As Relíquias escrita por Jessica Hyuuga


Capítulo 21
Capítulo 21 - Tudo ao mesmo tempo e finalmente...


Notas iniciais do capítulo

GENTE GENTE GENTE! LEIAM FIM DO CAP POR FAVORZINHO! MIL E UMA COISAS A DIZER!
Personagens da maravilhosa tia Steph! Alguns meus! Não tive tempo MESMO de revisar, então muuuuuuuuuito erros, ignorem por favor.
Te mais embaixo!
Ótima leitura amores!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/54255/chapter/21

Depois de meio segundo analisando todos, os olhos de Alice se pregaram em Jasper. Âmbares nos âmbares. Jasper sentiu uma euforia e uma imensa alegria em contemplar novamente aquele olhar que pensou por duas semanas que tivesse perdido.

   Pela primeira vez em toda sua existência, Alice pensou em deixar de acariciar os cabelos das irmãs naquele momento de dormência e pular nos braços de Jasper. Mas ela se controlou para não o fazer.

   Viu Benjamim recostar-se a porta e notou que discretamente ele segurava a mão de Mari. Sorriu internamente. Tina, Samy e Zafrina observavam atentamente os outros Cullens, provavelmente temendo que algo de errado acontecesse.

   E elas tinham razão de ficarem receosas.

   Desviou os olhos para Emmett e Edward e viu que estes apertavam as mãos fortemente e mantinham os olharem fixamente nos rostos calmos de Rosalie e Bella.

   Num instante, porém, sobressaltou-se ao ver Edward dar um passo a frente, depois outro e outro. Ele estendeu a mão assim que se aproximou da primeira coluna. As mãos de Alice ficaram imóveis nos fios de cabelos das irmãs ao mesmo tempo em que ela arregalava os olhos e olhava imediatamente para Benjamim.

   Este se desencostou da porta como se ela tivesse lhe dado um choque.

   Porém foi Jasper que chegou primeiro. Ele agarrou o braço de Edward fazendo-o parar de avançar até a cama.

   - Edward – sibilou o mais baixo que pode.

   - Me solte – Edward retrucou num tom moderado e sem tirar os olhos de Bella.

   Alice arfou quando sentiu um leve movimento da irmã. Olhou para baixo e viu um leve, quase imperceptível, arquear de sobrancelha se desenhar no rosto dela.

   Desesperou-se no mesmo momento.

   Levantou os olhos e focou-os em Edward.

   - Edward – sibilou e viu-o olhar para ela - Saia – apenas mexeu os lábios sem produzir som algum na última parte.

   Edward pareceu voltar a si e levar um choque. Ao mesmo tempo, Tina e Samy agarraram-lhe os braços, Mari cobriu-lhe a boca, Benjamim segurou-o por trás enquanto o arrastava pela porta que Zafrina mantinha aberta.

   Ele nada fez para revidar, parecia ter se dado conta da besteira que havia feito. Agora, em conseqüência, tinha que aceitar ser levado para longe de Bella. Novamente. Os quileutes, assim como Carlisle e Esme, estavam totalmente atônitos, acharam melhor seguirem Edward para ver para onde eles o levariam. E foi o que fizeram deixando os últimos dois Cullens para trás.

   Emmett e Jasper observavam tudo com a boca um pouco entreaberta de susto. Tudo havia acontecido tão rápido. Viram o irmão ser levado pra fora sem revidar e sentiram pena de Edward. Eles também sentiram aquele mesmo impulso dele de tocar em Alice e Rosalie assim que as viram, mas tiveram que fazer um esforço sobrenatural para não fazer o que queriam. Edward pelo jeito não havia suportado.

   Um leve arfar os tirou de seus devaneios e olharam imediatamente para a cama. Viram Alice olhar desesperada para Bella que enrugava levemente as sobrancelhas, mas não tão levemente quanto antes já que eles puderam perceber.

   - Zafrina! – Alice sussurrou desesperada levantando os olhos para a vampira que ainda segurava a porta. Esta correu até a cama e se ajoelhou ao lado de Bella – Ela ainda não está pronta – Alice completou voltando a fitar a irmã.

   Jasper viu Zafrina hesitar por um momento antes de colocar levemente as mãos uma em cada lado da cabeça de Bella e fechar os olhos. Os irmão notaram que depois de alguns segundos o rosto de Bella voltou a relaxar um pouco, mas não totalmente.

   Ambos não entenderam muito o que estava acontecendo e antes que pudessem fazer qualquer coisa Alice levantou os olhos para eles. Ela estava com um olhar nada amigável embora eles soubessem que a cólera dela não era dirigida a eles.

   - Melhor irem também – ela sibilou baixinho.

   Jasper abriu a boca para retrucar, mas ela o interrompeu.

   - Agora – ela enfatizou num tom que não aceitava reclamações.

   Emmett e Jasper concordaram com a cabeça e começaram a recuar lentamente embora fosse visível que faziam aquilo contrariados. Emmett lançou um longo olhar para a imóvel Rosalie e Alice pode notar que havia um pouco de tudo naqueles olhos. Amor, preocupação, felicidade, adoração, alivio... Teria sorrido se não estivesse tão preocupada com a outra irmã.

   Desviou os olhos para Jasper e viu neles a mesma mistura que havia nos olhos de Emmett, mas nos dele também havia compreensão. Ela soube naquele momento que se Jasper não quisesse sair dali ele não sairia, mas ele compreendia que as irmãs precisavam mais dela naquele momento do que ele.

   Antes de fecharem a porta, os irmãos analisaram a cena uma última vez. Ajoelhada ao lado da cama, uma Zafrina de olhos fechados e parecendo muito concentrada. Alice olhando mais do que preocupada para Bella que aos pouco voltava a ter o rosto totalmente inexpressivo e relaxado. E alheia a isso tudo, Rosalie deitada ao lado de Bella.

   Suspiraram pesadamente assim que ouviram o clique da porta denunciando que havia sido totalmente fechada.

   - Tão perto e tão longe ao mesmo tempo – Jasper murmurou para o irmão – Isso é frustrante.

   - Concordo – Emmett disse no mesmo tom que Jasper, mas logo após abriu um enorme sorriso que só ele era capaz de dar – Mas elas estão vivas e bem, a felicidade que sinto nisso substitui qualquer frustração.

   Jasper também sorriu.

   - Também concordo. Agora acho melhor irmos atrás dos outros, tenho medo do que Tina, Mari e Samy podem fazer com Edward.

   Emmett concordou prontamente.

   - O mano ta ferrado. Como sempre.

--------------------------------------- -----------------------------------------

   - Para onde estamos indo? – Sam perguntou enquanto seguiam as lobas e Benjamim que arrastavam Edward pelo corredor.

   Nenhum deles porem se deu ao trabalho de responder. Estavam frustrados demais para isso.

   - Acho que já podem solta-lo – Jacob falou pelo amigo que tinha a boca ainda tampada por Mari.

   - E correr o risco dele fazer mais uma burrada como essa? Não, obrigada – Samy retrucou acidamente.

   Edward nada fez, compreendia totalmente que havia feito algo nada bom.

   Eles chegaram ao começo do corredor e desceram as mesmas escadas que haviam subido minutos antes, mas ao invés de descerem para o nível inferior eles subiram o outro lance de escadas que levava a ala oeste. Sem terem tempo de analisar o novo corredor ou qualquer outra coisa, Tina, Samy, Mari e Benjamim entraram na primeira porta da ala oeste e foram seguidos prontamente pelos demais.

   Uma vez dentro da sala, os quatro soltaram Edward abruptamente e tiveram reações diversas. Benjamim emendou a andar de um lado para outro apertando fortemente a ponte do nariz como sinal de que estava buscando controle. Tina foi até a janela, empurrou a cortina vermelha e a abriu, respirou fundo antes de largar o corpo na poltrona logo ao lado da janela. Já Samy e Mari começaram a esbravejar incessantemente.

   - Eu sabia, eu sabia – Samy repetia incansavelmente – Eu disse que eles iriam fazer algo assim, eles não têm controle quando estão perto delas. Mas alguém me escutou? Não. “Vamos chamá-los” disseram do mesmo jeito...!

   - Samy – Leah chamou-a e recebeu em troca um olhar fulminante – Edward não fez por mal.

   - Não fez por mal? – Mari repetiu incrédula – Me diga quantas vezes na última hora repetimos para vocês o mantra do momento: “Não fale, toque ou faça qualquer outra coisa quando estiverem com Bella e Rosalie”? Milhares! Mas parece que não adiantou nada, segundos dentro daquele quarto e Edward enlouquece de vez!

   Emmett e Jasper chegaram naquele momento e Jasper fez imediatamente uma careta.

   - Os ânimos aqui estão tensos – sibilou para o irmão – Muito tensos.

   - Acho que será melhor eles não irem mais vê-las – Benjamim declarou ainda de olhos fechado, com a mão na ponte do nariz e sem interromper seus passos.

   - O que? Ficou louco sanguessuga? Eles são namorados delas enquanto você não é nada além de um simples amigo, não pode privá-los de estarem com elas! – Paul esbravejou fechando os punhos.

   - Ele pode ser um simples amigo, mas elas estavam bem com ele até vocês chegarem! – Mari entrou na frente de Paul capturando para si o olhar de ódio que ele mandava a Benjamim.

   - Mari... – Paul trincou os dentes.

   Tina, que ainda estava na poltrona, viu os olhos vermelhos de Benjamim se abrirem repentinamente e estreitarem perigosamente para Paul, analisando a proximidade dele com Mari. Levantou num pulo e tocou levemente no braço dele para chamar-lhe a atenção. Inútil. Foi até Mari então e empurrou-a para o lado, tomando o lugar dela em frente a Paul.

   Samy notou a manobra e seus olhos desviaram para Benjamim tambem, este estava parado e fuzilando Paul intensamente embora parecesse que ninguém havia notado já que estavam atentos ao confronto entre Mari e Paul.

   - Mari e Benjamim estão certos Paul e você não pode negar – Tina tentou falar o mais controlada possível – Se não fosse por Benjamim e Zafrina talvez nenhuma das Swans e nem nós estivéssemos aqui hoje, sãs e salvas. E não pode negar também que devido ao que aconteceu agora, talvez seja melhor que Edward, Jasper e Emmett esperem Bella e Rosalie acordarem para voltar a vê-las.

   - Isso é um absurdo to... – ele começou a dizer, mas Edward interrompe-o.

   - Porque não podemos tocar nelas? Na última vez pudemos, porque agora não e porque Alice pode?

   Embora fossem muitas perguntas, o tom de voz de Edward era baixo e simples, sem acusação nenhuma e demonstrando que ele estava muito envergonhado.

   Mari virou o rosto na direção de Benjamim e seus olhos se encontraram imediatamente. Depois de um tempo Benjamim respirou fundo antes de responder.

   - Usaram poder demais. Na outra vez embora precisassem descansar o esforço não tinha sido tão grande. Alice já lhes explicou que o cansaço delas é mental, não foi? Pois bem, se naquela vez elas chegassem a “acordar” antes do tempo o máximo que poderia acontecer seria uma leve dor de cabeça até elas conseguirem dormir novamente. Provavelmente foi por isso que Alice permitiu que vocês ficassem com elas na ocasião.

   Benjamim fez uma pausa para ver se todos estavam acompanhando seu raciocínio.

   - Agora a situação é totalmente outra. Se dessa vez, devido ao enorme esforço, elas acordassem antes do tempo, elas sentiriam uma dor tão intensa na cabeça, na mente, que provavelmente não conseguiriam voltar a “dormir”. Gritariam e sofreriam tanto que prefeririam se matar ao continuar com a dor. E Bella é capaz disso. Ela perderia o controle de seus poderes devido a tanta dor e possivelmente não “mataria” só a si mesma como a todos que estivessem a sua volta. Uma pequena bomba nuclear já que não sabemos a extensão correta dos poderes dela no momento.

   Benjamim achou melhor pausar novamente ao ver a cara de espanto de todos, mas parou mais por consideração a Edward na verdade, que estava com o semblante apavorado e culpado.

