O Som de Um Romance escrita por Risurn
Notas iniciais do capítulo
Antes de qualquer coisa eu quero agradecer a Sorvete de Limão. Sério gente, ela é um amor. Fica fazendo publicidade minha por ai, e ainda me deu a ideia de como organizar toda a loucura que foi esse capítulo.
Vão lá amar ela.
Vou aproveitar pra agradecer a Evelin Valdez por todo o apoio também. É uma fofa gente!
Enfim,, vão ler.
P.O.V. Percy
Era tão estranho acordar e o espaço ao lado do meu na cama estar vazio. Depois de quase um ano ocupado por um anjo agora era composto apenas por lençóis amaçados. Ainda é difícil acreditar que ela se foi, mesmo que não tenha sido pra valer. É. Ela vai voltar, ela precisa.
Talvez eu precise mais do que ela, mas isso não é ruim, ou é?
É. É bem ruim, eu sei.
Apertei o travesseiro sob o rosto. É uma droga de vida mesmo. Peguei o celular. Quatro horas da tarde. Eu queria ter dormido mais.
Tinha uma ligação da minha mãe e outra de um número desconhecido. Resolvi ver quem era o segundo.
A pessoa do outro lado atendeu dois toques depois.
— Jackson, levanta e vai se vestir.
Franzi a sobrancelha, sem entender.
— Thalia?
— Não! Papai Noel querido. Vai querer o que de Natal? Não importa. Você foi um mal menino. É claro que é a Thalia homem.
— Tá, que seja. O que você quer?
— Eu quero que você me explique porque a Annabeth tava me ligando toda possuída hoje de manhã dizendo que ia pro clube do Ares.
— E eu lá vou saber? Sua amiguinha é bem grandinha e vacinada além do ma... Espera. Clube do Ares? O Ares? Aquele Ares?
— Qual outro Ares seria? Olha, não importa. Não interessa a merda que você fez, é melhor ir logo consertar isso.
— Eu tenho que consertar? Porque eu? Nem fiz nada!
— Se não fosse você, ela não estaria nessa. Tenho certeza.
— Como pode saber? Ela deixo bem claro que não quer mais me ver ontem.
— Não importa.
— Eu ainda tenho um pouco de dignidade sabia? Eu não quero fazer isso.
— Jackson, não importa o que você quer fazer. Você vai e fim. Anda, anda, anda corre. Vai logo.
Estava prestes a retrucar quando percebi que ela havia desligado o telefone na minha cara. Que legal. Ah, mas eu não vou mesmo atrás dela. Não depois de ontem.
Mas... Era o clube do Ares. Isso não ia acabar bem, não tinha como.
Olhei para meu telefone, meu guarda roupa, banheiro, porta e depois de volta para o telefone.
Mas é uma merda mesmo.
Entrei debaixo do chuveiro e deixei a água gelada escorrer. Respirei fundo tentando me lembrar de cada detalhe.
— Eu já estava achando que ia ter que te encontrar outra vez.
Ela ainda nem me viu e já sorria. Porque ela precisa tanto assim negar que me ama?
— Você não ia me encontrar duas vezes nem se quisesse, aquilo foi golpe de sorte.
— Talvez. Mas eu tive realmente muita sorte.
Percebi ela corar ante o comentário, o que foi bom. Nunca mais a tinha visto ficar assim.
— Isso está parecendo com a vez que te encontrei. – pensei alto. – Tímida, perdida, encurralada, descabelada...
— Ei! Não estou descabelada. Aliás, naquela vez não tinha toalha pra piquenique. Nem bolo.
— É, eu tinha que conseguir trazer algo que você gostasse muito, além de mim. Então restou bolo de chocolate.
— Tem razão, - disse ela, sentando-se a minha frente – bolo de chocolate vai mesmo me fazer ficar.
Meu coração deu um pequeno aperto. Será que ela só estava ficando pelo bolo mesmo?
— Gorda. – falei baixo, rindo.
Na mesma hora ela levantou a cabeça e me jogou um olhar de puro ódio.
— O que disse?
— Nada. – sorri.
— Idiota.
Ri em silêncio enquanto a via comer o bolo.
— Meu deus, Cabeça de Algas, quem foi que fez esse bolo?
— Eu. – disse, dando de ombros. Ela interrompeu a mordida que estava prestes a dar e olhou em minha direção.
— Espera, você que fez? Conta outra. – disse rindo.
— É sério! – então ela parou de rir.
— Você sabe fazer um bolo digno dos deuses e nunca fez nem um pedacinho pra mim? Como você explica isso?
— Queria deixar pra uma ocasião especial. Nem é tão bom assim.
— Ah, ele é! – exclamou ela, voltando a comer, feliz. Suspirei.
— Annie. Nós precisamos conversar, não acha?
Ela me observou com aqueles grandes olhos cinza-azulados inteligentes. Um ponto de interrogação bem claro em sua expressão. Como era linda.
Bati com a cabeça do ladrilho do banheiro ante a lembrança. Porque ela precisa ser tão bonita? Tão perfeita em tudo o que faz? Porque ela precisa ter aquela carinha de inocente me fazendo ansiar por corrompê-la a todo instante?
Sai do box e fui buscar algo para vestir. Algo que me deixasse bonito, de preferencia. Camisa gola polo, jeans escuros, all star. Fim. Sequei meu cabelo com a toalha e sai daquele jeito mesmo indo até meu carro. Tentar arrumar meu cabelo não adiantava e eu tinha uma festa pra ir. Aliás, demorei demais nesse maldito banho.
Ao ligar o carro, o restante das lembranças veio. Acabaram comigo, aliás. A tristeza tomou conta de mim. Porquê?
— Nós não temos o que conversar Percy.
— Então porque você veio?
— Eu não sei. – disse baixinho. – Eu só... Tinha que sair daquela casa.
— Por que?
Ela me olhou suplicante, entendi aquele olhar. Ela não queria falar disso agora.
— Certo. – falei. – Mas eu sei porque eu estou aqui. Você deve saber melhor do que eu.
— Percy...
— Não. Não venha com essa de Percy. Você não pode ter escolhido me deixar, assim, do nada.
Ela mordeu o lábio. Estava escondendo algo.
— Posso. E foi o que fiz. – ela se levantou. – Olha. Isso não vai dar certo. Se você tentar dizer que me ama a cada encontro nosso eu vou embora e você nunca mais me verá.
— Porque isso agora? – perguntei, me levantando e chegando próximo a ela, que não era tão menor que eu. Talvez uns dez centímetros de diferença. – Porque negar que quer ficar comigo? – nossas respirações bem próximas agora. – Porque negar esse desejo que vejo nos seus olhos? Orgulho? Não se preocupe. Te aceitei de volta a partir do momento que percebi que você tinha partido.
— E-eu... Nã-ão é nada disso. – pude vê-la suspirar.
— Então o que é? Me dê um bom motivo. Um só. Só um.
Ela fechou os olhos e inspirou o ar devagar. Tão linda.
— Não te devo explicação nenhuma! – e então me empurrou, correndo floresta a fora.
Soquei a buzina do carro. Enquanto rumava para o clube do outro lado da cidade. Eu a odeio. Odeio tanto.
Eu disse algo de errado? Porque ela teve que ir? Eu a amo tanto. E ainda a espero. Assim como fiquei esperando que a qualquer hora ela voltasse para a clareira.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
E ai? Bom né?
Não esqueçam que eu sou Percabeth forever, viu?
Leiam minhas outras histórias (se quiserem, obvio).
Reviews? Sim? Não? Ah, então tá.
Beijos, até amanhã ^^