Jason,

Sabe aquele dia, quando fomos à praia? – à noite porque eu sou um chato e não quis ir de dia.

As ondas tocavam á praia, e lá estava eu e você. A Lua estava linda, como se ela estivesse ali apenas por nós, você me sorriu e outro de nossos vários beijos aconteceu. Ah, mais como eu adorei aquela sensação. Jason, eu já lhe disse que és perfeito? O brilho da Lua deixava seus cabelos louros recém cortados – eu ainda o estranhava de topete – prateados. Seus olhos me encaravam com uma sombra de divertimento e em seus lábios estava aquele sorriso irônico que sempre amei.

“Pare”, eu disse,“ Não me encare tanto assim”

“Qual é o problema? Coisas bonitas devem ser vistas”

“Uh, então eu sou uma coisa?”, ri.

Você revirou os olhos e olhou para o mar.

“Idiota”, você queria parecer sério, mas era impossível ver seriedade em seus olhos.

Ficamos em silêncio.

“Sabe, eu adoro quando você fala”, você se pronunciou, “ E quando sorri, quando me beija, quando é você.”

“E eu adorava seu cabelo, mas você o cortou”, mostro a língua.

“É um corte sexy”, você deu de ombros.

“Sua boca é sexy, esse cabelo não.”, sorri.

Uma risada, aproximação e beijo. Um beijo furioso, desejoso, e cheio de paixão. Seus lábios tocavam o meu com tanto desejo, tanto fervor. Eu adorei aquela sensação.

“O mundo pertence á nós.”, você sussurrou após o beijo, “ E não estou disposto a dividi-lo com ninguém.”

“Quem? A mim ou o mundo?”

“Ambos”, e logo seus lábios estavam nos meus novamente, beijando-me com tanto amor.

Só que agora que você sumiu as noites não tem mais luar, a Lua não brilha tão linda, o céu já não tem mais estrelas. Seu rosto aparece para mim todas as noites, seu doce sorriso brilha em mim mente.

Agora estou sem você, já não sei mais onde procurar.

Onde está meu amor?

Atenciosamente,

Nico di Ângelo.