   - O motivo de só Alice permanecer com elas e toca-las é que ela já faz isso a quase dois séculos. Mesmo “inconscientes” Bella e Rosalie sabem que é Alice ali, mas mesmo assim Alice não abre a boca para nada. Até mesmo nós entramos poucas vezes naquele quarto. O motivo de termos escolhido a mansão Vanderskein ao invés de qualquer uma das outra duas é porque ela possui as paredes extremamente grossas até para nós, a pessoa que a projetou pensou em algo sobre acústica se não me engano, mas o que importa é que as paredes não deixam som nenhum entrar naquele quarto.

   As três lobas e Benjamim esperaram minutos para que todos absorvessem aquele tanto de informações. Mas depois de quase cinco minutos ninguém falava nada ainda.

   - Acho que foi demais para eles – Tina sussurrou para Samy.

   - É claro que foi, eles não imaginavam que fosse tão grave assim as conseqüências do barulho deles – Samy completou.

   - Afinal de contas... o que aconteceu, o que elas fizera, para que elas tivessem que usar tanto poder que as deixasse nesse estado? – Seth perguntou curioso e expressando a duvida que todos pareciam ter.

   As lobas trocaram uns olhares entre si antes de se virarem para Benjamim. Este havia virado a cabeça para o lado da janela e parecia com o olhar perdido.

   - Sei que estão curiosos, entendo perfeitamente, no lugar de vocês estaria do mesmo jeito se não pior, mas prefiro deixar que Bella, Alice e Rosalie contem essa história a vocês. Afinal, a idéia foi delas. – Benjamim respondeu calmo e sem desviar o olhar que mantinha no jardim.

   - Certo – Emmett respondeu num tom meio baixo – Vocês tem alguma idéia de quando elas vão acordar? – perguntou ansioso.

   - Já faz duas semanas desde que tudo aconteceu e elas estão “dormindo”, então quem sabe? – Mari respondeu pensativa – Talvez elas acordem amanhã, talvez semana que vem, talvez no próximo mês... não podemos dizer ao certo já que não sabemos em que estado de cansaço estavam as mentes delas.

   - Pouco depois de vocês tirarem Edward do quarto, Alice disse que Bella ainda não estava pronta para acordar, isso nós já entendemos porque, mas porque Zafrina ficou lá? Ela parecia estar fazendo muito esforço para alguma coisa... -  Jasper perguntou assim que Mari terminou de falar.

   - Como vocês já sabem, Zafrina assim como Rosalie pode criar ilusões nas mentes das pessoas, era isso que ela estava tentando fazer na mente de Bella para acalma-la. – Samy explicou como se tambem já tivesse feito aquela pergunta.

   - Mas Bella não tem um escudo mental? – Embry perguntou confuso.

   - De fato tem, mas quando ela está nesse estado de dormência ele se enfraquece, não totalmente, por isso Zafrina fazia um esforço para entrar na mente dela. Ter um escudo já se tornou algo natural de Bella – Benjamim virou-se de costas para a janela e encostou-se no parapeito, fazendo com que seus cabelos castanhos voassem com o vento. Sam percebeu o olhar de Mari se prender imediatamente nele.

   - Isso sem falar que Bella e Zafrina já tinham meio que combinado isso para quando Bella ficasse nesse estado. Acho que Bella já deixou um lembrete em si mesma, para facilitar o trabalho de Zafrina – Tina completou.

   Samy no mesmo momento se virou para Edward. Este estava com semblante abatido e cabisbaixo.

   - Edward – ela chamou a atenção dele e continuou só quando este olhou para ela – Sabe o que isso significa, não é? Sei que você deve estar ansioso para que ela acorde e por isso pode tentar entrar na mente de alguma delas agora que sabe que elas estão com os escudos mentais enfraquecidos. Não faça isso, ok? Se você o fizer, Bella pode te perceber como uma mente estranha, que não é Zafrina, e pode entrar em pânico e então correremos novamente o risco de Bella acordar. Tambem não tente em Rosalie e Alice. Pode fazer Rosalie acordar tambem e em Alice... bem, Alice mata você se fizer isso.

   Edward analisou toda a enxurrada de informações que estava recebendo naqueles minutos.

   Ele havia se descontrolado, quando se achava o mais controlado e calmo dos irmãos e isso quase acordou Bella, o que se acontecesse traria conseqüências desastrosas não só para ela mas tambem para todos que estavam ali.

   Agora, Samy lhe dava mais um aviso e lhe fazia um pedido como se temesse que talvez ele tambem não fosse capaz de cumprir aquilo que ela propunha.

  Suspirou. Samy tinha razão de temer afinal de contas.

   - Não se preocupe, Samy – ele respondeu por fim – Vou me conter. E... tambem não vou mais ver Bella até ela acordar.

   Tina, Mari e Samy sentiram um aperto no peito ao perceber como era difícil para Edward pronunciar aquelas palavras. Mas incrivelmente foi Benjamim quem o confortou.

   - Sei como se sente Edward. – ele disse mantendo os olhos fixos no chão – Ficar longe da pessoa que amamos é terrível, mas ficar perto e longe ao mesmo tempo, como no seu caso agora, é sem duvida pior que qualquer coisa. Tenha paciência por Bella. Todos vocês tenham paciência por elas. Elas estão se esforçado para voltar para vocês.

   Edward ainda ficou um tempo olhando atônito para a figura de Benjamim encostado na janela. Esperava conforto de qualquer um ali, menos de Benjamim que parecia incomodado com alguma coisa.

   Esboçou um sorriso discreto.

   - Obriga...

   Ante que pudesse concluir a frase, Paul intrometeu-se novamente.

   - Isso dito por alguem que quer afastá-los das mulheres que eles amam é muito ironico. Você não tem nem idéia do que ele está se sentindo, sanguessuga!

   - Paul - Sam esbravejou em alerta.

   - Qual é o seu problema afinal? - Mari gritou dando um passo em direção a ele - Benjamim só está tentando ajudar vocês e as garotas ao mesmo tempo. Porque está sendo tão estúpido assim?

   - Porque eu estou sendo estúpido? Simples, porque esse maldito sanguessuga é um tremendo hipócrita isso sim! - Paul também deu um passo a frente em direção a Mari.

   Sam viu Benjamim erguer a cabeça repentinamente com a movimentação de Paul e se desencostar da janela.

   Samy tentou segurar o braço de Mari ao vê-la começar a tremer, mas esta se desvencilhou habilmente.

   - A decisão de não vê-las mais não é sua, é de Edward, Jasper e Emmett. Acima de tudo temos que ver o que será melhor para as Swans. E não se atreva mais a insultar Benjamim, ouviu bem? Você nem deveria estar aqui, então fique quieto!

   - As coisas não parecem muito bem - Emmett disse a Jasper analisando a rapidez com que Paul e Mari se aproximam e começavam a tremer como se estivessem prestes a se atracarem numa briga.

   Jasper porém não prestou muita atenção no que o irmão havia dito. Ele tinha se dado conta de um sentimento presente naquela sala que não havia notado antes, talvez pela expectativa de ver Alice. Mas agora ele estava ali. Nítido. Ele só não podia acreditar que aquele sentimento viesse mesmo das pessoas que ele estava pensando.

   - Sam - Quil chamou preocupado vendo a cena que se desenrolava - O que fazemos?

   Sam porem não respondeu e revezava os olhares entre Paul, Mari e Benjamim.

   - Sam? - Seth chamou novamente, mas a voz elevada de Paul acabou pro chamar-lhe a atenção.

   - Não deveríamos estar aqui? Nós viemos por vocês sua ingrata! Estávamos preocupados.

   - Preocupados depois de desconfiarem de nós? Que tocante! - Mari ironizou - Estou muito melhor nessas duas semanas do que em qualquer momento que vivi com vocês...

   - Pare com isso, somos uma família - Paul cortou-a impaciente.

   - Você não sabe o que é ser família! - Mari voltou a gritar e encostou um dedo no peito de Paul. Se Mari não estivesse tão nervosa e irritada, teria notado que Paul tremia muito, assim com ela.

   Paul segurou o pulso dela com força.

   - Não se atreva a repetir isso...

   Tudo que se seguiu depois dessas palavras foi realmente muito rápido. Quase tanto quanto quando Mari, Tina, Samy e Benjamim haviam segurado Edward no quarto de Bella.

   Em milésimos de segundos, Benjamim estava ao lado se Paul segurando firmemente o pulso da mão que ele apertava Mari, fazendo uma força descomunal no mesmo. Seus olhos vermelhos brilhavam de raiva e seus lábios estavam meio repuxados mostrando os dentes numa ameaça.

   Leah, Quil, Embry, Seth, Jared e Jacob deram um passo a frente para ajudar Paul, mas Sam os deteve.

   - Fiquem onde estão - foi tudo que Sam disse.

   - Ficou louco? - Jacob perguntou incrédulo.

   - Fique onde está - Sam repetiu enfático.

   Paul gemeu tanto de susto quanto pela força que Benjamim aplicava em seu pulso. Ele foi obrigado a soltar a pulso de Mari ou acabaria tendo o seu próprio esmagado pelo vampiro. Assim que libertou Mari, Benjamim o empurrou com tanta força que Paul cambaleou para trás até bater na parede com força.

   - Volte a tocar nela desse jeito e eu mato você - Benjamim ameaçou com os dentes trincados e de uma forma que alguns ali ficaram até arrepiados.

   Paul endireitou-se e tremeu mais ainda.

   - Eu que vou te matar antes, sanguessuga - esbravejou e sentiu um rosnado se formando em seu peito

   Benjamim abaixou-se um pouco, mas para surpresa de todos Mari entrou em sua frente.

   - Primeiro vai ter que passar por mim para fazer isso - disse convicta.

   - Mari - Tina e Samy exclamaram nervosas.

   - Saia daí Mari - Benjamim também disse sem tirar os olhos de Paul, embora esse agora olhasse surpreso para Mari. Assim como os Cullens e os quileutes restantes.

   - Porque? - Paul perguntou incrédulo - Porque você o defende tanto?

   - Porque ele é meu imprinting, seu imbecil! - Mari gritou com raiva.

   Paul paralisou no mesmo instante. Esme levou a mão à boca com o susto e Carlisle soltou uma exclamação de surpresa. Emmett e Edward estacaram no lugar também, com os olhos arregalado e caras incrédulas.

   O restante dos lobos ficaram em estado de choque. Os mais calmos ali eram Sam e Jasper que pareciam ter acabado de confirmar algo. Tina e Samy suspiraram de cansaço.

   - O que... mas... como disse? – Paul gaguejou num fio de voz.

   - É exatamente o que você ouviu, Paul – Mari se endireitou – Benjamim é meu imprinting.

   Benjamim também se endireitou e deu um passo a frente para ficar ao lado de Mari. Passou um braço possessivamente pela cintura dela, como que confirmando o que ela tinha acabado de dizer.

   - Mas isso é... impossível... – Leah balbuciou mantendo os olhos fixos no braço de Benjamim em torno da pequena loba.

   - Você é um vampiro e ela uma transmorfa, inimigos naturais, isso não pode ser verdade! Não pode acontecer – Jacob exclamou perplexo.

   - Sabia que eles reagiriam assim – Samy passou uma mão no rosto em sinal de frustração.

   - Como se pudéssemos esperar alguma outra reação deles – Tina zombou revirando os olhos.

   - Eu já suspeitava – Sam disse chamando a atenção de todos para si.

   - Como assim? – Seth perguntou na mesma hora.

   - Já tinha percebido todos os sinais. No começo achei que fosse uma completa loucura sequer cogitar essa idéia, mas depois, o modo como um agia perto do outro, não havia outra explicação. – Sam explicou calmamente – Confesso que ainda achava loucura, mas parece que Jasper também percebeu, então entendi que não era imaginação minha.

   Emmett se virou surpreso para o irmão.

   - Sério? Mano, como você percebe uma coisa dessas e não me conta?

   - Talvez porque eu tenha notado isso a cinco minutos atrás? – Jasper revirou os olhos – Acho que não percebi antes porque minha mente estava focada em Alice, mas percebi esse sentimento assim que entrei nesse quarto. Acho que fiquei meio confuso, achei que meu dom estivesse meio desregulado ou sei lá – coçou a cabeça sem graça.

   - Cara, que loucura! – Emmett riu voltando a olhar para Mari e Benjamim.

   Benjamim suspirou e olhou para Mari com um leve sorriso.

