do tamanho de Forks. No momento em que saímos às ruas da cidade logo depois da primeira transformação e o imprinting não aconteceu com ninguém, nós soubemos que ele nunca aconteceria. Forks não é o tipo de cidade que recebe novos moradores com frequência, sabe? E nós não achávamos que um dia sairíamos de lá.

– Ainda bem que saíram – Benjamim observou com um sorriso simples, sem malícia ou coisa parecida.

– Pois é, nós não contávamos com o fator irmãs Swans – ri internamente – Elas nos arrastaram com elas nessa história e eu simplesmente adorei, elas são fantásticas, mas o fato é que nós já tínhamos traçado uma espécie de roteiro para nossas vidas. Seriamos sempre nós três, Tina, Mari e Samy, contra o mundo.

– E então eu apareci – Benjamim concluiu.

– E então aconteceu você. Imprinting. Vampiro ainda por cima. Você tem noção de como eu entrei em estado de choque?

– Acredite, você não foi a única – ele me garantiu.

– Algo que eu não esperava com a criatura mais improvável do mundo... de repente, tudo que eu já tinha pensado, planejado, foi por água abaixo... parecia que eu simplesmente tinha voltado a estaca zero e não sábia mais o que fazer. Eu fiquei tão confusa... e minha cabeça só conseguia pensar em você, com tantas coisas pra pensar você simplesmente dominava tudo... isso me deixou irritada. Quem você pensava que era pra chegar e simplesmente mudar tudo que eu tinha planejado?

– E quem disse que precisava mudar? - Benjamim

Olhei incrédula pra ele por alguns instantes.

– Você não escutou nada do que eu disse até agora? Como as coisas seriam as mesmas com você na minha vida?

Benjamim deu de ombros de forma desleixada.

– Escutei cada palavra. E eu poderia facilmente me adaptar a qualquer estilo de vida que você decidisse, apesar de ter quase certeza que nem você, Tina ou Samy aguentassem ficar muito tempo na monotônia que dizem ser Forks.

– Você? Em Forks? - Repeti descrente e então me lembrei que Benjamim parecia um adolescente e teria que frequêntar a escola, o que me faz lembrar do tipo de meninas que havia na escola de Forks... solteiras... assanhadas... De repente tive uma vontade antecipada de matar todas - Você não vai pisar em Forks, esta decidido!

Benjamim ficou claramente confuso.

– Eu vou querer saber onde foi que seus pensamentos foram parar a ponto de te deixarem irritada?

– Não!

Benjamim cruzou os braços.

– Muito bem, vamos voltar um pouco então... mesmo que eu aparentemente tenha mudado todos os seus planos, que eram muito chatos por sinal, essa mudança... é ruim?

Fiquei confusa.

– O que quer dizer?

– Você sabe o que quero dizer. Eu, me ter na sua vida a partir de agora e para sempre, saber que eu sempre estarei ali, que sempre terá a mim para contar para qualquer coisa, que quando tiver medo de algo eu estarei ali para te dar segurança e que se alguém atrever a te tocar ou te fizer mal eu acabarei com quem quer que for sem que a pessoa sequer tenha tempo de perceber o que aconteceu... tudo isso no lugar dos seus planos idiotas, é ruim?

Uau... fiquei alguns segundos repetindo aquelas palavras mentalmente... estreitei os olhos desconfiada.

– Você ensaiou isso?

Benjamim gargalhou.

– Talvez, mas não mude de assunto e me responda, é tão assustador assim saber que não esta mais sozinha? Geralmente as pessoas sentem o contrário.

– Estou acostumada a ficar sozinha... - murmurei.

– E eu também e muito mais do que você diga-se de passagem - olhei feio para ele - mas ao contrário de você essa mudança não me assusta, é na verdade uma mudança que estou esperando a muito tempo.

Procurei o sentido por tras daquelas palavras.

– Explique.

Benjamim deu um sorriso de canto e se aproximou mas não se sentou ao meu lado como pensei que faria, ele se sentou a minha frente ainda deixando um espaço significativo entre nós.

