Be My Best Song escrita por The Raven


Capítulo 18
Sexy Back


Notas iniciais do capítulo

Apenas leiam a nota no fim.

Boa leitura!



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– Está tudo muito perfeito, Tris. Se acha que está pronta para perder sua virgindade, se confia no seu namorado... – Ergui a cabeça e encarei a ginecologista que sorria largamente para mim enquanto retirava suas luvas brancas. – Vá em frente!

Mamãe levantou-se da cadeira e caminhou até a cama onde eu me mantivera deitada nos últimos vinte minutos durante o exame completo, onde meus seios, meu ventre e minha vagina foram checados minuciosamente. Na verdade, aquela era a segunda consulta após confessar para minha mãe que eu precisava de ajuda para lidar com minha própria sexualidade. No primeiro exame, fora recolhido um líquido vaginal para análise e depois de trinta dias, eu estava de volta para um novo check up.

– A lubrificação está ótima, não há sinais de infecção e como você mesma disse, seu corpo aceitou muito bem o anticoncepcional, certo?

Assenti, fechando as pernas e sentando-me na maca. Fechei a camisola verde-clara e soltei um suspiro pesado, erguendo lentamente o olhar para minha mãe que estava pronta para me ajudar a descer. Segurei suas mãos e desci a pequena escadinha, já bem menos nervosa que na primeira consulta, aliviada por não precisar de medicamentos para algo grave.

Senti as mãos de mamãe em meus cabelos numa leve carícia, logo ela beijou minha bochecha e pediu para que eu fosse colocar minhas roupas. Assenti e caminhei para trás do biombo e tratei de me vestir rapidamente. A sala era fria e muito clara, e apesar de gostar muito de Deborah, a nova ginecologista da clínica onde toda a minha família era sócia, não me sentia bem mostrando meu corpo para uma desconhecida.

Sai de trás do biombo e encaminhei-me para a mesa da doutora. Sentei-me ao lado de minha mãe, que parecia muito atenta ao que viria a seguir. Ajeitei-me na cadeira, pigarreando baixo para provar o meu desconforto.

– Sua menstruação atrasou, Tris? – Deborah sentou-se em sua cadeira giratória e me fitou, novamente sorrindo de forma simpática.

– Na verdade, senti que ela ficou regulada. Não senti cólicas e as minhas dores de cabeça diminuíram consideravelmente...

– Excelente! E você já conversou com Tobias sobre a vida sexual de vocês?

– Huum... – Minhas bochechas arderam e acabei desviando o olhar. – Ainda não. Eu queria surpreendê-lo de alguma forma. Eu não sei.

Deborah deu uma risadinha, assentindo. Desconfiada de que ela e minha mãe trocavam olhares que só mulheres adultas poderiam entender, acabei me sentindo um pouco deslocada, mas tentei não ligar para aquilo tudo. Virei a cabeça sutilmente, observando os quadros modernos que enfeitavam o consultório de Deborah e logo me dispersei do assunto que brotou entre ambas.

(...)

Há um mês eu estava namorando sério com Tobias. Há um mês eu vinha frequentando um psiquiatra. Há um mês mamãe se tornara minha melhor amiga – empatando ferozmente com Christina. Há um mês eu bolava uma forma de surpreender Tobias, sendo sexy de alguma forma que o agradasse.

Por ser inexperiente no assunto, resolvi recorrer a Christina, Marlene e, acredite ou não, a Peter. Eles eram as únicas pessoas que eu possuía intimidade suficiente para fazer perguntas sórdidas e que poderiam me dar dicas de como seduzir, como excitar (a Tobias e a mim mesma) e como não estragar tudo sendo fria ou simplesmente desastrada. A pequena reunião aconteceu no estúdio de dança da University of Chicago depois das aulas.

– O que posso te dizer é que homem come com os olhos... – Marlene gesticulou, limpando o canto dos lábios por onde escorria o caldo da maçã vermelha que acabara de morder.

– Como assim? – Arqueei uma das sobrancelhas.

– Marlene quer dizer que homens apreciam sua beleza antes de fazer qualquer coisa. – Peter explicou sem nos olhar enquanto brincava com um muchaco, fazendo movimentos ágeis e bem rápidos. – Uma lingerie bonita, um hidrante e um perfume costumam resolver. Não se preocupe com cabelo e maquiagem, isso não importa realmente, a não ser que você queira parecer uma prostituta.

Esbugalhei os olhos.

– Eu não quero parecer uma prostituta!

Era terrível só de imaginar tudo o que poderia dar errado. Sabia que Tobias seria compreensivo e carinhoso, mas eu queria surpreendê-lo, mostrar que eu conseguia ser sensual, provar minha feminilidade e poder me sentir bem comigo mesma. Já tinha certeza que queria aquilo, só precisa acreditar que tudo daria certo.

– Você pode dançar – Christina, que se mantivera em silêncio até então, levantou-se do chão e sugeriu, animada. – Uma dança mais calma, bem sexy... Hum, que tal Beyoncé? Gosto das músicas dela.

– A Tris é uma excelente dançaria, isso daria muito certo. Tobias ia amar ter uma dança particular.

O comentário bem humorado de Marlene nos fez rir, mas no fundo eu estava bastante nervosa.

– Eu tenho uma ideia melhor – Peter largou seu brinquedo de luta e correu até o som. Encaixou seu pen drive e selecionou uma música.