  - Reação estranha – foi tudo que ele disse.

   - Acho que vamos passar muito por isso de hoje em diante – ela respondeu também com um sorriso.

   - Fascinante – Carlisle sorriu realmente contente – Fico feliz por vocês, sinceramente fico, mas como isso pode ter sido possível?

   - Não temos a menor idéia – Benjamim declarou com um sorriso de lado e arrancando risadas de Mari, Tina e Samy – Assim que nos vimos foi simplesmente uma loucura. Todo aquele sentimento surgindo de uma vez. Adoração, afeto, proteção... amor. Até um pouco assustador na verdade, ainda mais em dois seres opostos como nós.

   - Mas se isso surgiu assim que se viram, então tem que ter sido na clareira em Forks, quando enfrentávamos os Volturi. Se foi assim, nós teríamos sentido, estávamos todos transformados – Jared indagou confuso.

   - Não sentiu nada porque aquela não foi a primeira vez que nos vimos – Mari esclareceu sem graça – Nos nem sequer olhamos um para o outro naquela ocasião. Ambos estávamos muito preocupados em fazer tudo que estava combinado dar certo para notar a onda de... atração que estava a nossa volta.

   - Nos vimos realmente quando nós as pegamos na fronteira de Forks pouco depois – Benjamim que antes olhava para Carlisle voltou a encarar Mari com uma adoração incrível no olhar.

   - É, foi realmente fantástico – Samy zombou – Ele quase bateu o carro numa árvore e nos fez virar pastel. Emocionante.

   Benjamim deu de ombros sem graça.

   - Não foi a intenção, eu só... esqueci que estava ao volante.

   - Sério? Nem notamos - Tina indagou sarcástica.

   Os quatro deram risadas, que inevitavelmente contagiaram os Cullens e alguns quileutes. Paul, Quil e Embry ainda estavam meio embasbacados.

   Paul fez menção de dar um passo a frente, ninguém sabia o que ele faria, mas imaginavam que coisa boa não seria. Sam abriu a boca para para-lo, mas alguém que entrava pela porta naquele instante o vez antes dele.

   - Olhe bem o que vai fazer, Paul. Se você fizer um arranhão na casa de Bella, ou em Benjamim, ou nas meninas, Bella fará você ser o primeiro lobo sem pelos da história.

   - Zafrina – Tina e Samy exclamaram ao mesmo tempo e correram até ela que apertava a ponte do nariz como quem está com dor de cabeça ou muito cansado.

   Mari desvencilhou-se de Benjamim e foi até a poltrona que Tina tinha ocupado antes e a puxou para mais perto da janela. Como que se estivesse ligado as ações dela, Benjamim foi até a própria janela e a abriu mais ainda, afastando totalmente as cortinas para que o vento entrasse com mais facilidade.

   - Bizaro – Emmett brincou notando a ação dos dois - Parecem até um só.

   - De certo modo concordo – Edward sorriu torto.

   Samy e Tina conduziram Zafrina até a poltrona para que ela tomasse um ar e relaxasse.

   - Sabem, só estou cansada, não é como se eu fosse morrer ou desmaiar a qualquer segundo. Como se fosse possível – Zafrina zombou se referindo as mãos das duas lobas que a seguravam como se ela pudesse cair a qualquer momento – Acho que vocês são exagerados.

   - Fique quieta – Tina, Mari e Samy disseram ao mesmo tempo.

   Benjamim riu e jogou a cabeça para trás no ato, ao mesmo tempo em que ajudava Zafrina a sentar.

   - Não adianta discutir com elas – ele piscou para Mari que sorriu.

   - Percebi – Zafrina disse num muxoxo descontente.

   - Então... – Edward começou a dizer e se sentiu envergonhado demais para continuar.

   Tina revirou os olhos impaciente.

   - Ele que saber como Bella está – ela disse sem rodeios o que ele não conseguia.

   Zafrina recostou a cabeça na poltrona, ainda apertando a ponte do nariz, e fechou os olhos.

   - Está bem, não se preocupe – ela disse – Foi um tremendo susto, mas conseguimos controlar a tempo.

   - Porque está tão... sei lá... cansada? – Jacob perguntou curioso.

   - Embora Bella inconscientemente saiba que sou eu que estou tentando entrar na mente dela e tente facilitar, ainda sim é difícil. Manter uma ilusão nela por alguns minutos então... é como se passasse horas numa mente comum – Zafrina suspirou e depois um sorriso de orgulho se formou em seus lábios – Nunca vi uma mente tão forte como a dela.

   - E Alice? – Jasper perguntou assim que ela mal terminou de falar. Era totalmente palpável a ansiedade na voz dele.

   - Uma fera – Zafrina disse sem rodeios. Cullens e quileutes estremeceram. Edward abaixou a cabeça frustrado – Não com você Edward, com ela mesma. Por estar distraída e não ter “visto” que aquilo iria acontecer. Ela não culpa você, não se preocupe, nenhum de nós culpa. Então pare de fazer essa cara desprezível.

   Edward deu um singelo sorriso com aquelas palavras diretas.

   - Mas você nem está vendo a cara que ele está fazendo? – Quil exclamou se referindo ao fato dela estar de olhos fechados.

   - Não preciso abrir os olhos para sentir a culpa que emana dele – Zafrina respondeu simplesmente – Mas voltando a Alice, ela tomou uma decisão.

   - Qual? - Jasper e Emmett perguntaram ao mesmo tempo.

   - Ela concorda com Benjamim – Zafrina foi direto ao ponto – Vocês só verão ela, Rosalie e Bella novamente quando as duas últimas acordarem.

   Edward, Emmett e Jasper soltaram um suspiro desanimado, enquanto Esme, Carlisle e os quileutes arregalavam um pouco os olhos em surpresa.

   Tina, Samy e Mari olharam para eles com a frase “viu, não dissemos?” explicita no olhar. Benjamim balançou a cabeça e olhou para os três irmãos como quem pede desculpas.

   Ao ver o olhar dele, Jasper se adiantou.

   - Tudo bem, como Mari disse, você e Alice só estão sendo práticos e estão protegendo as garotas – Jasper murmurou com um fraco sorriso – Se estivéssemos no lugar de vocês com certeza faríamos a mesma coisa.

   - Não esperaria outra atitude de vocês – Zafrina disse sorrindo.

   Paul bufou incrédulo.

   - Tem um touro nessa sala? – Zafrina zombou e finalmente abriu os olhos – Escutei alguém bufando e... – ela parou arregalando os olhos que estavam fixos num ponto atrás de Paul – Meu Deus, o que vocês fizeram aqui?

   Todos dirigiram os olhos para onde ela olhava. A parede atrás de Paul estava levemente estragada, com uma espécie de amassado mais ou menos do tamanho de uma pessoa.

   - Foi Paul – Tina apressou-se em dizer.

   - Ei! Foi só porque esse sanguessuga me empurrou! – Ele apontou acusadoramente para Benjamim.

   - Então foi esse barulho que escutei? Você batendo contra a parede. Bem que Alice me mandou vir e impedir que vocês destruíssem o quarto. Benjamim você está em maus lençóis meu amigo – Zafrina olhou com dó para o próprio.

   - Só o empurrei porque ele ameaçou Mari – Benjamim deu de ombros.

   O olhar de Zafrina mudou no mesmo instante. Ela olhou para a parede estragada, para Benjamim, Mari e finalmente Paul.

   - Então, nesse caso, é você que está com sérios problemas Paul – ela disse simplesmente -  Aconselho você a estar a varios metros, de preferencia quilometros, de Bella quando ela vir isso. Vai ser desastroso.

   - Quanto tempo você acha que Paul vai conseguir fugir? - Samy perguntou para Mari.

   - Talvez uma meia hora, se ele tiver sorte, souber pra onde correr e ainda sair com alguns minutos de vantagem - Mari deu de ombros.

   - Dou dez minutos no maximo - Tina interrompeu - Bella conhece cada milimetro desse lugar e corre como ninguem. Ele não vai ter chance.

   - Pensando por esse lado... - Mari colocou uma mão no queixo como quem analisa a situação.

   - Vamos apostar? - Tina sorriu presunçosa.

   - Nao obrigada - Mari negou - Não aposto quando sei que tenho 99% de chances de perder.

   - Pobre Paul - Samy suspirou fingidamente, no que foi imitada pelas outras duas.

   - Ora, não sejam exageradas. - Embry riu - Não pode ser para tanto.

   Tina, Mari e Samy olharam para ele e o analisaram por segundos. Depois trocaram olhares entre si e abriram um enorme sorriso enigmático.

   - Quer apostar? – disseram as três juntas.

   Embry ficou meio sem reação por um segundo. Quando voltou a si viu que estava numa situação um tanto... delicada. Se ele apostasse, pelo olhar confiante delas, ele perderia. Se não apostasse, ou seria tomado como covarde ou Paul o mataria por achar que ele não era capaz de ganhar de Bella.

   Estava ferrado.

   - Então Embry... – Samy gesticulou com as mãos esperando a resposta.

   - Embry... – Paul murmurou em aviso.

   Embry prendeu a respiração já vendo seu lindo caixão o chamando.

   - Ninguém vai apostar nada aqui... – Benjamim interrompeu-o de suas divagações.

   Embry sorriu e respirou aliviado.

   Cedo demais. Porque Benjamim não havia terminado a frase.

   -... não sem mim. Aposto cem na Bella.

   - O que? – Embry arregalou os olhos desesperado.

   - Já chega – Zafrina interveio embora um sorriso dançasse me seu rosto – Parem com isso, estão fazendo o coitado suar bicas de nervoso.

   - Obrigado – Embry finalmente relaxou.

   - Não pode negar que valeu a pena ver a cara que ele fez – Tina gargalhou.

   - Prefiro não dizer nada – foi tudo que Zafrina disse.

   - Sem apostas então? – Tina continuou desapontada.

   - Nem entre nós? – Samy reforçou – Embora eu ache difícil algum de nós querer apostar contra Bella.

   - Não, nem entre nós – Zafrina foi categórica – E não abra essa boca pra me contrariar Benjamim – ela disse assim que viu que ele fez menção de dizer algo – Se eu souber que você apostou com elas vou contar a Alice que você perdeu uma das malas de roupas que ela encomendou.

   Benjamim voou para perto dela e tampou-lhe a boca.

   - Fique quieta! Ela ainda não percebeu e prefiro que continue assim.

   Mari revirou os olhos.

   - Porque você não conta de uma vez? Assim Alice “veria” a mala e você iria busca-la. Simples assim.

   - Isso antes ou depois dela me matar? – Benjamim perguntou sarcástico para ela.

   - Não seja bobo – Mari zombou – Parece que você está com medo de Alice afinal.

   - Sabe, para alguém que me escolheu para ser seu parceiro para o resto da vida, você não me parece muito determinada em manter minha existência – Benjamim falou sem rodeios, embora tudo que quisesse era deixar Mari envergonhada.

   E conseguiu.

   Mari ficou tão vermelha quanto um pimentão.

   Zafrina tirou a mão de Benjamim de sua boca e sussurrou para ele.

   - Agora seria um bom momento para você correr. Enquanto ela ainda está em duvida de como vai te matar.

   - Concordo – foi tudo que ele disse antes de correr para a porta, abri-la e desaparecer por ela.

   - Argh, Benjamim! – Mari esbravejou antes de sair atrás dele como um furacão.

   Um silêncio tomou conta do local. Cullens incrivelmente achando a situação engraçada, quileutes pasmos e sem saber direito o que pensar daquela estranha situação e as três aliadas das Swans pensativas.

   De repente, Samy se virou num pulo para Tina, assustando ligeiramente a todos os outros.

   - Aposto dez em Benjamim!

   - Aposto em Mari, ela está o demônio com ele!

   - Fechado – as duas gritaram apertando fortemente as mãos.

   - Eu mereço – Zafrina murmurou balançando a cabeça em sinal de desistência.

  - Ah, eu também quero apostar – Emmett reclamou emburrado.

   - Melhor não se meter, Emmett. Você nunca foi bom em apostas – Jasper zombou dele.

   - Bem, gostaria de saber uma coisa – Carlisle interrompeu antes que os irmãos começassem uma discussão – Onde vamos ficar?

