O Som de Um Romance escrita por Risurn


Capítulo 21
21. Sexy Back


Notas iniciais do capítulo

*Risada maléfica*
Amo demais reviews gente, me deixam tão feliz. Vocês me deixam feliz



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— Annabeth! – gritou Thalia de algum lugar da casa – Para de pensar na morte da bezerra e vai logo tomar um banho. Você tem um compromisso inadiável dentro de duas horas e não pode faltar. Dã, é inadiável.

— Tá bom mamãe, estou indo!

Caminhei até o banheiro e me despi lentamente, tentando adiar o inadiável.

Entrei no chuveiro e deixei a água escorrer. Não sei se isso está certo. Não sei se tenho razão. Não sei se Percy tem razão. Não sei se alguém tem razão.

Encostei a cabeça na parede. Eu sei o que é o certo a se fazer. Eu sei o que devo fazer. Eu sei o que quero fazer. Mas não sei se eu consigo fazer.

Eu sou orgulhosa demais pra isso. Mas a Thalia tem razão, não consigo passar um dia sem pensar que se eu quisesse nós dois poderíamos estar juntos. Outra vez. São apenas algumas palavrinhas.

Esfreguei meu coro cabeludo. Ele doía mas era uma dor boa. Daquelas que alivia.

Acho que pedir para voltar com o Percy seria algo assim. Ia doer, mas no fundo, ia ser uma dor boa. Ia me deixar aliviada, mais tranquila. Ia facilitar tanto a minha vida. Mas... Posso confiar nele?

E, se ele não me quiser? O que eu vou fazer?

Afinal, ele tem todos os direitos para fazer isso. Eu o neguei dia após dia e depois outra vez. Aliás, isso tudo é ridiculamente clichê.

Desliguei o chuveiro para me secar.

Meu tempo está acabando e eu nem sei o que dizer, onde dizer, como dizer ou por que dizer.

Sinto que a qualquer momento vou ter uma crise de pânico. Eu não posso fazer isso. Não posso. Não posso.

Me sequei rapidamente e coloquei meu pijama. Não vai ser hoje que Percy Jackson terá Annabeth Chase de volta. Ou seria Annabeth Chase que não teria Perseu Jackson de volta? Difícil saber.

Fiquei encolhida na cama esperando que qualquer sombra de escuridão me engolisse.

(...)

— Toc, toc – disse uma voz do outro lado da porta – quem está pronta para... Meu deus Annabeth! O que... Por quê...

Thalia estava parada em frente a porta recém aberta do meu quarto, vestia uma legue preta com botas da mesma cor. Uma blusa branca desenhada com o símbolo de alguma coisa banda terminava o visual. Seu cabelo estava preso com vários fios soltos. Sua cara? Nada feliz. Se eu estava com medo da cara dela? Obvio. Quem não fica com medo dela?

— O que foi? – falei enfiando a cara em um travesseiro.

— Você tem três segundos pra me explicar por que está de pijama e não linda e maravilhosa pra ir atrás do Jackson.

— Thalia eu não...

— Um.

— Olha só...

— Dois.

— Thalia!

— Três.

— Ok! – gritei.- Eu não consigo fazer isso!

— Fazer o quê mulher?

— Percy!

— E o que você não consegue fazer? Dançar a macarena?

— Thalia! O quê você quer que eu faça? Não é ir lá pedir desculpas por que eu fui idiota? Não quis ouvir? Não deixei explicar? Que fui uma doida bipolar psicótica que só liga pra si própria? Que mesmo eu odiando o fato de ter sido traída e, olha, isso doeu, eu o perdoo?

— É. Isso ai. Foi difícil?

Respirei pesadamente. É isso?

— Não sei.

Ela rolou os olhos e virou para o espelho, retocando o rímel que surgiu sabe-se lá de onde.

— Você sabe que não foi. Para de fazer corpo mole e se mexe mulher! Você sabe o que quer! Qual o problema?

— E se ele não me quiser?

— Você tenta outra vez! E outra. Até ele deixar bem claro. Não foi isso o que ele fez com você?

— Era diferente.

— Eu não acho. Olha, deixa de ser racional por um segundo e viva! Se não, lamento informar, mas vai acabar igual a dona Atena.

Abri a boca, horrorizada.

— Você está me comparando com ela?

— Estou. E você sabe que é verdade, nem adianta me olhar assim. Agora anda, levanta.

— Por quê?

— Você tem um cara pra reconquistar e eu tenho uma amiga pra deixar muito gata. Não que você não seja... Mas está um trapo.

— Nossa, valeu, de verdade, bela amiga.

— É. Eu sei. E ai, o que você planejava vestir?

— Aquela calça jeans – apontei – e uma camiseta qualquer.

Thalia me olhou de sobrancelha erguida.

— Jura? Ia reconquistar o cara da sua vida com a mesma roupa que iria ao mercado? Não aceito isso.

Thalia adentrou o pequeno espaço que ela havia de dado como closet. Não tinha muitas coisas, mas ela conseguiu ficar dez minutos lá dentro.

— Thalia... – chamei impaciente – Eu não me importo de ir assim!

— Mas eu me importo – gritou ela saindo de lá com um vestido.

— Ah não Thalia. Um vestido?

— Eu sei. – disse ela, franzindo o nariz. – E ele é azul. Eca.

O vestido era bonito, na verdade. Era como uma regata na parte de cima e a saia era soltinha e ia até uma mão aberta acima do joelho. Eu gostava dele.

— Precisa mesmo?

— Situações desesperadas pedem medidas desesperadas.

Bufei, colocando o vestido.

— Agora, eu preciso dar um jeito no seu rosto.

— O que tem de errado com o meu rosto?

— Nada. Mas não pode ir assim.

Ótimo. Revirei os olhos enquanto Thalia trabalhava. Ela puxou meu cabelo, meus cílios, colocou quinhentas coisas no meu rosto. Um horror.

— Prontinho. Olhe para o espelho.

Minha boca se abriu em um grande “o”. Ela acha o que? Que eu vou casar?

— Não está meio exagerado?

— Claro que não. Devia andar sempre assim. É um máximo.

Sorri, negando. Thalia não tinha jeito, mas pelo menos eu estava bonita.

— E agora?

— E agora? Vá mostrar o quão sexy e atraente você pode ser. Conquiste-o. Deixe-o maluco, aposto que tem muito marmanjo babando por você! Você vai traze-lo de volta.

Ser sexy? Acho que não.

— Tem certeza que vai funcionar?

— Claro. Isso é infalível, ele vai voltar correndo pra você!

— Ou não. – murmurei encarando meu reflexo.

— Ou não. – repetiu ela animada, me arrastando para fora de casa.

Aquela seria uma noite mais longa do que eu poderia imaginar.


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Notas finais do capítulo

Decidi torturar todo mundo porque sim.
Mentira, foi porque eu não consegui combinar essa música com nada.
Mas ok;
E ai? O quê vocês acham que vai rolar lá? Me deem opiniões (mesmo que eu já saiba o que vou escrever)
Hoje a noite tem capítulo viu?
Beijos ^^



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