Memories of the Living escrita por BlindBandit


Capítulo 7
A Beleza Veela




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Dês de que tenho idade o suficiente para me lembrar, as pessoas falam de nossa beleza. e como nos parecíamos com todos os Veelas, lindos. A começar por minha irmã Victoire. A garota de longos cabelos loiros, e olhos tão azuis quanto o céu de verão. Seu rosto, mesmo cheio das tipicas sardas Weasley, ainda era tão belo quanto o de um anjo. sua boca era como pintada a mão, e suas maças do rosto pareciam porcelana. Tudo nela a tornava esplendorosamente linda. Meu irmãozinho, Louis, quando nasceu, era o bebe mais lindo que esse mundo já vira. Seus olhos de um azul escuro, extremamente inteligentes. Ele tinha as bochechas redondas, e cachos de querubim, que se perderam ao ponto que ele crescia. Louis era o tipo de bebe que fazia pessoas virarem os pescoço nas ruas, admirando-o. Eu não era diferente de meus irmãos nesse quesito. Meu cabelo era mais escuro que o de meus irmãos, mas não chegava ao ruivo ardente dos Weasley. Eles eram uma cor intermediaria, bem incomum. Eu tinha os olhos de minha irmã. Azuis e límpidos, e meus cílios contornavam-os de uma forma que rímel era desnecessário. Minha mãe costumava brincar comigo e dizer que cada vez que eu piscava, ventava dentro da casa. Eu sabia que era bonita, e sabia usar isso a meu favor.

Mas nós eramos muito alem de beleza.

Victoire era o sol. E não digo isso por seus cabelos cor de ouro, mas por sua personalidade radiante, e calorosa, que atingia todos ao seu redor. Vic era aquele tipo de pessoa que acordava ao amanhecer, com um sorriso de uma orelha a outra, e preparava o café da manha para todos. Ela era corajosa e defendia a mim e a Louis a qualquer custo. Uma feroz coisinha. Vic nunca foi muito alta, sua estatura era parecida com a de minha mãe, mas seus nervos, eram de meu pai. Ele dizia que sangue lupino corria por suas veias. Vic era, para resumir, intensa. Ela vivia cem por cento de todas as emoções. Ela era a mais explosiva e a mais carinhosa. Ela podia ser tanto uma gatinha, como um leão.

Eu era a Lua. Papai dizia que eu e Victoire eramos completos opostos. Ao ponto que ela tinha uma personalidade borbulhante, e viva, eu sempre fui mais reservada. Vic chorava na frente de todos, eu guardava minhas lágrimas para quando estava sozinha. Eu acordava de mal humor, e pensava mais do que falava. Vic se expressava por palavras, eu, por olhares. Eu era alta como meu pai, o que irritava Vic. Ela sempre reclamava de ser a mais velha e a menor da casa. Na verdade, eu e Vic brigávamos bastante, por causa de nossas diferenças, mas se tinha uma coisa que nos unia mais do que tudo, era nosso amor pelo caçula da casa.

Por nenhum motivo conhecido, quase não nasciam meninos em família com sangue Veela. E das poucas vezes que as mulheres Veelas ficavam grávidas com garotos, eles morriam antes de nascer. Era trágico e terrível. Foi por isso, que quando minha mãe sentiu as dores do parto cedo demais, ela sabia que um menino estava a caminho. Louis nascera prematuro. Ele era uma coisinha pequena, com um tufo de cabelos brancos e olhos surpreendentemente azuis. Dês da primeira vez que eu e Vic colocamos nossos olhos nele, um senso de responsabilidade e de proteção nasceu em nós. Ele ficou as primeiras duas semanas de vida no St. Mungos, sem sabermos se ele conseguiria viver ou não. Ele mamava pouco, e sua respiração era curta e falha. Ninguém nos deixou ir conhecer nosso irmão, então, nós saímos do quarto de hospital uma noite, enquanto nossa mãe dormia e nosso pai cochilava na poltrona. Nós nos esgueiramos até a maternidade, e lá estava ele, deitado em uma encubadora, chorado aos berros, sem ninguém para ampará-lo . Ambas, eu e Vic, colocamos a mão dentro do berço de plastico, e seguramos aquelas pequenas mãozinhas rosadas. Ele parou de chorar imediatamente, e nos encarou, com aqueles olhos nos encarando. Louis mamou vigorosamente na manha seguinte, e foi liberado dois dias depois. Mamãe e papai nunca souberam desse acontecimento, e nós guardamos segredo. Nós sabemos, no fundo, que foi nosso amor que fez Louis viver.

Ele cresceu para ser um querubim. Nunca se havia visto garotinho mais lindo em toda face da terra. Com seus cabelos brancos, e seus olhos azuis, Louis atraia olhares aonde quer que fosse. Louis era extremamente inteligente. e era tão carinhoso como Vic. Meu pai o chamava de “ Meu homenzinho “ e Louis adorava.

Quando foi para Hogwarts, Vic foi para a Grifinória. Ninguém se surpreendeu com isso. Ela sempre fora uma leoa. Eu e Louis entramos para a Corvinal. Nós três tínhamos personalidade e características de cada casa, mas todos só viam nossos rostos. Nada alem do que bonecos de cera, para serem admirados.