   - Separamos quartos para vocês – foi Tina que respondeu – São os quartos de hospedes nessa mesma ala que estamos agora. Na verdade tem quartos de hospedes nas duas alas, mas ficamos com medo que fossem safadinhos e resolvessem invadir o quarto das Swas se ficassem na mesma ala. – ela riu da cara deles - Aqui também tem a biblioteca particular, o escritório e a sala de musica também particular.

   - Caramba - Jacob murmurou - Acho que estou com medo de me perder aqui.

   - Eu me perdi - Tina disse rapidamente - E acredite, não é nada legal se perder nesse lugar. Você grita, grita e ninguem te escuta.

   - Reconfortante - Leah zombou.

   - Bom, foram momentos emocionante, mas se vocês não se importam, ao contrario de alguns seres presentes aqui que não ficam cansados nem com fome, eu fico. - Samy foi falando e se dirigindo a porta - Preciso comer.

   - Comida! Tambem quero! - Quil se adiantou animado com os olhos brilhando pela possibilidade.

    - Muito bem, sigam-me os mortos de fome - Samy disse saindo seguida de Tina.

   A maioria dos quileutes foram com elas, restando somente Sam, Zafrina e os Cullens.

   - Caso queiram caçar - Zafrina disse se diergindo aos Cullens - A floresta perto do portão pelo qual vocês vieram está a disposição de vocês.

   - Obrigada - Carlisle agradeceu com um sorriso simpático - Sabe, se não for intromissão, será que eu poderia te dizer uma coisa.

   - Fique a vontade - Zafrina respondeu simpáticamente.

   - Você deveria tentar tambem. Digo, o sangue de animais. Não estou querendo dizer que você seja sanguinária, de modo algum.

   - É só um conselhor que ele gosta de dar a todo vampiro que encontra - Esme completou arrancando uma gargalhada de Zafrina.

   - Eu já estou tentando, Carlisle - ela respondeu - Desde que chegamos aqui virei uma vegetariana. Tanto eu quanto Benjamim. Mas ainda não deu tempo de nosso olhos mudarem de cor.

   Carlisle se adiantou e estendeu uma mão para ela.

   - Fico realmente muito feliz. Bem vinda a nossa "dieta".

   Zafrina segurou a mão dele e a apertou amigavelmente.

   -Obrigada - logo depois se virou para Sam um pouco mais séria - E o que você vai fazer em relação ao imprinting de Mari e Benjamim?

   Sam olhou o céu azul pela janela por uns instantes.

   - Aceitar. É tudo que posso fazer. Não entendo como ou porque isso aconteceu, mas um imprinting não pode ser desfeito. Benjamim agora é parte do bando.

   - Otima escolha - Zafrina sorriu e jogou o longo cabelo preso pelo rabo de cavalo por sobre o ombro - Você é digno de ser o alfa. Tem a cabeça no lugar, ao contrário de outros do seus...

   - Eles precisam de tempo para aceitar - Sam defendeu-os - Nenhum de nós imaginava que isso pudesse ser possível.

   - Melhor serem rapidos. Mari e as meninas não são as pessoas mais dotadas de paciencia do mundo - Zafrina indagou um pouco mais seria dessa vez - Não estou te acusando, mas você não acha que seu bando está cometendo muito erros com as garotas?

   Sam abaixou a cabeça pensativo.

   - Tome cuidado, Sam. Elas são espertas e sabem tomar suas próprias decisões. Vocês podem perde-las, principalmente agora que vocês não são as unicas pessoas que elas podem se apoiar.

   - Entendo. Vou levar seu conselho em consideração. Eu... agradeço.

   - Não se preocupe. Agora se eu fosse você, iria atrás deles na cozinha antes que eles acabem com tudo que é comivel - Zafrina disse tão normalmente que acabou arrancando uma risadinha de Sam.

   - Se acabar o que é comivel eles ainda tem os pratos e talheres. Eles não sabem diferenciar quando estão com fome - Sam zombou.

   - Sério? Melhor ir rápido então -  ela devolveu a brincadeira e respondeu ao aceno de Sam quando ele saia pela porta.

   - Nós vamos caçar então se não se importa - Esme disse carinhosamente.

  - Tudo bem e fiquem despreocupados, não há nenhum humano nessa floresta.

   Assim que Zafina se viu sozinha na sala, olhou novamente para o estrago feito na parede.

   Suspirou frustrada.

   - Bella vai realmente ficar uma fera.

---------------------------------------------------------------------------------------------------

   - Benjamim! - Mari gritou pela milésima vez e trincou os dentes quando ouviu uma risada do mesmo.

   - Você não deveria gritar aqui dentro - ele disse simplesmente virando mais um corredor.

   - Então pare ai e me deixe acabar com a sua raça. Simples assim. - ela disse virando o mesmo corredor e vendo uma janela aberta ao longe - Droga - resmungou ja adivinhando o pensamento de Benjamim.

   E foi exatamente o que aconteceu.

   Benjamim se dirigiu até a janela aberta e pulou, não sem antes mandar - muito dramaticamente - um beijo para Mari.

   - Impostor dos infernos! - Mari rosnou sentindo o rosto esquentar e o coração dar um salto.

   Assim que chegou na mesma janela, abaixou-se num impulso e quando estava prestes a se transmutar, escutou a voz de Benjamim.

   - Se você se transmutar vai estragar suas roupas e você não tem outras com você agora. Acho que você não vai gostar muito de ficar pelada na floresta, não que eu esteja reclamando é claro.

   Mari ficou mais vermelha ainda. Abaixou-se um pouco mais.

   - Pro inferno as roupas - resmungou antes de pular pela janela e se transmutar.

   Correu como louca seguindo o rastro de Benjamim e escutando as risadas do mesmo.

   Mari ficou tão nervosa, de vergonha e de raiva, que não percebeu que Benjamim a estava conduzindo para uma parte da floresta  onde as árvores ainda não tinham sido tomadas pela neve e ainda estavam milagrosamente floridas.

   Ela parou de repente. E cheirou todos os lados.

   Nada.

   "Vampiro esperto dos infernos!" preguejou "Não da pra ficar como loba, está muito quente aqui. Descanso um pouco e depois me transmuto novamente para voltar."

   Foi até uma árvore e voltou ao normal. Encostou-se e respirou fundo.

   Ouviu barulho de gravejos se quebrando e seu corpo retesou-se. Virou-se para olhar do outro lado da árvore onde o barulho vinha e nada.

   Sentiu um arrepio confortável lhe subir pela espinha, fez menção de se virar mas já era tarde. Algo foi depositado nos ombros dela e a abraçou por trás.

   Mari apertou o sobretudo de Benjamim que a cobria agora enquanto sentia os braços dele a sua volta e sua respiração em sua nuca.

   - Não vou deixar o que é meu a exposiçao por ai - ele murmurou simplesmente.

   - Está me tratando como um objeto? - Mari perguntou num muxoxo.

   - De jeito nenhum - Benjamim apertou um pouco mais o abraço - Estou dando uma desculpa para ficar mais perto de você.

   Mari sorriu.

   - Ainda estou brava com você. Me fez ficar com vergonha na frente dos Cullens e do bando.

   - Adoro o jeito que você fica quando está com vergonha e ainda mais quando está com raiva - ele continou bem perto do ouvido dela o que causou arrepios na mesma - Você não liga para mais nada. Nem se vai ficar nua no meio de uma floresta.

   - Está insinuando que sou impulsiva? - Mari encostou a cabeça no ombro dele e virou um pouco a cabeça para olhar para o rosto do próprio.

   Benjamim levantou uma mão e fez um carinho no rosto dela, enquanto com a outra a fazia virar de frente para ele.

   - Estou insinuando que eu amo você do jeito que você é - ele sussurrou com os lábios já bem perto dos dela.

   Mari levantou as mãos tambem e tirou os cabelos dele do rosto.

   - Tambem te amo.

   Benjamim pegou uma mão dela e beijou-lha a palma.

   - Que otimo - ele disse antes de se adiantar e beija-la de um jeito que fez as pernas de Mari fraquejarem - Está com fraqueza, amor? - ele zombou depois que se separou dela.

   - Vá pra inferno! Você tem séculos de esperiencia a mais que eu - Mari fechou a cara.

   - Sabe, você não deveria dizer "inferno" tantas vezes seguidas. Traz azar.

   - Mais azar que ter um vampiro prepotente e egocentrico como imprinting? - Mari devolveu a ironia.

   - Engraçadinha. E sobre eu ter mais esperiência que você, eu até concordo, mas você sabe como me desconsertar. Afinal você está nos meus braços coberta somente com o meu sobretudo. Isso é uma tentação e tanto sabia?

   Mari mudou de cor gradualmente. Do rosa ao vermelho e do vermelho ao roxo.

   - Benjamim - ela escondeu o rosto na peito dele e começou a dar leve soquinhos - Ainda bem que estamos sozinhos. Se você tivesse dito isso na frante dos garotos eu te matava.

   - Não se preocupe, você não corre o risco de isso acontecer na frente dos quileutes. Afinal, você não vai ficar seminua assim na frente deles, como se eu fosse deixar.

   Mari desencostou a cabeça do peito dele e encarou-o com um sorriso sapeca.

   - Sabe Benjamim, você se esquece que passei toda a minha vida de loba ao lado deles. E sabe como é, compartilhamos pensamentos e tudo mais, é meio dificil escondermos alguma coisa.

   O corpo de Benjamim esdureceu e sua espressão fechou.

   - O que exatamente você quer insinuar com isso? - ele perguntou entredentes.

   - Ora meu amor, que todos nós, infelizmente, já temos uma noção de como somos sem roupas. É uma coisa que não da pra se escoder totalmente quando se é um transmorfo como nós.

   Mari viu várias espressões tomarem o rosto de Benjamim. Até que ele ficou numa muito pensativa para o gosto de Mari.

   - Benjamim? Benjamim? Você ainda está ai? - ela passava uma mão pelos olhos dele.

   - Estou - ele disse por fim.

   - Pode para por ai - Mari interrompeu as divagações dele - Você não vai matá-los nem tortura-los ou coisa parecida. Ouviu bem?

   - Mas...

   - Nada de mais nem menos mais. Eles eram meu bando era obvio que isso deveria acontecer.

   Benjamim voltou seu olhar para ela.

   - "Eram" seu bando? - ele perguntou simplesmente e viu o rosto dela se abrir numa espressão de espanto por não ter percebido o que tinha dito.

   - Não sei o que fazer - ela desabafou e Benjamim a abraçou novamente.

   - Seja o que for que decidir, eu vou estar com você - foi tudo que ele disse.

   Eles ficaram em silêncio por alguns minutos, até que Mari tentou se afastar de Benjamim. Ato que ele não deixou.

   - Onde pensa que vai? - ele perguntou com um sorriso charmoso.

   - Me transmutar para voltar. Obvio. - ela respondeu sentindo o coração acelerar com o sorriso dele.

   Num atimo, Benjamim pegou-a no colo e se pos a andar.

   - Ei, espera! O que está fazendo?

   - Levando você de volta, não está na cara? Você achou mesmo que eu ia perder a chance de te carregar seminua? Sabe-se lá quando isso vai acontecer novamente.

   - Cale a boca, pervertido - Mari murmurou arrancando uma gostosa gargalhada de Benjamim.

   - Vai me dizer que não está gostando? - ele perguntou sedutoramente no ouvido dela.

   Mari virou o rosto, mas um sorriso tomava sua face.

   - Vai pro inferno - foi tudo que ela disse fazendo ambos sorrirem.

------------------------------------------------------------------------------------------------

   Alice desviu os olhos para a janela. Suspirou. Havia sido realmente dificil concordar com Benjamim e não deixar que ninguem mais visse ela e as irmas antes destas acordarem, mas sabia que havia sido a melhor decisão depois do ocorrido.

   Sorriu sapeca. Ela iria irritar Edward, o mais controlado dos irmãos, por toda a eternidade. Ele havia ficado como louco e é claro que ela não iria perder essa oportunidade.

   Seus olhos sairam de foco por uns segundos e quando voltou a si um sorriso de pura felicidade tomou seu rosto. Voltou seu olhar para as irmãs novamente e sussurrou muito baixinho.

   - Falta pouco agora.

