Seus olhos cinzentos escrita por Polly Lovegood


Capítulo 8
Hoje a noite não tem luar


Notas iniciais do capítulo

Sei que estou ficando meio fora do desafio, mas juro que escrevi esse capítulo ontem. O problema é que foi durante e aula, aí cheguei em casa e tinha que estudar para prova, então nem deu tempo de passar para o Nyah! :/ maaaaaas, esse é especial, tem POV Scorpius o/ Espero que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/542247/chapter/8

– Eu vou pegar uma bebida para nós, ok? - Rose disse um pouco depois que chegamos na casa de Richard Avery, um garoto que se formou comigo duas semanas atrás e agora estava indo para o Egito.

– Ok - respondi e ela me beijou e saiu. Fiquei olhando em volta, um pouco desconfortável.

Eu já não era mais o garotinho preconceituoso de 11 anos que pediu para entrar na Sonserina por medo de não se dar bem em nenhuma das outras casas. Suspeito que esses sete anos de medo de me aproximar de Rose contribuíram para mudar o meu jeito de pensar.

Durante aqueles sete anos eu tentei me aproximar, tentei falar alguma coisa além de "bom dia" e ficar sorrindo feito um tonto, mas eu não conseguia. Eu tinha medo que ela fosse me rejeitar, por eu ser um sonserino, que ela não gostasse de mim simplesmente por ser eu. Aquela festa de formatura foi o melhor momento da minha vida.

Olhando na direção do bar, vi Rose ali, mas ela estava... Diferente. Ela me viu e virou, andando na direção das pessoas. Fui atrás dela, mas não queria ter ido.

Quando a achei, ela e Lysander Scamander pareciam estar se comendo em plena sala do garoto. Aquilo não fazia sentido, eu não queria entender o que era aquilo.

– Rose? - gritei alto o suficiente para que os dois se largassem, ela com um sorrisinho malicioso.

– Scorpius? Desde quando está ai? - ela falava como se eu não fosse ninguém para ela, como se não valesse a pena tentar pensar numa desculpa para estar agarrando aquele idiota. - Quero dizer, espero que não esteja incomodado, mas eu quis dar uma mudada de ares.

– Ou de bocas, não é mesmo? - perguntei num tom desafiador e ela gargalhou. Ela estava muito esquisita.

– Cansei dessa historinha de casal bonito – ela se afastou do garoto, chegando perto de mim, nossos rostos bem próximos. – Eu sei muito bem que você estava por aí de agarração com a Parkinson, nem tente negar. Não quero bancar a namorada ciumenta, mas você me obriga a isso.

– Ah, eu estava por aí de agarração com a Parkinson. Posso saber quando? - perguntei exaltado. A ultima vez que tinha agarrado a Parkinson foi no quinto ano, numa festa em que ela me embebedou. Logo depois disso ela apareceu falando que estava grávida de mim, acho que com medo que eu não ficasse com ela outra vez, o que nunca iria acontecer.

– Como você é ridículo – ela me olhou de cima a baixo cheia de nojo, como se eu fosse uma lesma carnívora. – Se fazendo de desentendido.

– Eu não estou representando um personagem, Rose – tentei me desculpar outra vez, mesmo sem saber o que tinha feito. Ela estava se afastando, estava tremendo levemente.

– Diga o que quiser, eu sei o que vi – disse por fim e entrou no meio das pessoas que observavam nossa cena. Mas que diabos ela viu? Eu não fiz nada, desde a noite da formatura a única pessoa com quem passo meu tempo é ela.

Tentei achá-la outra vez, mas ela tinha ido embora com a prima. Era alguma tipo de jogo aquilo? Ela beijava um cara qualquer depois ia embora?

As pessoas bebendo e pulando e sorrindo ao meu redor me faziam querer ir para casa mais ainda. Aquele definitivamente não era o meu dia.

Aparatei em meu quarto, na varanda. A lua estava coberta por nuvens, não era possível ter nem ideia de onde estava, assim como Rose. A ruiva tinha sumido, tinha desaparecido e estava claramente fugindo de mim. Me joguei na cama e dormi. Um sono tranquilo, guiado pelos fios ruivos do cabelo de Rose.

No dia seguinte, eu estava destruído, tanto física quanto mentalmente. Não tinha forças para levantar da cama e não queria ter que pensar em nada. Por mais que suas palavras tivessem me machucado ontem, nada nunca doeu tanto quanto ver ele beijando outro cara com toda aquela vontade.

Mandei o elfo trazer o meu café na minha cama, assim como o almoço. Estava mal até mesmo para comer, mas nunca que meu pai aceitaria que eu ficasse sem comer por causa de Rose. Ela sempre seria uma mestiça imunda na opinião dele, mesmo que eu achasse que ela podia ser a garota da minha vida.