Foi então, quando Vic estava no sétimo ano, eu estava no quinto, e Louis tinha acabado de entrar na escola, que decidimos provar para todos, que somos muito mais do que rostinhos bonitos.

Vic ja tinha provado que era muito mais do que bela, sua personalidade fazia-se notar. Ela ria alto, gritava e até xingava quando ficava irritada. Depois que ela começou a oficialmente namorar Teddy Lupin, sua personalidade foi firmada. Afinal, não se pode ser uma concha vazia para conquistar o coração de alguém como Ted.

Quando eu entrei em Hogwarts, foi diferente. Minha personalidade nunca fora tão visível como a de Vic, então eu fui rotulada como a linda Dominique Weasley, irmã da vibrante Victoire Weasley.

– Eu vou fazer eles notarem a personalidade incrível que você tem - Vic dissera uma noite, em meu terceiro ano, quando eu estava chateada por toda a situação.

E ela tentou. Tentou tanto que tive pena dela. Vic queria que todos me vissem da maneira como ela me via, mas era difícil, quando eu não provava ser a mesma garota das historias que Vic contava. Eu acabei de acostumando com tudo isso, parei de ligar para o que os outros pensavam de mim. Meus verdadeiros amigos e minha familia sabiam quem eu realmente era, e eu usava minha beleza a meu favor.

Foi quando nosso Louis entrou em Hogwarts, que eu e Vic decidimos que Louis não iria passar pelo mesmo que eu passei. Foi então que a maior pegadinha que Hogwarts ja viu, aconteceu.

Obviamente, todos os nossos primos se envolveram. Fred e James tomaram a frente, como sempre faziam. O plano era o seguinte. Fazer algo que provavelmente nos deixaria na detenção por uma semana, mas gravados na historia. Foram semanas e semanas de planejamento, com todos envolvidos. James e Fred eram os liders, com as ideias e os matérias. James até tinha um modo de saber onde cada um estava a qualquer momento que eu achava meio suspeito, Vic eu e Louis seriamos aqueles que assinariam a obra, Molly e Lucy conheciam todas as regras, e sabiam como quebrá-las. Até mesmo Lily e Hugo, que tinham acabado de ingressar na escola, tiveram seu papel.

Então, na hora do jantar de um domingo, colocamos o plano em prática.

A maioria dos estudantes estavam no salão, jantando. Nós nos posicionamos prontos.

Vic ficou em uma das extremidades do corredor que dava no salão, Fred se posicionou no outro, ambos com as varinhas estendidas e sorrisos travessos no rostos. Foi Vic a primeira a fechar os olhos e lançar um de seus feitiços favoritos. Vic era ótima em transfigurações, e isso incluía manipulação de cenários. O corredor inteiro agora parecia um pantano. Foi a vez de Fred apontar a varinha e água nojenta e viscosa cobriu o chão de pedra. James e Roxanne transformaram camundongos do castelo em crocodilos banguelas, afinal, eles não queriam que ninguém se machucasse de verdade. Lily e Hugo trouxeram as bombas de fedo, e jogaram na agua pantanosa. Por fim, Albus assinou a obra com sua varinha, escrevendo nas paredes “ Em memoria a Fred Weasley 1978-1999 “ Três cabeças foram desenhadas na parede pela varinha de Scorpius Malfoy. Uma menina e um menino com cabelos loiros platinados, e uma cabeça no meio, com os cabelos intermediarios entre o loiro e o ruivo.

Por cerca de dez segundos, todos olharam um para o outro, com sorrisos nos rostos, admirando nossa obra de arte. Mas então, Ouvimos o barulho de passos se aproximando, e percebemos que o jantar tinha chegado ao fim. James jogou sua capa de invisibilidade sobre Lily e Hugo e , os menores, para livrá-los de encrenca. Todos os outros pareceram desaparecer. Eu peguei a mão de Vic e corri, e encontramos com todos os outros no esconderijo combinado. Onde poderíamos ver o desenrolar da cena sem sermos pegos.

Os alunos chegaram ao corredor e pararam. Alguns foram empurrados e caíram na agua de lodo, enquanto os outros riam. Os Sonserinos torciam o nariz, quando seus cachecóis tocaram a água enlameada. Diretora McGonnagal abriu caminho por entre a multidão, esbravejando.

– Quem foi o autor dessa bagunça! - ela exclamou, mas ninguém se pronunciou. O olhar da velha diretora correu para a parede, e ela viu a assinatura. Eu posso jurar que vi um sorriso aparecer no rosto dela. - Todos de volta para seus dormitórios! Usem o corredor alternativo!

Não havia como provar que fomos os autores daquela bagunça, mas todos sabiam. Quando Vic chegou em sua sala comunal, foi ovacionada e colocada nos ombros. Eu e Louis ganhamos abraços e parabenizações pelo excelente uso da magia.

A escola inteira sussurrou nossos nomes pelas próximas semanas. Victoire, Dominique e Louis. As crianças Delacour, com charme Veela e atitude Weasley.




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Notas finais do capítulo

adorei esse capitulo, eu amo esses três lindos!