-------------------------------------------------------------------------------------------------

   - Ei, tire as patas disso, esse pão é meu! - Jared bradou.

   - Calma ai - Quil defendeu-se - Você já comeu quatro paes, porque não posso ficar com esse?

   - Porque você tambem comeu quatro - Jared bufou.

   - Por favor não manchem a cozinha de sangue - Tina resmungou com a boca cheia e a cabeça apoiada na mão.

   - Já chega - Sam interrompeu entrando na cozinha e pegando o pão tão cobiçado da mão de Quil - Ele é meu então. Fim de papo.

   - Ponto para o Sam - Samy bateu palminhas e riu da cara que tanto Quil quanto Jared faziam.

   - Quanto tempo eu demorei para chegar? Vinte anos? - Sam indagou quando viu a bagunça que estava na cozinha. Mesa cheia de comida, armarios com as portas escancaradas e totalmente vazios, latas e embalagens no chão - Como conseguiram fazer isso em apenas dez minutos?

   - Foi só dizermos a eles que a comida estava nos armarios que foi como um furacão. Incontrolável. - Samy explicou sentada na bancada do armario - Mas nós escondemos um deles e guardamos para você - ela terminou dando palminhas na porta do armario que ela estava sentada em cima.

   - Ei, você disse que ai ficavam guardadas as xícaras! - Seth apontou acusadoramente para ela.

   Samy ergueu as mãos em sinal de derrota.

   - Culpada - foi tudo que ela disse com um sorriso.

   - Obrigada garotas - Sam agradeceu.

  - Disponha, oh meu senhor - Tina vez uma leve reverencia de brincadeira.

   - Vocês vão nos mostrar tudo aqui não é? - Leah perguntou as duas e elas afirmaram - E vão continuar nos enganando assim?

   - Não - Tina respondeu imediatamente mas logo imendou com uma cara diabólica - Só quando tivermos a chance.

   - Estamos perdidos - Jacob murmurou e todos os outros apenas concordaram.

  

---------------------------------------------------------------------------------------------------------

   - Caramba - Emmett exclamou pela terceira vez - Quem diria que essa floresta seria tão grande assim e mais, que teria até ursos. Caramba!

   - Tambem estamos surpresos Emmett - Carlisle concordou - Pelo menos com a parte dos ursos. Confesso que já imaginava que ela seria realmente grande.

   - Por que diz isso? - Jasper perguntou curioso.

   - Bem, suponho, que essa tenha sido a floresta na qual Bella foi transformada - ele respondeu num tom de voz ameno - Para abrigar um vampiro na epoca e para que a própria dona se perdesse aqui ela teria realmente que ser imensa.

   Todos ficaram em silêncio refletindo o que Carlisle havia dito.

   - Tem razão - Esme concordou.

   - A floresta que Bella foi transformada... - Edward murmurou inconsientemente e olhando melhor para todos os lados. Se ela ao menos não tivesse saido aquele dia...

   - Não pense nisso agora - Esme interrompeu a linha de pensamento dele com um leve toque em seu ombro e um sorriso amavel no rosto - Bella perdeu muitoas coisas naquele dia, mas sem dúvidas ganhou outras insubstituiveis que com certeza não teria na vida humana.

   Edward olhou para Esme por um intante antes de sorrir e acenar afirmativamente.

   - Certo, certo. Chega de enrolação e vamos continuar a diversão - Emmett interrompeu com um riso estrondoso - Esse cheiro que estou sentindo é de outro urso?

   - Você acabou de deixá-lo alerta com sua risada, querido - Esme sorriu para o grandalhão que riu novamente do mesmo jeito anterior.

   - Era essa a intenção, mãe. A coisa é bem mais interresante quando eles estão nervosos.

    Mal terminou e saiu em disparada atrás do animal.

   - As vezes penso que se vocês fossem nossos filhos de verdade, de quem Emmett teria puxado esse jeito dele? - Carlisle perguntou na brincadeira.

   Todos se entreolharam.

   - Sem chance, ele com certeza seria adotado do mesmo jeito - Jasper zombou e todos riram.

   - Ei, eu escutei ouviu! - Emmett reclamou a metros de distancia.

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------

   Horas mais tarde quando já começava a anoitecer, Edward estava sentado na janela de seu quarto quando ouviu risos e passos no jardim. Olhou para baixo e viu Mari, Tina e Samy sairem correndo da mansão e taparem as bocas para não gargalharem alto.

   Mari então olhou para cima como se soubesse que ele estivesse lá. Encarou-o profundamente e depois fez um leve sinal para Tina e Samy que entenderam.

   - Tudo bem, vai lá. Nós cuidamos das coisas aqui - Samy fez um joia com a mão, ato imitado por Tina.

   Mari então voltou a olhar para Edward e fez um sinal com a mão para que ele descesse e começou a andar em direção ao lado da casa. Edward não entendeu nada mas mesmo assim num impulso pulou para o jardim.

   Tina olhou e revirou os olhos.

   - Está fazendo o que ai parado como um dois de paus? É para você ir com Mari!

   Ele concordou e saiu dali. Não sem antes escutar a voz se Jacob chamando pelas três. E ele parecia realmente furioso.

   Assim que ele virou para o mesmo lado em que Mari havia ido, ele a viu parada escostada na parede com cara de entediada.

   - Aonde vamos? - ele perguntou curioso.

   - Vou te levar para um tur pela mansão - ela disse com um sorriso - mas não podemos ir por lá.

   - Por que não?

   - Eu prezo pela minha vida, obrigada - Mari respondeu se desencostando e voltando a andar.

   A lua estava alta e cheia, o que proporcionava que eles vissem tudo, ainda mais com a visão de ambos.

   Edward abriu a boca para indagar novamente mas ouviu um urro de Embry e risadas das outras duas lobas.

   - Tina! Samy! Voltem aqui! Onde está Mari?

   - Corra - Mari disse começando a rir e correr tambem.

   Edward a seguiu sem pestanejar e eles levaram alguns minutos para contornar a mansão. Assim que o fizeram, Mari desascerelou mas continuou rindo.

   - O que vocês fizeram para eles afinal? - Edward perguntou com a curiosidade já subindo niveis estremos.

   Mari virou-se para ele e enxugou uma lágrima que caia devido ao riso.

   - Nós os chamamos para conversar na segunda sala da ala norte, falamos que já os esperariamos lá e que como as paredes são grossar para eles nos chamarem em voz alta caso não respondessemos...

   - Ainda não entendo e você poderia parar de pensar em outras coisas e me deixar ver o que aconteceu - Edward reclamou embora não estivesse bravo de verdade.

   - Sabe qual sala era? A segunda da ala norte? A sala das louças! Aquela que da um eco danado e que quase estoura com nossos timpanos super dotados - mal terminou e caiu na gargalhada - Da pra acreditar que eles realmente entraram nos  chamando em voz alta? É claro que não estavamos lá dentro, mas na sala ao lado. Você tinha que ter visto a cara deles, Edward. Foi espetácular.

   Edward não se conteve e sorriu assim como ela.

   - Vocês são impossíveis - ele disse suavemente.

   Mari fez um jóia para ele - assim como Samy e Tina tinham feito antes para ela - e sorriu.

   - Obrigada.

   - Não era bem um elogio - ele brincou.

   - Ah, não? - Mari entrou na brincadeira e quando viram ambos estavam rindo juntos.

   - Estava com saudades, Mari - Edward confessou - Digo, da epoca em que riamos juntos como agora e não daquela em que você me perseguia como uma louca.

   Mari coçou a cabeça constrangida.

   - Fomos realmente insuportáveis, não é? Desculpe.

   - Não se preocupe. Agora você é a mesma Mari de antes. Fico feliz - Edward completou sincero.

   - Tambem fico, sanguessuga - Mari deu um leve soco no ombro dele e depois se virou para a mansão e pos as mãos nos quadris - Então, o que achou da vista?

   Edward pela primeira vez reparou que estava numa parte da mansão onde a porta era muito parecida com a que eles haviam entrado na ala sul aquela manha, mas ao ver Mari apontando para trás, virou-se e deparou com um imenso portão negro, onde bem ao meio havia o brasão Vanderskein e acima uma cruz.

   - Bem vindo ao portão da ala leste. Bem vindo ao cemitério Vanderskein. O que achou? - Ela perguntou alegre.

   - Meio... nostalgico? Se eu não fosse um vampiro estaria morrendo de medo de estar aqui a essa hora da noite.

   Mari riu.

   - Não se preocupe, nós não vamos entrar. Eu até pensei em te apresentar os tumulos dos ancestrais de Bella mas prefiro deixar isso para quando a própria acordar. O que quero te mostrar é outra coisa. Nós só viemos por aqui porque sabe como é, no momento não é bom nenhum dos quileutes encontrar com a minha pessoa - ela piscou cumplice para ele.

   Edward balançou a cabeça em negação, embora estivesse sorrindo.

   - Tudo bem. Onde vai me levar?

   - Vou te levar ver os quadros no escritório particular e na biblioteca. Fala a verdade, sou demais, não sou?

   Edward ergueu a sobrancelha e cruzou os braços.

   - Esses dois lugares por acaso não ficam na mesma ala em que é o meu quarto?

   Mari fez uma cara de espanto e depois suspirou fingidamente.

   - Tudo bem eu confesso que você poderia ter simplesmente me esperado no seu quarto, mas chamei você para dar essa super volta comigo para você servir de isca caso encontrasse algum dos garotos pelo caminho.

   - Nossa, muito obrigado - Edward ironizou.

   - De nada - Mari respondeu simplesmente.

   - Ja ouviu falar em "ironia"? "Sarcasmo"? - Edward revirou os olhos.

   - Claro que já, são coisas muito usadas no meu dia a dia - Mari começou a andar até a pequena escada que dava para a porta da mansão - Venha, acho que não precisamos nos preocupar em encontrar os outros. Tina e Samy vão seguir o plano original, vão leva-los até o labirinto, eles não vão sair de lá tão cedo.

   - Labirinto? Que labirinto? - Edward a seguia e olhava para todos os lados mas sem preder uma palavra do que ela dizia.

   - Ah, é só uma parte no começo da floresta onde as árvores são todas iguais e mesmo sem flores exalam um cheiro tão forte que dificulta e muito nosso olfato. Vá por mim, eles vão ter muito trabalho para sair de lá. Tina e Samy só vão ajudá-los a sair quando eles prometerem não nos matar.

   - Espertas vocês não é? - Edward indagou assim que eles entraram e seguiam por um imenso corredor.

   - Privilégio de passar tempo demais com Alice, Rosalie e Bella. Se aprende a pensar em tudo num plano, do começo ao fim - foi tudo que ela disse.

   Chegaram naquela mesmo escada em que havia as delimitações das visitas e onde o quatro da família de Bella estava.

   - Bem, esse você já conhece. Pintado quando Bella ainda era criança, na verdade, foi um dia após ela completar oito anos. A boneca foi um presente da avó. - Mari explicou como se estivesse num museo.

  - Como sabe tudo isso? - Edward a seguiu quando ela recomeçou a andar indo para a ala oeste.

   - Eu e Bella andamos conversando bastante antes e tudo acontecer, sabia? Mas isso eu sei porque Alice nos disse quando chegamos aqui. E vou te contar, posso até já saber algumas coisas sobre a Bella, mas Alice... caramba, ela sabe exatamente tudo! É até assustador.

   - Sei bem como é - Edward concordou.

   Mari passou reto pelo quarto dele e tambem por todos os outros, quando estavam quase no fim do corredor Edward viu que assim como na ala do quarto de Bella, a parede do fim do corredor era de vidro, o que possibilitaria ver a paisagem fora se fosse de dia, como não, aquela parede parecia um enorme espelho esfumaçado.

   - Lá fora é o portão para a capela - Mari explicou parando bem em frente ao vidro. De um lado do corredor havia uma porta com o barsão ja tão visto por ele e do outro lado uma porta com uma flor-de-lis encrustada.

   - Essa é a da biblioteca - Mari disse se dirigindo a que tinha o brasão.

   Assim como todas as portas da mansão, aquela ao ser aperta não emitiu som algum, como se os anos não tivessem peso nenhum sobre ela. Edward viu prateleiras em todas as paredes e ao fundo uma escada que ia para o que parecia ser um segundo andar. Bem ao centro uma única mesa de madeira rica e com estofados de veludo vermelho.

