Between Letters and Numbers escrita por Miss Melindre


Capítulo 26
Capítulo 26 - Quando ele foi embora.


Notas iniciais do capítulo

Olá, amorecos!
Contagem regressiva para o fim da fic. Faltam apenas 4 capítulos! o/
Mal posso acreditar que vou finalmente concluir uma fic ~risos~
Bom, esse capítulo é de extrema importância para que Thomas e Louise possam ser completamente felizes.
Vocês entenderão mais pra frente.
Boa leitura!



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“Quando você foi embora, os pedaços do meu coração sentiram a sua falta. Quando você foi embora, o rosto que eu conheci também me fez falta. Quando você foi embora, levou as palavras que eu precisava ouvir para conseguir passar o dia e fazer tudo ficar bem. Eu sinto a sua falta.”

Adaptação de When you’re gone – Avril Lavigne.

— Como eu estou? — Thomas me questionou pela quarta vez sobre sua aparência. Isso só no caminho do portão principal até a porta de entrada.

O nervosismo de meu namorado estava aparente e isso o deixava ainda mais fofo. Era surpreendente sua capacidade de conseguir se tornar cada vez mais adorável aos meus olhos.

Eu sorri fitando-o carinhosamente, sem perder a paciência e falando:

— Você está lindo, meu amor! — Ele abriu os lábios para protestar. Na certa para questionar se sua roupa não estava muito casual para a situação, ou se seu cabelo não estava formal o suficiente. Porém, antes de ouvir sua voz ecoar pela quinta vez, uni nossos lábios em um beijo casto.

Não nos prolongamos, ou aprofundamos o ato, mas foi o bastante para transmitir todo o meu carinho para ele, fazendo-o se acalmar. Ele sorriu e levantou sua mala que estava no chão. Fiz o mesmo com a minha bagagem que era impressionantemente menor que a dele.

— O que você trouxe tanto nessa mala? — Perguntei rindo, prestes a tocar a campainha.

— Eu me preveni. Então trouxe roupas para ocasiões variadas. Desde uma festa na piscina, até um funeral. — Ele disse rindo.

— Credo! — Respondi com o mesmo tom divertido.

O som do aparelhinho aqueceu meu coração. Era bom está de volta em casa. Nem que fosse por uma semaninha. Sentia-me aconchegada e segura ali. Naquela casinha amarela em Liverpool.

Minha mãe soltou um grito de alegria que foi nitidamente ouvido por nós dois. Seus passos apressados foram seguidos da voz rouca de meu pai, chamando meu nome.

— Louise! — Ele disse antes de abrir a porta, abraçando-me logo após fazê-lo.

Quando me soltou, vi o rosto de minha mãe com os olhos cheios de lágrimas. Não eram tristes, mas sim orgulhosas. Ela esperava ansiosamente pela sua vez de me abraçar, enquanto meu pai cumprimentava um Thomas bastante nervoso.

— Meu rapaz! Você deve ser o tão famoso Thomas, certo?!

Ele assentiu, enquanto eu sentia o cheirinho de lavanda da minha mãe. Nos abraçamos forte, antes dela sussurrar no meu ouvido:

— Você, definitivamente, tem ótimo gosto para rapazes.

Eu sorri.

— Herdei da mãe. — Disse julgando pela fama de galã de meu pai.

Soltamos-nos do abraço e ela me deu uma piscadela, indo falar com Thomas.

— Querida, perdoe-me, mas tenho que dizer: ele é bem mais bonito pessoalmente que em fotos.

— São seus olhos, dona Claire.

Todos sorriram e logo em seguida entramos na casa. Minha mãe me segurou um pouco afastada, para comentar sobre Thomas:

— Muito gentil. Começou bem. — Ela fez questão de pontuar.

{...}

Estávamos jantando depois de quase uma hora de bate-papo. Meu pai estava empolgado com Thomas, falando sobre assuntos da faculdade e sobre como sempre sonhou em ser um engenheiro. Eu tinha permanecido ao lado dele durante todo o chat, e o seu nervosismo já não dava sinal de vida. Ele estava se sentindo em casa e tenho que agradecer a meus pais por isso, pois eles são excelentes anfitriões.

— Está delicioso! — Thomas comentou de boca cheia.

Minha mãe sorriu e tratou de servir-lhe mais.

— Agora sei de onde a Louise tirou seus dons culinários.

— Aprendi com a melhor mãe do mundo. — Eu disse acariciando a mão de minha mãe e nessa hora a campainha tocou.

