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Lua de prata no céu

O brilho das estrelas no chão

Hoje A Noite Não Tem Luar (Legião Urbana)

“Ei, ei, ei, tire as mãos daí, Margaery” as palavras dela estavam meio emboladas pelo álcool, mas você ainda entendia a ideia geral — quer dizer, Sansa era Sansa, e seria Sansa até em coma alcoólico, imagina com uns dois ou três copinhos de vinho.

“Eu só quero tomar mais um pouco” você diz baixinho. Estavam sozinhas naquele cômodo, mas da sala de estar vinha o barulho da música eletrônica: era uma festa, colegas de faculdade de Sansa saindo pelas janelas.

“Você não deveria ter tomado nem o primeiro copo” ela disse, esforçando-se para andar em linha reta na sua direção, “quem dirá o nono — é o nono que você está querendo tomar? enfim, os remédios, Mar, os remédios!”

“E daí? Quer dizer, eu nem tomei hoje”

“Não tomou hoje!” ela exclamou, absolutamente chocada, como se vocês não tivessem tido essa exata conversa enquanto ela estava sóbria. “Aonde é que você vai parar”

“Eu não tenho nem ideia”

“Nem eu, Mar” ela disse, suspirando tristemente, seus olhos cheios de infelizes lágrimas bêbadas. “Nem eu”

“Não chore por algo tão bobo” você diz, balançando a vodka no copo vermelho. Ela sorri para você como se você fosse uma criança perdendo uma peça chave de um grande, enorme quebra cabeça que vocês estão montando há muito tempo.

Quando vocês vão embora (você tomou doze copos) ela não fala nenhuma palavra sobre esse assunto. Nunca mais.

(e você se pergunta se talvez não esteja mesmo perdendo alguma coisa)

Já não sei onde procurar

Não sei onde ela está