   Mari fez sinal para que ele a seguisse e ambos dirigiram-se até a escada. Assim que subiram, ela apontou para um canto que era o unico que não havia prateleiras, dando lugar ao tão esperado quadro.

   Edward segurou-se para não dar um passo para trás. Arregalou levemente os olhos.

   - Te apresento Isabella Vanderskein com cinco anos de idade - Mari falou num tom baixo como que mostrando respeito pelo quadro.

   Uma garotinha ocupava o centro do quadro. Usava um vestido imaculadamente branco sem mangas, um laço na cintura e com pequenos babados nas pontas. Nas mãozinhas pequenas luvas da mesma cor e no pulso direito uma pulseira com pedras vermelhas.

   Nos pés um sapatinho preto contrastando com a meia calça tão branca quando o vestido e a luva.

   Com a mão esquerda ela segurava um pequeno guarda-chuva sobre sua cabeça, aparentemente para se amparar do sol, já que o fundo do quadro era um jardim.

   Seus cabelos estavam totalmente soltos quase chegando a sua cintura e enfeitando os fios castanhos uma fita vermelha vivo.

   Ela sorria mostrando os pequeninos dentres alvos e formando pequenas covinhas ao lado da boca. Mas os olhos, definitivamente atrairam Edward.

   Mostravam tanta alegria, aquela alegria de criança pequena. Tudo refletido naquelas pequenas irís castanhas. Ela era feliz com certeza.

   Edward sentiu como se areia estivessem em seus olhos. Seu jeito estranho de chorar.

   - É tão... - ele gaguejou.

   - Eu sei. Magnifico, não acha? - Mari completou por ele com a voz embargada e os olhos lacrimejando - Não se procupe, eu choro por você - ela completou como se soubesse o que estava se passando com ele.

   - Como sabe que eu choraria se pudesse?

   - E quem não choraria? - foi tudo que ela disse e se virou para descer as escadas.

   Edward ainda ficou um tempo olhando a pequena Bella no quadro. Deu um passo a frente e tocou levemente a pintura. Encarou mais uma vez aquele sorriso sincero e os olhos radiantes antes de ir ao encontro de Mari no corredor.

   - Escritorio agora então - ela disse já recomposta assim que ele fechou a porta da biblioteca.

   - Porque o simbolo dessa porta é diferente? - Edward apontou para a flor-de-lis.

   - Ah, isso - Mari riu - Lembra-se de quando as Swans contaram as histórias delas para nós? Vanderskein, Steiner e Malory eram os três maiores comerciantes da época. Eles eram o que hoje poderiamos chamar de sócios talvez. Três famílias, três petalas na flor-de-lis... era como se fosse um sinal de comercio deles.

   - Interressante - Edward passou um dedo pela flor em ouro na porta.

   - Alice disse que nas mansões dela e de Rosalie tambem tem a flor-de-lis na porta dos escritórios. Acho que é porque era o local onde os pais delas resolviam assuntos do comércio. Eu acho isso legal, digo, se elas tivessem continuado humanas com certeza teriam se conhecido e olhe só, como vampiras tambem se conheceram e são mais que irmãs hoje em dia.

   - Tambem admiro isso - Edward concordou.

   Mari pereceu um pouco hesitante ao abrir abrir a porta. Colocou a mão na maçaneta mas paralisou. Virou-se com tudo para Edward.

   - Er, sabe Edward... eu queria... bem... dizer, avisar, sei la, para você se preparar. O quadro que tem ai é tão simples quando o outro mas tem um impacto tão grande quanto o mesmo. Além do mais...

   - Alem do mais - Edward encorajou-a.

   - Alem do mais, foi ai dentro que o pai de Bella, Chalie Vanderskein, se trancou por dois dias depois que Bella sumiu. Dizem que ele chorou... olhando para o quadro dela. Eu acho esse lugar um tanto... particular. Um lugar para se respeitar.

   Edward colocou uma mão no ombro dela.

   - Eu entendi e me considero avisado - ele disse com seu sorriso torto.

   Ela abriu a porta e dessa vez deu passagem para que Edward entrasse primeiro.

   Ele pareceu hesitar - assim como Mari antes - mas depois entrou com passos lentos.

   O lugar era relativamente simples para um comerciante tão respeitado da época. Uma janela com as tão conhecidas cortinas vermelhas na parede direita, uma estante com livros e pequenos enfeites na esquerda e uma mesa ao centro, incrivelmente com alguns papeis sobre ela.

   Na parede atrás da mesa, cuidadosamente colocado entre as tapecaria que ali enfeitavam estava ele.

   Edward arfou mesmo sem perceber e dessa vez não conseguir evitar recuar um passo.

   - Acalme-se Edward - Mari sussurrou bem ao lado dele mesmo sem ele ter nem ao menos noção de como ela havia chego até ali.

   O quadro mostrava Bella com aparentemente dezessete anos recem feitos. Fora pintada apenas da cintura para cima e estava sentado numa mesa muito parecida com aquela que estava ali no escritório, se não na mesma. Ela usava o que parecia ser um espartilho de um vestido azul celeste que ela deveria estar usando. No busto pequenos brilhantes e nas mãos luvas brancas.

   Bella estava com os cabelos presos num coque mas com varias mechas escapando e derramando-se nos ombros nus. Apoiava um cotovelo na mesa e a cabeça repousa na mão cuidadosamente coberta pela luva mas onde no dedo indicador repousava um anel do mesmo tom do vestido.

   Ela não sorria abertamente como no outro quadro. Nesse ela tinha um pequeno sorriso desenhando sem rosto, quase sem mostrar os dentes. Os olhos reluziam jovialidade e tinham um que de mistério desconcertante. Pareciam saber tudo o que acontecia, analisar a situação atravez da pintura... pareciam incrivelmente vivos.

   Realmente muito parecida com a Bella de agora, mas com pequenas bolas rosadas nas bochechas e mais cor na face mostrando que ela ainda tinha sangue nas veias quando o quadro foi pintado.

   Mari mais uma vez adivinhou os pensamentos de Edward.

   - Esse quadro foi entregue de presente a Bella no aniversário dela de dezessete anos, mas Charlie pediu a filha para que o deixasse coloca-lo aqui. Ela cedeu e meses depois Bella foi transformada. Por isso a imagem é tão identica a Bella de agora. Porque é o corpo da Bella de agora, só que com roupas da epoca.

   - Mesmo assim, ainda consegue ser um pouco diferente - Edward sussurrou com medo que se falasse mais alto sua voz saisse falhada.

   - É claro, acha que ela cogitava na ocasião que em meses se tornaria uma vampira? Ela achava que ia se casar, ter filhos, cuidar do marido e morrer. A ordem natural das coisas. Esse brilho que você ve nos olhos dela, não voltará jamais. Novos brilhos podem preencher o olhar dela agora, mas esse dai só se tem quando o coração bate, Edward. Infelizmente.

   - Acho... que tem razão - ele murmurrou falhadamente.

   Mari olhou para Edward que estava com os olhos fixos no quadro. Observou-o por uns instantes e sorriu internamente. Colocou uma mão no ombro dele para chamar-lhe a atenção.

   - Conto com você para continuar mantendo o novo brilho nos olhos dela - Mari disse quando ele voltou seu olhar para ela - Até depois que eu não estiver mais presente nesse mundo, já que vocês vão viver até o apocalipse eu espero.

   Edward não evitou rir.

   - Será que não estará mesmo? Você tem um imortal como imprinting e se você  envelhece junto com seu parceiro então... acho que isso é um bem vindo a eternidade.

   Mari paralisou por dois segundos antes de um leve sorriso se formar em seu rosto.

   - E não é que pode ser verdade? - foi tudo que ela disse.

   Edward franziu as sobrancelhas e analisou o semblante de Mari. Tentou ler seu pensamentos mas tudo estava meio que uma bagunça para que ele entendesse alguma coisa.

   - Preocupei você Mari? - ele indagou por fim com um tom de voz um pouco culpado.

   - Não... não é isso exatamente - ela gesticulou com fervor - É que... eu não havia pensado nisso, sabia? Imortallidade e tal...

   - Desculpe - dessa vez foi ele que colocou uma mão no ombro dela.

   - Desculpe porque? - Mari olhou estupefata para ele - Não seja melodramatico, você não tem culpa dessa coisa de lobo seguir o tempo cronologico do imprinting. Sei que você gosta de ter tudo sobre seu controle, mas dessa é vez é impossível garotão - ela brincou e piscou para Edward, arrancando dele um de seus famosos sorrisos tortos.

  - Parece que me pegou.

   - Sempre pego - ela disse convencida.

   Ambos ficaram em silêncio por mais um tempo. Edward voltou a encarar o quadro enquando Mari observava os papeis sobre a mesa.

   - Bem, eu preciso ir - Mari foi a primeira a falar - Nunca fico muito tempo aqui, acho que em respeito ao pai de Bella e ao que ele passou aqui dentro, mas hoje é porque eu preciso dormir. Foi um dia e tanto.

   - Concordo - Edward se virou se segui-a até a porta.

   - Pode ficar mais se quiser - Mari disse rapidamente.

   - Não, melhor não - Edward negou levemente - É como vocês disseram antes, são quadros tão intimos que parece crime olha-los por muito tempo. Alem do mais, a Bella original está na outra ala, não é?

   Mari sorriu enquando segurava a porta para que ele passasse.

   - Tem razão - Mari e Edward olharam uma última vez o quadro de Bella antes de fecharem de vez a porta.

   Caminharam juntos pelo corredor e passaram por todas as outras portas novamente até chegar a do quarto de Edward.

   - A gente se vê amanha então - Mari despediu-se.

   - Onde é seu quarto? - Edward se adiantou antes que ela se virasse para ir.

   - Na ala leste, duas portas antes do quarto de Bella. Tina, Samy, Benjamim e Zafrina tambem estão lá. Sabe como é, para o caso de Alice precisar de nós.

   - Entendo. Boa noite então. E cuidado para não encontrar nenhum quileute - Edward zombou.

   - Vou tentar - ela acenou com a mão e se virou recomeçando a andar. Assim que chegou em frente ao quadro da divisoria das alas, viu Paul encostado no corremão e olhando fixamente para ela - mas parece que não vou conseguir - ela murmurou para si e suspirou antes de seguir até ele.

   Eles se encararam por um tempo indefinido, até que Mari cruzou os braços e bateu o pé no chão mostrando impaciencia.

   - Que me dizer alguma coisa? - ela perguntou indo direto ao ponto.

   - E porque acha isso? - Paul devolveu.

   Mari revirou os olhos e apertou as temporas.

   - Talvez porque você esteja parado com um poste no meio da escada me encarando como se eu fosse um pacote de biscoitos. Olha, minha cota de paciência já se esgotou por hoje, então se não tem nada para dizer eu vou para o meu quarto, ok?  

   Mari fez mensão de voltar a andar mas a voz de Paul a parou.

   - É sério mesmo? Você e... aquele vampiro... Benjamim?

   Ele parecia confuso.

   - Ainda acha que é brincadeira? - Mari colocou as mãos na cintura incrédula.

   - Ora, não me culpe. Se você estivesse no meu lugar tambem demoraria a acreditar e nem nos transformamos ainda para eu poder "sentir" o que você sente e comprovar - Paul cruzou os braços e fez um leve bico com os lábios.

   Mari inclinou a cabeça um pouco confusa.

   - Me diga... o que exatamente está te incomodando? Você se dá muito bem com os Cullens porque tem essa aversão a Benjamim?

   - Não tenho aversão alguma a ele - Paul esbravejou embora não estivesse bravo realmente - Na verdade... na verdade fiquei morto de remorso quando vocês fugiram porque praticamente acusamos vocês. Fiquei imaginando mil e uma maneiras de pedir desculpas quando nos encontrassemos, não só eu como todos os outros.

   Mari ouvia tudo atentamente.

   - Mas então quando chegamos aqui... não sei... acho que pensei que vocês teriam sentido a nossa falta tanto quanto sentimos a de vocês. Mas não era isso. Vocês estavam nos evitando e você estava extremamente feliz com Benjamim ao seu lado.

   Paul coçou a cabeça sem graça.