– Eu sou antigo Mari, tenho alguns anos de imortalidade e grande parte deles eu passei sozinho. Ao contrário de você eu não tenho uma Tina ou Samy na minha vida, o meu tempo sozinho foi realmente sozinho. Claro que conheci pessoas, mas entre os vampiros são poucos os quais eu faça questão de passar muito tempo junto, nem todos são agradáveis como os Cullens ou as Swans. Então eu sempre estive por ai e Mari... quando se passa muito tempo sozinho sem qualquer tipo de planos pra viver você corre seriamente o risco de perder a razão, enlouquecer. Eu acredito estava prestes a entrar em um desses periodos de loucura, estava deprimido e entediado, foi quando Alice me achou e propoz esse plano maluco, pensei que seria um ótimo jeito de me distrair e então você surgiu... e de repente, seu senti que eu tinha um porque continuar com essa existência, eu de repente podia fazer planos, eu tinha alguém em quem pensar... de repente eu simplesmente tinha alguém...

Passei ainda alguns segundos observando o vampiro parado a minha frente. O maldito era lindo, como já disse/pensei inumeras vezes, mas eu nunca imaginei que a tal imortalidade era tão ruim assim para ele. Quer dizer, as pessoas mais providas de beleza geralmente sonham com a imortalidade e permanecerem iguais, não é? Não era o caso de Benjamim pelo jeito.

– Mesmo assim... - eu comecei cautelosa - eu ainda não entendo como você pode aceitar isso tão rápido... nós somos de raças diferentes, literalmente! Somos inimigos naturais, nós deveríamos estar querendo quebrar o pescoço um do outro nesse momento e não pensando em passar o resto de nossas vidas juntos!

O rosto de Benjamim ficou sombrio.

– É pelo falo de eu ser um vampiro que você não pode me aceitar? Tem medo do que eu sou?

Fiquei um minuto sem fala, depois a indignação e orgulho transmorfo tomou conta de mim.

– Medo? De um vampiro? Desde que eu possa me transmutar eu sou muito capaz de chutar a bunda de um vampiro quando bem entender, mesmo se esse vampiro for você!

Eu, com medo de vampiros! Benjamim só podia estar querendo me deixar com raiva!

Mesmo assim ele não relaxou a expressão e cruzou os braços, os olhos vermelhos sem desviar um milimetro dos meus.

– Então é pelo fato do seu imprinting ser um vampiro? Se eu fosse um humano você estaria menos relutante?

Eu definitivamente não estava entendendo... em que parte da conversa eu havia me perdido?

– Se você fosse um humano eu te quebraria ao meio só ao tentar te abraçar!

– Então... - Benjamim insistiu em algo que eu não sabia o que era.

– Então o que? - minha voz subiu um poquinho, ou talvez não tão pouquinho, de tom.

– Qual o seu problema comigo? - ele falou também impaciente.

Ah... era isso... Mari burra...

– Eu estou pouco me importando se você tem sei la quantos séculos ou se é um vampiro metido a gostoso, o que me incomoda é o ímprintig! É o fato de eu estar ligada a alguém que nem conheço! Eu não sei nada sobre você, você pode ser a droga de um vampiro sanguinário e ainda assim minha mente insiste em pensar em você a todo momento!

Benjamim não se moveu um milimetro depois que me calei.

– É o fato de você não me conhecer então que a incomoda... - ele resmungou mais para si mesmo do que pra mim - eu deveria ter imaginado que era algo assim...

Olhei para ele incrédula.

– Isso nem passou pela sua cabeça? O fato de que nós não sabemos absolutamente nada um do outro e mesmo assim estamos ligados para sempre?

Benjamim deu de ombros de forma desleixada.

– Não, nem cogitei essa hipótese - ele mostrou descaso absoluto.
O fitei demoradamente por vários segundos, absolutamente incrédula com o fato do mais obvio não ter passado pelos neurônios de vampiro dele. Benjamim incrivelmente começou a ficar um pouco incomodado com meu olhar.

– Veja bem, geralmente as mulheres não se incomodam em ficar na minha companhia, normalmente elas imploram por isso na verdade e eu é que tenho que fugir quando acabo ficando entediado... com... elas...

