Você pode dar a ela seu coração escrita por Aphrodite Laclair


Capítulo 10
14


Notas iniciais do capítulo

desculpe por faltar com meus compromissos ontem (não att a fic) ~: tive alguns imprevistos. me perdoem, mesmo.
espero que gostem do capítulo, foi doloroso pra mim escrever, mas lavou minha alma.
P.S.: me perguntaram se eu estou consciente de que a margaery dessa fic é, não apenas depressiva, mas bipolar também. não, eu não estava consciente. eu a projetei inicialmente como depressiva (profundamente), mas como eu tenho os dois - depressão profunda e transtorno bipolar - desde sempre eu muito provavelmente não consigo mais separar um do outro. hahahah



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Mas mesmo que as estrelas e a lua colidam

Really Don't Care (Demi Lovato feat. Cher Lloyd)

“Meu deus, quantos anos você tem? Sete? Três?” um vaso se espatifou contra a parede azul piscina — horrorosa, mas que já estava assim quando elas se mudaram e nunca tiveram coragem de repintar nada —, seguido de três copos, dois pratos e quase! o aquário de Fifi. Sansa se impediu por um segundo, respirou bem fundo. Olhou para você, para o peixe, para você, para o peixe, e colocou o aquário no lugar. Espatifou o telefone ao invés disso.

“Quem está agindo como criança é você” você acabou dizendo, baixo e inabalável, determinada a agir como adulta. Ela suspirou em desgosto e enfado. Você sentiu vontade de gritar — quer dizer, não tinha sido você que tinha tentado espatifar o aquário de Fifi num acesso de ódio. E já tinha ido um presente de casamento!

“Ah, agora você quer conversar. Agora não é mais só eu, eu, eu, imagino” ela disse, a voz cheia de mágoa e raiva. Você quis gritar com ela, mas sabia que só pioraria ainda mais as coisas — se bem que ficar parada também não estava ajudando muito.

“Eu sou doente, Sansa. Você sabia disso, você sempre soube disso, quer dizer, eu nunca escondi de você? Eu já escondi isso de você?”

“Não, Margaery, mas é difícil para mim também, e você não vê que é difícil para mim, você só vê que é difícil para você!”

“Ah, desculpe-me, eu esqueci que você está tomando remédios”

“Se você vier com sarcasmo eu faço as malas e caio fora”

“O que você quer que eu faça?”

“Eu quero que você admita!”

“Admita o que?”

“Saia da sua bolha, caralho, saia da maldita bolha, o mundo é enorme, eu estou aqui, eu sempre estive aqui, eu estive fazendo sua comida e lavando sua roupa quando você não tinha forças e segurando sua mão quando o mundo era uma bosta mas você acha que é difícil só para você?”

“Você é minha luz do sol, Sansa! Mas eu nunca, eu nunca, escondi isso de você”

“Lógico que não! Eu estou aqui — eu faço tudo isso — porque eu amo você. Mas não aceito mais que você jogue na minha cara que as coisas são fáceis para mim. Parece fácil para você?”

“Tudo bem, tudo bem” você pega a mão dela e beija os nós dos seus dedos, e os olhos de Sansa estão cheios de lágrimas. Ela te ama e você não se surpreende porque a constatação é natural como respirar. “Tudo bem, você está tão certa, amor, tão certa. Eu estive errada. Não farei mais isso. É difícil para nós duas, desculpe”

“Fale com a Dra. Sophie, você está piorando—“

“Vou falar” você corta rapidamente porque não quer falar sobre remédios quando tudo está entrando em seus lugares. “Vou falar. Desculpe, San. Eu te amo. Desculpe”

“Está tudo bem” ela sorri tristemente, melancolia brilhando no fundo da sua íris, e, como um céu que finalmente se fecha — ela chora. “Eu sinto muito”

“Está bem”

(vocês não dormem naquela noite)


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