   - Foi a minha vez de ficar ressentido. Parecia que você nem havia se lembrado de nós nesse tempo e tudo parecia ser culpa de Benjamim. Você me conhece, sabe como eu sou, não perco a chance de uma briga e era com ele que eu queria brigar. Primeiro achei que ele estivesse te usando ou algo assim, mas então você revelou que ele era seu imprinting e eu... não soube mais o que pensar ou fazer.

   Mari sentiu-se compadecida por Paul. Era natural que na hora da raiva ela defende-se Benjamim, mas por outro lado, se ela se colocasse no lugar de qualquer um deles, provavelmente teria feito um escanda-lo muito maior que o de Paul.

   - Tudo bem - ela disse chamando a atenção do quileute - Se para mim tambem foi um choque, imagina para vocês, não é? Já passou, talvez devessemos deixar isso para trás.

   Paul analisou-a por um tempo. Mari sorria amigavelmente, os braços ainda cruzados e encostada no corrimão da escada oposto ao que ele estava. Não pode evitar sorrir como ela.

   - Parece que Benjamim te fez muito bem afinal - ele comentou por fim - Bem, já que você me desculpou, acho que mais tarde vou procurar o seu sanguessuga para ver se ele pode fazer o mesmo.

   - Ele vai te perdoar, não se preocupe - Mari garantiu, mas viu um vislumbre de malicia passar nos olhos de Paul e arqueou uma sobrancelha.

   - Mas antes...- ele desceu as escadas correndo e foi até a porta, colocou as mãos em conchas perto da boca e gritou - Mari está aqui!

   Mari só teve tempo de arregalar os olhos, desencostar-se do corremão e descruzar os braços. Fez as três ações ao mesmo tempo e em segundos, logo depois todos os quileutes apareceram pela porta do terreo.

   Como eles haviam saido tão rapido do labirinto? Olhou para fora e viu um aceno de Tina e Samy escondidas atrás das arvores. Revirou os olhos, otimo, elas tinham esquecido o caminho para o labirinto e estavam a esperando para conduzi-los até la, já que ela era a que conhecia o caminho de cor.

   Ela olhou para Paul que sorria zombeteiro.

   - Não me condene, eu tambem estava lá naquela sala. Vou levar um mes para tirar esse zumbido dos ouvidos - ele sorriu e deu de ombros.

   Mari balançou a cabeça em negação mas não conteve um sorriso.

   - Você é um grande trapaceiro.

   - Mari! - Jacob rosnou dando um passo em direção as escadas, assim com todos os outros.

   Ela observou os rostou raivosos, os punhos fechados, os sibilares deles e os passos pesados.

   Concluiu: ela tinha que sair dali. Agora.

   - Bem - ela deu um passo a cima na direção da ala oeste, onde tinha deixado Edward em seu quarto - eu adoraria ficar, mas ando com a agenda meio lotada, compromissos inadiáveis, emfim... fui! - gritou e correu para a ala oeste.

   - Mari! - um coro de rosnados foi ouvido.

-----------------------------------------------------------------

   Zafrina chegava ao fim do corredor do quarto de Bella quando escutou gritou ao longe. "Mari!". Esticou a mão e segurou um quadro da parede que tremeu.

   Suspirou e olhou para cima.

   - Meu Deus, sei que sou uma condenada e que vou direto para o inferno, mas o que foi que fiz para o senhor para que me mandasse o castigo antes da hora?

   Soltou o quadro e voltou a andar. Olhou para fora e viu inumeros vultos passarem correndo.

   - Esse lugar está mais movimentado do que quando estava aberto à visitação. Não sei se isso é bom ou ruim.

-------------------------------------------------------------

   "Edward abra a porta! Agora! Ou cabeças vão rolar aqui fora!"

   Foi o pensamento que atingiu o próprio. Ele achou melhor nem hesitar e correu para a porta do seu quarto e a abriu segundos antes de Mari entrar e fechar a porta com um estrondo.

   - Mas o que... - ele murmurrou incrédulo e sem entender.

   - Oi de novo. Sem tempo para explicar - ela correu até a janela e a escancarou - Até mais - acenou antes de pular pela janela.

   Edward se assustou mas escutou ela se transmutando. Logo depois sua porta foi novamente aberta.

   - Onde ela está? - Seth perguntou vasculhando o quarto.

   - A janela - Quil apontou e todos correram até a mesma, vendo três lobas paradas no gramado.

   Todos se afastaram e se abaixaram numa pose muito conhecida por Edward. Este no entando interrompeu-os no mesmo momento.

   - Ei - chamou-lhes a atenção - Embora eu ache emocionante ver um desfile de transmutaçao no meu quarto, vocês com certeza vão estragar a janela e já estamos com um problema de estrago nessa casa - olhou sugestivamente para Paul.

  - Droga - Jared reclamou.

   - Vamos voltar, não podemos perdê-las de vista - Sam inquiriu e assim como chegaram sairam como um furacão do quarto de Edward.

   Este balançou a cabeça e fechou a porta com calma.

   - Impulsivos - ele sorriu - Mas divertidos com certeza.

------------------------------------------------------------

   Benjamim analisou aquele trecho da floresta com cuidado.

   Ele havia sentido o cheiro dela. Impossivel confundir aquele cheiro que deveria desagradá-lo ao estremo, mas que ao contrário não conseguiria mais viver sem.

   Mas ela era otima em se esconder quando não queria ser achada e ele já havia aprendido isso em tão pouco tempo de convivio. Tambem, depois de passar cinco horas procurando-a e só a achando quando ela quis deve te-lo ensinado a lição.

   Encostou-se em mais um árvore e puxou o ar com força. O cheiro estava mais forte. Ela estava perto.

   Andou mais alguns metros e surpreendeu-se.

   Mari estava sentada no galho mais baixo de uma árvore. Vestia a costumeira roupa que usava depois de se transmutar: o shorts velho e a regata rasgada. Ela balançava os pés descalsos e mantinha a cabela encostada no tronco da árvore.

   Ela devia estar com os pensamentos muito longe para estar tão facil de localizar daquele jeito.

   A voz dela a tirou de seus devaneios.

   - Você me achou - era um afirmação ao qual ela não se deu nem ao trabalho de mover um musculo sequer.

   Benjamim deu mais alguns passos e parou assim que estava bem abaixo dela.

   - Parece que sim - ele analisou os olhos delas fixos em algo. Mas em que? Estavam numa floresta, só havia folhas ali. Ele confirmou que ela só estava ali de corpo, sua mente com certeza estava muito longe - O que você tem?

   Mari finalmente desencostou a cabeça do tronco e apoiando as mãos ao lado do corpo voltou seu olhar para Benjamim.

   - Nada com o que você precise se preocupar - ela sorriu-lhe miudo.

   Em um segundo Benjamim estava sentado ao seu lado e puxava delicadamente seu rosto para que o encarasse.

   - Tudo que acontece com você me importa e me preocupa, até coisas banais e pequenas - ele disse convicto - Agora me diga a verdade, sim?

   - Não quero que se seinta culpado - ela disse sem desviar do toque dele e encarando profundamente aqueles olhos vermelhos.

   - Deixe que eu decida se é algo para me culpar ou não - Benjamim insistiu e fez leves movimentos com o polegare na bochecha dela - Por favor, me diga.

   Mari suspirou e desvencilhou-se da mão dele. Voltou a olhar para frente e uma pequena folha caiu sobre seu colo.

   - Você sabe que um lobo segue o tempo de vida de seu imprinting? - ela conheçou levemente pegando a folha e girando-a entre os dedos.

   Benjamim franziu o cenho com aquele começo.

   - Já ou vi falar, me explique direito.

   - Não há hora, local nem idade para termos nosso imprinting. Pode ser logo que nos transmutamos ou pode tambem nunca acontecer. É incerto. Mas quando acontece não pode ser mudado. - Mari deixava que as palavras fluissem.

   - Sim querida, essa parte eu ja sei - Benjamim brincou levemente e recebeu um olhar de sensura dela - Prossiga - disse suavemente.

   - Nós meio que... paramos de envelhecer por um tempo tambem, logo quando nos transmutamos, acho que deve ser para nosso corpo se acostumar com as mudanças rápidas que ele recebe. Mas quando encontramos nossa "alma gemea", como ja disse antes, nosso tempo de vida tambem segue o dela.

   Benjamim arregalou um pouco os olhos ja deduzindo o que a estava incomodando.

   - Quil por exemplo. Ele teve imprinting a alguns meses com uma menina de dois anos. Isso significa que Quil não vai envelhecer até que ela alcance a idade que ele tem agora, para que então ambos possam envelhecer juntos, como um casal qualquer. Entendeu?

   Ele apenas balançou a cabeça em confirmação embora Mari ainda se mantivesse focada na folha que brincava por entre os dedos.

   - Eu... eu tinha me esquecido dessa questão sabia? Até que Edward fez um comentário está tarde que me lembrou - Mari parou de mover a folha e olhou para cima pensativa - Você é meu imprinting e você é imortal, não vai envelhecer jamais...

   Ela não conseguiu concluir a frase, um bolo parecia que se formava em sua garganta, embora ela não estivesse com vontade de chorar.

   - Você tinha razão - Benjamim comentou num sussurro e atraindo a atenção dela - Eu realmente estou me sentindo culpado.

   Mari virou a cabeça num atimo na direção dele e ergueu ambas as mãos para segurar o rosto de Benjamim.

   - Não - ela afirmou com uma enfase exagerda e olhos arregalados - Você não tem que se sentir culpado, esta me ouvindo? Não tem porque. Você ser meu imprinting foi a melhor coisa me aconteceu. Sabe que provavelmente muitos outros vampiros prefeririam a morte a ter uma parceira transmorfa para o resto da existencia, mas você não. Você se rendeu assim como eu.

   - Isso é porque eu estava esperando você a muito tempo - Benjamim respondeu sem hesitar e sorriu colocando uma mão sua sobre a dela que ainda permanecia em seu rosto.

   - Então por favor, não se sinta culpado - Mari repetiu.

   - Como posso não me sentir culpado com você assim? - ele fechou os olhos por um momento para depois os abrir com um novo sentimento refletindo neles: angustia - Condenando você a eternidade.

   - Viver eternamente não é exatamente o que me preocupa, quer dizer, é mas não é... isso é o sonho de toda mulher sabia? Nunca envelhecer... - ela brincou embora sem nenhum pingo de humor.

   Benjamim franziu as sobrancelhas.

   - Agora estou confuso... o que te preocupa exatamente então?

   - O fato de que verei todos morrer - Mari foi direta antes que não tivesse mais forças para falar.

   Benjamim arregalou os olhos em surpresa.

   - Mamãe e papai já seria uma coisa natural... mas Tina, Samy, Sam, Jacob e todos os outros, as pessoas que estudam comigo na escola, que vivem em La Push e até na cidade. Vê-los morrer... ver as coisas deixarem de existir como são hoje... não sei... se sou capaz de aguentar...

   Benjamim a abraçou forte e encostou seu queixo no topo da cabeça dela. Já Mari agarrou-se ele no mesmo momento em que seu corpo foi tomado por soluços.

   - Me desculpe... - ela murmurava entre as lágrimas.

   - Shh, essa fala deveria ser minha. Porque está se desculpando?

   - Por ser fraca... por estar chorando por uma bobagem como essa... me desculpe, me desculpe...

   - Mari - Benjamim a apertou um pouco mais contra si - Você é a pessoa mais forte que conheço. Você poderia me culpar mas não o fez e ainda por cima tambem não quer que eu me culpe. Você não é fraca, você é humana, pelo menos em parte - ele brincou suavemente e Mari começou a se acalmar.

   - Vou ser sincero com você - ele continuou - Isso tudo... realmente vai acontecer e por mais que eu queira não há nada que eu possa fazer para mudar esse destino. Tudo que eu posso te prometer é que eu vou estar ao seu lado e vou procurar te fazer feliz em todos os momentos. É só o que está ao meu alcance.

   Mari suspirou decretando o fim de sua crise de choro e procurou a mão de Benjamim com a sua. Assim que a achou entrelaçou seus dedos aos dele.

   - Isso basta - ela murmurou.

   Ficaram em silêncio por muito tempo, até que Mari se afastou e mirou Benjamim nos olhos.

