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No topo do telhado, como se fosse nos anos 80 de novo
Tragam os refrões, cadê a batida?
Derramando champanhe, você deveria provar isso

Fancy (Iggy Azalea)

Meu deus, dezesseis anos, você usa um salto que te deixa desengonçada, mas bonitinha — de acordo com Sansa — e suas unhas estão pintadas de azul bebê. Ela está ao seu lado, alta e bela, como sempre; você não consegue se recordar de um momento que ela não esteja ali. Luz do sol se infiltra por entre as folhas da copa das árvores, brilhando nas suas bochechas — e nas dela — e vocês são como imóveis plantas fazendo fotossíntese. Sua pele absorvendo vitamina D.

Sansa cheira a perfume floral e é uma visão espiral de tons de rosa — o batom, a bata, a sapatilha e a bolsa. Você não tem certeza absoluta mas crê que não é nem de longe tão encantadora, mais palheta de tons de terra, cabelo negro e olhos de água suja do que ursos fofinhos e hello kitty.

“Ei! mas o que afinal estamos fazendo aqui, no meio do nada” ela está meio jogada no capô do seu novíssimo carro usado, que herdou da mãe. É uma caminhonete vermelha que combina com os cabelos dela.

“Não sei. Quer dizer, eu disse dirija, e você dirigiu” você responde deitada de barriga para baixo, pernas e pés balançando no ar.

“Uau, eu realmente tenho que parar de te ouvir” ela sorri, e você sorri de volta. Ao seu redor, o mato é infinito. Mas é amigável, mesmo assim. Mais um divertido lugar escondido do que um cenário de assassinato, e você adorou; pensa por um segundo que talvez Sansa tenha dirigido até ali de propósito.

Você adora a sensação de abrir a janela (emperrada) da caminhonete e sentir o vento no rosto e o cheiro de verde enquanto Sansa dirige pra lugar nenhum, e vocês cantam alto as canções do rádio.