De tarde, enquanto lia um artigo do Profeta Diário, ouvi batidas na minha porta. Dobrei o jornal, levantei da cama e fui até a porta.

– Tem umas garotas lá em baixo querendo falar com você - minha mãe disse, completamente desinteressada. Mas é obvio, ela nunca dava muita atenção a mim quando não estávamos sob os olhos de todo o mundo bruxo para parecermos a família perfeita.

– Já vou - ia fechando a porta, mas ela pôs a mão, me impedindo.

– Você vai agora - ela impôs numa voz fria. - Elas são duas traidoras de sangue nojentas - ela e sua merda de conservadorismo, a elite sangue-pura do mundo bruxo. Não havia nada que eu odiasse mais do que isso. - E faça o favor de levá-las para fora da minha casa, o mais rápido possível - ela pediu quando passei por ela, indo em direção à sala.

Quem iria até a minha casa numa hora daquelas num domingo? Ainda mais depois daquela festa. Meus antigos amigos da Sonserina jamais aprovariam eu chegar na festa com Rose, muito menos armar uma cena por causa dela. Podem ser outros tempos, mas a rivalidade ainda se mantém, assim como a maldita mania de "sangue-puro casa com sangue-puro".

Ao chegar na sala, quase pulei para trás ao ver Lily Potter e Dominique Weasley paradas lá, com cara de quem iria me matar a qualquer momento. Fui até elas, que ainda me olhavam do mesmo jeito.

– Malfoy, você tem titica de hipogrifo na cabeça? - Dominique perguntou histérica antes mesmo que eu chegasse perto delas. Fechei os olhos respirando fundo e pedi para que fossemos para os jardins.

– Por que eu teria titica de hipogrifo na cabeça? - perguntei andando por entre as rosas com elas, mas as duas me fuzilaram com o olhar.

– Primeiro você chega na Rose na formatura - Lily começou. Aquilo não era um problema, ou era?

– Depois ela fica mais tempo com você em uma semana do que em todos os sete anos em Hogwarts - Dominique continuou.

– Então ela vai até sua casa e pega você e Amélia Parkinson em uma cena que foi no mínimo nojenta, de acordo com o que ela falou - Lily disse novamente. Elas devem ter ensaiado isso, não é possível.

– Quem você acha que é pra ficar com a nossa prima e depois sair transando com a maior vadia de Hogwarts? - elas me bombardearam com perguntas.

– Mas eu não transei com a Parkinson - fui sincero e as duas gargalharam. - A única pessoa com quem tenho transado é a prima de vocês - soltei num impulso e as duas se enfureceram.

– Não precisamos dos detalhes sórdidos - Lily disse e passou para o meu lado direito. - O problema é que não adianta você mentir, ontem mesmo você estava com Amélia Parkinson na festa do Rich - ela disse num tom acusatório.

– Você está louca? Eu estava com a Rose ontem - eu já estava ficando enfurecido com o que elas falavam. Elas achavam que eu estava louco?

– Malfoy, ela foi com a gente ontem, depois de passar uma semana na cama por sua causa.

– Ela não passou uma semana na cama coisa nenhuma - gritei intrigado e elas me fuzilaram com o olhar mais uma vez. - Nós fomos à praia, fomos ao cinema, saímos para o parque à noite. Ela não ficou em casa coisa nenhuma.

– Nós a visitamos em casa todos esses dias - Dominique gritou. - Ela não falava com ninguém, porque você, seu grandíssimo idiota, estava aproveitando a vida com a vadia da Amélia Parkinson - ela continuou gritando. Ainda bem que estávamos longe o suficiente da mansão para meus pais não ouvirem.

– Quantas vezes vou ter que dizer a vocês que não fiz porra nenhuma com Amélia Parkinson desde o quinto ano? - gritei outra vez e elas se entreolharam.

– Acho que pode tentar, Domi - Lily disse para a loira. Dominique respirou fundo, pegou a varinha que estava em sua bota e apontou para mim.

Revelio Incantatem– ela apontou para mim, fechei os olhos com medo do que fosse esse feitiço, mas a única coisa que aconteceu foi uma aura vermelha ao meu redor, que desapareceu ao que ela abaixou a varinha.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Caso tenha alguém que não saiba, Revelio Incantatem é um feitiço para mostrar se algum feitiço foi feito (Revelio = revelar, Incantatem = o feitiço). Hoje tem Back To Black, o maior amor da playlist da Tia Kori (ok, talvez não), mas mesmo assim, é a música pela qual estou esperando desde o dia 2 hahahaha
Beijoooooo



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Seus olhos cinzentos" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.