A voz dele foi sumindo aos poucos até que ele se calasse. Sinto que a expressão facial que deveria estar naquele momento deve ter sido a causadora do repentino silêncio.

– Por favor, não pare, continue. Você parecia muito inspirado no que dizia. - minha voz saiu fria.

Benjamim engoliu em seco e passou uma mão pelo rosto.

– Por favor, esqueça o que eu disse.

Cruzei os braços e ele entendeu a mensagem.

– Você não vai esquecer, entendi. Mas é a verdade Mari, as mulheres geralmente procuram estar ao meu redor e antes que você começe a cogitar eu tive poucos casos amorosos na minha existência. Você não pode me culpar por não pensar que teria o grande azar da unica mulher que eu quero para o resto da minha existência fosse a única a pensar de modo diferente e não se sentir a vontade comigo!

Bufei.

– Você é muito convencido - murmurei.

– Acostume-se - ele resmungou de volta - Mas voltando ao ponto principal, esse é seu problema então, não me conhecer, não saber nada sobre mim?

Acenei afirmativamente.

Benjamim me olhou por um instante.

– Você estaria mais confortável se eu lhe desse um tempo para nos conhecermos?

Arregalei os olhos.

– Porque você faria isso?

– Nós ja estamos destinados a ficar juntos, mas eu quero que você perceba por voce mesma que quer ficar comigo, não quero que você culpe o imprinting pela nossa união, quero que você agradeça por isso ter acontecido como eu já faço. Quero que perceba que se tivemos o imprinting é porque somos perfeitos um para o outro e que nem a diferença de nossas raças porde interferir nisso.

Fiquei muda por um instante. Ele definitivamente deveria ter ensaiado aquilo...

Baixei os olhos para minhas mãos.

Mesmo naquele momento, Benjamim estava absolutamente pensando em mim, em me deixar confortável. Zelando por mim. Não era algo que eu estivesse acostumada.

– E se demorar? - murmurei.

A mão dele surgiu em meu campo de visão e segurou as minhas com cuidado, principalmente a que estava enfaixada, ergui o rosto e vi que ele havia se aproximado. Estava agora sentado bem diante de mim, seus joelhos encostavam nos meus pela proximidade.

Ele sorriu, de modo calmo dessa vez, um sorriso sincero.

– Você não tem que se apressar por mim, eu sou muito paciente.

Observei aqueles olhos vermelhos carmim. Olhos que eu gostava por pertencerem a ele, mas odiava por saber o motivo de terem a cor que tinham.

– Você toma sangue de humanos - eu disse de repente.

Ele parou repentinamente o movimento de polegares que fazia em minhas mãos e me olhou sem expressar nada.

– E isso te incomoda - não era uma pergunta, mas eu confirmei mesmo assim - Eu posso mudar, Alice me contou como as Swans e os Cullens se alimentam, eu posso fazer isso sem problemas.

– Edward uma vez disse que não era tão bom quanto humano - eu retruquei.

Ele me olhou pensativo.

– Esta me deixando confuso - ele afirmou.

– Não quero que você faça algo que não quer por minha causa.

– Tomo sangue humano para sobreviver, não por prazer, não sou um vampiro sanguinário que adora matar, apenas não tinha motivos para mudar a dieta - ele sorriu com o termo - se o sangue de animais vai me fazer sobreviver então sem problemas, eu não tenho problemas com gosto ou nada parecido, tenho problemas com o fato de você sentir repudio por mim e pela maneira com que me alimento, acho um motivo suficiente para mudar imediatamente.

O observei e ele parecia absolutamente firme e sincero em tudo que dizia.

– Certo então... - concordei e não pude evitar que um pequeno sorriso tomasse conta dos meus lábios, meu lado vaidoso se sentiu um pouco contente com aquela frase, sem dúvidas.

Benjamim notou que ela havia ficado satisfeita, ela havia ficado feliz e isso incrivelmente o deixou feliz e ali ele jurou pra si mesmo que nunca mais tomaria sangue humano se isso a deixasse sempre feliz.

Ele sorriu sem que ela percebesse.

– Então, você quer começar a me conhecer?

