O Som de Um Romance escrita por Risurn


Capítulo 7
7. True Love


Notas iniciais do capítulo

Ufa, demorou mais saiu *-*
Capítulo novinho pra vocês!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/542460/chapter/7

Encarei o chão do carro sem olha-lo nos olhos. O carpete continuava com as mesmas manchas localizadas que me lembrava, o mesmo cheiro de pinho rondava o ar. Minha foto ainda estava presa ao vidro. Pensando bem agora, Atena me mataria por abandonar o carro dela em um clube do outro lado da cidade. Mas, fazer o que?

— Que raios você veio fazer aqui Annabeth? - perguntou Percy me puxando para a realidade.

— Eu só queria me divertir um pouco! – resmunguei exasperada.

— Se divertir? Com tantos lugares nessa cidade? Tinha que ser lá? Justo lá?

— A bebida é ótima.

— Os estupradores também.

— Que engraçado.

— Tem ideia do que poderia ter acontecido se Thalia não tivesse me avisado? Se eu não tivesse chegado a tempo?

— Tenho. – respondi calma.

— E você não se importa com isso? Queria o que? Sair “causando por ai”? – ele tirou as mãos do volante, para as levantar enquanto gritava.

— Talvez. Não largue o volante.

— Que seja. Da última vez não tivemos problemas suficientes? Você teve sorte de o Ares não te ver lá!

— Ele me viu. – falei calmamente.

— Como é? – ele freou o carro do nada e parou para me olhar – Espera, só pode ser piada. Ares, O Ares, o cara que me jurou de morte, te viu e deixou ir embora, assim fácil? Sem nenhum arranhão?

Ele voltou a dirigir mais transtornado. Nunca entendi bem o motivo de ele e Ares não se darem bem.

— Mais ou menos – respondi, tirando a jaqueta para encarar meus braços que agora estavam levemente roxos em virtude dos apertões – Isso aqui teve contribuição dele.

Percy olhou para meus braços de canto de olho e socou o volante.

— Como eu queria poder matar aquele cara! Sério. Bem lentamente.

— É. Eu sei, esse amor todo eu já conheço. Eu sei que eu tive sorte. Só não sei por que quando Luke apareceu ele foi embora. Ainda não entendi isso.

— Ah. Por isso ele te deixou ir.

Levantei uma sobrancelha o encarando.

— E o que Luke tem haver com tudo isso? – ele riu pelo nariz.

— Como se você não soubesse. – e então olhou para fora, rindo ironicamente. Sentei ereta.

— O que você está insinuando com isso?

— Nada.

Olhei para fora, tentando pensar em outra coisa. Percy suspirou cansado.

— Você sabe, Ares e Hermes são irmãos, então é obvio que o filhinho mimado pode ter a coisa que quiser.

— Ah, então eu sou uma coisa?

— Aos olhos deles? – ele me olhou de lado. – Sim.

Assenti em silencio. Não queria conversar e dar a ele esse gostinho de vitória. É. Esquisito.

(...)

Quando me dei conta Percy estacionou o carro em frente a minha casa.

— Então... – tentei.

— Boa noite Annabeth. – ele falou firme, destrancando o carro enquanto olhava para frente.

Mordi o lábio, magoada. Eu queria o que? Que ele dissesse “boa noite meu amor”? Dissesse que me amava?

— Me leva pra jantar? – perguntei sem pensar. Droga.

— O que? – ele parecia confuso ao olhar para mim.

— Sabe, eu me arrumei toda. Não queria perder a noite por causa do babaca do Castellan. Pode me levar pra jantar?

Ele me olhou sem expressão.

— Você vai querer mesmo que o cara pra quem você “não deve satisfação nenhuma” te leve pra jantar?

— Vou. – respondi normalmente. – Percy, estamos falando de comida, isso supera qualquer coisa.

— Supera até sair com o cara que você “nunca mais quer ouvir nem ver”?

— Também, como eu disse, a comida supera todas as barreiras possíveis. Um jeito de sobreviver ao apocalipse zumbi? De carne humana a eles. Ou seja, comida.

Vi ele sorrir de lado, mas continuou parado, olhando para a rua. Pegou o celular e começou a procurar alguma coisa.

— O que você...?

— Só um minuto.

— Mas...

— Espera.

— Percy...

— Calma mulher! – fiquei em silêncio por mais alguns segundos - Pronto. Morreu esperando?

— Morri.

— É uma morta linda.

Franzi o cenho.

— Mas o quê que...

Percy ergueu o celular a altura dos olhos e então ouvi um clique.

— Prontinho agora você se arrumou pra alguma coisa. Bater foto. Então, boa noite.

Fiz careta. Como assim? Ele estava... Me expulsando daquele carro? Meu coração apertou, olhei para o chão.

— Você ainda gosta de mim? – perguntei outra vez sem pensar.

— Como é?

— Nada. Esquece. Boa noite Percy. – abri a porta, mas uma mão segurou meu braço.

— Annabeth, o que foi que você perguntou?

— Nada. Já disse pra esquecer, é bobagem.

— Você perguntou se eu ainda gosto de você, não foi? – fiquei em silencio. – Annabeth, olha pra mim.

Levantei os olhos devagar e olhei em direção ao mesmo, encarando os olhos verde-mar. Suspirei.

— Oi?

— Você perguntou se eu gosto de você, não foi? – perguntou novamente.

Não conseguiria mentir encarando aqueles olhos que pareciam ler a minha alma. Senti meu controle se esvair aos poucos, cada vez mais rápido e mais rápido. Meu coração foi acelerando cada vez mais, como se pressentisse a parada que viria a seguir.

— Perguntei. – disse em um fiapo de voz. – Espero que diga que sim. Mesmo que seja mentira.

— Não suporta a ideia de não ser amada? Continua egocêntrica?

Ai. Essa doeu. Mas era verdade.

A luz da varanda da casa acendeu. Logo Atena apareceria por ali, e a última coisa que eu queria ela que ela xeretasse a minha vida. Outra vez.

— Nunca deixei de ser. – abaixei o olhar, virando o rosto.

Logo, sua mão estava ao lado do meu rosto e puxou o meu para perto do seu.

— O que você acha? – ele sussurrou me beijando logo em seguida.

Tentei capturar tudo o que pude; a textura dos lábios, a intensidade, a forma como me sentia bem ali, perto dele.

Eu não sei o que acho. Ele pode ainda gostar de mim ou realmente estar dizendo que me ama porque eu pedi ou para brincar com meus sentimentos, outra vez. Separei-nos.

— Eu preciso ir. – falei nervosa olhando em direção a porta enquanto catava minhas coisas pelo banco.

— Annabeth, espera – ele tentou segurar minha mão, mas fui mais rápida.

— Desculpe, não devíamos ter feito isso.

Então corri pra dentro de casa sem olhar para trás, a última coisa que ouvi foi um grunhido de insatisfação. Sorri internamente, ele havia ficado frustrado com a minha saída repentina ou fora coisa da minha cabeça? E, seria isso algo bom?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Ai ai, então? O que acharam? Eu achei legal.
Enfim, logo logo as coisas vão melhorar (prevejo pessoas tentando matar o Percy em breve)
Espaço da propaganda: Gente, minha amiga Lya, tá postando uns textos tão legais! Nem sabem. Já já ela vai postar um novo, quem quiser conferir... Tá liberado. (http://fanfiction.com.br/u/499256/)
Enfim, até amanhã
^^



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Som de Um Romance" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.