   - Quer dizer que vai me fazer feliz em todos os momentos? - perguntou com sorriso sacana.

   - Quase todos - Benjamim corrigiu.

   - Como assim "quase todos"? - ela perguntou indignada.

   - Nos outros vou procurar te deixar muito brava. Adoro o bico que você faz quando está com raiva.

   - Ora, seu... - Mari deu um tremendo tapa do braço de Benjamim.

   Ele gargalhou estrondosamente e Mari acabou não aguentado tambem.

   - Alias, por quanto tempo vocês pretendem deixar os lobos naquele labirinto? - Benjamim perguntou - Não que eu faça questão de vê-los livres tão cedo é claro.

   Mari sorriu.

   - Vamos soltá-los quando nos der vontade - ela declarou.

   Benjamim surpirou fingidamente.

   - Pobres coitados, vão ficar lá um belo de um tempo ainda.

   - Droga!

   - Já é a terceira vez que você diz isso Jacob – Leah revirou os olhos.

   - Porque é uma droga! Não da pra achar a saída desse lugar, é tudo igual, as árvores, os mínimos detalhes, até o maldito cheiro – Jacob retrucou louco de raiva.

   - Acho que era essa a intenção – Seth disse desanimado.

   - Nos já falamos a nossa condição pra tirar vocês daí – uma voz surgiu risonha e alegra, parecendo estar se divertindo muito com tudo aquilo.

   - Tina – Quil resmungou entredentes – Que porcaria, além de tudo é um eco danado, também não da pra saber de onde vem a voz.

   - Tina, Samy – Embry reclamou angustiado – Dá pra gente continuar com essa brincadeira depois, estou com fome!

   - Aham, como se vocês fossem voltar livremente para cá depois – Samy zombou – Já dissemos, vocês só vão sair daí quando prometerem que não vão nos matar nem nada parecido.

   - Considerem como um troco por terem desconfiado de nós em Forks – Tina sugeriu.

   - Não acham que estão exagerando? – Jared perguntou impaciente.

   - Considerando que queremos manter nossas cabeças no devido lugar delas, não, não achamos – Samy foi direta.

   - Argh! – Paul bagunçou os cabelos e olhou para uma árvore – Ah, acho que não tentamos por aqui ainda.

   - Não via adiantar nada – Tina advertiu.

   Mesmo assim Paul saiu correndo e sumiu por entre as árvores estreitas.

   Todos que ficaram ouviram a risada de Tina e Samy.

   - 3... 2... 1... – elas fizeram contagem regressiva e assim que terminaram Paul apareceu no lado oposto ao que tinha saído.

   Ele olhou para todos os lados e suspirou.

   - Nós avisamos – Samy e Tina falaram em coro.

   -  Certo, certo – Sam cortou finalmente – Nós desistimos, prometemos não fazer nada com vocês pela travessura de hoje.

   - Todos vocês prometem? Na frente do alfa? – Samy quis se garantir.

   - Prometemos – disseram desanimados.

   - Ótimo – ambas disseram e caíram do nada no meio deles.

   - Estavam bem em cima de nós? – Jacob perguntou incrédulo.

   - Era o melhor lugar para ver vocês, de camarote eu diria – Tina fez um jóia com a mão antes de se virar – Agora, sigam-me os perdidos.

   Praticamente uma semana passou assim. Os ânimos melhoraram aos poucos e o ar tornou-se respirável. Quileutes já haviam praticamente aceitado a relação de Mari e Benjamim e Cullens mostravam-se maravilhados com tudo.

   - Ah, sabia que ia te encontrar aqui – Edward ouviu a voz de Jasper embora já soubesse que ele estava ali – Você tem vindo muito aqui na ultima semana.

   - Esse lugar ainda me da calafrios – Emmett reclamou embora tivesse um sorriso em seu rosto – Entendo que goste desse quadro e tudo mais, mas poderia simplesmente responder quando te chamamos para que não precisássemos vir aqui te buscar.

   Edward virou-se de costas para o quadro e encarou os dois irmãos parados na porta do escritório do pai de Bella.

   - Desculpem, acho que me distrai e não percebi que me chamavam.

   Emmett revirou os olhos, mas logo depois riu estrondosamente.

   - Qual a novidade? É o que sempre acontece quando você está aqui.

   - Nós também estamos com saudades, Edward – Jasper disse logo após.

   Edward piscou sem graça e coçou a cabeça.

   - Achei que fosse eu que lia mentes aquim – brincou.

   Jasper sorriu.

   - Acho que peguei um pouco do seu dom.

   - O que? Sério? Também quero! – Emmett reclamou arrancando risadas dos dois irmãos.

   Assim que os três saíram do escritório, rumaram para a escadaria que separava as alas leste e oeste. Começaram a ouvir vozes que pareciam alteradas e suspiraram em frustração, menos Emmett que queria chegar logo a confusão.

   Quando chegaram a escadaria, viram quileutes discutindo estrondosamente e Esme e Carlisle tentando em vão acalma-los.

   - Por favor, querem parar com isso? – Carlisle parecia frustrado – Só vão piorar as coisas se forem lá.

   - Também acho – Jacob apoiou.

   - Você tinha que apoiar a nós, seu ingrato! – Leah gritou apontando acusadoramente para ele.

   - Mas não podemos ir lá! – ele retorquiu no mesmo tom.

   - Que está acontecendo? – Jasper perguntou descendo as escadas com os irmãos.

   - Tina, Mari e Samy sumiram. Digo, ninguém as encontra desde ontem quando Benjamim e Zafrina vieram correndo buscá-las e não nos disseram uma palavra do porque – Esme explicou pacientemente – Agora eles querem... ir até a ala leste procurá-las.

   - O que? – Emmett exclamou surpreso – Não, nem pensar!

   - Você também não Emmett! – Jared rugiu.

   - Todos nós estamos proibidos de irmos lá – Edward reforçou – Vocês não podem fazer isso! Pode atrapalhar Rosalie e Bella!

   Quileutes pareceram hesitar um momento depois daquela frase.

   - Não temos escolha – Embry disse por fim – É o único lugar que falta procurar. E se aconteceu alguma coisa?

   - Se tivesse acontecido nós saberíamos – Jasper revirou os olhos.

   - Concordo com os meninos – Paul disse assombrando a todos – Digo, podemos atrapalhar se formos lá e não acho que algo tenha acontecido. Aquele Benjamim não deixaria nada de ruim acontecer as meninas e principalmente a Mari.

   - Olha só, para quem odiava o cara a dias atrás... – Quil zombou.

   - Chega, acho que melhor esperarmos mais umas horas – Sam finalmente tomou a palavra depois de muito pensar.

   - O que? Já esperamos um dia! Um dia sem noticias! Algo aconteceu... – Jared exclamou frustrado e de repente se virou para a escada - ...eu vou lá!

   - Não! – Jacob gritou e agarrou-o por trás, mas Jared antecipou o movimento e logo depois de ser quase imobilizado ergueu o cotovelo e acertou no estomago de Jacob – Ai, filho da mãe!

   Porem, mesmo depois da pancada Jacob não o soltou. Jared começou a tremer convulsivamente.

   Pânico total em todos. Os quileutes que queria ir até a ala leste não sabia se ajudam Jared ou Jacob, Paul e os Cullens foram os únicos a tomar a decisão de separá-los.

   Mas uma voz vinda do topo da escada deteve a todos.

   - Se você se transmutar na minha sala, Jared, eu arranco todos os ossos do seu corpo com você vivo.

   Aquele tom de voz inconfundível, suave e ao mesmo tempo imponente, só podia ser de uma pessoa.

   - Pelo amor de Deus, “saímos” umas semanas e é isso que acontece? – outra retrucou meio irônica, fazendo Emmett paralisar.

   Devagar, como em câmera lenta, todos se viraram em direção as escadas.

   Na escadaria que ia para a ala leste, Tina e Samy estavam sentadas com os rostos apoiados no queixo, Zafrina estava encostada no corrimão assim como Benjamim que abraçava Mari. Os cinco sorrindo.

   E finalmente, ali, paradas em frente ao quadro da família de Bella estavam elas.

   Bella estava ao meio com os braços cruzados, as pernas levemente separadas e um semblante nada agradável.

   Rosalie estava ao seu lado esquerdo com um braço apoiado no ombro dela e o outro na própria cintura, sorria levemente junto com Alice.

   Já esta estava do outro lado de Bella exatamente como Rosalie, parecendo apenas uma figura invertida.

   As três paradas ali diante deles pareciam figuras extraídas de um filme ou de um livro.

   - Eu disse que precisávamos descer ou se não eles iriam destruir metade da escadaria – Alice se pronunciou alegremente.

   - Eu falei serio Jared – Bella indagou no mesmo tom de antes – Se você se transmutar e fizer um arranhão na minha casa eu arranco sua pele e brinco com seus ossos... com você vendo tudo ao vivo a cores, fui clara?

   Eram elas. Eram realmente elas.

   Acordadas, finalmente!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

AMORES DO CORAÇÃO DA JESSICA HYUUGA (EU!)!!!
Sei, sei, sumi e ressurgi depois de... putz, quase três meses sem postar!
Vou explicar! Não, não atire esse facão em mim! Me deixe explicar primeiro!
Mamãe estava se separando do meu padrasto. Isso resume tudo eu acho. Uma separação NADA amigável. Acho que isso resume mais ainda.
Bom, estava correndo atrás de advogado, casa para morar (a casa era do meu padrasto, o que significava que mamãe e eu não tínhamos para onde ir), moveis para comprar (saímos sem nada de casa, vocês acreditam?), descobrir como pagar esses mesmo móveis (é, tivemos que comprar tudo: cama, geladeira, guarda-roupa... a gente só tinha roupa e nada mais. Não estou brincando!!! Juro!), ainda por cima tinha cursinho, vestibular, ENEM... cara, foi foda! Perdi até uma inscrição de vest...
Não quero que vocês fiquem com pena, ouviram? Afinal agora tudo já se resolveu graças a Deus, mas ee sem vergonha conto tudo isso pra vocês porque vocês merecem a verdadeira explicação.
Meu, minha mãe e eu sobrevivemos de cesta básica doada no primeiro mês acreditam?
F-o-d-a!
Mas agora ta tudo bem! ^^
Espero sinceramente que vocês entendam o porque da demora, afinal, assunto familiar é coisa seria, ainda mais nessa magnitude. Nunca deixaria “As Relíquias” em final como muitos acharam, não precisam se preocupar com isso.
Peço mil desculpas a todos que se mantiveram fiéis e esperaram a minha ressurreição das cinzas...obrigada mesmo!
Outra coisa, gente não ligo que vocês cobrem o cap, sério mesmo, mas ligo sim do JEITO que alguns cobram. Não precisa ser ignorante, isso magoa, sério mesmo, faz a gente perder todo o “tesão” (sorry pela palavra, não achei melhor) de escrever...
Quando ao cap, espero sinceramente MESMO que gostem! Sei que parei exatamente na parte que muitos esperavam que já aconteceria no começo do cap e talz, mas não deu, primeiro tinha que esclarecer todas essas coisas, para no próximo cap por como tudo aconteceu na visão das Swans e depois, infelizmente, o epilogo.
Bom, amores do meu coração, RAZÕES DO MEU VIVER, espero que gostem e obrigado por entenderem (aos que entenderem de verdade) e por se manterem fiéis! Um agradecimento especialzérrimo a Amanda Alonso que fez uma dedicatória linda de “As Relíquias” e que por não sair do MSN só pq me viu on! Amooo lindinha! *.*
E uma desculpa em especial para Reni Cullen e carol_hc , porque não consegui postar na data que tinha prometido a elas. Desculpe a todos que disse que postaria numa data e não postei. Sinto muito mesmo! Eu tentava, juro, mas não dei conta!
Reviews sendo respondidas desde essa tardem, ok amores!
Agora... FAÇAM UMA AUTORA FELIZ (no caso eu) E MANTEM REVIEWS! *.*
Meu coração agradece a contribuição! Huahuahuaha
Amo vocês corações!!! Todos vocês!
Obrigada mais uma vez e desculpe as milhares de bobagens escritas aqui!
Bjinhosss com muito muito muito carinho no coração de todos vocês!
Jessica Hyuuga!
^^