– Você também não quer me conhecer? - perguntei curiosa.

– Claro que quero, mas você primeiro. Eu já sei que quero você, preciso que você chegue nesse consenso logo.

Fiquei um pouco (muito!) envergonhada. Quem não ficaria com um cara (ou vampiro no meu caso) lindo dizendo que quer você enquanto segura suas mãos de modo suave, olha bem dentro dos seus olhos e sustenta um sorriso de lado muito tentador?

Pois é!

– Quando você nasceu?

Foi assim que começou. Na verdade eu nem sei quando começou, quando dei por mim em algum ponto da conversa parecia que eu já o conheci a séculos, figurativamente para mim e literalmente para ele.

Ele era realmente muito velho, 247 para ser exata, e ele quase morreu de rir quando ela perdeu a fala por alguns segundos depois que ele disse isso, mas o riso parou quando ela começou a rir dizendo que ele era velho demais para ela. Havia nascido num vilarejo no interior da Inglaterra e os pais morreram de uma doença desconhecida da época quando tinha 14 anos, aos 17 foi transformado quando saia da fábrica onde trabalhava por uma mulher que aparentemente o achou bonito demais para envelhecer ( palavras dele, metido), o que não deu muito certo já que ele a matou quando percebeu o que ela tinha feito.

Ele realmente havia vivido toda a sua existência sozinho desde então. Benjamim lhe contou sobre as coisas das quais jpa trabalhou, até médico ele já tinha sido, sobre as coisas que o entediavam, que o deixavam irritado, que o deixavam alegre. Mesmo a contra gosto dele contou até sobre os poucos casos amorosos que teve, passando pelo nome de Katrina com uma raiva evidente.

– Não havia porque levar a sério esses casos - ele disse em um momento quando lhe perguntei se nenhum deles lhe despertou a vontade de algo mais sério - Vampiros dos quais conheci raramente se uniriam a outros por motivos romanticos, era mais por vaidade do que qualquer outra coisa, Katrina se encaixa nessa categoria perfeitamente, ela está apenas com o orgulho ferido por eu tê-la deixado, não porque gosta de mim ou algo do tipo. Eu não sentia nada a mais por nenhuma delas além da mera vontade de passar o tempo, pode parecer meio insensível para você, mas é assim que a parte mais obscura do mundo dos vampiros funciona, Mari. - ele fez uma pausa, a esse ponto ele ja estava sentado ao meu lado e seu braço estava sobre meus ombros - Esta desapontada comigo?

Neguei com a cabeça.

– Não estou desapontada... quer dizer, é o meio em que você sempre viveu, extremamente superficial e coisas assim, você é bem velho... deve ser bem chato... acho que posso entender isso...

Benjamim sorriu e me apertou levemente contra ele.

– Você está pensando em como me senti sozinho, não é?

...

Maldito, ele não deixa passar uma!

Mudei de assunto e perguntei sobre os lugares onde ele ja tinha morado e obviamente ele já tinha praticamente rodado o globo. Duas vezes! Senti uma pontada de inveja, minhas perspectivas de vida até ali tinham se resumido a Forks e mais nada e ele já havia visto tanta coisa...

– Eu gostaria de conhecer o Egito - murmurei a certa altura.

– Podemos ir lá quando quiser, posso te levar e mostrar os lugares mais interessantes, até algumas pirâmides que já sei como burlar a segurança - ele piscou maroto - mas a noite, de dia eu pareço um diamante ambulante - ele terminou extremamente aborrecido. Não pude deixar de rir (lê-se: gargalhar abertamente!) e zombar muito dele.

Benjamim definitivamente não era um vampiro sanguinário (GRAÇAS! Se fosse nós teriamos sérios problemas), apenas um que não tinha motivos para mudar de dieta até aquele momento como ele mesmo havia dito, ele se alimentava daqueles que considerava não dignos de viver (palavras dele mesmo de novo) como estupradores, assassinos e afins... não achei uma atitude mais nobre, mas não comentei nada.

