Seus olhos cinzentos escrita por Polly Lovegood


Capítulo 11
Oceano


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! O capitulo de hoje vem com muito amor e sentimentos complexos e obviamente que Scorose hahahaha espero que gostem!



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– Olha só quem apareceu - minha mãe disse irritada, me fuzilando. - Dorme na casa dos Malfoy e ainda vem com cara de boa menina. Você acha que só porque já tem 18 anos pode fazer o que bem quiser da sua vida? - ela perguntou escondendo suas emoções. Ela se fazia de séria, de impenetrável, mas eu sabia que ela estava a ponto de explodir.

– Qual é o problema? - perguntei me aproximando deles. - Lá é algum campo de tortura de mestiços? - eu perguntei gritando irritada e a explosão aconteceu.

– Exatamente! - minha mãe gritou fora de si. - Isso é exatamente o que aquele lugar é - ela continuou gritando, sua voz forçada, daquelas que doem a garganta quando usada. Ela começou a chorar escandalosamente fazendo vários movimentos bruscos à luz das fracas lâmpadas na entrada de casa. Meu tio a segurou e ela passou a se debater em seus braços, meu pai chorava discretamente no canto.

– Que eu saiba, nunca fui torturada lá - murmurei e os olhares de todos se voltaram para mim.

– Mas eu fui - minha mãe se afastou de meu tio, tremendo. Puxou a manga de sua blusa, revelando uma cicatriz vermelho-vivo que formava a palavra "sangue-ruim". - Foi a tia-avó do seu namoradinho quem fez isso - ela desdenhou.

Eu não conseguia falar nada. Ele não era um torturador, Scorpius não era uma daquelas pessoas, eu sabia que não era, mas vendo sua família, realmente era duvidável sua educação em casa.

– Com licença - meu pai pediu entrando em casa, fungando e tremendo também. Eram tão ruins assim as memórias?

– Precisava trazer toda a família para o momento de esculachar os Malfoy? - tentei mudar de assunto mais ou menos. Todos eles me olhavam como se eu fosse a errada.

– Vocês todos são amigos da praga! - tio Harry se exaltou. - James se salva, mas Alvo dividia dormitório com ele, Dominique e Lily andam até dormindo em solo inimigo - ele mostrou os fatos e eu revirei os olhos. - Não revire os olhos para mim, Rose Weasley - fudeu, ele falou o nome completo. - Não preciso ter bola de cristal para saber que você e a Doninha Jr. andam dividindo a cama dele.

– Ah, que bom que já sabem - joguei ironia sobre eles. Minha mãe me olhou assustada, meu tio incrédulo, minha tia decepcionada. Domi e Lily me olhavam como se eu fosse louca, Alvo e James estavam entre a culpa e pena de mim. - Me livraram do trabalho de explicar.

– Rose, eles são uma família de torturadores e assassinos - minha tia. - Nós somos aurores, exceto por mim - ela argumentou. - Não podemos confraternizar desse jeito com o inimigo.

– Não.

– Não o que? - minha mãe gritou escandalizada.

– Não somos uma família de aurores - disse soltando o ar e todos me olharam escandalizados. - Eu vou ser medi-bruxa, mamãe - disse a última palavra pingando ironia.

– Como... Ousa? Exatamente, como ousa? De que vai ajudar você contrariar tudo o que seu pai e eu decidimos que era melhor para você? - ela estava chorando outra vez, mas dessa vez era de desespero.

– Eu acho que sei o que é melhor para mim - dei passos para trás, saindo do escudo de proteção da casa. - Dessa vez, sem vocês - disse por fim e desaparatei.

Foi um impulso, uma decisão precipitada, mas estava no monumento de Stonehenge. Uma vez quando era pequena tinha ido ali com meus pais. Foi ali que eles se casaram. Não sei como conseguiram autorização, mas os dois se casaram com as grandes pedras ancestrais de fundo. É bem provável que o governo trouxa não saiba desse casamento até hoje.

Andei até o meio do círculo de pedras e sentei ali. Não havia nenhum som, nenhuma voz, e era exatamente isso que eu precisava, o silêncio. Não fazia a menor ideia de qual era o motivo da minha ida até lá. Podia ser medo, podia ser nostalgia de um tempo em que não brigava com meus pais, podia ser simplesmente um desejo aleatório.

Só restava um fiapo de sol no céu, o resto já era noite. Não havia ninguém ao redor do monumento, isso era muito reconfortante. O céu tinha umas regiões cinzentas, cinzentas como os olhos dele.

Céus, por que eu briguei com as únicas pessoas em quem achava que podia confiar no mundo? Por causa de um garoto? Eu devia estar ficando louca, insana. Apaixonada.

Algo dentro de meu bolso ficou quente, algo metálico. Peguei e era uma moeda de duas libras, mas ela estava vermelha, como metal em brasa, mas não tão quente. Havia uma mensagem escrita nela: "Amélia já foi embora".

Eu queria ir para a casa dele ao mesmo tempo que queria deitar na grama verde de Stonehenge e ficar ali até quando disse possível. Não queria ter que voltar para a vida real dos problemas entre famílias, mas isso era necessário. Talvez não hoje.

Aparatei na varanda de Scorpius. Ele foi abrir a porta da janela de vidro com uma expressão de quem tinha muito para contar, mas eu não ligava para o que ele tivesse a contar sobre a vadia, não naquele momento.

Tem maçã verde? - aquele era nossa pergunta código.

– Tem - ele respondeu sorrindo e me puxou para dentro pela mão. - Então, Amélia... - ele começou, mas eu me movi de modo a ficarmos com nossos rostos quase se tocando, olhos nos olhos.

– Não ligo para a Amélia, agora - interrompi o que ele dizia e ele me olhou interrogativo. - Eu não quero saber de Amélia, não quero saber de nada. Amar dói e hoje eu sei mais do que nunca. Briguei com toda a minha família, eles insistiam em dizer que você é um comensal e que eu vou acabar sendo torturada se vier para cá - soltei tudo de uma vez e ele arregalou os olhos. Toda a Hogwarts sabia que eu e minha mãe éramos extremamente próximas.

– Você... - ele começou, mas eu o interrompi com um olhar sério.

– Eu praticamente abri mão deles para vir aqui dizer que te amo e pedir pra você me fazer esquecer dessa dor que é amar - eu disse sem pensar e ele me olhou surpreso. Ah, merda, eu não podia dizer aquilo. Não sabia se amava aquele loiro na minha frente, queria e não queria amá-lo, mas olhando em seus olhos cinzentos, amar parecia a opção mais certa. - O mínimo que você podia fazer é... - não terminei de falar porque ele me interrompeu com um beijo.

Já fazia algum tempo que não sentia aqueles lábios sobre os meus. Puxei-o para mim e ele me imprensou numa parede. Nós estávamos loucos, não controlávamos nossas ações. E daquele jeito, ele me fez esquecer.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Pessoalmente, eu gostei do final, é meio wtf? ao mesmo tempo que não. Stonehenge ❤️ Esse lugar é muito bonito e tem mil teorias de que era um lugar para se fazer rituais e tal, então achei que aquele era um lugar perfeito para o casamento Romione e também o lugar onde a Rose vai quando "buga". Beijooooo e até o próximo!



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