O Som de Um Romance escrita por Risurn


Capítulo 5
5. Yesterday


Notas iniciais do capítulo

Antes de qualquer coisa eu quero agradecer a Sorvete de Limão. Sério gente, ela é um amor. Fica fazendo publicidade minha por ai, e ainda me deu a ideia de como organizar toda a loucura que foi esse capítulo.
Vão lá amar ela.
Vou aproveitar pra agradecer a Evelin Valdez por todo o apoio também. É uma fofa gente!
Enfim,, vão ler.



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P.O.V. Percy

Era tão estranho acordar e o espaço ao lado do meu na cama estar vazio. Depois de quase um ano ocupado por um anjo agora era composto apenas por lençóis amaçados. Ainda é difícil acreditar que ela se foi, mesmo que não tenha sido pra valer. É. Ela vai voltar, ela precisa.

Talvez eu precise mais do que ela, mas isso não é ruim, ou é?

É. É bem ruim, eu sei.

Apertei o travesseiro sob o rosto. É uma droga de vida mesmo. Peguei o celular. Quatro horas da tarde. Eu queria ter dormido mais.

Tinha uma ligação da minha mãe e outra de um número desconhecido. Resolvi ver quem era o segundo.

A pessoa do outro lado atendeu dois toques depois.

— Jackson, levanta e vai se vestir.

Franzi a sobrancelha, sem entender.

— Thalia?

Não! Papai Noel querido. Vai querer o que de Natal? Não importa. Você foi um mal menino. É claro que é a Thalia homem.

Tá, que seja. O que você quer?

Eu quero que você me explique porque a Annabeth tava me ligando toda possuída hoje de manhã dizendo que ia pro clube do Ares.

E eu lá vou saber? Sua amiguinha é bem grandinha e vacinada além do ma... Espera. Clube do Ares? O Ares? Aquele Ares?

Qual outro Ares seria? Olha, não importa. Não interessa a merda que você fez, é melhor ir logo consertar isso.

Eu tenho que consertar? Porque eu? Nem fiz nada!

Se não fosse você, ela não estaria nessa. Tenho certeza.

Como pode saber? Ela deixo bem claro que não quer mais me ver ontem.

Não importa.

Eu ainda tenho um pouco de dignidade sabia? Eu não quero fazer isso.

Jackson, não importa o que você quer fazer. Você vai e fim. Anda, anda, anda corre. Vai logo.

Estava prestes a retrucar quando percebi que ela havia desligado o telefone na minha cara. Que legal. Ah, mas eu não vou mesmo atrás dela. Não depois de ontem.

Mas... Era o clube do Ares. Isso não ia acabar bem, não tinha como.

Olhei para meu telefone, meu guarda roupa, banheiro, porta e depois de volta para o telefone.

Mas é uma merda mesmo.

Entrei debaixo do chuveiro e deixei a água gelada escorrer. Respirei fundo tentando me lembrar de cada detalhe.

— Eu já estava achando que ia ter que te encontrar outra vez.

Ela ainda nem me viu e já sorria. Porque ela precisa tanto assim negar que me ama?

— Você não ia me encontrar duas vezes nem se quisesse, aquilo foi golpe de sorte.

— Talvez. Mas eu tive realmente muita sorte.

Percebi ela corar ante o comentário, o que foi bom. Nunca mais a tinha visto ficar assim.

— Isso está parecendo com a vez que te encontrei. – pensei alto. – Tímida, perdida, encurralada, descabelada...

— Ei! Não estou descabelada. Aliás, naquela vez não tinha toalha pra piquenique. Nem bolo.

— É, eu tinha que conseguir trazer algo que você gostasse muito, além de mim. Então restou bolo de chocolate.

— Tem razão, - disse ela, sentando-se a minha frente – bolo de chocolate vai mesmo me fazer ficar.

Meu coração deu um pequeno aperto. Será que ela só estava ficando pelo bolo mesmo?

— Gorda. – falei baixo, rindo.

Na mesma hora ela levantou a cabeça e me jogou um olhar de puro ódio.

— O que disse?

— Nada. – sorri.

— Idiota.

Ri em silêncio enquanto a via comer o bolo.

— Meu deus, Cabeça de Algas, quem foi que fez esse bolo?

— Eu. – disse, dando de ombros. Ela interrompeu a mordida que estava prestes a dar e olhou em minha direção.

— Espera, você que fez? Conta outra. – disse rindo.

— É sério! – então ela parou de rir.

— Você sabe fazer um bolo digno dos deuses e nunca fez nem um pedacinho pra mim? Como você explica isso?

— Queria deixar pra uma ocasião especial. Nem é tão bom assim.

— Ah, ele é! – exclamou ela, voltando a comer, feliz. Suspirei.

— Annie. Nós precisamos conversar, não acha?

Ela me observou com aqueles grandes olhos cinza-azulados inteligentes. Um ponto de interrogação bem claro em sua expressão. Como era linda.

Bati com a cabeça do ladrilho do banheiro ante a lembrança. Porque ela precisa ser tão bonita? Tão perfeita em tudo o que faz? Porque ela precisa ter aquela carinha de inocente me fazendo ansiar por corrompê-la a todo instante?

Sai do box e fui buscar algo para vestir. Algo que me deixasse bonito, de preferencia. Camisa gola polo, jeans escuros, all star. Fim. Sequei meu cabelo com a toalha e sai daquele jeito mesmo indo até meu carro. Tentar arrumar meu cabelo não adiantava e eu tinha uma festa pra ir. Aliás, demorei demais nesse maldito banho.

Ao ligar o carro, o restante das lembranças veio. Acabaram comigo, aliás. A tristeza tomou conta de mim. Porquê?

— Nós não temos o que conversar Percy.

— Então porque você veio?

— Eu não sei. – disse baixinho. – Eu só... Tinha que sair daquela casa.

— Por que?

Ela me olhou suplicante, entendi aquele olhar. Ela não queria falar disso agora.

— Certo. – falei. – Mas eu sei porque eu estou aqui. Você deve saber melhor do que eu.

— Percy...

— Não. Não venha com essa de Percy. Você não pode ter escolhido me deixar, assim, do nada.

Ela mordeu o lábio. Estava escondendo algo.

— Posso. E foi o que fiz. – ela se levantou. – Olha. Isso não vai dar certo. Se você tentar dizer que me ama a cada encontro nosso eu vou embora e você nunca mais me verá.

— Porque isso agora? – perguntei, me levantando e chegando próximo a ela, que não era tão menor que eu. Talvez uns dez centímetros de diferença. – Porque negar que quer ficar comigo? – nossas respirações bem próximas agora. – Porque negar esse desejo que vejo nos seus olhos? Orgulho? Não se preocupe. Te aceitei de volta a partir do momento que percebi que você tinha partido.

— E-eu... Nã-ão é nada disso. – pude vê-la suspirar.

— Então o que é? Me dê um bom motivo. Um só. Só um.

Ela fechou os olhos e inspirou o ar devagar. Tão linda.

— Não te devo explicação nenhuma! – e então me empurrou, correndo floresta a fora.

Soquei a buzina do carro. Enquanto rumava para o clube do outro lado da cidade. Eu a odeio. Odeio tanto.

Eu disse algo de errado? Porque ela teve que ir? Eu a amo tanto. E ainda a espero. Assim como fiquei esperando que a qualquer hora ela voltasse para a clareira.


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Notas finais do capítulo

E ai? Bom né?
Não esqueçam que eu sou Percabeth forever, viu?
Leiam minhas outras histórias (se quiserem, obvio).
Reviews? Sim? Não? Ah, então tá.
Beijos, até amanhã ^^



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