Ele realmente havia vivido uma vida bem solitária, não era um exagero, os vampiros com quem tinham contato não eram muito amigáveis pelas coisas que ele contava e dos quais ele sempre tinha que ficar atento. Imaginei que deve ser horrível viver assim, sem poder confiar em absolutamente ninguém.

Me surpreendeu que mesmo assim Benjamim não era taciturno, aquele vampiro que você olha e vê até nuvens negras saindo dele de tão tenebroso que ele chega a ser, absolutamente ao contrário, ele era alegre, contava sobre as coisas que tinha vivido com uma naturalidade como se estivesse falando do tempo.

Fiquei pensando se aquilo era um traço forte de personalidade que nem o vampirismo tinha dado conta de apagar ou se mesmo tendo passado tantas coisas ele se recusou a ser como aqueles que era obrigado a conviver e odiava a convivencia. Acho que um pouco dos dois, não me importa na verdade, só decidi que gostava.

Em determinado momento ele começou a perguntar sobre mim também, eu não tinha muito o que dizer como ele afinal tive apenas meros 16 anos de existência e apenas os últimos meses com a chegada das Swans que tinham tido algum tipo de novidade na minha vida.

Mesmo assim ele parecia profundamente interessado em tudo que eu dizia, em cada detalhe na verdade, ele me perguntava até coisas pequenas como a cor do papel de parede do meu quarto, pra mim não fazia o menor sentido saber disso, mas para ele parecia algo extremamente importante então eu somente respondia.

Menos quando ele perguntou minha cor preferida de lingerie! Essa eu me neguei absolutamente a responder e ainda tentei esganá-lo com toda a força, mas o maldito foi mais rápido que eu e desviou!

Deve ter se passado muito tempo, muito mesmo, porque chegou a um ponto que meus olhos ficaram extremamente pesados e meu corpo dolorido ainda pelo ataque voltou a reclamar.

– O que foi? - ele perguntou.

– Sono - eu disse simplesmente, mas obviamente isso não o enganou.

Benjamim ficou com uma expressão contrariada.

– Você foi inconsequente, seu corpo corpo ficou muito machucado e você perdeu muito sangue, não deveria ter fugido nesse estado.

Fiquei sem graça.

– Eu não estava pensando muito bem no momento - resmunguei.

Ele me consolou? Fez eu me sentir melhor? Claro que não!

– Não estava mesmo. Como se pudesse fugir de mim! Tudo que você fez foi atrasar mais a sua recuperação, será que eu terei sempre que ficar de olho em você para que não faça essas coisas estupidas?

Ele esta me zoando?

Mari não deixará isso barato!

– E será que eu terei sempre que me preocupar com os servos de Katrina vindo atrás de mim?

O sorriso presunçoso dele sumiu e deu lugar a lábios apertados de raiva.

Touché!

– Não terá, eu estarei com você se isso acontecer novamente e dessa vez não vai restar nenhum servo para voltar para Katrina. - a forma que ele falou vez um gelo passar pela minha espinha, confesso - Isso é claro se eles vierem novamente - completou já com um tom jocoso.

– Eles virão, Katrina - odeio esse nome e a dona dele - já se declarou até mesmo sua noiva, isso não parece atitude de alguém disposto a desistir facilmente.

– Pensarei nisso quando e se isso acontecer - Benjamim encerrou o assunto.

– Ok então - concordei só porque falar da lambisgóia não era exatamente o meu assunto preferido.

Benjamim de repente se levantou e quando fui perguntar o que tinha acontecido me vi sento içada e nso braços dele estilo noiva.

– Mas... o que...

– Vamos voltar, você precisa descansar. - Benjamim esclareceu.

– Precisamos cuidar de Bella e Rose também - eu murmurei enquanto encostava minha cabeça em seu ombro, eu sabia que ele tinha sorrido com meu ato sem precisar olhar.

– Sim, precisamos - ele concordou - Como você se sente sobre mim agora?

Meus olhos que eu tinha fechado por um breve momento se abriram novamente.

– Eu... não sei exatamente... - confessei confusa.

Benjamim riu.

– Pois eu sei.

– Sabe? - perguntei em desafio.

– Sei - ele confirmou - Viu só, não esta levando tanto tempo assim afinal.