Meu pai assustou-se e eu questionei:

— Convidaram mais alguém para o jantar?

— Não. Quem será? — Minha mãe disse, já se levantando da cadeira, mas eu a interceptei.

— Deixa que eu atendo.

Levantei rápido e fui em direção à porta. Ajeitei os cabelos por precaução. Vai que fosse alguma visita ilustre.

Quando alcancei a esquadria, olhei pelo olho mágico para saber quem nos atrapalhava na hora do jantar e tive uma baita surpresa. Não soube como agir por alguns segundos, antes de tomar fôlego e atendê-los.

— Louise. — A loira em frente a mim expressou um misto de alegria e apreensão. Ela aproximou devagar, como se pedisse permissão para me abraçar.

Eu caminhei até ela e o fiz, recebendo o afago sincero da mulher.

— Isabel... — Eu disse por fim, com um fio de voz.

Isabel era a mãe de Jamie. Ela lembrava-me demasiadamente o filho e todo o sofrimento que ambas compartilhamos com sua morte. A última vez que a tinha visto fora há um ano, quando nos cruzamos inesperadamente no shopping da cidade.

Ela estava acompanhada de seu marido, Christopher, o qual eu considerava um segundo pai para mim. Meu falecido namorado herdara todas as características gentis e amáveis do senhor Carequinha, como costumava chamá-lo.

Ele esperou a esposa desfazer-se do abraço e caminhou até mim, olhando-me com um olhar carinhoso e me abraçando em seguida.

— Soubemos que você chegaria hoje na cidade e, bom, tem uma coisa que precisamos falar para você.

Se eu já estava apreensiva antes, agora tinha triplicado de tamanho.

— Espero que não tenhamos atrapalhado. — Chris disse.

— Não. Claro que não. Estávamos apenas acabando de jantar.

Thomas chegou de mansinho perto de mim e eu sorri internamente ao sentir sua presença. Minhas pernas estavam começando a fraquejar e foi bom tê-lo perto, caso elas vacilassem.

— Este é Thomas, meu namorado. — Aquilo era estranho. Apresentar meu atual namorado para os meus antigos sogros.

Eles sorriram simpáticos, apertando a mão do moreno.

— Thomas, estes são Isabel e Christopher Allen. — Ele me lançou um olhar significativo ao ouvir o sobrenome e eu achei inútil a informação que dei a seguir, pois certamente ele já sabia: — Eles são os pais de Jamie.

Thomas assentiu, sorrindo fraco para eles.

— Por favor, entrem. — Eu disse abrindo espaço para eles passarem.

— Queridos! — Minha mãe surgiu da cozinha, com meu pai em seu encalço e ambos cumprimentaram a família Allen.

— Quanto tempo! — Isabel afirmou simpática.

— Sentem-se. Fiquem à vontade! — Meu pai disse e em seguida direcionou-se a mim: — Deixaremos vocês com um pouquinho mais de privacidade. Thomas, que tal uma partida de cartas?

Meu namorado concordou, após me observar por alguns instantes, garantindo que eu ficaria bem.

Sentei-me no sofá, de frente para meus antigos sogros e cruzei os braços para baixo.

— Como você está, querida? — Isabel perguntou.

— Estou bem. Bastante empolgada com a faculdade.

Eles sorriram e eu já estava ansiosa demais para saber o que eles vieram falar de tão importante.

— Gente, me desculpem, mas, por favor, me digam o que querem falar. Estou começando a ficar nervosa.

— Oh, não fique! Não há motivos para isso. — Christopher tentou me acalmar.

Depois de um longo momento em silêncio, Isabel começou:

— Bom, antes de morrer, Jamie me pediu para que escrevesse uma carta para você. Ele já estava muito debilitado, então não tinha condições dele próprio escrever.

— Ele me deixou uma carta? — Falei com a voz ficando embarcada. Lembrar-me dele ainda doía muito.

— Sim. Eu sei que devia ter entregado antes e que agora talvez não signifique nada...

— Claro que significa! — Eu a interrompi.

Ela sorriu, acariciando minhas mãos. Percebi que os olhos dela estavam marejados assim como os meus.

— Aqui está.

Ela me estendeu um envelope vermelho, bastante conservado, e meu coração pareceu parar de bater.


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Notas finais do capítulo

Gente, vamos comentar! A fic tá acabando. Não custa fazer uma aparição surpresa pra mim, né? Eu iria amar!
Beijos!



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