Justin Timberlake – Sexy Back

Foi instantâneo, assim que a música de Justin Timberlake começou a tocar, nós rimos. Não era possível que aquilo fosse mesmo sério? Peter me faria dançar aquela música para Tobias? O rapaz se aproximou e me levantou do chão. Posicionou-me à sua frente e me fez olhá-lo nos olhos.

– Alguns segredos, Tris: olhe sempre nos olhos. Manter contato visual aumenta o tesão de ambos. – Quando tentei desviar o olhar Peter puxou-me pelo queixo e me fez encará-lo de volta. – Olhos. Nos olhos.

I'm bringing sexy back (yeah)

The other boys don't know how to act (yeah)

I think you're special, what's behind your back? (yeah)

So turn around and I'll pick up the slack (yeah)

(Take'em to the bridge)

Ele pousou suas mãos em minha cintura e me fez mover o quadril devagar. Não foi difícil seguir o ritmo que me indicava, eu estava acostumada a dançar, e apesar de ter uma habilidade natural com movimentos corporais, não era fácil encarar aquilo como uma arma para seduzir.

– Olhando nos olhos, você pode se mover desse jeito. Use seus quadris a seu favor. – Assenti, movendo o quadril, olhando-o nos dentro dos olhos. – Isso... Toques leves excitam. É gostoso levar uns arranhões de vez em quando, mas o toque suave deixa qualquer homem maluco.

– Eu devo então começar pelo selvagem e depois acalmar?

– Você deve seguir seus instintos... – Peter afastou suas mãos de mim e foi se afastando.

Dirty babe (aha)

You see these shackles

Baby I'm your slave (aha)

I'll let you whip me if I misbehave (aha)

It's just that no one makes me feel this way (aha)

(Take'em to the chorus)

Quando me dei conta eu estava mexendo o corpo sozinha. Eram passos e movimentos leves, porém firmes, além de delicados, eram marcantes e realmente prendiam a atenção. Os três me encaravam com perplexidade, talvez pelo fato de não estarem acostumados a assistir uma dança daquele naipe. Pelo menos, não comigo fazendo os passos.

– Rode o corpo devagar, bem devagar, e volte a nos olhar. – Marlene sugeriu e assim o fiz, arrancando assovios de todos.

Come here, girl (go head, be gone with it)

Come to the back (go head, be gone with it)

VIP (go head, be gone with it)

Drinks on me (go head, be gone with it)

Let me see what you twerking with (go head, be gone with it)

Look at those hips! (go head, be gone with it)

You make me smile (go head, be gone with it)

Go ahead child (go head, be gone with it)

And get your sexy on (go head, be gone with it)

Get your sexy on (go head, be gone with it)

Get your sexy on (go head, be gone with it)

Get your sexy on (go head, be gone with it)

Get your sexy on (go head, be gone with it)

Get your sexy on (go head, be gone with it)

Get your sexy on (go head, be gone with it)

Get your sexy on

(...)

A dor era lancinante e eu mal conseguia manter minha boca fechada. A única coisa que passava em minha cabeça era: “Não coloque a culpa em seus amigos!” porque não era culpa de nenhum deles. Christina, Marlene e Peter não eram desastrados. Eu era desastrada.

– Tudo bem, nós já estamos chegando!

– PORRA! ISSO DÓI O INFERNO! – Grunhi, fechando os olhos com mais força do que achava ser capaz.

– Qual é o problema?

– Beatrice Prior fraturou o pé esquerdo. Ela estava dançando no estúdio da universidade, perdeu o equilíbrio e escorregou. – O médico explicou aos enfermeiros que empurravam minha maca com velocidade pelos corredores do hospital.

Christina, Marlene, Peter e mamãe ficaram na sala de espera e, provavelmente, todos os meus planos de fazer algo especial para Tobias desceram pelo ralo. Naquele momento a única coisa que eu conseguia pensar era em como uma fratura podia doer.


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Notas finais do capítulo

N/A: Preciso expressar o quanto estou decepcionada com todos vocês... Poxa! Nos dois últimos capítulos postados recebi apenas um comentário! Isso é muito pouco! Claro que amei o único comentário que recebi, mas galera, EU FAÇO FACULDADE, TRABALHO NUM PROJETO DO GOVERNO, SOU ADM DE DOIS FÓRUNS DE RPG E AINDA CONSIGO ARRUMAR TEMPO DE POSTAR. Sim, eu escrevo porque amo isso aqui, mas ter um reconhecimento pelo meu esforço é bom né? Realmente, fiquei muito decepcionada. Pulei uma música porque não estava bem para escrever e esse capítulo ficou assim ruim porque eu não estava/estou inspirada.

Será pedir demais que ao menos nesse capítulo vocês deixem o comentário? Sei que é chato ficar pedindo, mas não quero escrever mais sabendo que tem MUITA, MAS MUITA GENTE MESMO lendo e marcando nos acompanhamentos, mas não perde um minuto pra deixar aqui um review. Eu perco várias horas digitando o capítulo, sendo que eu poderia estar estudando ou fazendo outras coisas, mas insisto nisso porque eu gosto de verdade.

Se eu receber 5 reviews posto o capítulo de amanhã que seria o mais especial de toda a fanfic, mas se eu não receber os comentários, sinto muito, mas deem a fanfic como encerrada.

Desculpe, Dessa, você foi a única que comentou e ainda me ofereceu ajuda. Sei que não merecia ler nada disso.

Até mais ver.