– Você esta dizendo que eu já estou agradecendo pelo imprinting ter acontecido e admitindo que quero você?

Benjamim parou de andar e levantei o rosto para olhar para ele.

Ele sorria de força muito confiante.

– Você esta em meus braços, confortavelmente instalada e parecendo muito feliz por isso como se fosse algo que fizesse todos os dias, além é claro de estar nesse exato momento olhando para a minha boca pensando se eu vou ou não beijar você e o fato de você também querer me beijar nesse momento me faz ter certeza de que ja sofremos um certo avanço...

...

Touché!

Fiquei sem fala e Benjamim aumentou o sorriso, no instante seguinte eu vi os olhos dele se aproximando cada vez mais e quando dei por mim os labios dele estavam colados com os meus.

E estava tudo absolutamente certo.

Definitivamente, touché!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Chegaram até aqui amorecos? Leiam a notinhas por favorzinho!
Eu demorei gente, sei disso e peço mil desculpas! Além das coisas estarem corridas eu tive uns problemas gravissimos no quesito inspiração... eu li, reli, li, escrevi, apaguei... e nada ficava bom! Tive que reler a fic umas três vezes o que ao invés de me deixar inspirada me deixava mais "desinspirada" (será que existe? Se não existe acabei de inventar kkk) ainda! Encontrei muitos erros, coisas que não faziam sentido e fiquei chateada comigo mesma kkkkkkk como disse para a linda da Danih Medeiro eu acho que me tornei uma pessoa exigente demais com as coisas que escrevo e por isso acabo não gostando de resultado nenhum kkk eu sei tudo que quero escrever, mas na hora de escrever eu não gosto do resultado... por isso fui escrevendo, apagando, escrevendo, apagando, ficando chateada no processo e o bloqueio veio... MAAAAAASSSS... reviews inesperadas e mensagens privadas inesperadas, ambas extremamente maravilhosas, me deram o gás para terminar mesmo que o resultado final não tenha me agradado muito!
Sim, eu não gostei de como ficou o capítulo, mas foi o melhor de todas as tentativas! kkkkkkk
Sem contar que durante todo esse processo de tristeza achando erros nas Relíquias eu acabei começando novos projetos de fics que tomaram meu tempo e me fizeram sentir que dava pra escrever de novo então eu obviamente me dediquei a elas já que nelas eu conseguia escrever kkk Mas nenhuma delas é de Crepúsculo amores, já adiante caso alguém tenha se animado (duvido, mas vai que né... kkk).
Como ia dizendo, muito obrigada a todos que comentaram e não me abandonaram mesmo nesse meu período de sumiço e em especial a Danih Medeiros que me mandou mensagem privada e até recomendou a fic novamente! *0*
E sim, recebi recomendações no meu período de ausência! Surpresaaaa absoluta! Meu coração palpitou aceleradamente de felicidade! Emi, linda!!!! Sua recomendação aqueceu meu coraçãozinho de forma fenomenal, muito obrigada! MESMO!
Eu não vou falar de todas as recomendações aqui porque decidi ao final da fic fazer um agradecimento só para isso e individual para cada um que recomendou! :)
E falando em final da fic... só tem mais um minha gente! Vocês vão chorar de felicidade ou tristeza? Ou dos dois por não ter que aguentar mais as minhas eternas demoras? kkkkk
Enfim, se ainda acompanham por favor deixei uma review, com carinho (mesmo as negativas dá pra ser com carinho kkk) porque estou sensível kkkkk
Eu vou, de verdade, tentar postar o ultimo capítulo o mais rápido possível! Mas vocês viram que eu estou com um problema do caramba pra escrever, então as chances de eu escrever, apagar, escrever, apagar, escrever, apagar e repetir esse processo 532 vezes mesmo sabendo tudo que eu quero que tenho no último cap são bem grandes! Mas pensemos positivo: minhas férias estão ai, mais tempo para escrever e apagar infinitamente! kkkkk
Valeu por tudo meus amores!
E principalmente pra quem leu até aqui! I LOVE YOUUUUUU! kkkk
Kissus com carinho da Jess! o/



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "As Relíquias" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.